IV HORÁRIO DOS SERVIÇOS
V- ENSINO BÁSICO
No Ensino Básico, já se encontra generalizada a reforma curricular nos três anos de escolaridade, tendo-se debatido anualmente as propostas para as disciplinas de oferta de escola, a integrar na área da Educação Artística e Tecnológica e na área de Formação Pessoal.
Assim, no 7º têm Expressão Corporal e no 8º ano têm Socorrismo. A disciplina oferta de Escola é Socorrismo.
o Plano Curricular
COMPONENTES DO CURRÍCULO Carga horária semanal
(x 90 min.) Transdisciplinar Áreas curriculares disciplinares 7.º
ano ano 8.º ano 9.º Total no Ciclo
Valorização
Língua Portuguesa 2 2 2 6
Línguas Estrangeiras
LE1 (Francês / Inglês) 1,5 1 1 8
LE2 (Francês / Inglês) 1,5 1,5 1,5 Ciências Humanas e Sociais
História 1 1 1,5 7
Geografia 1 1,5 1
Matemática 2 2 2 6
Ciências Físicas e Naturais
Ciências Naturais 1 1 1 6,5
Físico-Química 1 1 1,5
Educação Artística
Educação Visual 1 1 1,5 5,5
Expressão Plástica 1(a) 1(a) Educação Tecnológica 1(a) 1(a)
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Utilização das tecnologias de informa- ção e comunicação da língua portuguesa e da di- mensão humana do trabalho Educação para a cidadania Educação Física 1,5 1,5 1,5 4,5 Subtotal 14,5 14,5 14,5 43,5 Formação Pesso- al e Social Áreas curricula- res não discipli- nares Área de Projec- to 1 1 1 7,5 Estudo Acom- panhado 1 1 1 Formação Cívi- ca 0,5 0,5 0,5 Total 17 17 17 51 T. I. C. 0,5 0,5 0,5 1,5 Educação Moral e Religiosa Ca- tólica 0,5 0,5 0,5 1,5 Máximo global 18 18 18 54 Actividades de enriquecimento - - - -(a) Nos 7.º e 8.º anos, as turmas são desdobradas em dois turnos para que metade dos alunos
trabalhe em Educação Tecnológica e a outra metade na disciplina de Expressão Plástica (trocando depois, numa organização equitativa ao longo do ano), mas em cada uma delas a leccionação do turno respectivo estará a cargo de um único professor.
o ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES
Segundo o Artº 5º do Decreto-Lei nº 6/2001, de 18 de Janeiro, são finalidades das novas Áreas Curriculares Não Disciplinares:
Na Área de Projecto:
§ concepção, realização e avaliação de projectos através da articulação de saberes de diver- sas áreas curriculares, em torno de problemas ou temas de pesquisa ou de intervenção, de acordo com as necessidades e os interesses dos alunos;
No Estudo Acompanhado:
§ apropriação pelos alunos de métodos de estudo e de trabalho que proporcionem o desen- volvimento de atitudes e de capacidades que favoreçam uma cada vez maior autonomia na realização das aprendizagens;
Na Formação Cívica:
§ desenvolvimento da educação para a cidadania, visando o desenvolvimento da consciência cívica dos alunos como elemento fundamental no processo de formação de cidadãos res- ponsáveis, críticos, activos e intervenientes, com recurso, nomeadamente, ao intercâmbio de experiências vividas pelos alunos e à sua participação, individual e colectiva, na vida da turma, da escola e da comunidade.
As novas Áreas Curriculares aparecem, assim, como um espaço de integração e desenvolvimento de atitudes e saberes que contribuam para a melhoria das competências essenciais das outras disciplinas do Currículo. Apresentam-se, ainda, como um espaço privilegiado para a aquisição e o desenvolvimento das competências transversais.
