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Criação da matriz de prioridades para o gozo de um recurso alvo

Capítulo 3: Conceito de sistema direcionado para uma nova metodologia

4.3.2 Definição da estrutura holística

4.3.2.3 Criação da matriz de prioridades para o gozo de um recurso alvo

Entre os três tipos de recursos elementares definidos, tipo R1, R2 e R3, em que o

tipo R1 é o recurso de utilização pura, o do tipo R2 é o recurso de consumo puro, e o tipo

R3 é o recurso misto ou dependente, salvo melhor opinião, aquele que se pode configurar

mais premente na questão das prioridades, é o tipo R1 de utilização pura, pois o seu

comportamento impaciente de espera, conduz à condição de espera nula, a sua alocação terá maior pertinência perante os outros tipos de recursos, pois estaremos a falar por exemplo, da mão-de-obra, cujos custos inerentes a tais desperdícios, são geralmente de maior grandeza, que se verifica nos recursos do tipo R2 e R3.

Repare-se que os recursos do tipo R1 (utilização pura) regra geral são inicialmente

considerados de dominantes, pois se reafirmam como agregadores dos restantes tipos de recursos, e por essa razão também cada um dos seus fragmentos temporais são passíveis de serem considerados de críticos natos, podendo ainda dentro desse conjunto, ser pré- estabelecido graus de importância no seu uso.

Os recursos do tipo R2 (consumo puro) e R3 (misto ou dependente) são

considerados de agregativos, e tornam-se potenciais agregados, quando é criada alguma dependência direta em pelo menos um fragmento de um dado recurso do tipo R1. O risco

de que algum fragmento de consumo desses recursos se tornar crítico deverá ser constantemente tido em atenção, conduzindo-se a uma redefinição dos recursos dominantes conexos.

Relativamente ao recurso de tipo R1, de utilização pura, pode-se considerar que,

para satisfação de um dado fragmento FGRt,s,f do recurso subtipo, R1,s é usado um

determinado recurso nominativo RN1,s,nº, de modo a que fique apto para ser novamente

usado noutro fragmento de tempo FGR,t,s,f+1, preferencialmente, no mesmo espaço físico

de atuação e em modo contínuo de gozo; isto é, sem que se interponha fragmentos nulos entre eles. Ainda no que concerne a este tipo de recurso, o conjunto dos fragmentos que pode primeiramente gozar do uso do recurso R1,t, é o pertencente aos FGR,t,s,f com maior

grau de criticidade, isto é, existirá uma disputa para tal gozo do recurso, quer por parte dos fragmentos puros do nível base, quer por fragmentos do nível que ladeiam ou intersetam outros níveis.

106 Contudo, para um determinado nível Nj, será espectável que os fragmentos

considerados críticos existentes nesse nível sejam os preferidos para o gozo efetivo e mais cedo daquele recurso, concluindo-se, assim que a prioridades a estabelecer nos fragmentos desse nível Nk, para o desfrute do recurso alvo, seja condicionado pela ordem de

criticidade desses fragmentos no nível Nj. Considerando que a Criticidade é a

característica mensurável de um dado subsistema, que contém pelo menos um fragmento temporal, FGR,t,s,f, de um determinado recurso nominativo (f), pertencente a um dado

subtipo (s), de um tipo de recurso (t), expressa em percentagem (0 à 100%) para a qual se estabelece, tendo em conta o maior grau de criticidade relativa de todos os subsistemas contidos pelo mesmo subsistema progenitor, característica essa, que indica qual o nível holístico (n=j-k), no sentido agregador, a partir do qual, tal fragmento temporal deixa de ser crítico.

Na Figura 33, é feita a representação gráfica de um determinado subsistema, evidenciando-se no diagrama holístico a sua criticidade e respetivo eixo isocrítico, tendo-se por base a data de início de processamento fixada por algum critério pré-estabelecido como, por exemplo, o custo, a qualidade ou simplesmente uma prioridade política.

Tempo

T

em

p

o

DATA DE INÍCIO FIXADA PARA O PROCESSAMENTO

EIXO ISOCRITICO

100% 0%

Criticidade

107 Tendo como hipótese válida, que no nível, Nk-1, todos os Ek,i, isto é, os

correspondentes fragmentos FGR,1,s,f (em que tipo=1) são críticos. No sentido agregador,

em cada sucessivo nível visitado, alguns fragmentos irão comportar folgas de uso e assim deixarão de ser críticos. No nível, N0, os fragmentos FGk,i,v(Rtipo,i) que ainda sejam críticos

deverão ser os primeiros a serem alocados e sucessivamente, tendo em consideração as tabelas adequadas aos estudos (os estudos parcelares) pretendido para aplicação de

Alg_Alocação.

Considerado que, para cada Ek-1,i e o seu correspondente digrafo G’k-2,i, conforme

Figura 34, existe um relacionamento unívoco com os seus fragmentos de agregação,

FGR,t,s,f. Para cada fragmento, FGR,t,s,f, deve-se fazer a sua devida correspondência, ao

recurso nominativo RNt,s,nº, que dinamicamente (perante o holismo do sistema, este é

capaz de aprender) é recolocado na sua lista, LRt,s, seguindo critérios mutantes de

posicionamento preferencial de uso.

A correspondência de um determinado conjunto de fragmentos contidos em

FGR,t,s,f ao consecutivo disponível recurso nominativo RNt,s,nº, é feita por aplicação de um

algoritmo denominado de Alg_Alocação, que deve ser eficiente na alocação de um determinado recurso nominativo RNt,s,nº. Resultando numa otimização do seu uso,

nomeadamente, maximizando o fluxo continuado de utilização para um determinado espaço físico do seu domínio, em que a apresentação da alocação em referência seja estabelecida através de um tabela nominativa de alocação, Te(RNt,s,n).

FGR

t,s,f

LR

t,s

T

e

(RN

t,s,n

)

RN

t,s,nº

Figura 34 - Relacionamento unívoco dos fragmentos de agregação, FGR,t,s,f

108 Um outro resultado de interesse é o de que em qualquer momento, o governante possa ser informado sobre qual a verdadeira alocação dos recursos nominativos, conforme é ilustrado na Figura 35, sendo que tal representação deve ser também baseada no DHP.

Figura 35 - Forma de representar qual a alocação dos recursos elementares

Sendo de realçar que uma das condições correntes para a existência dos recursos elementares de Ek,i é de que o projeto tenha uma cabimentação orçamental válida, daí ser vital que esta ferramenta seja capaz de governar para além do entendimento lógico dos fluxos de recursos nominativos, ou seja, se para além dos elementos Ek,i do nível Nk, que

são considerados como os últimos elementos entendíveis na lógica da programação de interdependências, for considerado ainda um nível superior (nível monetário) Nk+1, de tal

modo que a maior parte dos elementos de Ek,i, ou seja, os Rtipo,i, sejam elementos, ainda

definidos por dependência direta dos elementos moeda, Ek+1,i dominantes no nível Nk+1,

109 elementares, fazer-se o acompanhamento e a gestão integrada do planeamento através do

hiper-recurso elementar moeda, melhor denotado por Mk+1,i.

A quantificação e controlo dos fluxos de custos também se revestem de grande importância para o gestor de projetos. Como já foi referido, tendo em consideração o nível

monetário, Nk+1, cujos elementos são os hiper-recursos, Mk+1,i, ficamos, desta forma,

dotados da necessária base para o procedimento de quantificação e o controlo dos fluxos de custos em todos os níveis Nj e seus respetivos elementos Ej,i.