• Nenhum resultado encontrado

Cosmologia e Cosmogonia Espírita

No documento DOUTORADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS (páginas 53-61)

O Espiritismo como religião se apresenta de forma extremamente complexa, com ritos, cultos e cultura própria para cada espaço geográfico. Na França e em alguns países europeus, apresenta-se de uma determinada forma e com forte teor científico; nos países latinos, também ocorre de variadas maneiras, e no Brasil, há maior expressão da conotação religiosa, principalmente com significativa influência do catolicismo brasileiro (ALBRÉE e LAPLANTINE, 1990). Na abordagem de Allan Kardec, fica evidente sua matriz cristã, com uma perspectiva de um cristianismo renovado, despertando o interesse para verificar como se explica a cosmogonia – origem do mundo e do universo, e sua cosmologia – os princípios que governam o mundo e o universo, dentro da visão dos Espíritos. Na busca de compreensão dos processos de construção de identidade como sistema religioso, o Espiritismo faz o exame das noções de mediunidade, reencarnação, carma, provação, progresso16 espiritual e vida em

outros mundos, pontos centrais de sua cosmologia.

‘Ser espírita’ implica participar de um sistema de crenças e dogmas em uma cosmologia complexa que estrutura a identidade religiosa estabelecida, trazendo uma escala de valores própria do movimento espírita (CAVALCANTI, 1983). No Espiritismo, a comunicação com os mortos, ou seja, a mediunidade é ponto central da origem e da manutenção da doutrina. Perceber o significado

16 Kardec utiliza o termo progresso para falar sobre o grau de adiantamento dos Espíritos – lei

de progresso espiritual. Nos livros do Espírito André Luiz, psicografados por Chico Xavier, iremos encontrar a utilização do termo evolução, no sentido de evolução espiritual.

conferido pelos indivíduos e/ou pelos grupos à atividade de comunicação com os mortos é ponto importante e diferenciador dessa experiência social. A experiência da mediunidade cria um espaço sociocultural de conotação específica que demarca a religião em si mesma e a diferencia de outras. A experiência mediúnica articula o sistema cultural e determina o território próprio de cada religião que acolhe essa atividade, como a Umbanda, o Candomblé ou o Espiritismo. A mediunidade no Espiritismo não é encontro entre o ser humano e o divino como na Umbanda e no Candomblé, mas entre encarnado e desencarnado.

O fenômeno da mediunidade sempre existiu e encontramos relatos dessas experiências que datam da antiguidade. Elas foram importantes para o surgimento de religiões do Oriente Próximo e do Ocidente, como percebemos nas histórias de Moisés e dos profetas hebreus recebendo mensagens de Jeová ou de anjos. Encontramos muitos outros relatos com os primeiros cristãos, bem como com Maomé na fala do anjo Gabriel que veio compor o Corão. Essa milenar vivência, caracterizada pela comunicação com entidades provindas de outra dimensão, é tratada como uma realidade física, não vinda da mente da própria pessoa, que se torna objeto de investigação de muitos pesquisadores. Na atualidade, se reconhece não tratar de nenhum processo patológico enquadrado dentre os transtornos psiquiátricos como foi no início do século XX (ALMEIDA, 2004; ALMEIDA e LOTUFO NETO, 2004; GIUMBELLI, 1997).

Respeitando as fronteiras de cada crença, e a “rede de significados” que permeiam a identidade de cada religião, é frequente a crença em espíritos e em suas manifestações ligadas ao cristianismo, objeto inclusive de muitas tensões e disputas. Como sugere Velho (2003), parece haver na sociedade brasileira uma “ordem de significados que gira em torno da crença em espíritos”. Segundo o autor, no plano cultural, é importante observar essa “crença generalizada em espíritos e nas suas possibilidades de se comunicarem, manifestarem e influenciarem a vida cotidiana”; isso pode ser percebido no Candomblé, na Umbanda, no Espiritismo, no Catolicismo popular e em diversas seitas de origem protestante, com todas as suas diferenças em referência ao domínio do sobrenatural.

