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Dados coletados através da entrevista: Pais

No documento LUCIA MARIA OLIVEIRA RIBEIRO (páginas 93-96)

CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

3.1. Apresentação dos dados

3.1.3. Dados coletados através da entrevista: Pais

Um pequeno grupo de 8 pais de alunos (dois de cada turma, 6º, 7º, 8º e 9º anos) do Ensino Fundamental II, do turno da tarde, da escola Orquídea, também se tornaram sujeitos de nossa pesquisa, porque consideramos que a opinião deles enriquecerá o nosso trabalho, pois conforme já mencionamos anteriormente, concordamos com o ponto de vista de Içami Tiba (2010), ao ressaltar, que são eles que passam a maior parte de sua vida com os seus filhos-alunos, por isso têm maior responsabilidade pelo seu progresso escolar. Mais do que os professores, são os pais quem mais conhecem os alunos, por isso, são as pessoas ideais para fornecerem maiores informações sobre eles.

Para coleta de dados, utilizamos uma entrevista semiestruturada, instrumento usado também para coletar os dados dos outros dois grupos de sujeitos, gestoras e professores.

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O referido instrumento foi elaborado com linguagem simples, clara e objetiva para facilitar o entendimento dos entrevistados, composto de perguntas fechadas, abertas e semiabertas, totalizando16 questões.

Como fazem parte desse grupo de sujeitos: 4 pais, 3 mães e 1 avó, resolvemos denominá-los como o grupo de responsáveis por alunos do Ensino Fundamental II, sendo indicados assim: R1, R2, R3, R4, R5, R6, R7 e R8.

Para facilitar a identificação dos respondentes, as 7 primeiras perguntas se encontram sumariadas em tabela 4, abaixo, as demais serão apresentadas em seguida.

TABELA 4. Características do grupo dos 08 sujeitos responsáveis por alunos do Ensino Fundamental II.

Pais Série/Ano Gênero Idade Estado Civil Escolaridade Profissão Endereço

R1 Mãe 6º F 42 Casada Ensino Médio Secretária Urbana

R2 Pai 6º M 45 Casado Fundamental Pedreiro Urbana

R3 Pai 7º M 39 Casado Fundamental Incompleto Padeiro Urbana

R4 Mãe 7º F 35 Solteira Ensino Médio Vendedora de motos Urbana

R5 Avó 8º F 63 Viúva Analfabeta Aposentada Rural

R6 Pai 8º M 41 Casado Fundamental Incompleto Lanterneiro Urbana

R7 Pai 9º M 39 Casado Fundamental Incompleto Lavrador Rural

R8 Mãe 9º F 44 Casada Ensino Médio Manicure Urbana

Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2016.

Continuando com as demais questões da entrevista, passaremos para a 8ª questão, a qual teve como resposta: 62,5% dos entrevistados vive com apenas uma renda em casa e 37,5% com duas rendas. Enquanto isso, em resposta à 9ª questão, 62,5% dos sujeitos respondentes disse que tem Bolsa Família e 37,5% respondeu que não recebe este benefício.

A 10ª questão, que se refere ao ponto de vista da estrutura física da escola, obtivemos o seguinte resultado: 37,5% “Bom”, 50% “Regular” e 12,5% “Ruim”. Com essas informações entendemos que a estrutura física da escola precisa melhorar. Na 11ª questão, 12,5% “Bom” e 87,5% “Regular” para o desempenho da equipe gestora da escola do seu filho.

A 12ª, questiona se apenas o trabalho do professor sem a colaboração da família é suficiente para o progresso escolar do aluno. Nesta, 100% disse que “Não”. A 13ª questão, 37,5% “Bom”, 50% “Regular” e 12,5% “Ruim” para o grau de satisfação dos pais em relação ao desempenho escolar do seu filho.

