3. Proposta de Metodologia de Priorização do Controle e Monitoramento da
3.4. Critérios para Indicação do Grau de Priorização para o Controle e
Após executar a fase preliminar de identificação dos corpos hídricos e as etapas intermediárias (levantamento de pressões ambientais significativas e análise de impacto na qualidade das águas), toda a gama de informação gerada deve ser estruturada para a etapa final proposta por essa metodologia, que consiste no cruzamento de informações através de uma matriz de aspectos ambientais, com a indicação do grau de priorização para o controle e monitoramento da qualidade das águas de uma bacia hidrográfica.
A matriz de aspectos ambientais se baseia na combinação dos resultados do levantamento de pressões ambientais significativas e das informações resultantes da implementação do modelo matemático, que está detalhada na Tabela 13. Lembra-se que, para cada trecho de estudo da bacia, o cruzamento desses aspectos indica o grau de priorização para controle e monitoramento ambiental, onde o grau mais elevado indica a maior necessidade em implementar rotinas específicas de acompanhamento e monitoramento do trecho e o grau mais baixo sugere que as atividades de monitoramento nesse trecho podem ser planejadas de forma mais simplificada. A avaliação do grau de priorização para o controle ambiental aponta a necessidade de acompanhar a qualidade das massas de água que estão em situação de maior risco ou vulnerabilidade, propondo assim ajustes e adaptações no planejamento das atividades de controle e monitoramento.
O grau de priorização para controle e monitoramento da qualidade das águas pode ser categorizado em cinco faixas, segundo a metodologia proposta, sendo MUITO ALTO, ALTO, MÉDIO e BAIXO, como pode ser visto na Tabela 13.
No caso de não possuir dados disponíveis para efetuar o levantamento de pressões ambientais e para desenvolver a análise de impactos na qualidade das águas em determinado trecho, criou-se a categoria “necessidade de estudos complementares” que aponta a urgência em comandar diligências de equipe técnica para fazer um diagnóstico geral para reconhecimento do trecho da bacia.
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Tabela 13: Matriz de aspectos ambientais para avaliação do grau de priorização para controle/monitoramento ambiental de cada trecho de uma bacia. Fonte:
Autoria própria.
Grau de Priorização para Controle e Monitoramento
Ambiental
Análise Geral de Impactos na Qualidade Das Águas - Informações do Modelo Matemático
Situação
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Dessa forma, ao elencar todos os trechos estudados em uma bacia pelo seu grau de priorização, pode-se avaliar a necessidade de implementar programas com ações específicas de gestão de recursos hídricos e de meio ambiente, como por exemplo, ajustes e adaptações nas redes de monitoramento atuais e nas demais rotinas de controle efetuada pelo órgão ambiental.
O grau de priorização para controle e monitoramento ambiental é o ponto de partida para compreender o estado atual da condição de qualidade de uma bacia hidrográfica e definir ações e medidas diferenciadas para os trechos de maior prioridade e de menor prioridade de acordo com o grau de priorização proposto pela metodologia sugerida pelo presente trabalho. É possível, então, delinear as ações e medida no tempo, ou seja, distinguir aquelas que possuem mais urgência na sua implementação e aquelas que podem ser executadas em curto, médio ou longo prazos.
Desse modo, as medidas ações e medidas devem ser estabelecidas levando em consideração:
a. Trechos com grau de priorização Muito Alto
Os trechos com grau de priorização Muito Alto são aqueles que se encontram em situação crítica quanto aos impactos comprovados, ou seja, a deterioração da qualidade da água é evidenciada pela grande alteração nas variáveis ambientais analisadas que se distanciam dos padrões vigentes, sendo necessário planejar e executar ações específicas em curto prazo, devido ao caráter de urgência do cenário ambiental;
b. Trechos com grau de priorização Alto:
Os trechos com grau de priorização Alto são aqueles de impactos comprovados e de impacto possível, quando verificadas pressões ambientais de alta magnitude, onde a execução de ações específicas pode ser contemplada por um programa de medidas a curto prazo;
c. Trechos com grau de priorização Médio:
Os trechos com grau de priorização Médio são aqueles que podem possuir impactos comprovados ou possíveis, além de impactos não aparentes para diferentes magnitudes de pressões ambientais verificadas, onde o planejamento e execução de ações específicas podem ser contemplados por programas de medidas a médio prazo;
d. Trechos com grau de priorização Baixo:
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As medidas a serem adotadas nos trechos com grau de priorização Baixo dependem do resultado da análise geral de pressões ambientais e dos impactos ambientais verificados no trecho, de acordo com estas duas hipóteses:
Impactos ambientais não aparentes e verificação de pressões ambientais de média e baixa magnitudes, além do caso de não constatação de pressões significativas.
Neste caso, deve-se efetivar uma caracterização adicional das variáveis ambientais através de monitoramento dedicado em maior frequência e em um número maior de pontos de amostragem no trecho.
Pressões ambientais significativas de baixa magnitude ou não verificadas, apesar da indicação de impactos possíveis ou, até mesmo, sem impacto aparente. Neste caso, deve-se ampliar o levantamento de pressões ambientais através da inclusão de novas fontes de informação e novos conjuntos de dados secundários que possam sem agregados às ferramentas de sistemas de informação geográfica para análise. Além disso, o programa de medidas deve ter um enfoque de preservação e proteção desses trechos, no médio e longo prazos, para que eles mantem as condições observadas na implementação da metodologia.
e. Trechos com grau de priorização Necessidade de Estudos Complementares:
Finalmente, em trechos com grau de priorização que indica a necessidade de estudos complementares, o corpo técnico deve determinar um plano de ações exclusivo às particularidades do trecho, com a intenção de produzir as informações necessárias à implementação da metodologia. O plano de ações pode englobar vistorias, fiscalizações, campanhas de monitoramento preliminares, reuniões com outros atores interessados no trecho que possam deter as informações desejadas, entre outras atividades.
Para a hierarquização dos trechos dentro de uma bacia hidrográfica, devem ser quais trechos respondem de forma menos expressiva às alterações nas cargas poluidoras e às potenciais ações de controle já simuladas na bacia hidrográfica sendo, portanto, um trecho que deve receber mais atenção nas rotinas de monitoramento e investigação.
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