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Cursos de Português para estudantes estrangeiros Estes cursos, totalmente financiados pelo IPLeiria, dirigem-se aos estudantes

Satisfação, logo: Advocates 1.4.

3.2. Mobilidade Internacional no IPLeiria

3.2.1.4. Cursos de Português para estudantes estrangeiros Estes cursos, totalmente financiados pelo IPLeiria, dirigem-se aos estudantes

estrangeiros que se encontram a realizar estudos no IPLeiria. No ano letivo 2011_2012 realizaram-se na ESECS; ESAD.CR e ESTM duas edições por ano letivo, uma em cada semestre, com uma componente presencial e outra de ensino à distância (modalidade b- Learning).

É também de referir que no último ano letivo (2010_2011), o IPLeiria foi uma das duas instituições de ensino superior, portuguesas, que conseguiu aumentar o financiamento que anualmente é atribuído pela agência gestora do PROALV, em resultado da taxa de execução que se tem situado acima dos 100%.

Projeto de Mestrado em Marketing e Promoção Turística 46 3.2.2. ESTM e a Mobilidade Internacional

O nosso foco de análise, a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), com entrada em funcionamento no ano letivo 1999_2000, em Peniche, comtempla duas grandes áreas que se interligam - as Ciências e Tecnologias do Mar e as Ciências do Turismo.

A ESTM tem por missão ministrar formação inicial, contínua e pós-graduada, com elevados padrões de qualidade, nas áreas do Turismo e das Ciências e Tecnologias do Mar, o desenvolvimento de atividades de investigação e prestação de serviços, visando: a formação de profissionais com elevado nível de preparação nos aspetos científico, técnico e cultural; a realização de atividades de pesquisa e investigação; a organização e a realização de projetos de atualização e reconversão profissional; o intercâmbio científico, técnico e cultural com instituições congéneres ou que visem objetivos semelhantes ou convergentes e a prestação de serviços à comunidade nas áreas científicas e tecnológicas em que a Escola exerce a sua atividade.24

Dotada de infraestruturas científicas, pedagógicas e de apoio de grande qualidade, podemos encontrar na sua oferta formativa cursos de 1.º ciclo como Biologia Marinha e Biotecnologia; Engenharia Alimentar; Animação Turística; Gestão do Lazer e Turismo de Negócios; Gestão Turística e Hoteleira (ramo de Gestão Turística e ramo de Gestão Hoteleira); Marketing Turístico; Restauração e Catering e Turismo e de 2.º ciclo como Biotecnologia dos Recursos Marinhos; Biotecnologia Aplicada; Aquacultura; Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar; Gestão e Sustentabilidade no Turismo; Marketing e Promoção Turística; Turismo e Ambiente e Gestão e Direção Hoteleira.

De referir também as duas Unidades de Investigação que têm desenvolvido projetos e atividades no âmbito dos recursos marinhos e da biotecnologia marinha - GIRM – Grupo de Investigação em Recursos Marinhos; e no âmbito do turismo – GITUR – Grupo de Investigação em Turismo.

Tudo ao dispor dos cerca de 1300 estudantes, 115 funcionários docentes e 20 funcionários não docentes.

À semelhança de todo o grupo, a ESTM também tem sentido um acréscimo no número de participantes em programas de mobilidade, tornando conveniente a existência de um

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Projeto de Mestrado em Marketing e Promoção Turística 47 interface de ligação com o GMCI e estabelecendo o contacto entre o gabinete e os participantes na tentativa de amenizar o processo de comunicação e tratamento de todas as informações competentes a programas de mobilidade.

Relativamente aos números referentes ao foco de análise deste projeto, a ESTM, tem também sofrido uma evolução pela positiva. Desde 2007_2008 que o número de elementos em mobilidade tem vindo a aumentar nesta UO ao nível do corpo discente, 2 outgoing e 1 incoming, para 26 outgoing e 28 incoming, em 2011_2012.

Também no âmbito de funcionários docentes e não docentes, o número de participantes tem sofrido um acréscimo, não só em programas de mobilidade, mas também em projetos de cooperação e participação internacional em Jornadas, Congressos e Conferências em representação da ESTM.

