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CAPÍTULO IV RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Estruturação da metodologia

4.1.1 Critério Inclusão Social

A inclusão do social compreende a capacidade da universidade de desenvolver ações de inserção com base na interpretação e intervenção da realidade diante dos contextos tecnológicos, humanos e ambientais e das questões sociais mais variadas, no sentido de atender as demandas da sociedade. A complexidade conceitual e abrangência desse critério criam novos desafios técnicos, metodológicos e de gestão para a universidade no que se refere a sua estrutura, projetos e programas. Não é possível tratar o objeto da inclusão social em sua complexidade, sem um olhar para os portadores de necessidades especiais, para a comunidade do entorno institucional e a sociedade geral.

Para Pacievitch (2008), a inclusão social é um termo utilizado quando se faz referência à inserção de pessoas com algum tipo de deficiência ao ensino regular e ao mercado de trabalho, ou ainda a pessoas consideradas excluídas, que não tem as mesmas oportunidades dentro da sociedade, por motivos das condições socioeconômicas, gênero, raça e falta de acesso à tecnologia. Portanto, o papel da universidade é permitir o acesso, oferecer infraestrutura, planejar e executar atividades focadas no desenvolvimento das pessoas.

Na visão da UNESCO, a educação inclusiva ultrapassa a concepção de que a mesma esteja apenas a servir as pessoas com necessidades expeciais. Compreende que a inclusão passa pela alta qualidade da educação para todos os estudantes e ao mesmo tempo o desenvolvimento de uma sociedade mais inclusiva, que apoia e acolhe a diversidade entre todos (UNESCO, 2008).

O Ministério da Educação, considerando o disposto na Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e no Decreto nº 5.773, de 09 de maio de 2006, na perspectiva de assegurar aos portadores de deficiência física e sensorial condições básicas de acesso ao ensino superior, de mobilidade e de utilização de equipamentos e instalações das instituições de ensino, incluiu nos instrumentos destinados a avaliar as condições de oferta de curso superior, para fins de sua autorização e reconhecimento e para fins de credenciamento de instituições de ensino superior, bem como para sua renovação, e, exigir os requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais. (SINAES, 2006). A Figura 8 apresenta os subcritérios e os atributos propostos de avaliação do critério inclusão social e suas respectivas tipologias.

Figura 8 - Critério, subcritérios, atributos e tipologia do critério inclusão social. Fonte: autoria própria, 2013.

A estruturação da metodologia de avaliação do critério é a inclusão social, que é composto pelos seguintes subcritérios: 1) comunicação e sinalização (CS) que indique trajetos e localização de ambientes para pessoas necessidades especiais (NE) 2) acessibilidade em edificações (AE) para os docentes, discentes, técnicos administrativos e comunidade em geral com necessidades especiais; 3) sanitários acessíveis para cadeirantes (SAC) com barras de apoio para uso dos portadores de cadeiras de rodas; 4) a ergonomia adequada (EA) dos móveis para os portadores de necessidades especiais; 5) A existência de profissionais interprete de libras (PIL) para o atendimento aos portadores de necessidades especiais; 6) As ações para integração da universidade com o setor público, setor produtivo e o mercado de trabalho através de eventos organizacionais (EO); 7) A ocupação das vagas oferecidas pela universidade pelos estudantes da microrregião (VOEMR); 8) Ações de comprometimento com os valores éticos, morais e legais (VEML) em relação ao comportamento das pessoas na instituição.

Na Tabela 2 constam como os subcritérios de inclusão social são avaliados no que se referem às unidades de medidas, a otimização, as fórmulas utilizadas, atributos e as explicações do significado de cada um.

Tabela 2 - Mensuração do Critério Inclusão Social

Critério Subcritério Unidade

Otimização Max ou

Min.

Fórmula Atributos Explicação

1. Inclusão Social 1.1 Comunicação e Sinalização 1.2 Acessibilidade em edificações Unid. Unid. Max. Max.

1. ( + CS visual e tátil total.

+ 0 ) = CS visual e tátil parcial

0. ( ) = 0 Não existe comunicação e sinalização

(NTAͥi) número total de andares do prédio i ,

inclusive o andar térreo.

(NTAAi) número total de andares com

acessibilidade no prédio i . - considera-se 1

(um) quando existe de acesso 0 (zero) quando não existe de acesso.

(VAPi) Via de acesso ao prédio i. -

considera-se 0 (zero) quando não existe via de acesso e 1(um) quando existe via de acesso.

