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Critérios para Indicação do Grau de Priorização para o Controle e

No documento RECURSOS HÍDRICOS (páginas 76-80)

3. Proposta de Metodologia de Priorização do Controle e Monitoramento da

3.4. Critérios para Indicação do Grau de Priorização para o Controle e

Após executar a fase preliminar de identificação dos corpos hídricos e as etapas intermediárias (levantamento de pressões ambientais significativas e análise de impacto na qualidade das águas), toda a gama de informação gerada deve ser estruturada para a etapa final proposta por essa metodologia, que consiste no cruzamento de informações através de uma matriz de aspectos ambientais, com a indicação do grau de priorização para o controle e monitoramento da qualidade das águas de uma bacia hidrográfica.

A matriz de aspectos ambientais se baseia na combinação dos resultados do levantamento de pressões ambientais significativas e das informações resultantes da implementação do modelo matemático, que está detalhada na Tabela 13. Lembra-se que, para cada trecho de estudo da bacia, o cruzamento desses aspectos indica o grau de priorização para controle e monitoramento ambiental, onde o grau mais elevado indica a maior necessidade em implementar rotinas específicas de acompanhamento e monitoramento do trecho e o grau mais baixo sugere que as atividades de monitoramento nesse trecho podem ser planejadas de forma mais simplificada. A avaliação do grau de priorização para o controle ambiental aponta a necessidade de acompanhar a qualidade das massas de água que estão em situação de maior risco ou vulnerabilidade, propondo assim ajustes e adaptações no planejamento das atividades de controle e monitoramento.

O grau de priorização para controle e monitoramento da qualidade das águas pode ser categorizado em cinco faixas, segundo a metodologia proposta, sendo MUITO ALTO, ALTO, MÉDIO e BAIXO, como pode ser visto na Tabela 13.

No caso de não possuir dados disponíveis para efetuar o levantamento de pressões ambientais e para desenvolver a análise de impactos na qualidade das águas em determinado trecho, criou-se a categoria “necessidade de estudos complementares” que aponta a urgência em comandar diligências de equipe técnica para fazer um diagnóstico geral para reconhecimento do trecho da bacia.

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Tabela 13: Matriz de aspectos ambientais para avaliação do grau de priorização para controle/monitoramento ambiental de cada trecho de uma bacia. Fonte:

Autoria própria.

Grau de Priorização para Controle e Monitoramento

Ambiental

Análise Geral de Impactos na Qualidade Das Águas - Informações do Modelo Matemático

Situação

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Dessa forma, ao elencar todos os trechos estudados em uma bacia pelo seu grau de priorização, pode-se avaliar a necessidade de implementar programas com ações específicas de gestão de recursos hídricos e de meio ambiente, como por exemplo, ajustes e adaptações nas redes de monitoramento atuais e nas demais rotinas de controle efetuada pelo órgão ambiental.

O grau de priorização para controle e monitoramento ambiental é o ponto de partida para compreender o estado atual da condição de qualidade de uma bacia hidrográfica e definir ações e medidas diferenciadas para os trechos de maior prioridade e de menor prioridade de acordo com o grau de priorização proposto pela metodologia sugerida pelo presente trabalho. É possível, então, delinear as ações e medida no tempo, ou seja, distinguir aquelas que possuem mais urgência na sua implementação e aquelas que podem ser executadas em curto, médio ou longo prazos.

Desse modo, as medidas ações e medidas devem ser estabelecidas levando em consideração:

a. Trechos com grau de priorização Muito Alto

Os trechos com grau de priorização Muito Alto são aqueles que se encontram em situação crítica quanto aos impactos comprovados, ou seja, a deterioração da qualidade da água é evidenciada pela grande alteração nas variáveis ambientais analisadas que se distanciam dos padrões vigentes, sendo necessário planejar e executar ações específicas em curto prazo, devido ao caráter de urgência do cenário ambiental;

b. Trechos com grau de priorização Alto:

Os trechos com grau de priorização Alto são aqueles de impactos comprovados e de impacto possível, quando verificadas pressões ambientais de alta magnitude, onde a execução de ações específicas pode ser contemplada por um programa de medidas a curto prazo;

c. Trechos com grau de priorização Médio:

Os trechos com grau de priorização Médio são aqueles que podem possuir impactos comprovados ou possíveis, além de impactos não aparentes para diferentes magnitudes de pressões ambientais verificadas, onde o planejamento e execução de ações específicas podem ser contemplados por programas de medidas a médio prazo;

d. Trechos com grau de priorização Baixo:

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As medidas a serem adotadas nos trechos com grau de priorização Baixo dependem do resultado da análise geral de pressões ambientais e dos impactos ambientais verificados no trecho, de acordo com estas duas hipóteses:

 Impactos ambientais não aparentes e verificação de pressões ambientais de média e baixa magnitudes, além do caso de não constatação de pressões significativas.

Neste caso, deve-se efetivar uma caracterização adicional das variáveis ambientais através de monitoramento dedicado em maior frequência e em um número maior de pontos de amostragem no trecho.

 Pressões ambientais significativas de baixa magnitude ou não verificadas, apesar da indicação de impactos possíveis ou, até mesmo, sem impacto aparente. Neste caso, deve-se ampliar o levantamento de pressões ambientais através da inclusão de novas fontes de informação e novos conjuntos de dados secundários que possam sem agregados às ferramentas de sistemas de informação geográfica para análise. Além disso, o programa de medidas deve ter um enfoque de preservação e proteção desses trechos, no médio e longo prazos, para que eles mantem as condições observadas na implementação da metodologia.

e. Trechos com grau de priorização Necessidade de Estudos Complementares:

Finalmente, em trechos com grau de priorização que indica a necessidade de estudos complementares, o corpo técnico deve determinar um plano de ações exclusivo às particularidades do trecho, com a intenção de produzir as informações necessárias à implementação da metodologia. O plano de ações pode englobar vistorias, fiscalizações, campanhas de monitoramento preliminares, reuniões com outros atores interessados no trecho que possam deter as informações desejadas, entre outras atividades.

Para a hierarquização dos trechos dentro de uma bacia hidrográfica, devem ser quais trechos respondem de forma menos expressiva às alterações nas cargas poluidoras e às potenciais ações de controle já simuladas na bacia hidrográfica sendo, portanto, um trecho que deve receber mais atenção nas rotinas de monitoramento e investigação.

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No documento RECURSOS HÍDRICOS (páginas 76-80)