Quadro 3. 4 - Volume mobilidade ESTM.

ESTM Estudantes Funcionários docentes e não docentes

2007_2008 2011_2012 2007_2008 2011_2012

Outgoing 2 26 15 10

Incoming 1 28 0 4

Elaboração: Própria

O aumento de sujeitos em mobilidade, principalmente ao nível do corpo discente, fez revelar algumas situações que poderão eventualmente ser melhoradas, nomeadamente no que se refere à execução dos procedimentos para mobilidade e no acolhimento feito aos incoming.

Se por um lado a boa execução e o aumento de participantes é um ponto positivo para a instituição, por outro, e uma vez que o processo burocrático está muito centralizado, este incremento no volume de trabalho fez demostrar as possibilidades ainda não implementadas pela adoção de novos procedimentos.

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3.3.

A organização IPLeiria – Vetor Mobilidade

Internacional

A capacidade das universidades nacionais de atração de alunos e financiamentos dependem das leis do mercado. O seu bom desempenho já não é suficiente para garantir a estabilidade organizacional, mas urge ser reconhecido no ambiente de negócio. Por isso, estas instituições têm procurado gerir as perceções de qualidade e de diferenciação através de produtos de comunicação, que assumem formatos híbridos (Ruão, 2008).

Presentemente, o conceito de qualidade aplicado às instituições de Ensino Superior inclui abordagens relacionadas com os recursos (humanos, físicos, intelectuais e financeiros), os conteúdos (ensino), os resultados (estudantes/docentes), o valor acrescentado (inputs versus resultados), a produtividade, os públicos (estudantes, pais, docentes, comunidade, entre outros) e a reputação (taxas e rankings). A qualidade está associada aos processos, efeitos e resultados que uma organização prossegue para atingir o sucesso (Ruão, 2008).

Os resultados de investigações diversas têm comprovado a relação entre a qualidade e a construção do prestígio/imagem organizacional das instituições de Ensino Superior. O prestígio é entendido pela literatura como a posição de uma organização na sociedade, definida a partir da avaliação subjetiva feita pelos públicos relativamente à sua qualidade ou relativamente ao seu sucesso, mérito ou status geral (Carmeli, 2005; Fuller, et al., 2006, cit. in Ruão, 2008).

Contudo, o prestígio refere-se a uma tendência de opinião relativamente à prestação da organização. A imagem define um retrato mental de associações atribuídas à mesma para além das questões de performance. Em ambos os casos estamos perante formas de posicionar as instituições face às suas audiências, ainda que os dois conceitos apresentem perspetivas históricas e científicas diferenciadas (Ruão, 2008).

O prestígio e a imagem pela qualidade são noções basilares da estrutura da instituição e por forma a atingir um dos conceitos da visão IPLeiria para 2014 estes devem ser seguidos para o incremento da internacionalização.

Projeto de Mestrado em Marketing e Promoção Turística 49 Visão IPLeiria para 2014: “…Revela um forte empenho na internacionalização, em

particular com os espaços europeu e lusófono de ensino superior e promove ativamente a mobilidade e a cooperação de âmbito nacional e internacional.” 25

Numa análise simples pode, eventualmente, dizer-se que a estrutura organizacional do IPLeiria será uma estrutura organizacional máquina, que, segundo a descrição de Mintzberg (1979), desenvolve atividades repetitivas com procedimentos e práticas padronizadas. Existem vários especialistas e responsáveis em diferentes áreas, o poder encontra-se dividido entre o topo e a estrutura técnica, em que esta se apoia em regulamentos para controlar o processo – Tecnoestrutura.

A melhor forma de fazer fluir a informação dentro das empresas é através da comunicação, para que se alcancem todos os níveis organizacionais. A comunicação interna no IPLeiria é tanto formal como informal, caracteriza-se, por um lado, pelos tradicionais fluxos de comunicação vertical – entre os órgãos de gestão, as unidades funcionais e as unidades orgânicas, mas também enfatizava os fluxos de comunicação lateral – entre as unidades orgânicas, investigação e serviços gerais. De um modo geral, a comunicação processa-se entre todos os elementos, gerando troca de ideias e opiniões, criando sinergias construtivas entre as unidades. Os suportes internos de maior utilização à estrutura comunicacional são a internet; o correio eletrónico; o correio interno e o telefone, adaptados à mensagem a transmitir e ao público recetor.

