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DOR TOTAL

49 De acordo com as recomendações da

11. Assistir o doente, a família e os amigos, ajudando-os a lidar com o sofrimento, a dor e as perdas;

12. Aplicar os princípios legais e éticos na análise de assuntos complexos inerentes aos cuidados na fase final da vida, reconhecendo a importância dos valores pessoais, dos códigos profissionais e das decisões do doente;

13. Identificar os obstáculos e facilidades relativamente à mobilização de recursos para o doente e o seu potencial cuidador;

14. Demonstrar competências na implementação de um plano de cuidados de qualidade na fase final da vida, integrado num sistema de prestação de cuidados dinâmico e complexo;

15. Aplicar os conhecimentos e os resultados de pesquisas em cuidados paliativos na prestação de cuidados e na formação;

II – Dor Crónica50

Objectivos / Competências

1. Conceptualizar dor como um problema humano, distinto e frequente, na prática de cuidados, dependente da idade, do género e do nível cultural;

2. Descrever e compreender a anatomia, a fisiologia, a farmacologia e a psicologia da dor;

3. Distinguir os vários tipos de dor;

4. Descrever as influências potenciais de variáveis como a tensão, ansiedade, medo, fadiga na percepção e resposta à dor;

5. Descrever os componentes sensoriais, cognitivos, afectivos e comportamen- tais de dor;

6. Conhecer os papeis da família e da cultura no desenvolvimento de atitudes face à dor;

7. Descrever e utilizar instrumentos de avaliação comuns para medir a dor percebida e para testar a sua validade e utilidade, em diferentes situações; 8. Descrever intervenções actualizadas e correntemente usadas para alívio da

dor;

9. Reconhecer que o controle da dor envolve tratamento de múltiplas dimensões da experiência vivida;

10. Descrever e utilizar os métodos mais comuns, farmacológicos e não farmacológicos, e avaliar a sua eficácia e os efeitos colaterais;

11. Conhecer a farmacodinâmica, e as propriedades farmacocinéticas dos agentes farmacológicos mais comuns. Conhecer o fenómeno do sinergismo; 12. Desenvolver e avaliar protocolos de actuação em conjunto com os doentes; 13. Avaliar as suas convicções pessoais, assim como de outros profissionais, em

relação ao controle da dor na prática clínica;

14. Avaliar intervenções específicas de enfermagem, relacionando a teoria com a prática e os resultados de pesquisas.

Em íntima relação com os objectivos pretendidos enunciamos, no quadro 11 e 12, os conteúdos recomendados.

Quadro 11 Cuidados Paliativos

Conteúdos Programáticos N.º horas

I. Introdução

A. Magnitude do problema – estatísticas de morbilidade e mortalidade

B. Cuidados Paliativos – Conceitos, Pressupostos e Fundamentos

− doente terminal – conceito

− necessidades do doente terminal e família − processo de adaptação à doença e à morte − a morte como facto social

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II. Organização dos Cuidados Paliativos

- conceito e filosofia - metas e estratégias

- estruturas de apoio e Assistência ao doente e à família - cuidados paliativos e o apoio domiciliário

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III. Aspectos Éticos e Legais A. Direitos dos Doentes

- direito à informação e ao consentimento informado - direito à autodeterminação

- direito ao alivio da dor - direito à qualidade de vida - direito à morte com dignidade

B. Principais Dilemas Éticos

- negação da morte/evitação e fuga

- obstinação terapêutica versus cessação de terapêuticas inúteis - eutanásia

- sedação nos últimos dias e horas

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IV. Aspectos Psicológicos dos Cuidados A. Aspectos psicológicos do doente e Família

- reacções e estádios de adaptação à doença e à morte - estadios do morrer de Elisabeth Kübler-Ross

- locus de controle (interno e externo) de Bandura B. Comunicação doente/família/equipa de saúde

- bases da comunicação empática e terapêutica - transmissão de más notícias

- estratégias de adaptação à incerteza; - conspiração em silêncio

- cuidados espirituais

- necessidades religiosas e culturais - apoio à família / o luto e as perdas

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V. Controle de Sintomas A. Princípios Gerais

B. Dor (ver quadros seguintes) C. Sintomas Digestivos D. Sintomas Respiratórios E. Sintomas Urinários F. Perfis dos Fármacos

