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Grupo I 3 Devido ao meu problema de saúde, não pude ter prazer no trabalho.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.3 CORRELAÇÃO DAS VARIÁVEIS COM O PRESENTEÍSMO

Neste capítulo a análise apresentada aborda os aspectos relevantes envolvendo a prevalência do presenteísmo na população estudada.

Na Tabela 4 são mostrados os resultados referentes ao presenteísmo relacionado às variáveis sociodemográficas estudadas.

Tabela 4: Prevalência (%) de Presenteísmo segundo variáveis sociodemográficas Variáveis Não Presenteísta (%) Presenteísta % Valor de P Sexo* Mulher 53,6 46,4 0,28 Homem 46,9 53,1 18-25 anos 54,1 45,9 26-30 anos 43,0 57,0 Idade** 31-35 anos 50,5 49,5 0,76 36-40 anos 49,1 50,9 >40 anos 52,5 47,5 Estado*** civil Casado/União estável 44,0 56,0 0,78 Solteiros/Outros 43,0 57,0

* X² com correção de Yates: 1,161 grau de liberdade 1 / Yates p valor: 0,28 ** X² com correção de Yates: 1,884 grau de liberdade 4 / Yates p valor: 0,76 *** X² com correção de Yates:: 0,115 com 1 grau de liberdade / Yates p valor: 0,78

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Em relação ao sexo, entre os respondentes que atingiram o escore de presenteísmo é interessante observar que a aplicação do teste do Qui-quadrado mostrou que o comportamento presenteísta não tem diferença entre sexos, contrariando os resultados obtidos por Turpin et al89 , Bockerman & Laukkanen76 e Howard et al81, que apontam que as mulheres são mais propensas a comparecer em condições de saúde desfavoráveis ao trabalho.

Quanto à idade, presumia-se que a freqüência do presenteísmo seria maior entre a população acima de 40 anos, estando de acordo com outros estudos33. No entanto, a pesquisa revelou que a idade não é um fator que influencia o fato da pessoa apresentar ou não presenteísmo. Embora haja esta divergência, verificou-se que os dados obtidos estão coerentes com estudo realizado pela Eurofound82 que aponta que a prevalência do presenteísmo não sofre grandes diferenças conforme a faixa etária.

Neste estudo a situação conjugal não foi um fator relevante para a adoção do comportamento presenteísta, pois a prevalência do presenteísmo foi similar entre casados/união estável e solteiros/outros.

De acordo com os resultados encontrados, a prevalência do presenteísmo relacionando as características ocupacionais são apresentados na Tabela 5.

Em relação às características ocupacionais, observou-se que o comportamento presenteísta afeta todos os cargos, sendo os maiores índices pertencentes aos cargos de especialista (72,7%), supervisor (68,6%) e analista (59,8%). Com exceção do cargo de gerente (26,3%) que apresentou a menor frequência de presenteísmo, os achados da pesquisa corroboram diversos estudos que apontam que as funções que exigem mais responsabilidade são mais propensas ao presenteísmo55,64,83.

Para atender a peculiaridade de determinados serviços a legislação admite a adoção do trabalho por turnos e da jornada de trabalho em escala de revezamento, ou seja, escalas de trabalho em que o trabalhador reveza o descanso semanal observando, no entanto, o limite de 12 horas diárias90.

Na empresa em que foi realizado o estudo são adotadas as seguintes escalas de revezamento: 5x2 (5 dias trabalhados e 2 de descanso), 6x1 (6 dias trabalhados e 2 de descanso) e 6x2 ( 6 dias trabalhados e 2 de descanso). Ressalta-se que as escalas são fixas, não havendo troca de turnos e de dias da semana para descanso, ou seja, a

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folga do trabalhador é fixa, por exemplo, toda segunda, toda terça. Estaticamente os resultados deste estudo não mostram que o sistema por turnos e de escalas de trabalho não está relacionado ao presenteísmo. Mas, pela análise das tabelas verificamos que o presenteísmo tende a prevalecer nas escalas de trabalho 6x2 e 5x2.