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Enquanto isso, a 14ª questão indaga sobre a(s) disciplina(s) em que os alunos sentem maiores dificuldades. Como é uma pergunta subjetiva, vale transcrever as respostas da forma como elas foram dadas pelos respondentes:

R1: Matemática e Português, porque tem dificuldade nos problema e na hora da

leitura do texto e na escrita;

R2: Responder dizendo nome, num sei dizer não, mais meu filho se reclama

muito das prova que tem texto pra ler e escrever;

R3: Sei sim. Todo ano eu tenho que comprar um caderno de matéria pra ele

dividir. Ele sempre fala que é muito difícil na hora de escrever texto. Ah! Se queixa de Matemática também;

R4: Bem, eu observo que meu filho tem dificuldade na leitura e na escrita,

porque é na prova de Português que ele vive deixando de responder a parte da prova que tem texto,

R5: Dizer mesmo é difícil, quem sabe é a mãe dela, mais eu escuto ela se queixando pra mãe na hora de ler e escrever texto. Eu converso muito com ela, explicando que a vida não é fácil que ela tem que correr atrás daquilo que ela deseja.

R6: Ela fala muito das dificuldades nas aulas de Matemática e Português, mas

graças à Deus, nunca ficou reprovada;

R7: Aqui em casa ninguém sabe ensinar, mais minha filha de vez em quando ela

fica na cidade pra estudar com as colegas. Ela se queixa que tem dificuldade pra entender Matemática e Português;

R8: Num sei explicar bem, mais vejo falando que gosta da Gramática, e diz

assim “na hora de ler e escrever texto sem graça num tem sentido”. Isso é o que ele vive dizendo por aqui. Agora no último ano, ele vive falando que Física e Química é muito difícil.

Conforme observamos, dos 08 sujeitos entrevistados: 37,5% afirma que suas maiores dificuldades são referentes às disciplinas de Matemática e Português; 37,5% não especificou a disciplina, porém ressaltou que as dificuldades se referem à leitura e à escrita; 12,5% respondeu que é a disciplina de Matemática, e acrescentou a escrita; 12,5% enfatizou que suas fragilidades são nas disciplinas de Física e Química, bem como na leitura e na escrita também. Considerando a escolaridade dos 08 sujeitos responsáveis pelos alunos, entendemos o motivo de não especificar o nome da disciplina, em que seu filho sente maiores dificuldades. É possível que alguns nem saibam que disciplinas compõem o Currículo do Ensino Fundamental II, porém, ressaltaram de forma clara as dificuldades dos filhos. Muito importante os pais tomarem conhecimento dessas fragilidades. Assim, entendemos que eles estão participando da vida escolar do filho. Embora

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diagnosticando que a maioria deles não sabe ajudar na realização das tarefas escolares, mas pelo menos suas respostas sugerem que conversam com os filhos sobre o assunto.

A 15ª questão se refere ao conceito dos pais em relação à prática letiva do professor que leciona a disciplina de Língua Portuguesa, nessa questão, os resultados foram os seguintes: 25% considera “Bom” e 75% “Regular”. Na questão seguinte, 16ª, 100% dos respondentes considera que professor que leciona a disciplina de Língua Portuguesa precisa estudar mais para melhorar a sua forma de ensinar. Nesta questão, não mencionamos a expressão: “formação continuada”, e sim em “mais estudos” para ficar mais claro o conteúdo da pergunta para os sujeitos entrevistados.

Esperamos que a participação desse grupo de pais sirva para enriquecer o nosso trabalho, embora, com algumas respostas na forma indireta, como por exemplo, quando foi perguntado, que disciplinas seu filho sente maiores dificuldades, uns não mencionaram o nome da disciplina, mas ressaltaram que seus filhos sentem maiores dificuldades na leitura e na escrita. Através dessa informação, compreendemos que eles têm conhecimento de, pelo menos, algumas das fragilidades do seu filho.

Agora passaremos à apresentação dos dados referentes ao quarto e último grupo participante da pesquisa.

No documento LUCIA MARIA OLIVEIRA RIBEIRO (páginas 93-96)