No Espiritismo, a relação entre o “plano terreno” e o “plano espiritual” é estruturada numa temporalidade de continuidade entre os dois mundos, segundo Kardec, “mundo visível e mundo invisível”, pois a morte é somente a passagem para o mundo dos espíritos, que é o território da eternidade, em suas várias graduações. E não é qualquer eternidade. Está dentro da sua perspectiva cosmológica que envolve sucessivas encarnações e desencarnações até que o indivíduo possa atingir um estado de luz – de um ser divino. Esse processo é visto como a grande misericórdia de Deus, que não pune o homem e permite que se possa conquistar um progresso espiritual individual conforme seu esforço, iniciando no estágio mais grosseiro, ignorante, até atingir a fluidez divina, que é um ponto no infinito (STOLL, 2009; CAVALCANTI, 1983).

Pelo retorno ao “mundo visível”, da matéria, o ser humano tem a oportunidade de galgar o progresso espiritual por suas sucessivas escolhas – livre-arbítrio, estabelecido na forma de carma. No momento da reencarnação, é traçado um planejamento para a vida terrena, e durante sua trajetória o indivíduo poderá aliviar algum infortúnio, conforme suas ações são desenvolvidas na atual vida. Assim, o carma não se apresenta como algo imutável, mas, sim, como um planejamento que poderá sofrer pequenas modificações, dependentes das ações da pessoa, em um sistema de “ação e reação”17. O homem terá que

reencarnar na Terra, quantas vezes forem necessárias para seu progresso espiritual. Tendo alcançado a perfeição de que é suscetível, não terá mais que sofrer provas, nem expiações, e não estará mais sujeito à reencarnação em corpos perecíveis, mudando então para um orbe mais evoluído. Tudo se passa numa progressão linear que parte de um nível inferior para o superior (ELIADE, 1992).

No Espiritismo, a encarnação do espírito pode ter acontecido em outros planetas antes de este estar reencarnado na Terra. Como uma escala progressiva, os espíritas classificam os reinos como: reino mineral, reino vegetal, reino animal e reino hominal. A origem do ser humano começou em outros planetas – “há muitas moradas na casa de meu pai” -, no período de

17 Refere-se ao sistema de causas e consequências, que o Espírito André Luiz denomina de

criação da Terra, sendo por isso que Darwin não teria encontrado o elo que falta em sua teoria da evolução. As “diferentes categorias de mundos habitados” são expostas no “O Evangelho segundo o Espiritismo”, estabelecendo uma classificação dos mundos em “inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores em todos os respeitos” (KARDEC, ESE: 72). O planeta Terra estaria na categoria de provas e expiações, “razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias” (KARDEC, ESE: 73), passando atualmente por um processo de transição no sentido de chegar a ser um planeta de regeneração. Há diferentes gradações nos mundos habitados, que se devem ao estado moral de seus habitantes e a sua destinação. Esses mundos estão divididos em:

“mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem” (KARDEC, ESE: 73).

É presumível que, se ocorre graduação entre os “mundos habitados” devido aos espíritos que aí o compõem, haja então uma classificação para os diferentes tipos de espíritos. Em “O livro dos Espíritos”, encontramos uma “Escala Espírita”, que distribui os Espíritos por ordem e classes: na primeira ordem, estão os Espíritos puros que se apresentam sem influência da matéria, possuem superioridade intelectual e moral absoluta. Com relação aos Espíritos das outras ordens, compõem uma única classe e gozam de inalterável felicidade, trabalhando como mensageiros e ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal; depois, vêm os de segunda ordem. São os Bons Espíritos, que estão subdivididos nas classes: a) Espíritos benévolos, b) Espíritos sábios, c) Espíritos de sabedoria, d) Espíritos superiores; e, por fim, a terceira ordem onde estão os Espíritos imperfeitos, subdivididos em cinco classes: a) Espíritos batedores e perturbadores, b) Espíritos neutros, c) Espíritos pseudo-sábios, d) Espíritos levianos, e) Espíritos impuros. Na segunda ordem, acham-se os espíritos que, “quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes”, apresentam características de não possuir orgulho, nem egoísmo, nem ambição e, por isso,

não experimentam sentimentos de ódio, rancor, inveja ou ciúme, e fazem o bem pelo bem. Esses Espíritos, conforme a crença, são conhecidos como: “bons gênios, gênios protetores, Espíritos do bem”. Na terceira ordem, ocorre a “predominância da matéria sobre o Espírito, propensão para o mal, ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são consequentes” (KARDEC, LE: 89; 93-95). Entende-se então, que exista um determinismo relativo associado ao livre-arbítrio, condicionado ao grau de adiantamento moral do indivíduo. O Espírito mais adiantado é mais livre, tem como fonte de livre- arbítrio máximo, Deus; que também é fonte de todo determinismo por criar as leis universais. Em uma reencarnação, é o grau de livre-arbítrio que determina a constituição do carma. Deus, para o Espiritismo, “é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”, “é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom” (KARDEC, LE: 51 e 23).

