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CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

IX – OUTROS CURSOS

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

I. ENQUADRAMENTO LEGAL

A avaliação das aprendizagens dos alunos do Ensino Básico e dos alunos do Ensino Secundário é regulada pela legislação vigente.

Compete ao Conselho Pedagógico, enquanto órgão de gestão pedagógica da escola, definir, anu- almente, os Critérios Gerais de Avaliação e aprovar os critérios de cada disciplina e área curricular não disciplinar, sob proposta dos grupos de docência. Os critérios de avaliação constituem refe- renciais comuns no interior da escola, sendo operacionalizados pelo Conselho de Turma. Este ór- gão analisa as avaliações propostas por cada professor relativamente à disciplina que lecciona e é responsável pela classificação atribuída ao aluno no final de cada período.

II. PRINCÍPIOS

Os objectivos curriculares da aprendizagem incluem, em todas as disciplinas, o desenvolvimento de competências nos domínios dos conhecimentos disciplinares, das capacidades e das atitudes e valores que contribuam para uma formação e uma educação sólidas.

São de valorizar aspectos como o trabalho em equipa e a intervenção no mundo circundante, se- gundo os valores da cidadania, da democracia e da formação humanista.

A avaliação das aprendizagens orienta-se pelos seguintes princípios de:

1. Consistência

A avaliação deve ser parte integrante do processo de ensino e aprendizagem e ser coerente com ele.

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As tarefas de ensino e de aprendizagem devem, sempre que possível, coincidir com as tarefas e actividades de avaliação, representando, neste caso, o tempo empregue na sua execução um cla- ro benefício para a aprendizagem.

Defende-se uma evolução na aprendizagem que privilegie a resolução de problemas ou activida- des investigativas, para além da memorização e repetição e uma evolução no ensino em direcção ao questionar e ouvir, mais do que apenas dizer, bem como mudança nas expectativas no sentido da compreensão, do uso de conceitos e procedimentos e da resolução de problemas, deixando para trás o domínio exclusivo de conceitos e procedimentos isolados.

2. Incremento da Qualidade das Aprendizagens

Embora a avaliação seja feita com várias finalidades, o seu principal objectivo é promover a aprendizagem dos alunos e informar os professores para a tomada de decisões sobre o ensino. A avaliação deve, portanto, permitir ao estudante ser um elemento activo, reflexivo e responsável da sua aprendizagem e ao professor providenciar oportunidades e meios que facilitem essa aprendizagem, devendo, para isso, propor aos estudantes um conjunto de tarefas de extensão e estilos variáveis, algumas individuais e outras realizadas em trabalho cooperativo, de modo que, no conjunto, reflictam equilibradamente as finalidades do currículo.

3. Transparência

A informação sobre o processo de avaliação deve estar disponível para todos aqueles que por ele são afectados.

Os professores devem reunir-se para discutir os objectivos da aprendizagem, as expectativas, o trabalho dos alunos e os critérios de classificação. Uma avaliação transparente envolve a partilha de responsabilidades - contrato pedagógico - pelos alunos, pelos professores e pelos encarrega- dos de educação.

Neste sentido, a cotação atribuída pelo professor a cada uma das respostas dadas pelo aluno deve ser disponibilizada sempre que tal lhe seja solicitado.

A classificação final do teste é sempre expressa quantitativamente e poderá, ainda, ser acompa- nhada de uma menção qualitativa.

4. Continuidade

A cada professor é pedido que se assegure de que, em cada momento, esteja munido dos registos e dos argumentos que, também a cada momento, usará para justificar as avaliações feitas. Os resultados da avaliação de um aluno destinam-se a informar o próprio aluno, o professor, os en- carregados de educação, a escola e a comunidade, a respeito do seu progresso nos diferentes domínios de aprendizagem.

Deve ser claro para todos os intervenientes no processo que é no fim do 3º Período que se faz a avaliação global final do ano lectivo, sendo esse o momento de reanalisar todo o percurso do aluno e de ter em conta o peso relativo de tudo o que realizou, fazendo-se, então, um juízo

globalizante sobre o grau de desenvolvimento que atingiu, tendo como referência os objectivos

fixados.