Estas áreas assumem um carácter transversal (a todas as disciplinas) e integrador (das diversas aprendizagens). Visam a realização de aprendizagens significativas e a formação integral dos alu- nos, através da articulação e contextualização dos saberes disciplinares. Embora disponham de tempos semanais para a realização de actividades específicas, o seu desenvolvimento deve ser
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coordenado entre todos os professores da turma, o mesmo se aplicando à avaliação. Os objecti- vos do trabalho a realizar nas “novas áreas” devem ser considerados por todos os professores, não se limitando aquilo que o aluno faz nos tempos semanais especificamente dedicados a cada uma delas. Em consequência, será preciso acompanhar e avaliar em que medida, nas diversas disciplinas, o aluno está a progredir relativamente aos objectivos fundamentais destas áreas transversais. Por isso, em cada área, os docentes responsáveis por assegurar o trabalho com os alunos nos respectivos tempos semanais devem recolher informação relevante junto dos seus colegas e propor uma avaliação a ser discutida no Conselho de Turma, no desenvolvimento do Plano de Trabalho/Projecto Curricular de Turma e tomada como base para a decisão desse órgão. As áreas curriculares não disciplinares – Estudo Acompanhado, Área de Projecto e Formação Cívi- ca – integram-se no Projecto Curricular de Escola e pretende, nomeadamente,:
§ contribuir para a formação do aluno enquanto interventor na sociedade;
§ assegurar competências transversais que favoreçam a articulação e integração dos diver- sos saberes;
§ garantir aos alunos a apropriação de metodologias de aprendizagem e o domínio de ins- trumentos de trabalho que possibilitem a aquisição e o desenvolvimento de competências; § proporcionar situações de aprendizagem que permitam o desenvolvimento de um trabalho
mais livre e autónomo;
§ desenvolver no aluno uma atitude criativa que permita uma abordagem inovadora na reso- lução de problemas;
§ assegurar a articulação e contextualização dos saberes das diferentes áreas e disciplinas do currículo.
Finalidades, pressupostos, princípios orientadores, intervenientes e avaliação das áreas curriculares não disciplinares
a) Estudo Acompanhado
Esta área visa promover a apropriação pelos alunos de métodos e técnicas de estudo, de tra-
balho e de organização, assim como o desenvolvimento de atitudes e capacidades que favoreçam uma crescente autonomia na realização das suas próprias aprendizagens. (Dec. Lei n.°6/2001).
O Estudo Acompanhado deve centrar a sua acção, exclusivamente, no desenvolvimento das com- petências transversais, uma vez que são aquelas que representam, de forma significativa, a estru- turação do conhecimento de modo transversal a todas as áreas disciplinares do ensino básico FINALIDADES
§ Ajudar o aluno na identificação e análise de estratégias de estudo em função das suas ca- racterísticas individuais.
§ Desenvolver competências de consulta e utilização de diversas fontes de informação. § Estimular no aluno a capacidade de reconhecer as suas motivações e interesses e de con-
cretizá-las em actividades.
§ Orientar os alunos na auto-avaliação relativamente à eficácia das estratégias de estudo.
PRESSUPOSTOS
§ Desenvolvimento de actividades de planificação do tempo de estudo, competências de lei- tura e de escrita, resolução de problemas, domínio de técnicas específicas, elaboração de apontamentos, preparação para testes, implementação de actividades destinadas a desen- volver outras estratégias de aprendizagem.
§ Assunção do professor como observador do aluno e mediador entre os outros professores da turma e os alunos.
§ Promoção junto do aluno da capacidade de definir objectivos pessoais de aprendizagem, levando-o a um melhor conhecimento de si próprio.
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§ Desenvolvimento de estratégias de estudo que possibilitem a aquisição de um conjunto de ferramentas de aprendizagem.
§ Adequação das práticas às necessidades dos alunos de forma a superar dificuldades de aprendizagem ou possibilitar actividades de enriquecimento.
PRINCÍPIOS ORIENTADORES
§ Deve atender às reais necessidades dos alunos diagnosticadas em Conselho e Turma; § Deve proporcionar o desenvolvimento de capacidades que favoreçam a autonomia na reali-
zação de aprendizagens;
§ Deve desenvolver competências de relacionamento interpessoal e de grupo; § Deve proporcionar acompanhamento em todas as áreas curriculares disciplinares; § As metodologias a utilizar devem ser diversificadas, nomeadamente:
o resolução de alguns trabalhos suplementares; o elaboração de sínteses e organização de trabalhos; o utilização das tecnologias de informação e comunicação;
o consulta de dicionários, software educativo e/ou artigos de interesse.
INTERVENIENTES
Esta área curricular é discutida, planificada e gerida em conselho de turma. E está atribuída às disciplinas de Matemática e Português Língua não Materna.