A criação do Espiritismo, para Kardec, tem o objetivo de uma “nova revelação” para esclarecer o que Cristo ensinou por meio de parábolas e alegorias. Segundo ele, a providência divina “encarregou os Espíritos, seus mensageiros” para disseminar em todo o planeta as explicações que o homem da atualidade é capaz de compreender, e que na época de Cristo não entenderiam. A revelação dos Espíritos não ocorreu nas Igrejas romana, grega ou protestante para evitar paixões, preconceitos e privilégio de uma sobre as outras, bem como possíveis deturpações que porventura a igreja estabelecesse devido a interesses menores (KARDEC, LoQéE: 89). Em “O Livro do Espíritos”, Kardec interpreta e esclarece que o Espiritismo não traz nada de novo:

Não, o Espiritismo não traz moral diferente da de Jesus. Mas, perguntamos, por nossa vez: Antes que viesse o Cristo, não tinham os homens a lei dada por Deus a Moisés? A doutrina do Cristo não

se acha contida no Decálogo? Dir-se-á, por isso, que a moral de

Jesus era inútil? Perguntaremos, ainda, aos que negam utilidade à moral espírita: Por que tão pouco praticada é a do Cristo? E por que, exatamente os que com justiça lhe proclamam a sublimidade, são os primeiros a violar lhe o preceito capital: o da caridade universal? Os

Espíritos vêm não só confirmá-la, mas também mostrar-nos a sua utilidade prática. Tornam inteligíveis e patentes verdades que haviam sido ensinadas sob a forma alegórica. E, justamente

com a moral, trazem-nos a definição dos mais abstratos problemas da psicologia (KARDEC, LE: 489-490, grifos nossos).

O Espiritismo expressa um pouco das ideias socialistas e desejos de Rivail. Considerando sua história, registramos, por exemplo, sua proposta cristã de tolerância religiosa com o objetivo de unificação de alguns preceitos:

De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso? “Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas

e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de

unir como irmãos” (KARDEC, LE: 373, grifo nosso).

[...] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os estúpidos preconceitos de cor (Revista Espírita, 1861: 432.).

Rivail possuía ideais socialistas muito disseminados em sua época, vivenciados pelas tensões e percepções das questões socioeconômicas da sociedade industrializada. A cosmologia espírita talvez tenha permitido aliviar essas angústias, quando construiu uma explicabilidade e uma resolução passiva dos problemas aplicando o dogma da reencarnação e da progressão do espírito. Como exemplo disso, temos a diferença entre homens e mulheres, ou o tratamento discriminatório e inferiorizante imposto às mulheres por certas sociedades; encontramos: os Espíritos não têm sexo e “encarnam como homens ou como mulheres” para progredir, ganhar experiência em cada uma das posições, “visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais” (KARDEC, LE: 135). Em relação aos tratamentos de “inferioridade moral da mulher em certos países?”, a resposta é: “Do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.” (KARDEC, LE: 380). E engrandece as mulheres, dizendo que a função a elas “destinada pela Natureza” é maior que as deferidas ao homem, pois “é ela quem lhe dá as primeiras noções da vida” (KARDEC, LE: 381).

Pela reencarnação, o indivíduo passa por provas ou expiações devido a atitudes de vidas pregressas, permitindo aceitação da constituição social de

classes. Nas elucubrações do processo progressivo dos espíritos, permite-se a Kardec criar a sociedade ideal, como encontramos no “O Livro dos Espíritos”:

À medida que a civilização se aperfeiçoa, faz cessar alguns dos males que gerou, males que desaparecerão todos com o progresso moral. De duas nações que tenham chegado ao ápice da escala social, somente pode considerar-se a mais civilizada, na legítima acepção do termo, aquela onde exista menos egoísmo, menos cobiça e menos orgulho; onde os hábitos sejam mais intelectuais e morais do que materiais; onde a inteligência se puder desenvolver com maior liberdade; onde haja mais bondade, boa-fé, benevolência e generosidade recíprocas; onde menos enraizados se mostrem os preconceitos de casta e de nascimento, por isso que tais preconceitos são incompatíveis com o verdadeiro amor do próximo; onde as leis nenhum privilégio consagrem e sejam as mesmas, assim para o último, como para o primeiro; onde com menos parcialidade se exerça a justiça; onde o fraco encontre sempre amparo contra o

forte; onde a vida do homem, suas crenças e opiniões sejam melhormente respeitadas; onde exista menor número de desgraçados; enfim, onde todo homem de boa-vontade esteja certo de lhe não faltar o necessário (KARDEC, LE: 371, grifo

nosso).

