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N. º de pessoas no veículo (incluindo o próprio):

8- Rendimento médio mensal líquido do agregado familiar

3.2.5. Definição de áreas homogéneas

Um dos objetivos do projeto era, para além da comparação entre casos de estudo, a comparação de áreas homogéneas dentro de cada caso de estudo e entre casos de estudo. Assim e para tornar comparável as várias áreas de estudo foram definidos vários critérios de identificação de áreas homogéneas que foram uniformizadas e aplicadas aos quatros casos de estudo.

Nesse sentido foram criados cinco grandes grupos de características que por sua vez possuem vários temas (Figura 3.4):

64  Morfologia: características físicas e da estrutura dos vários aglomerados,

nomeadamente a tipologias do edifícios e da ocupação, a topografia e a rede viária presente;

Usos do solo: caracterização funcional a ocupação como tipo de usos, dinâmica

funcional, equipamentos e espaços verdes;

Oferta de transportes: redes de transportes públicos, proximidade a paragens,

dimensão e qualidade da rede;

Acessibilidade: proximidade a importantes pólos geradores de actividades e serviços

como o centro da cidade ou outros centros geradores de deslocações;

Características socioeconómicas: análise dos dados provenientes dos censos como

estrutura etária, habilitações literárias entre outros.

Figura 3.4 - Modelo conceptual para a definição de áreas homogéneas

Como já referido, dentro de cada grande grupo foram identificados subtemas importantes para a identificação das várias áreas homogéneas sistematizado na Figura 3.4. Na medida em que existem várias cidades em análise foi necessário criar critérios inequívocos e aplicáveis aos vários contextos. Assim sendo, para cada subtema foram calculados indicadores para análise que foram efectuados para cada uma das cidades. Independentemente do tema ou indicador a sua análise será sempre feita ao nível da subsecção estatística.

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Morfologia

Estrutura do edificado

O primeiro grande tema diz respeito ao aspecto físico da ocupação do solo que será analisado sobre vários indicadores.

1. Tipo de edifício: que tipo de edifício predomina na ocupação, isto é, se são moradias ou edifícios multifamiliares:

a. n.º de edifícios de 1 ou 2 pisos (censos), isto é, moradias;

b. soma de n.º edifícios ou 3 ou 4 e edifícios com 5 ou mais pisos (censos),ou seja edifícios multifamiliares;

c. Relação entre os valores anteriores para a subsecção (%)

2. Idade: ano de construção dos edifícios à subsecção. Neste caso pretende-se agrupar as várias subsecções em função da sua área de construção:

a. Percentagem edifícios construídos antes de 1919, considerou-se áreas homogéneas com mais 60%;

b. Valor acumulado das fases de construção seguintes. O resultado foram 10 mapas com gradação de cor em função dos anos de construção);

c. Características da malha: análise menos objectiva que resulta da comparação das várias morfologias e o seu tipo de desenvolvimento;

d. Análise dos IGTs, nomeadamente loteamentos e planos de pormenor.

Estrutura da rede viária

1. Tipologia: capacidade e opções de circulação da rede viária, proporção da área destinada ao automóvel face ao peão:

a. Percentagem de área pedonal, foram selecionados as subsecções com os valores mais elevados

b. Percentagem de área destina automóvel, selecionou-se as subsecções com os valores mais elevados

c. Percentagem de área destinada a ciclovia, selecionou-se as subsecções com os valores mais elevados

2. Características dos passeios: avaliou-se a existência a dimensão dos passeios bem como a quantidade de árvores ao longo do mesmo:

a. Densidade de árvores por passeio, selecionaram-se as subsecções com valores mais altos

3. Estacionamento: analisa-se a área afeta a estacionamento mais concretamente a quantidade de lugares de estacionamento:

a. Área de estacionamento / 12,5m= aproximadamente o n.º de lugares por bolsa;

b. Calcular a densidade de lugares por subsecção, identificaram-se as subsecções com valores mais elevados.

66 4. Space syntax: avaliação da conectividade da rede:

a. Avaliação em bruto à rede viária.

Topografia

1. Declive: avaliação das zonas com declive mais acentuado:

a. Modelação do terreno através de um modelo digital de terreno (TIN)

b. Cálculo da inclinação para as classes: 3 a 5%; 5 – 6 %; 7%; 8%; 9%; 10%; > 11%

Usos do solo

O segundo grande tema, os usos do solo, diz respeito à ocupação funcional do território a sua dinâmica funcional e distribuição das várias funções pelo território

1. Zonas exclusivamente residenciais: identificação das zonas com características de usos semelhantes.

a. Percentagem de edifícios exclusivamente residenciais (censos).

2. Espaços verdes e equipamentos: subsecções melhor servidas. a. Percentagem de equipamentos;

b. Percentagem de espaços verde.

O terceiro grande tema refere-se à oferta de transportes da cidade em particular as redes de transporte público.

Oferta de transportes públicos

1. Distância à paragem: identificaram-se a áreas que são servidas por cada paragem bem como a qualidade do serviço de transportes públicos, nomeadamente a sua frequência.

a. Distância de 400m em rede a partir da paragem (aproximadamente 50%); b. Identificar as subsecções que são servidas por mais do que uma paragem.

2. Frequência média por paragem: avaliação da qualidade do serviço com base nos horários das várias carreiras que servem cada paragem, bem como os destinos:

a. Para cada paragem ver a cadência de autocarros, ou seja, o número médio de autocarro ao longo do dia;

b. Identificar o número de destinos de cada paragem.

Acessibilidade

O quarto tema, diz respeito às condições de acessibilidade dos vários aglomerados das cidades em estudo. Neste tema explora-se a acessibilidade das várias subseções ao centro da cidades e a outros locais importantes para a geração/atracção de viagens.

67 a. Distância medida na rede do centro da cidade aos vários centroides das

subsecções estatísticas;

b. Distância ao centro da cidade em transportes públicos e tempo de percurso; c. Distância a outros centros locais, em termos de distância (e tempo) medida na

rede viária e tempo de percurso de transporte público;

d. Distância a pontos geradores de viagens ao nível da distância (e tempo) medida na rede viária e tempo de percurso de transporte público;

Condições socioeconómicas

Finalmente, o último e quinto tema corresponde às características socioeconómicas dos residentes. Neste caso foram analisados indicadores que possam influenciar o número e tipo de viagens, como grupos etários mais significativos e condições do estrato social e da população.