Tabela 5: Prevalência (%) de Presenteísmo segundo as características ocupacionais Variáveis Não Presenteísta (%) Presenteísta % Valor de P Analista 53,3 46,7 Auxiliar 14,3 85,7 Engenheiro 53,8 46,2 0,23 Cargo* Especialista 26,7 73,3 Gerente 75,0 25,0 Operador 49,1 50,9 Supervisor 33,3 66,7 Turno de 1º turno 49,5 50,5 Trabalho** 2º turno 44,1 55,9 0,08 3º turno 54,8 45,2 Administrativo 49,6 50,4 Escala de 5x2 39,4 60,6 0,08 Trabalho*** 6x1 46,9 53,1 6x2 38,0 62,0 < de 2 anos 52,9 47,1 Tempo de

trabalho**** 2 anos a 5 anos

50,0 50,0 0,70

> de 5 anos 46,0 54,0

* X² com correção de Yates: 8,016 grau de liberdade 6 / Yates p valor: 0,24 ** X² com correção de Yates: 5,015 grau de liberdade 3 / Yates p valor: 0,08 *** X² com correção de Yates:: 5,015 com grau de liberdade 2 / Yates p valor: 0,70 **** X² com correção de Yates:: 0,705 com grau de liberdade 2 / Yates p valor: 0,08

Estudos apontam que o sistema por turnos e de de escala de trabalho dificulta um bom entrosamento na relação entre os trabalhadores, a família e amigos, pois comprometem as atividades culturais e de lazer91. Não foram encontrados estudos associando escalas de trabalho com presenteísmo, mas sabe-se que esse tipo de jornada além de afetar as relações familiares “causa importantes impactos no bem-estar

30 físico, mental e social dos trabalhadores”92

, portanto merece estudos para avaliar a correlação com o presenteísmo.

A pesquisa mostrou que independente do tempo de serviço na empresa, o presenteísmo é um comportamento adotado por grande parte dos trabalhadores, mas não é um fator que influencia o comportamento presenteísta. A literatura revisada não evidencia associação do tempo de trabalho com o presenteísmo.

A investigação contemplou dois hábitos relacionados à saúde e associou ao presenteísmo: a atividade física e o tabagismo, cujos resultados são demonstrados na Tabela 6.

Tabela 6: Prevalência (%) de Presenteísmo segundo hábitos relacionados à saúde Variáveis Não Presenteísta (%) Presenteísta % Valor de P Atividade* Física Sim 55,2 44,8 0,01 Não 40,8 59,2 0,08 Tabagismo** Sim 25,0 75,0 Não 50,7 49,3

* X² com correção de Yates: 7,336 grau de liberdade 1 / Yates p valor: 0,01 ** X² com correção de Yates: 3,083 grau de liberdade 1 / Yates p valor: 0,08

De acordo com os dados obtidos, 58% dos respondentes relataram praticar exercícios físicos toda semana com a seguinte frequência: 47% afirmaram realizar exercícios de duas a três vezes por semana, 30% afirmaram realizar de quatro a cinco vezes por semana e apenas 6% realizam exercícios físicos de seis a sete vezes por semana. Dos respondentes 17% afirmaram praticar assiduamente exercícios físicos

As atividades físicas apontadas pelos respondentes foram: academia (29%), futebol (27%), caminhadas (20%), corrida (6%), ciclismo (6%), outros tipos de atividade física (12%).

Quanto aos hábitos relacionados à saúde, observou-se que a maioria (59,2%) dos presenteístas não realiza nenhum tipo de atividade física. As diferenças

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encontradas têm significância estatística, podendo-se afirmar que há associação entre atividade física e presenteísmo.

O único estudo encontrado associando atividade física com presenteísmo evidenciou que há uma associação positiva entre atividade física e saúde psicossocial, sendo uma potencial estratégia para reduzir o presenteísmo93.

Em relação ao tabagismo, somente 5% dos trabalhadores são adeptos do tabagismo há aproximadamente 13 anos, consumindo em média 9 cigarros por dia.

