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3 METODOLOGIA

3.4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.4.1 Resultados das Avaliações in loco dos cursos de graduação oferecidos pelo

3.4.1.3 Curso de Licenciatura em Computação – modalidade de ensino a

3.4.1.3 Curso de Licenciatura em Computação – modalidade de ensino a distância

A Comissão de Avaliação in loco, que avaliou o curso de Licenciatura em

Computação, pontuou o conceito final com a nota “3”, correspondente a um curso de

qualidade “satisfatória. Em relação à Dimensão 1 – Organização

Didático-Pedagógica, a nota obtida foi “2.8”, portanto, que corresponde ao conceito de

qualidade parcialmente insatisfatório”. Logo no início do Relatório, a Comissão de

Avaliação, registrou que as políticas institucionais de ensino, pesquisa e extensão, constantes no PDI da UFPB, estavam implantadas, de maneira “insuficiente”, no

curso, uma vez que, em relação aos alunos EaD, não foi verificado, in loco, a

existência de projetos de pesquisa, ensino e extensão.

Em relação aos objetivos do curso e ao perfil profissional do egresso, a Comissão de Avaliação considerou que ambos os conceitos atendiam de forma “muito boa”, aos objetivos que o curso se propunha, entretanto, considerou que, em relação à estrutura curricular implantada, havia uma carga horária alta em relação às disciplinas relacionadas à matemática, o que se constituía em motivo de desistência, conforme relato obtido junto aos alunos do curso, ficando evidenciado que a carga horária dessas disciplinas era maior que a carga horária das disciplinas relacionadas, por exemplo, à programação.

Pelos documentos apresentados, a Comissão de Avaliação constatou a falta de conteúdos relacionados às políticas de educação ambiental, educação em direitos humanos e de educação das relações étnico-raciais, bem como às relacionadas ao

ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, verificando que esses conteúdos estavam presentes apenas em uma disciplina oferecida pelo curso.

Em relação ao estágio curricular supervisionado, a Comissão considerou que o que estava implantado, promovia, de forma “insuficiente”, a relação com a rede de

escolas de Educação Básica, e, de acordo com as informações coletadas in loco, não

foi constatado o acompanhamento do professor orientador junto às escolas, o que aconteceu, somente, pelo supervisor da escola. Por outro lado, levando-se em consideração a relação entre licenciandos, docentes e supervisores, referente ao estágio curricular supervisionado, a Comissão considerou que o curso atendeu, de forma “suficiente”, aos aspectos de: parceria entre docentes da IES, licenciandos e

docentes da Educação Básica, incluindo o supervisor do estágio;

acompanhamento/participação do licenciando em atividades de planejamento, desenvolvimento e avaliação realizadas pelos docentes da Educação Básica; participação dos docentes da Educação Básica no processo de orientação/formação dos licenciandos.

Ainda, em relação ao estágio curricular supervisionado, a Comissão de Avaliação considerou que atendeu a relação entre teoria e prática, de maneira “suficiente”, o que foi igualmente considerado em relação às atividades complementares e em relação ao TCC. No que diz respeito ao apoio ao discente, a Comissão avaliou que o curso de Licenciatura em Computação atendeu, de maneira “insuficiente”, aos programas de apoio extraclasse e psicopedagógico, de acessibilidade, de atividades de nivelamento e extracurriculares não computadas como atividades complementares e de participação em centros acadêmicos e intercâmbios. Constatou-se que não foi implementada nenhuma avaliação específica do curso e suas disciplinas, verificando-se que as avaliações eram genéricas, com aspectos relacionados à evasão do curso, número de aprovações, entre outros, conforme relata a Comissão de Avaliação.

As atividades de tutoria implantadas foram avaliadas como “insuficientes” em relação às demandas didático-pedagógicas da estrutura curricular, e, conforme registro da Comissão de Avaliação, em reunião com os alunos, constatou-se a existência de dificuldades relacionadas à tutoria presencial, havendo alusão ao fato de que alguns tutores não tinham formação específica e foram incapazes de sanar as dúvidas dos alunos. As TICs previstas/implantadas atenderam, de maneira

“insuficiente”, à execução do PPC e à garantia da acessibilidade e do domínio das TICs.

No que diz respeito ao material didático institucional, implantado e disponibilizado aos estudantes, a Comissão de Avaliação considerou que atendeu, de

maneira “suficiente, à formação definida no PPC, em relação aos aspectos de

abrangência, acessibilidade, bibliografia adequada às exigências da formação, aprofundamento e coerência teórica. A Comissão de Avaliação considerou que os mecanismos de interação entre docentes, instrutores e estudantes, bem como os procedimentos de avaliação dos processos de ensino-aprendizagem, atenderam, de maneira “suficiente” à concepção de curso definida no PPC; considerou que o número de vagas atendeu “muito bem” à dimensão do corpo docente e às condições de infraestrutura da IES.

