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4.2 Projeto conceituai

4.2.2 Estudo de viabilidade

4.2.2.3 Definição do público alvo

Após a escolha do sistema a ser considerado no projeto, toma-se necessário definir quem serão os futuros usuários da ferramenta computacional. O objetivo é, ao identificar as pessoas que irão se relacionar de forma mais próxima com o protótipo, descobrir quais são as necessidades que a ferramenta deverá atender.

Inicialmente foram selecionadas duas categorias de usuários: técnicos de coordenação de manutenção e os operadores do sistema. Os técnicos de coordenação de manutenção são responsáveis pelo delineamento dos serviços que serão executadas nos PM pelo staff de manutenção da organização industrial. O objetivo da escolha é, ao diminuir a distância entre os que operam o sistema no dia a dia e aqueles que são responsáveis pela organização da manutenção, minimizar os aspectos negativos apresentados no item 3.6 , pois a comunicação entre estes dois grupos é fundamental para um bom processo de gestão da manutenção.

Definição de sobressalentes, de procedimentos técnicos a serem seguidos, alocação de mão de obra, planejamento de testes e outras atividades desenvolvidas durante os PM passam necessariamente pela interação entre estes dois grupos e são proveniente de informações geradas durante o período de uso dos equipamentos a bordo.

Neste ponto é importante mencionar uma característica do protótipo que está sendo desenvolvido neste trabalho e que busca facilitar o gerenciamento do conhecimento entre estas categorias: a geração automática de relatórios técnicos em formato HTML, o padrão para apresentação de páginas na Internet. Estes relatórios consistem em arquivos que podem ser lidos por browsers. Os arquivos são gerados automaticamente, e nenhum conhecimento de tecnologia de Internet é necessário. O objetivo é enviar tais relatórios via rede, em um ambiente de Intranet, acelerando a tramitação de informação técnica no estaleiro e facilitando o processo de gerenciamento do conhecimento no ambiente de manutenção naval (ALVES e SILVA, 2001).

Após a definição do público alvo, foi feito um questionário cujo objetivo foi conhecer melhor os futuros usuários da ferramenta computacional. Transcrevem-se abaixo trechos considerados mais importantes desta entrevista.

EC: Como você classificaria o nível de computação do pessoal que hoje trabalha com hidráulica?

USUÁRIO 1: De uma forma geral, baixo. Na minha opinião acaba havendo uma

preocupação maior com o “hardware”.

USUÁRIO 2: A rotina diária do profissional que lida com hidráulica, em particular

manutenção é muito corrida e desgastante. O estudo destes profissionais está quase sempre voltado para entendimentos de diagramas, manuais técnicos e assuntos ligados à resolução de problemas em sistemas cuja parada deve ser via de regra no menor tempo possível. Estas pessoas utilizam a computação como ferramenta em situações bem específicas, como por exemplo: confecção de relatórios técnicos, desenho de diagramas e simulação. Todos estes fatos me levam a acreditar que essas pessoas podem ser vistas como usuários e não como conhecedores profundos de computação.

EC: Na sua opinião, se você tivesse uma ferramenta de diagnóstico a sua disposição, que características esta ferramenta deveria ter ?

USUÁRIO 1: Em primeiro lugar, gostaria que fosse fácil de usar Se possível gostaria

que apresentasse além do diagnóstico, recomendações de reparo e previsão de sobressalentes necessários ao reparo.

USUÁRIO 2: Seguindo a linha da resposta anterior, inicialmente ela deveria ser de fácil

utilização. No meu modo de ver, quanto mais simples fosse o uso melhor. Também deveria permitir a visualização do circuito que está sendo analisado se possível em cores, pois no campo, quando diagramas hidráulicos são analisados, usa-se cópias que têm que ser coloridas manualmente para facilitar o entendimento de como o sistema funciona. Para finalizar, acho que a ferramenta além do diagnóstico, deveria apresentar o porquê de tal diagnóstico. Estas características ajudariam muito o trabalho do profissional que está trabalhando na maioria das vezes sob pressão.

As respostas das perguntas apresentadas acima indicam que, além de certas características que podem ser consideradas básicas para uma ferramenta computacional, a sua utilização não deve necessitar de conhecimento computacional aprofundado, fato que não pode ser esquecido durante a implementação computacional. A tabela abaixo resume quais foram as principais saídas da etapa de estudo de viabilidade.

Tabela 4.1 - Saídas previstas para a Etapa Estudo de Viabilidade

JUSTIFICATIVA PARA A ESCOLHA DA ÁREA DE APLICAÇÃO ESCOLHA DO SISTEMA A SER CONSIDERADO NA PESQUISA DEFINIÇÃO DO PÚBLICO ALVO ASPECTOS CONSIDERADOS NA ANÁLISE - Natureza do problema. - Fundamentação teórica bem estabelecida. • Existência de entradas incompletas e/ou erradas. - R elevánda. - Abrangência. - Experiência do E.C. Vantagens proporcionadas pela ferram enta

RESULTADO CONCLUSÃO O DOMÍNIO DE CONHECIMENTO É ADEQUADO O SISTEMA É REPRESENTATIVO PESSOAL DE BORDO RESPONSÁVEL PELA OPERAÇÃO DO SISTEM A/ GRUPO DE COORDENAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Antes de prosseguir com a explanação, faz-se necessário comentar rapidamente as saídas apresentadas na Tabela 4.1. Quando a área de aplicação não é adequada ao desenvolvimento de SE, o EC deve buscar outras alternativas para resolver o problema, desistindo de utilizar a técnica de sistemas especialistas como abordagem para resolver o problema (GONZALEZ e DANKEL, 1993).

Embora não se possa dizer que a escolha de um sistema não representativo impeça o desenvolvimento do SE, deve-se considerar que tanto a escolha do sistema a ser considerado inicialmente no projeto como a definição do público alvo, ganham importância quando se faz a opção pelo modelo de desenvolvimento iterativo incremental, e que essas opções também serão levadas em consideração, mesmo que de forma indireta, quando o protótipo estiver sendo avaliado em etapas posteriores.