Para o Espiritismo, a individualidade existe num universo regido por leis invioláveis e imutáveis que a ciência irá gradativamente descobrindo. São leis naturais, de origem divina, que regem o “mundo invisível e o mundo visível”. Nesse plano, o “mundo invisível” engloba e gera sentido ao “mundo visível”, pois é possível a passagem de um mundo ao outro, mas também a interferência simultânea do invisível sobre o visível. A relação entre os dois planos é governada por leis divinas que regulam em dois sentidos. De um lado, estão as relações da matéria – as leis físicas; e, de outro, as leis que tratam do homem consigo mesmo, com seus semelhantes e com Deus – são as leis morais. As leis divinas são ditas como lei natural, que é lei de Deus, e que pode ser dividida em componentes que indicam o caminho natural do ser humano, em que o afastamento da lei trará para si a infelicidade. No entender dos espíritas, é o afastamento da lei de Deus que traz a infelicidade, e esse processo será representado com o aparecimento de doenças. O discernimento dessas leis é encontrado em “O Livro dos Espíritos” de forma detalhada, de onde retiramos o trecho ilustrativo abaixo:

Que pensais da divisão da lei natural em dez partes, compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação,

destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade?

“Essa divisão da lei de Deus em dez partes é a de Moisés e de

natureza a abranger todas as circunstâncias da vida, o que é essencial. Podes, pois, adotá-la, sem que, por isso, tenha qualquer

coisa de absoluta, como não o tem nenhum dos outros sistemas de classificação, que todos dependem do prisma pelo qual se considere o que quer que seja. A última lei é a mais importante, por ser a que faculta ao homem adiantar-se mais na vida espiritual, visto que resume todas as outras” (KARDEC, LE: 315, grifos nossos)

No Espiritismo, será o desenvolvimento da ciência que trará o esclarecimento sobre muitos dogmas e sobre os ditos “milagres” concedidos a ações praticadas por Jesus Cristo. Os milagres são vistos pela sociedade em geral, como algo que é inexplicável, excepcional, que ocorreu em determinados momentos da história do ser humano, e que, por isso, não seria possível ocorrer sem a interferência divina. Para o Espiritismo, não há milagres, pois se trata de um processo que será respondido pela ciência, sendo que muitas coisas já foram reveladas pelos Espíritos:

O Espiritismo repudia, no que lhe concerne, todo efeito maravilhoso, quer dizer, fora das leis da Natureza. Ele não faz nem milagres, nem prodígios, mas explica, em virtude de uma lei, certos efeitos reputados até hoje como milagres e prodígios, e por isso mesmo demonstra sua possibilidade. Amplia assim o domínio da Ciência, e é nisso que ele próprio é uma ciência. Mas a descoberta dessa nova lei, ocasionando consequências morais, a codificação dessas consequências fez dele uma doutrina filosófica (KARDEC, LoQéE: 32).

Certamente, os apóstolos, S. Paulo e os primeiros discípulos teriam estabelecido de modo muito diverso alguns dogmas se tivessem os conhecimentos astronômicos, geológicos, físicos, químicos, fisiológicos e psicológicos que hoje possuímos (KARDEC, LG: 398).

Tanto do ponto de vista socioantropológico, quanto do cultural, a religião espírita apresenta nuanças em construção que incorporam descobertas científicas, pensamentos filosóficos, e um universo complexo de significados. A cosmogonia e cosmologia apresentadas mostram um Universo Cósmico extremamente complexo, com revelações que aproximam as profecias da antiguidade dos avanços tecnológicos e científicos do presente, incluíndo um bocado do que denominamos de ficção científica. Acompanhando sua trajetória, temos um Espiritismo que começou na França e que já é outro na atualidade. Como dizem Aubrée e Laplantine (1990), o Espiritismo na França inicialmente predominou pela abordagem científica, mas mudou muito ao longo da trajetória, tanto na sua terra natal quanto no Brasil.

No documento DOUTORADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS (páginas 53-61)