As opções arquitetónicas e espaciais são elementos determinantes nos processos de comunicação das organizações, ao mesmo tempo que constituem, em si, códigos comunicativos. O ambiente é uma dimensão da comunicação não-verbal nas organizações e que, nesta classificação, se integram elementos como territórios, espaços, edifícios, salas ou disposições físicas (Fisher, 1993). Deste modo existem algumas barreiras à comunicação interna dentro da organização. Devido, talvez, à distância física entra as suas unidades orgânicas, as reuniões informais têm eventualmente uma periodicidade menor do que seria idilicamente desejável, não facilitando uma maior partilha de comunicação informal.

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Plano Estratégico do Instituto Politécnico de Leiria Em

Projeto de Mestrado em Marketing e Promoção Turística 50 A necessidade de informação obriga à iniciativa dos funcionários na recolha de informações sobre os programas de mobilidade internacional e seus procedimentos. Não está disponível qualquer manual de procedimentos que sirva de guião às eventuais questões colocadas pelos interessados em programas de mobilidade, com exceção da informação apresentada no sítio do IPLeiria sobre procedimento para programas de mobilidade. Sabe-se que o portal de divulgação, disponível no sítio do IPLeiria, está em fase de alteração e de difusão de novas informações. Contudo, esse continua a ser o principal canal de comunicação interno no que a este assunto se refere. Apesar de ter sido tentada a elaboração de um regulamento interno para a internacionalização e programas de mobilidade, este não foi ainda aprovado, provocando diversidade de procedimentos adotados em cada UO.

O volume de processos relativos a esta temática tem aumentado fortemente nos últimos anos, na verdade, este aumento é um dos objetivos estratégicos para 2014. Devido a condicionalismos legais, o mapa de pessoal não tem sofrido alterações significativas, provocando um entupimento de tarefas a executar, suprimindo a disponibilidade para elaboração de procedimentos a seguir e partilha de informações.

Ainda assim, pode afirmar-se que no IPLeiria se sente e vive um sistema de comunicação interno aberto, assente em canais formais dirigidos ao planeamento estrutural da organização e canais informais promotores de laços de solidariedade e competências inovadoras.

Relativamente à comunicação externa, esta é parte integrante do sistema de comunicação de qualquer organização, correspondendo às políticas, estruturas e práticas que promovem o envio e receção de informação e interação com o ambiente relevante. Diz respeito, portanto, aos contactos comunicativos críticos que uma organização desenvolve com outras que partilham o seu campo interorganizacional (espaço ocupado por grupos de organizações que partilham o mesmo suprassistema) e que podem integrar o sector político, económico, social, demográfico, tecnológico ou competitivo (Kreps, 1990).

“Mais e melhor comunicação é uma necessidade básica para ‘capturar’ um número mais elevado de estudantes e outros ‘consumidores’ potenciais, capazes de trazer fundos adicionais”26

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Projeto de Mestrado em Marketing e Promoção Turística 51 Por forma a melhor reconhecer os intervenientes na comunicação, apresenta-se um esquema com a identificação dos diferentes públicos IPLeiria, com identificação da sua relevância para o núcleo.

Figura 3. 3 - Identificação de Públicos IPLeiria por grau de relevância

Elaboração: Própria

O IPLeiria adota com estes públicos, formas de contacto diferenciadas, adequando as mensagens, os canais e os meios ao tipo de recetor e aos objetivos comunicativos. Os públicos do IPLeiria, acima referidos, são claramente Stakeholders da instituição.

Ainda assim será eficaz verificar a relação entre dois dos seus Stakeholders externos (parceiros institucionais e incoming) com três Stakeholders internos (GMCI; Interface e outgoing). Para o vetor da mobilidade, estes são ou Stakeholders com mais influência direta, já que existe poder, legitimidade e urgência nas suas relações com a instituição, assim e principalmente, a comunicação entre estes grupos deverá ser a mais clara e célere possível.