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De maneira análoga ao que foi proposto no agrupamento descrito no subcapítulo 3.1, durante a execução deste agrupamento metodológico, foram

executadas duas linhas de levantamento, atendendo a necessidade de construção do cenário de validação e das regras de construção do framework.

3.2.1 Modelagem de Artefatos para o Projeto de Gestão de O.S.

Como primeiro passo desta etapa, o pesquisador desenvolveu um levantamento dos artefatos existentes nas diversas instâncias de Sistemas de Informação utilizadas pelos órgãos ligados a Prefeitura de Porto Alegre.

Esta compilação objetivou buscar nos softwares corporativos que atendem as funcionalidades ligadas à recepção, registro, programação e efetivação de execução de O.S., os artefatos que possibilitem a reutilização de suas regras de negócio separando-os dos que terão que ser padronizados e recodificados para se atingir ao objetivo de unificação das operações.

Ficou indicado que a padronização das formas de codificação pode ser reaproveitada, demandando ajustes a partir da discussão com os agentes envolvidos, gerando assim, um entendimento único sobre o mesmo evento e padronizando o processo de tramitação entre órgãos.

Conforme aponta a metodologia no que é direcionada a etapa de Configuração das Classes de Problemas, pode-se observar que a classificação por macrofuncionalidades (Recepção de demanda, Registro de Pedidos, Programação e Finalização de Execução) atende ao projeto, sendo que esta configuração abrange os problemas levantados e contempla as definições de requisitos de atendimento do objetivo de unificação da Gestão de Ordens de Serviço, permitindo o reuso de procedimentos existentes em união com novos que venham a ser definidos.

Motivado pelo fato deste projeto não ser o foco principal desta dissertação, os esforços do pesquisador foram direcionados para a construção da Proposta do Framework de Avaliação de Investimentos em Ativos de TI, e assim sendo, não foram propostos novos artefatos para este projeto.

3.2.2 Modelagem de Artefatos para a Proposta do Framework de Avaliação Após o levantamento feito junto às equipes envolvidas no Projeto de Prototipação do Framework de Avaliação de Investimentos em Ativos de TI, foi constatada a carência de sistematização do processo decisório, havendo execuções

feitas pelos diferentes atores com formatos diversos, utilizando diversas formas de levantamento de recursos, descrição de requisitos e documentação de aprovação dos projetos de investimento. Esta diversidade de formatos e fluxos é reflexo da falta de um padrão institucional, possibilitando que cada órgão desenvolva o processo em função de requisitos ligados as suas características operacionais e atinentes as suas necessidades.

Na ausência de formalização e normatização dos processos decisórios sobre investimentos, os diversos agentes lançam mão de planilhas de cálculos em Microsoft Excel®, sendo elaborada e refatorada a forma de cálculo em função da exigência da situação. Sendo assim, chegou-se ao consenso de se desconsiderar as planilhas utilizadas por não configurarem um artefato de uso comum.

Na etapa de Proposição de Novos Artefatos, foi apontada a construção de artefatos para atender as necessidades em relação às regras de documentação do processo decisório, formalizando o rito documental necessário a definição do problema a ser solucionado (objetivo principal do projeto), possibilitando a descrição em alto nível dos requisitos a serem atendidos, realizando a descrição dos stakeholders envolvidos, formas como descrever funcionalidades a serem atendidas e suas respectivas entregas. Além destes são propostos artefatos que agrupam indicadores de valores do projeto e dados relativos à comparação entre múltiplas opções de soluções alternativas.

Partindo destas proposições foi executada a etapa de Projeto dos Artefatos Selecionados, promovendo a prototipação das telas apresentados ao longo do desenvolvimento do capítulo 4 desta dissertação, sendo que, ao final desta tarefa foi submetida à homologação do grupo do projeto, buscando validar se seus formatos atendem aos requisitos levantados.

Na etapa de Desenvolvimento dos Artefatos, sugeriu-se que a proposta desenvolvida no framework fosse submetida à validação antes de ser encaminhada para seu desenvolvimento para uma plataforma de software. Esta avaliação é detalhada no subcapítulo de Avaliação dos Resultados.

3.2.3 Considerações finais da Definição e Modelagem de Artefatos

Na prática da aplicação da metodologia pode-se notar que o resultado do trabalho foi atingido com maior fluência, sendo de grande valia o mecanismo que

aponta a utilização de diversas iterações entre a construção de um artefato e sua validação, mantendo a proximidade entre os envolvidos no processo de criação e agregando agilidade as ações.

Como explicado anteriormente, o Projeto de Gestão de O.S. não foi desenvolvido em sua totalidade por não ser o foco desta dissertação, servindo neste momento como elemento de prova de conceito para a validação do Projeto de Prototipação do Framework de Avaliação de Investimentos em Ativos de TI. De outra forma, o trabalho que já foi executado no referido projeto pode servir como ponto de partida no seu futuro desenvolvimento, ficando estas etapas como um legado resultante desta dissertação de Mestrado.

Especificamente para o âmbito da Prefeitura de Porto Alegre, mesmo após ter sido validada, a codificação das regras e procedimentos contidos neste framework para uma plataforma de software deve ser objeto de avaliação e aprovação pelo CETIC (Comitê Executivo de Tecnologia de Informação e Comunicação), órgão colegiado composto por representantes das Secretarias Municipais subordinadas à Prefeitura de Porto Alegre e que centraliza as demandas sobre projetos de TI, atuando como um escritório de projetos. Em caso de haver necessidade de codificação de software para outra indústria, por óbvio, esta condicionante torna-se nula.