AVALIAÇÃO
A avaliação desta área caracteriza-se por ser essencialmente descritiva no final dos períodos lecti- vos, tendo como referência a evolução do aluno a partir da situação diagnosticada e utiliza ele- mentos provenientes das diversas disciplinas e áreas curriculares. Trata-se de um processo que envolve a auto e hetero-avaliação, de acordo com instrumentos concebidos pela escola e em diá- logo com os alunos, podendo recorrer-se a diversas técnicas de avaliação. Compete ao conselho de turma proceder à avaliação sumativa mediante proposta dos professores que leccionam a área de Estudo Acompanhado.
b) Área de Projecto
Esta área visa a concepção, realização e avaliação de projectos através da articulação de sabe-
res de diversas áreas curriculares, em torno de problemas ou temas de pesquisa ou de interven- ção, de acordo com as necessidades e os interesses dos alunos. (Dec. Lei n.°6/2001).
Quanto à metodologia a adoptar, à partida, ocorre-nos logo a utilização da Metodologia de Projecto mas existem outras, igualmente relevantes sob o ponto de vista pedagógico, através das quais se podem desenvolver projectos que articulem diferentes ramos do saber e que vão de en- contro aos interesses dos alunos
É de toda a conveniência considerar os parâmetros que o Conselho Pedagógico e coordenadores destas áreas tenham estabelecido ou venham a estabelecer.
FINALIDADES
§ Desenvolver competências sociais, tais como a comunicação, o trabalho em equipa, a ges- tão de conflitos e a avaliação de processos.
§ Aprender a resolver problemas, partindo das situações e dos recursos existentes. § Promover a integração de saberes através da sua aplicação contextualizada.
§ Desenvolver as vertentes de pesquisa e intervenção, promovendo a articulação das dife- rentes áreas disciplinares/disciplinas.
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PRESSUPOSTOS
§ Utilização da metodologia de trabalho de projecto, privilegiando-se uma relação de com- plementaridade entre os grupos e os elementos de cada grupo, contribuindo para a solução do problema comum.
§ O conselho de turma, ao definir objectivos, deve ter em conta a sua exequibilidade.
§ Possibilidade de os alunos se relacionarem com o conhecimento através de realizações concretas.
§ As realizações assumem resultados concretos – relatórios, objectos vários, videogramas, páginas para a Internet ou trabalhos em suportes multimédia.
§ Possibilidade de o aluno confrontar a teoria com a prática tomando uma parte activa no processo de ensino/aprendizagem.
§ Nas situações de aprendizagem devem experimentar-se novos caminhos sem ter receio de se cometer enganos.
§ O aluno avalia-se a si próprio, considerando-se que o conhecimento poderá ser transfor- mado em acções relevantes para o seu meio social.
PRINCÍPIOS ORIENTADORES
§ As temáticas devem estar centradas em preocupações sentidas pelos alunos; § O trabalho de projecto deve ser concebido numa lógica de integração curricular; § A ligação entre a área de projecto e as disciplinas deve ser natural;
§ A temática do trabalho de projecto não deve limitar-se às áreas curriculares leccionadas pelos professores da Área de Projecto;
§ O trabalho deve privilegiar o desenvolvimento da autonomia/criatividade e iniciativa dos alunos;
§ A colaboração entre todos os actores envolvidos nos diferentes tipos de iniciativas; § Privilégio para a construção de pequenos projectos (no mínimo um por período); § As metodologias de pesquisa devem ser diversificadas;
§ Para cada projecto deve ser definida a concepção, a execução e a avaliação.
INTERVENIENTES
Esta área curricular é discutida, planificada e gerida em conselho de turma, sendo a sua operacio- nalização da responsabilidade de dois docentes, os quais constituem um par pedagógico e traba- lham em regime de co-docência. É desejável que os professores a leccionar esta área curricular não disciplinar sejam preferencialmente de áreas disciplinares diferentes.
AVALIAÇÃO
A avaliação sumativa desta área, no final dos períodos lectivos, expressa-se de forma descritiva, conduzindo, também, à atribuição de uma menção qualitativa (não satisfaz, satisfaz, satisfaz bem), e utiliza elementos provenientes das diversas disciplinas e áreas curriculares.
§ A avaliação deve incidir sobre os produtos e processos;
§ A avaliação dos processos deverá ter por suporte grelhas de observação;
§ Compete ao conselho de turma proceder à avaliação qualitativa mediante proposta do par pedagógico que lecciona a Área de Projecto.
c) Formação Cívica
A Formação Cívica é o espaço privilegiado para o desenvolvimento da educação para a cidada-
nia, visando o desenvolvimento da consciência cívica dos alunos como elemento fundamental no processo de formação de cidadãos responsáveis, críticos, activos e intervenientes, com recurso nomeadamente ao intercâmbio de experiências vividas pelos alunos e à sua participação individual
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e colectiva na vida da turma, da escola e da comunidade. (Dec. Lei n.°6/2001, capítulo II, artigo
5°, ponto 3 c). FINALIDADES
§ Desenvolver competências necessárias ao exercício da cidadania.