Em relação às ações ou convênios que promoveram integração com as escolas da educação básica das redes públicas de ensino, a Comissão constatou que

foram implantados com abrangência e consolidação “suficientes”, e, igualmente,

ocorreu o mesmo, em relação às atividades práticas de ensino, conforme as DCNs da Educação Básica, da Formação de Professores e da área de conhecimento da Licenciatura.

Em relação à Dimensão 2 – Corpo Docente e Tutorial, o curso recebeu a nota “4.4” relativa ao conceito de “boa qualidade”, obtendo este conceito de “bom” em relação à atuação do NDE e à atuação da Coordenadora, constatando, a Comissão de Avaliação – em entrevistas com os gestores e com o NDE – que havia autonomia para que o NDE e o Colegiado de Curso procedessem ao acompanhamento, revisão e execução do PPC do curso, sendo que a Coordenadora participou da elaboração e da condução do PPC, tendo boas relações com os docentes, colegiados superiores da UFPB e discentes.

Referente à avaliação da Coordenadora, esta foi avaliada com a nota máxima, “5”, o que corresponde a uma qualidade “muito boa”, em relação à experiência profissional, acima de 10 anos no ensino superior, tanto como tutora em EaD, como em atividades do magistério superior e atividades administrativas, sendo seu regime de trabalho, de tempo integral com 16 h/a referentes ao cargo e o restante era dedicado à secretaria e coordenação de curso. Do corpo docente do curso de Licenciatura em Computação, comprovou-se que 75% era portador do título de

Doutor, sendo que a IES possuía 97% do corpo docente previsto, em regime de tempo integral

A Comissão de Avaliação constatou que os documentos verificados in loco

demonstraram que 65% dos docentes tinha mais de 3 anos de experiência profissional – extra magistério superior, porém, em relação à experiência no exercício da docência na educação básica, menos de 15% dos docentes possuía 3 anos de experiência. No que concerne à experiência de magistério superior do corpo docente, 89% dos docentes se enquadraram nesta condição, e a relação entre o número de docentes e o número de vagas, apresentou uma média de 8,3 alunos, tendo-se como referencial, a oferta de 300 (trezentas) vagas anuais.

Comprovou-se que o Colegiado estava implantado no curso, e funcionava de forma “boa”, qualidade também da produção científica, cultural, artística ou tecnológica, levando-se em conta que a média da produção do corpo docente do curso, situava-se em oito, em pelo menos 50% do corpo docente.

Considerando-se a titulação e formação do corpo de tutores do curso, a

Comissão de Avaliação constatou que acima de 30% possuía pós-graduação stricto

sensu na área correlata, sendo que 80% comprovou ter experiência acima de três

anos em educação a distância; por fim, a relação docentes e tutores – presenciais e a distância – por estudante, foi considerada “muito boa”, constatando-se uma relação de 5,7 docentes/estudante.

Para a Dimensão 3 – Infraestrutura, a Comissão de Avaliação atribuiu a nota “3.1”, correspondente ao conceito de qualidade “satisfatória”, considerando que os gabinetes de trabalho para docentes em Tempo Integral, eram “muito bons”, pois eram gabinetes individuais, e o espaço para a Coordenação do curso era “bom”, sendo um ambiente compartilhado com mais dois outros cursos, em um espaço amplo e bem dividido, contando com duas impressoras, um notebook e um armário para a guarda de material específico. As salas de aulas destinadas ao curso foram consideradas “muito boas”, em relação a equipamentos, dimensões em função das vagas previstas/autorizadas, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade.

O acesso a equipamentos de informática foi considerado, pela Comissão de

Avaliação, como “satisfatório”, e, de forma semelhante, também o foi a bibliografia

básica, que encontrava-se disponível e tombada junto à biblioteca da IES, notando-se que a maioria dos títulos era específica para o curso, e a média da bibliografia básica

estava na faixa de 10 a 15 vagas anuais autorizadas. Já a bibliografia complementar era composta por três títulos e todos estavam disponibilizados, com pelo menos, 2 exemplares, sendo possível o acesso virtual à títulos disponíveis em “Minha Biblioteca”, CAPES e outros.

A Comissão de Avaliação constatou, in loco, que existiam vários periódicos

especializados, pontuados em torno de 10 a 15 títulos; em relação ao sistema de controle de produção e distribuição de material didático, a Comissão considerou que

atendia de forma “satisfatória” à demanda real.

Dando prosseguimento, foi proposta uma Matriz SWOT para os cursos de

graduação ofertados pelo CI/UFPB, com base nos Relatórios das Avaliações in loco.