5. Diversidade dos Intervenientes

O processo de avaliação é conduzido pelo professor ou equipa de professores responsáveis pela organização do ensino e da aprendizagem, envolvendo, também:

§ os alunos, através da sua auto - avaliação;

§ os encarregados de educação, nos termos definidos na legislação em vigor e no Regula- mento Interno da Escola;

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§ os técnicos dos serviços especializados de apoio educativo, outros docentes implicados no processo de aprendizagem dos alunos e os Directores Regionais de Educação, quando tal se justifique.

6. Diversidade de Técnicas e Instrumentos de Avaliação

No processo de avaliação, deve recorrer-se a uma diversidade de modos e instrumentos de

avaliação: observação do trabalho na aula, relatórios e outras produções escritas, testes, situa-

ções de discussão e outras comunicações orais, projectos, etc. As práticas pedagógicas devem valorizar tarefas que promovam o desenvolvimento do raciocínio dos alunos.

A aprendizagem deve reforçar-se, sempre que possível, com a utilização de materiais que impli- quem o envolvimento do estudante, nomeadamente materiais e tecnologias diversas. A utili-

zação do manual deve promover a capacidade de auto - aprendizagem e o espírito crítico dos

estudantes.

Dado o valor relativo dos instrumentos de avaliação há que ter em conta a avaliação informal

mais ou menos intuitiva que ocorre durante o processo de aprendizagem.

A utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação não permite ver o estudante sob todos os ângulos, o que pode induzir em erros graves. Se há alunos que eviden- ciam melhor as suas competências com um determinado tipo de instrumento, cumpre ao profes- sor prepará-los para poderem responder o mais adequadamente possível, qualquer que seja o instrumento utilizado.

Há que saber dosear a utilização de técnicas e instrumentos de avaliação, racionalizando-os no sentido de potenciar o seu valor e esbater as dificuldades do seu uso.

O cumprimento rigoroso dos princípios anteriormente enunciados não invalida que a avaliação dos alunos seja um processo complexo. Avaliar os alunos é muito mais do que classificar e há uma grande dificuldade em pesar o desenvolvimento de capacidades e competências - a capacidade de resolver problemas, a capacidade de exploração e formulação de conjecturas, as competências a nível do raciocínio e da comunicação, o desenvolvimento de uma atitude positiva face à disciplina em causa, o espírito crítico, … - .

A avaliação é, além disso, subjectiva e há que assumi-la como tal.

Sendo a sala de aula o lugar onde se exprime toda a competência da escola, é urgente re- flectir sobre o que nela se passa, tendo em vista o alargamento do sucesso dos alunos e a garan- tia de uma maior aproximação à verdade, na hora de os julgar, pela avaliação e decisão sobre a sua progressão. É evidente que sendo o sucesso dos alunos determinante para a aferição da qua- lidade da prestação dos serviços que constituem a missão da escola, é realmente a sala de aula (aula na sala, visita de estudo, assistência a um evento, etc.) e o desempenho que os intervenien- tes têm no espaço e no tempo a ela dedicados, o foco de toda a nossa atenção. Claro que existem muitos e variados aspectos que influenciam a qualidade do que nela se passa, desde as condições logísticas à organização dos recursos e materiais, passando pelas normas de conduta necessárias à criação de um clima propício de trabalho. Claro que para conseguirmos controlar o desenvolvi- mento da aprendizagem teremos de recorrer a um sistema avaliativo que permita ao docente sa- ber em cada momento o progresso dos seus alunos de forma regular e sistemática. A velha fór- mula que se baseia em dois ou três momentos de avaliação por período, normalmente assumidos em formato de testes sumativos é demasiado injusta e penalizadora, tomando a avaliação o ca- rácter de julgamento intermédio, abrindo caminho ao grande julgamento final em Junho de cada ano. A avaliação tem de ser utilizada como instrumento de desenvolvimento, permitindo adequar a tarefa de ensinar ao ritmo de aprendizagem dos alunos. Como todos sabemos existem vários propósitos na avaliação, mas de entre eles poderemos realçar a avaliação do que foi entendido, a avaliação do que foi consolidado e a avaliação do que, no final de cada ano ou ciclo de escolarida- de, é obrigatório em termos dos vários programas. Deste pressuposto podemos formular as se- guintes questões:

É ou não importante que o docente saiba, após cada unidade didáctica, se os alunos perce- beram ou não os conteúdos expostos?

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Existirá uma forma simples de em cada aula1 o docente tomar apontamento de indicadores

do nível de compreensão da matéria dada e, assim, poder programar com segurança a continui- dade do trabalho?