A frequência de presenteísmo entre fumantes não é expressiva em relação aos não fumantes. Estudos que correlacionam o tabagismo com presenteísmo apontam que os fumantes apresentam mais tempo improdutivo no trabalho e perdem mais dias de trabalho93. Importante ressaltar que embora nenhum dos fumantes declarou ter doenças pulmonares, respiratórias ou cardíacas, 10% afirmaram ser hipertensos.

Considerando que sedentarismo e tabagismo são hábitos que interferem na saúde e são modificáveis, a implantação de programas que estimulem a atividade física dentro da empresa ou mesmo parcerias com academias ou clubes podem estimular a pratica de atividade física. É interessante também a implantação de programas antitabagismo que ofereçam apoio psicológico e financeiro para compra dos medicamentos para esse fim, seria de grande valia para o trabalhador e consequentemente para a empresa.

A situação de saúde dos trabalhadores foi avaliada por meio de diversas variáveis que a seguir são apresentadas.

Foi solicitado aos trabalhadores informar o peso e altura para cálculo do índice de massa corporal (IMC) para posteriormente associar ao presenteísmo.

De acordo com os dados fornecidos constatou-se que quase metade da população pesquisada (47%) possui IMC normal e 52% da população de estudo encontram-se acima do peso. Destes, 13% são considerados obesos e 1,53% classificados como obesidade mórbida. O IMC médio foi de 25,7 kg/m², valor considerado discretamente acima do peso normal, indicando prevalência de sobrepeso.

Ao analisar a situação da obesidade dos trabalhadores por meio do IMC constatou-se que 52% da população estudada estão acima do peso ideal. Na Tabela 7,

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observa-se que foi significativa a diferença entre os trabalhadores com sobrepeso e obesidade Grau II e III em relação ao presenteísmo

Tabela 7: Prevalência (%) de Presenteísmo segundo o IMC

Variáveis Não Presenteísta (%) Presenteísta % Valor de P Normal (18,5 a 24,9 kg/m²) 54,9 45,1 0,01 Sobrepeso (27 a 29,9 Kg/ m²) 45,4 54,6

IMC Obesidade grau I (> 30 kg/m²)

46,5 53,5

Obesidade grau II + grau III (> 40 kg/m²)

8,3 91,7

*X² com correção de Yates: 10,88 grau de liberdade 3 / Yates p valor: 0,01

Estudo que correlaciona IMC alto ao presenteísmo evidencia que o excesso de peso está frequentemente associado a disfunções nas articulações, a dores nas costas, joelhos, pés e tornozelos e que essas causam perda de produtividade em trabalhadores em que há exigência física e de tempo. Esse mesmo estudo aponta que trabalhadores obesos tiveram maior tendência a serem hospitalizados que trabalhadores com peso normal73.

Nesse sentido, cabe ressaltar que Ribeiro et al95 em artigo de revisão sobre a obesidade relacionada ao estresse laboral, encontrou estudos que evidenciam que altas demandas de trabalho causam estresse e aumentam a necessidade e a vontade de comer, e que obesos comem mais rápido em substituição à irritabilidade no trabalho.

Cabe destacar que as refeições servidas no refeitório da empresa pesquisada não contêm informações nutricionais e valor calórico dos alimentos ofertados. Além disso, o refeitório possui uma máquina self service de refrigerantes, onde os trabalhadores podem se servir a vontade, sem limite.

Diante do exposto, percebe-se que o excesso de peso pode estar associado a fatores psicossociais do trabalho que causam estresse, além dos comportamentos não saudáveis com relação à qualidade da alimentação e ingestão calórica diária, agravado pelo sedentarismo.

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Nesse contexto, é interessante investir em programas no local de trabalho que forneçam atividades e apoio social para promover estilo de vida saudável, bem como adotar formas de minimizar os fatores psicossociais do trabalho que podem provocar estresse negativo, o que resultará melhor condição de vida e saúde do trabalhador e em redução do presenteísmo.

