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2.5 Definição dos Principais Tributos dos Entes Federados

2.5.1 Tributos Municipais

2.5.3.5 CSLL

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido foi instituída pela Lei nº 7.689/88, incidindo sobre o lucro líquido das pessoas jurídicas. Diante da disposição do Art. 149 da CF, essa contribuição compete à União.

Em conformidade com Sabbag (2011, p. 535), o fato gerador dessa contribuição é o auferimento do lucro; a base de cálculo é o lucro, após a realização de certos ajustes; seu sujeito passivo são pessoas jurídicas ou equiparadas; e o sujeito ativo é a SRFB.

Silva (2016, p. 26) declara que a alíquota incidente dessa contribuição é de 15% para pessoas jurídicas que exercem atividades de seguradoras, capitalização e bancos e de 9% para as demais pessoas jurídicas.

2.6 Encargos Sociais

Há a presença de muito conflito entre autores no que diz respeito à definição dos encargos sociais.

Soares (2009, p. 17) declara que duas importantes vertentes se opõem quanto ao conceito e a definição dos encargos sociais. Onde a primeira, que é aceita grandiosamente pelos empresários, declara que os impostos que incidem sobre a folha de pagamento são em sua totalidade mais de 100% dos salários que é pago aos empregados; sendo assim, os encargos sociais são compostos também pelas obrigações trabalhistas (ex.: férias, 13º salário etc.). E a segunda que exclui as obrigações trabalhistas, ficando limitada aos valores que são recolhidos pelos empregadores ao governo e/ou que são repassados para instituições de assistência e formação profissional.

Desta forma, os encargos sociais é o conjunto das obrigações que as empresas devem pagar com base no salário dos trabalhadores, onde, para uns eles compreendem somente essas obrigações e para outros é o conjunto dessas obrigações acrescidas dos encargos trabalhistas.

Pastore (1994, p.28, apud Soares 2009, p.17), informa que o INSS compõe as obrigações sociais em si: “obrigações sociais propriamente ditas (INSS, FGTS, salário-educação, etc.).”

Desta forma, abordaremos sobre o INSS, encargo social sobre o qual será realizada uma exemplificação.

2.6.1 INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social é regulamentado pela Lei 8.212/91 e pelo Decreto 3.048/99, denominado Regulamento da Previdência Social.

No Art. 1º, tanto da Lei 8.212/1991 quanto do Decreto 3.048/1999 (Livro I), a seguridade é definida como um conjunto que integra ações da iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, que é destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

Nos artigos 10 e 11 da Lei 8.212/91 está disposto sobre quem são os financiadores da Seguridade Social, sobre a composição do orçamento por parte da União e sobre a constituição das contribuições sociais:

Art. 10. A Seguridade Social será financiada por toda sociedade, de forma direta e indireta, nos termos do art. 195 da Constituição Federal e desta Lei, mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais.

Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas:

I - receitas da União;

II - receitas das contribuições sociais; III - receitas de outras fontes.

Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:

a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; (Vide art. 104 da lei nº 11.196, de 2005) b) as dos empregadores domésticos;

c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de- contribuição; (Vide art. 104 da lei nº 11.196, de 2005)

d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro; e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.

As alíquotas do INSS, de acordo com Silva (2016, p. 67), acerca da contribuição do empresário, facultativo, trabalhador autônomo ou equiparado é de 20%, incidente sobre o salário de contribuição, observando os limites mínimo e máximo; já acerca do da contribuição da empresa (com exceção das instituições financeiras e rural) é de 20% incidente sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditas aos empregados, acrescidas da taxa de seguro de acidente de trabalho equivalente aos riscos; e quanto a contribuição do empregado a alíquota é incidente sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, de acordo com o valor da remuneração, variando entre 8%, 9% e 11%.

Soares (2009, p. 40), informa que a empresa também deverá recolher 11% sobre o valor de retirada do pró-labore e sobre os valores pagos aos profissionais liberais que prestarem serviço para a empresa.

2.7 Substituição Tributária

Diante do que foi apresentado anteriormente, no Art. 121,II, do CTN, está previsto que a lei pode determinar um responsável pela obrigação principal, onde ele não é revestido da condição de contribuinte.

Ichihara (2009, p. 148) declara que:

A sujeição passiva em matéria tributária poderá ser direta (contribuinte); indireta (responsável); por transferência (solidariedade, sucessão, responsabilidade por infrações etc.); e, ainda, por substituição (quando de modo expresso a lei determina a responsabilidade a terceira pessoa). Conforme declarado, a Substituição Tributária é uma das formas de atribuição de responsável pela obrigação tributária do contribuinte. No Art. 150, § 7º, da CF, está prevista esse tipo responsabilidade, assim como no Art. 128 do CTN:

CF/88: Art. 150

§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

CTN:

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

Harada (2010, p. 485) especifica os requisitos que devem ser levados em conta na atribuição da Substituição Tributária ao responsável:

Para operar a transferência ou a substituição de responsabilidade tributária, isto é, transformar em devedor do tributo quem antes não era devedor, é preciso a concorrência dos seguintes requisitos: em primeiro lugar, há necessidade de expressa previsão legal; em segundo, essa atribuição de

responsabilidade tributária só pode ocorrer em relação à terceira pessoa, de qualquer modo, vinculada ao fato gerador da obrigação tributária; finalmente, essa atribuição de responsabilidade ao sujeito passivo não natural só é possível em relação à obrigação principal [...].

É importante destacar quais os objetivos que justificam a instituição da Substituição Tributária apresentados por Queiroz ([20--?], p. 199, apud Sabbag, 2011, p. 703):

[...] O instituto da substituição tributária tem por fundamento o atendimento do interesse da chamada “Administração Tributária”. Muitas vezes é difícil para a Administração efetuar a arrecadação e a fiscalização dos tributos. Daí surgir o regime jurídico da substituição tributária que se justifica, basicamente, por três importantes motivos:

a) pela dificuldade em fiscalizar contribuintes extremamente pulverizados; b) pela necessidade de evitar, mediante a concentração da fiscalização, a evasão fiscal ilícita; e

c) como medida indicada para agilizar a arrecadação e, consequentemente, acelerar a disponibilidade dos recursos.

Substituição Tributária é um regime caracterizado pela atribuição da responsabilidade do pagamento do tributo do contribuinte para um terceiro, em que ele deve apurar o montante a ser recolhido e realizar o pagamento do mesmo.

2.7.1 Contribuinte Substituto

É o sujeito sobre o qual recai a responsabilidade de retenção e/ou recolhimento do tributo devido por parte do contribuinte de fato.

2.7.2 Contribuinte Substituído

É o sujeito que tem a sua obrigação tributária retida e/ou recolhida por um terceiro que foi determinado como responsável pela sua obrigação tributária.

3. METODOLOGIA

A realização de um trabalho tem como pilar os procedimentos metodológicos utilizados. Diante disso, será apresentada abaixo a metodologia aplicada para a realização desse trabalho.

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