A resposta que cada docente der a estas perguntas influenciará decisivamente a qualidade da prática pedagógica na nossa escola, para melhor ou para pior.

Sabemos que esta metodologia, que nada tem a ver com Escola Moderna2 ou métodos ac-

tivos ou outra catalogação qualquer, requer experiência profissional positiva, maturidade de ca- rácter para lidar com situações difíceis, disponibilidade total para trabalhar em equipa e, mais im- portante de tudo, a resiliência necessária para levar a bom termo aquilo que se pode apresentar à partida como difícil.

Assim, será útil estabelecer uma estratégia de actuação e desempenho na sala de aula como referencial colectivo, em função do qual todos se organizam e procuram atingir as metas nele propostas e que contribua efectivamente para o progresso dos alunos e para a melhoria da prestação docente, factores a que está indissociavelmente ligado o sucesso da escola.

As aulas devem assentar nas seguintes premissas: - a aula deve ser preparada previamente com rigor;

- em sala de aula o trabalho é essencialmente dos alunos sendo o professor um orientador do andamento dos trabalhos e moderador das intervenções;

- para cada aula devem ser estabelecidas claramente as competências a atingir;

- os materiais utilizados na aula devem ser diversificados e contribuir para a apropriação das competências permitindo a aprendizagem pelas três vias principais - ouvindo, lendo, fazendo;

- todos os alunos devem ter a possibilidade de participar na aula, individualmente ou em grupo;

- nas aulas deve ser registado um apontamento de avaliação em relação a cada aluno e/ou a cada grupo, tendo em conta os critérios de avaliação; será mais fácil, por exemplo, julgar no final de cada período em relação a atitudes e valores;

Quais atitudes e valores? Responsabilidade

Cumprimento dos horários Cumprimento dos prazos

Organização do material escolar Cumprimento das tarefas propostas … Autonomia Iniciativa Crítica construtiva Voluntarismo … Cidadania

Respeito pelas regras instituídas Cooperação

Colaboração

Consciência de escola

1 Normalmente quando pensamos em aula referimo-nos a 45’ ou 90’, mas a aula poderá ocupar mais do que um tempo de

90’ e assim dar espaço a que se desenvolvam várias actividades, entre elas a avaliação da compreensão da matéria na totalidade dos alunos.

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Rastrear regular e sistematicamente os indivíduos em cada turma nas várias disciplinas permite-nos detectar precocemente os casos de insucesso e descobrir a sua causa, estabelecendo planos correctivos que podem conduzir à responsabilização dos encarregados de educação, ao apoio de serviços especializados ou ao reforço de apoio na aprendizagem.

Para esta concretização devem ser elaborados critérios de avaliação com ela concordantes. Assim, determina-se que os Critérios Gerais de Avaliação para o quadriénio 2009/2013 sejam os seguintes:

1 – A avaliação deve basear-se unicamente nas competências finais propostas em cada programa, sendo a avaliação de 3º período o reflexo do que o aluno fez durante o ano lectivo completo.

2 – As avaliações intermédias de 1º e 2º períodos terão apenas um carácter de controlo da aprendizagem, indicando sobretudo casos de insucesso mais difíceis de combater ou casos de grande sucesso que não podem conduzir à desmotivação.

3 – Os instrumentos de avaliação terão de ser variados e ter em conta as diversas formas de aprendizagem dos alunos, ouvindo, lendo e fazendo. Para isso as percentagens dos instrumen- tos de avaliação serão as seguintes:

Avaliação a realizar nos três períodos

Objecto de Avaliação Básico Secundário

Trabalho na aula 40% 40%

Trabalho extra aula 10% 10%

Provas sumativas 30% 40%

Atitudes 20% 10%

4 – Para os alunos com necessidades educativas especiais aplica-se a lei vigente.

5 – Os critérios gerais de avaliação por Departamento deverão indicar as especificidades de cada Departamento e decidir se há lugar ou não à construção de critérios de avaliação por grupo disciplinar/disciplina. Ambos devem ser precisos nas ponderações e claros na percepção e devem estar de acordo com os critérios gerais de avaliação de escola.

6 – A avaliação dos alunos deve ser ponderada e discutida em grupo disciplinar, devendo ser objecto de relatório trimestral que será presente a Conselho Pedagógico3.

7 – Não deve ser leccionada nenhuma aula que não seja suportada por um planeamento prévio.

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