Em relação às condições de saúde autorreferidas, foram elencadas as condições de saúde crônicas mais comuns e solicitado ao participante que marcasse a(s) condição(ões) que o afeta.

As condições de saúde mais referidas pela população de estudo foram dor de cabeça (17%), lesão osteomuscular (10%), problema renal e problemas de pele (ambos com 9%), hipertensão arterial (6%), tratamento psiquiátrico (4%), doenças respiratórias (4%), artrite (2%) e doença cardíaca (1%), diabetes (1%). Não souberam responder 37%.

Aos participantes que referiram lesão osteomuscular foi solicitado informar a localização. As localizações mais freqüentes foram joelho (22%), braço (17%), costas (17%) e ombros (13%).

A prevalência do presenteísmo relacionado às condições de saúde autorreferidas estão demonstradas na Tabela 9.

Tabela 8: Prevalência do presenteísmo (%) segundo condições de saúde autorreferidas Condição de saúde Não Presenteísta (%) Presenteísta (%) Valor de P - Dor de cabeça 53,8 46,2 Lesão osteomuscular 70,4 29,6 Doença renal 46,3 53,7 Doença e pele 37,5 62,5 0,11 Hipertensão arterial 59,3 40,7 Condições psiquiátricas 53,6 46,4 Doenças respiratórias 40,9 59,1 Artrite ou reumatismos 50,0 50,0 Doença cardíaca 52,5 37,5 Diabetes 16,7 83,3

*X² com correção de Yates: 14,136 grau de liberdade 9 / Yates p valor: 0,11

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Não houve evidencia de associação das doenças referidas com o presenteísmo, mas ao observar a Tabela 8, é possível verificar que a prevalência do presenteísmo tende a ser mais elevada nas seguintes condições de saúde: diabetes (83,3%), problemas de pele (62,5%), doença respiratórias (59,1%), doença renal (53,7%).

Também foi apresentada uma lista com 22 sintomas e solicitado ao participante que assinalasse se apresentou um ou mais dos sintomas descritos. Os sintomas apresentados foram agrupados em quatro categorias:

a. Sintomas cardiovasculares: palpitações; dor ou aperto no peito; falta de ar.

b. Sintomas neuropsíquicos: tonturas; fadiga; indiferença sexual; preocupação em excesso; tremores; dificuldade para dormir/insônia; ansiedade/angústia; dificuldade de concentração; irritação/impaciência.

c. Sintomas gastrointestinais: vômitos/náuseas; dor abdominal; dificuldade de digestão; diarréia; flatulência; dor de estômago; dificuldade para engolir/ engasgos.

d. Sintomas osteomusculares: dor lombar; dor articular; dor generalizada.

As informações obtidas revelaram que 72% da população de participantes apresentaram pelo menos um sintoma e 28% referiram não apresentar nenhum sintoma. A distribuição dos participantes que apresentaram pelo menos um dos sintomas de cada categoria foi de 45% sintomas neuropsíquicos, 29% sintomas gastrointestinais, 22% sintomas osteomusculares e 14% sintomas cardiovasculares.

Na Tabela 9, que apresenta a prevalência do presenteísmo por categoria de sintomas, observa-se que somente os sintomas osteomusculares apresentam associação com o presenteísmo.

Tabela 9: Presenteísmo (%) correlacionado aos sintomas autorreferidos (continua) Variável Não Presenteísta (%) Presenteísta (%) Valor de P Sintomas Cardiovasculares* 47,2 52,8 0,26 Sintomas Neuropsíquicos** 42,0 58,0 0,18

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Tabela 9: Presenteísmo (%) correlacionado aos sintomas autorreferidos (continuação) Variável Não Presenteísta (%) Presenteísta (%) Valor de P Sintomas Gastrointestinais*** 45,1 54,9 0,27 Sintomas Osteomusculares**** 44,8 50,9 0,04

* X² com correção de Yates: 1,256 grau de liberdade 1 / Yates p valor: 0,26 ** X² com correção de Yates: 1,734 grau de liberdade 1 / Yates p valor: 0,18 *** X² com correção de Yates 1,209 com grau de liberdade1 / Yates p valor: 0,27 **** X² com correção de Yates: 4,14 com grau de liberdade 1/ Yates p valor: 0,04

As condições de saúde e os sintomas autorreferidos permitiram identificar a freqüência do presenteísmo influenciado por essas condições. Considerando que o mesmo trabalhador pode ter referido mais de uma doença ou sintoma, essas informações merecem especial atenção.