§ Desenvolver nos alunos atitudes de auto-estima, respeito mútuo e regras de convivência que conduzam à formação de cidadãos tolerantes, autónomos, participativos e civicamente responsáveis.
§ Promover valores de tolerância, solidariedade e respeito pelos outros. § Estimular a participação activa dos alunos na escola e na sociedade.
§ Proporcionar aos alunos momentos de reflexão sobre a vida da escola e os princípios de- mocráticos que regem o seu funcionamento.
PRESSUPOSTOS
§ Todos os momentos são propícios à reflexão sobre a educação para a cidadania, nas aulas e fora delas, na participação da organização da vida escolar, nos estudos, nas actividades desportivas, nos tempos livres, no convívio e nas regras que o orientam.
§ A cidadania exerce-se na participação, cooperação, tomada de decisão e expressão de opi- nião com liberdade e responsabilidade.
§ Nesta área devem ser promovidas situações de aprendizagem que integrem dimensões da vida individual e colectiva, bem como conhecimentos fundamentais para compreender a sociedade e as suas instituições.
§ Aquisição de competências, individualmente e em grupo, para a construção de um projecto de vida saudável nas vertentes física, psíquica e social.
PRINCÍPIOS ORIENTADORES
Esta componente curricular não é de exclusiva responsabilidade de um professor ou de uma disci- plina, mas sim de todas as disciplinas e áreas do currículo, visto abarcar todos os saberes e abranger todas as situações vividas na escola;
De modo a favorecer o desenvolvimento desta área, existe um tempo semanal no horário dos alunos e do director de turma, destinado à informação, sistematização e aprofundamento dos as- suntos;
Na sua vertente de apoio de um tempo semanal, deve:
§ ser planificada pelo director de turma após ouvido o conselho de directores de turma e o conselho de turma, tendo em conta o projecto educativo, o projecto curricular de escola e de turma;
§ ser um espaço privilegiado para a discussão e construção de regras/normas de conduta adequadas;
§ constituir, também, um espaço de diálogo e reflexão sobre assuntos específicos apresenta- dos pelos alunos.
INTERVENIENTES
Esta área curricular é discutida, planificada e gerida em conselho de turma, sendo a sua operacio- nalização da responsabilidade do director de turma.
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A avaliação desta área curricular não disciplinar caracteriza-se por ser descritiva, baseada na au- to-reflexão, no conhecimento que o aluno tem de si próprio e da sua evolução. Este tipo de refle- xão deve ser orientado pelo director de turma, podendo o mesmo recolher contributos dos profes- sores das áreas disciplinares/disciplinas, no sentido de validar a evolução dos alunos. Compete ao conselho de turma proceder à avaliação sumativa mediante proposta do professor que lecciona a área de Formação Cívica.
Áreas de enriquecimento curricular
Actividades de carácter artístico Actividades de carácter lúdico-cultural
Animação da Biblioteca Clube de Matemática Actividades de solidariedade e voluntariado
Desporto Escolar Andebol Voleibol
Futsal
Dança
Natação
Atletismo
Apoios e complementos educativos
Apoio pedagógico acrescido, de natureza eminentemente disciplinar, em ambiente de sala de aula
Destinado ao cumprimento de conteúdos programáticos não leccionados por circuns- tâncias imprevisíveis ou anómalas (doença prolongada do professor, do aluno, etc…) Centro de Recursos
Clube de Matemática
Destinado a qualquer aluno cujas necessidades do reforço das aprendizagens curricu- lares disciplinares e não disciplinares possam melhor ser supridas pela utilização de
metodologias de monitorização, de pesquisa e de auto-formação
Tecnologias da Informação
Qualquer que seja a metodologia utilizada, as TIC constituem uma ferramenta imprescindível quer se desenvolvam projectos, quer actividades de projecto, quer ainda outro tipo de iniciativas. Recorde-se que o mesmo Decreto-Lei refere o carácter transversal das Tecnologias de Informação e Comunicação, cada vez mais presentes não só nas escolas mas na Sociedade em geral, consti- tuindo, actualmente, um veículo para a aprendizagem ao longo da vida.