(NP) número de prédios Acesso total

Acesso parcial

0 Não tem acesso

O Decreto de N0 5.296 de 2 de

dezembro de 2004 da Presidência da República considera a acessibilidade como condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, qualificado também pela NBR 9050.

Neste estudo serão observados os prédios e os pavimentos existentes e as facilidades de acesso nos ambientes avaliados utilizando a forma expressa na coluna atributos.

(continuação)

Critério Subcritério Unidade Otimização

Max ou Min. Fórmula Atributos Explicação

1.3 Sanitários acessíveis para cadeirantes 1.4 Ergonomia adequada Unid. Unid. Max. Max a)

b) NPASCM) Número de prédios com

acessibilidade de sanitário masculino para cadeirantes, considera-se 0 (zero) quando não existe banheiro para cadeirante e 1(um) quando existe.

c) NPASCF) Número de prédios com

acessibilidade de sanitário feminino para cadeirantes, considera-se 0 (zero) quando não existe banheiro para cadeirante e 1(um) quando existe ..

(NP) Número de Prédios

N0 cadeiras para pessoa obesa

N0 cadeiras para pessoa canhota

N0 mesas ou superfície para cadeirante

(Sa) N0 salas de aulas

Sanitários qualificados pela NBR 9050, na qual considera que pelo menos 5% dos sanitários, com um mínimo de 1(um) sanitário para cada sexo, de uso de alunos e de uso dos servidores devem ser acessíveis obedecendo os padrões descrito na referida norma, conforme a seção 7. Recomenda- se, além disso, que pelo menos outros 10% sejam adaptáveis para acessibilidade. No presente estudo será considerada a existência ou não de sanitário acessível para cadeirantes.

A NBR 9050 considera que as mesas ou superfícies para refeição ou trabalho são previstas em espaços acessíveis, pelos menos 5% delas, com no mínimo 1(uma) do total deve ser acessível para PCR. Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10% sejam adaptáveis para acessibilidade. No presente estudo será considerada a existência de cadeiras (cad) para Pessoas com Necessidades Especiais (ne).

(continuação)

Critério Subcritério Unidade Otimização

Max ou Min. Fórmula Atributos Explicação

1.5 Profissionais interpretes de libras 1.6 Eventos Organizacionais Unid. Unid. Max Max.

(PFL) Professor com formação em Libras

(TAFL) Técnico Administrativo com formação em Libra No decreto de Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 determina que as instituições federais de ensino devam garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação. No presente estudo será considerada a existência ou não de Profissionais interpretes de libras (PIL) para atender de comunicação e informação às pessoas com deficiência auditiva: Professor com formação em Libras (PFL) e Técnico Administrativo com formação em Libras (TAFL).

Eventos organizados para

exposição dos programas,

projetos e pesquisa realizados pela instituição, destinado à

sociedade, dirigentes

empresariais e gestores

(conclusão)

Fonte: Autoria própria, 2013

Critério Subcritério Unidade Otimização

Max ou Min. Fórmula Atributos Explicação

1.7

Ocupação de vagas por estudantes da

microrregião

1.8

Valores éticos e morais e legais

Unid.

%

Max.

Max

VOER) Vagas Ocupadas por Estudantes da Região no ano.

(VOEE) Vagas Ocupadas por Estudantes do Estado no ano.

VOT) Vagas Totais Ocupadas no ano. (W1) Peso para as vagas ocupadas por

estudantes da região no ano.

W2) Peso para as vagas ocupadas por

estudantes do Estado menos os da região no ano.

(W3) Peso para as vagas ocupadas por

todos os estudantes menos do Estado ao ano.

(PAC) Processos Analisados e Concluídos no ano

(TPF) Total de Processos Formalizados no ano

O Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) divide o Estado da Paraíba em 04 mesorregiões e 12 microrregiões, cuja área total é de 56.439,8 km². O objetivo desse sistema de divisão permite a aplicação de políticas públicas, subsidia a tomada de decisões no planejamento. Neste estudo será considerado um conglomerado de municípios (Arara, Araruna, Bananeiras, Belém, Borborema, Cacimba de Dentro, Dona Inês, Guarabira, Pilõezonhos, Pirpirituba, Riachão, Serraria e Tacima.

Os valores éticos e morais são externados no comportamento das pessoas na instituição. O código de ética quando da sua existência e/ou as legislações pertinentes norteiam a execução das atividades institucionais. No presente estudo o subcritério será avaliado pelo encaminhamento pelos resultados da ouvidoria medido pelos processos analisado e concluídos (PAC) versus o total processo formalizado (TPF).