Também foi perguntado aos participantes da pesquisa sobre alguns aspectos relacionados à situação de saúde entre os meses de janeiro a dezembro de 2013. Os resultados foram associados ao presenteísmo conforme apresentado na Tabela 10.

Ao questionamento “Você teve que ser afastado por motivo de saúde?”, 16% dos trabalhadores afirmaram que sim, sendo os principais motivos relatados os procedimentos cirúrgicos (27%), conjuntivite (11%), dores lombares (7%) e fraturas (5%). Em média, os trabalhadores ficaram afastados por 42 dias. Não houve associação estatisticamente significante desta variável com o presenteísmo.

Quanto à pergunta “Você chegou mais tarde ou saiu mais cedo por motivo de saúde?”, pela análise da tabela 47,7% dos entrevistados que atingiram escore de presenteísmo no SPS-6 afirmaram que sim, mas não houve associação estatisticamente significante com o presenteísmo.

À indagação “Você veio trabalhar apesar de doente?”, 50,8% dos trabalhadores afirmaram ter comparecido ao trabalho doente durante pelo menos um dia no ano, o que indica uma possível associação entre a variável e o presenteísmo. A rigor, esses trabalhadores seriam os verdadeiros presenteístas, ou seja, foram trabalhar apesar de doentes. Os dados coincidem com os encontrados por Milano77 que revelou que

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metade de todos os trabalhadores americanos admitem ter trabalhado pelo menos de um a quatro dias por ano mesmo quando sentindo-se doentes. Ao realizar a análise estatística, o teste do Qui-quadrado obtido é alto,

Tabela 10: Prevalência (%) de Presenteísmo segundo aspectos relacionado à situação de saúde entre os meses de janeiro a dezembro de 2013

Variável Não Presenteísta (%) Presenteísta (%) Valor de P

Você sofreu algum procedimento cirúrgico?*

Sim 39,0 61,0 0,16

Não 50,0 50,0

Você teve que ser afastado por motivo de saúde? **

Sim 48,7 51,3 0,77

Não Você chegou mais tarde ou

saiu mais cedo por motivo de saúde?***

Sim 51,2 48,8 0,33

Não 46,8 53,2

Você veio trabalhar apesar de doente?****

Sim 52,8 47,2 0,0

Não 34,8 65,2

* X² com correção de Yates: 2,45 grau de liberdade 1 / Yates p valor: 0,16 ** X² com correção de Yates: 0,08 grau de liberdade 1 / Yates p valor: 0,77 *** X² com correção de Yates:: 0,942 com grau de liberdade1 / Yates p valor: 0,33 **** X² com correção de Yates:: 35,474 com grau de liberdade 1 / Yates p valor: 0,0

Também foi indagado se “Após o trabalho você sente-se fisicamente cansado?”. A maioria (54%) dos trabalhadores afirmou que se sente cansado algumas vezes após um dia de trabalho, 18% frequentemente, 17% raramente, 7% sempre e 4% nunca.

Na Tabela 11 observa-se que 77,5% dos presenteístas apontam nunca se sentir cansados após o trabalho, enquanto 52,3% acusam que sempre sentem-se cansados após o trabalho. A associação desta variável não foi estatisticamente significante. Chama a atenção a frequência que presenteístas apontam de nunca se

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sentirem cansados após o trabalho. Talvez este dado demonstre que o trabalhador não tem a percepção que é presenteísta, ou seja, ele não percebe que sua produtividade é baixa quando comparece ao trabalho em condições de saúde desfavoráveis.

Tabela 11: Presenteísmo (%) associado ao cansaço físico após o trabalho

Variável Não

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