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VI- Cuidados nos últimos dias e horas

A. Cuidados de higiene e conforto (cuidar os detalhes) B. Controle de sintomas

C. Apoio espiritual

D. Cuidar o corpo após a morte

E. Apoiar a família no luto

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Quadro 12 Dor Crónica

Conteúdos Programáticos N.º de horas

I. Introdução

A. Magnitude de problema - epidemiologia

B. Impacto pessoal, familiar e social

C. Aspectos éticos e legais

D. Considerações sobre experiência de Vida

E. Facilidades e barreiras na avaliação e controle da dor (paciente, família, profissionais de saúde, instituições, sociedade)

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II. Definições de dor

A. Tipos de dor (aguda, crónica, maligna e não maligna)

a. tipos de dor crónica (nociceptiva (somática e visceral) e neuropática; B. Diferenciação entre dor, nocicepção, sofrimento, e comportamentos de dor C. Conceito unidimensional vs multidimensional da dor

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III. Dor como um fenómeno multidimensional A. Dimensão Fisiológica

1. mecanismos periféricos de dor 2. processamento e transmissão central 3. modulação da dor - ascendente e descendente

4. consequências fisiológicas e patológicas da dor não aliviada B. Dimensão Sensorial 1. local 2. intensidade 3. qualidade 4. padrão temporal C. Dimensão Afectiva

1. influência de emoções negativas 2. influência de emoções optimistas

3. consequências afectivas de dor, inclusive do sofrimento D. Dimensão Cognitiva

1. influência de convicções pessoais e atitudes e significados na dor e que a condição médica associou com a dor (se presente)

2. ego-eficácia, controle de ego, locus de controle,

3. representação / experiência de dor / atributos de dor

4. impacto de convicções espirituais, culturais, e da família em respostas cognitivas na dor E. Dimensão Comportamental

1. resposta aos stressores (situacionais, desenvolvimento) 2. comportamentos de expressão de dor

3. comportamentos de controle de dor

4. comportamentos habituais para prevenir a dor

F. Dimensão Psicopatológica (dor como sintoma de doença psiquiátrica)

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IV. Medida de dor e Avaliação

A. Conveniência, validade e grau de confiança dos métodos de avaliação da dor, para grupos de idade

específica e contexto clínico

B. Métodos de Unidimensional (fisiológico, do comportamento) C. Métodos de Multidimensional

D. Registar as avaliações e medidas da dor

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V. Gestão da Dor Aguda, Crónica não maligna e Dor Maligna

A. Objectivos Terapêuticas (o doente, família, profissional de saúde, sociedade)

B. Estratégias Farmacológicas - papéis interdependentes- incluir os doentes bem como a enfermagem,

medicina, psicologia, e outras disciplinas; incluir inicio da acção, efeito máximo e duração de efeitos) 1. conceitos e preconceitos dos doentes

2. escada analgésica da OMS a. AINS

b. Opióides

c. Medicamentos adjuvantes

3. vias de absorção de medicamentos: oral, entérica, subcutânea, parenteral, dispositivos de infusão, PCA

4. aspectos específicos da idade

C. Estratégias não farmacológicas - papéis interdependentes: incluir os dontes bem como a enfermagem,

medicina, psicologia, e outras disciplinas.

1. estratégias físicas (exercícios, posicionamento, toque terapêutico, massagem, colchão especial, hidroterapia fria e quente, etc.)

2. estratégias psicológicas e de comportamento (psicoterapia, cognitivo - terapia de comportamento, técnicas de relaxamento, hipnose, estratégias de aproximação, controle do stress, terapia e aconselhamento familiar, música, humor, biofeedback).

3. neuroestimulação (estimulação nervosa transcutânea, acupunctura e outras) 4. técnicas neuroablativas (bloqueio nervoso, técnicas de neurocirurgia) 5. radioterapia (dor oncológica)

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(continuação)

D. Controle Multimodal e multidisciplinar da dor 1. papel de cada disciplina

2. contribuição sem igual da enfermeira 3. cuidados paliativos / cuidados no domicilio 4. ensino e educação do doente

5. integração e coordenação dos cuidados

6. avaliação continuada do efeito terapêutico e necessidades dos doentes 7. avaliação continuada dos doentes e da reacção familiar ao tratamento

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