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SEÇÃO VII PROCEDIMENTOS E MÉTODOS ANALÍTICOS

II- REQUISITOS GERAIS 1 Requisitos Técnicos

3. DEFINIÇÕES E ABREVIATURA CONTROLE (de uma praga):

Contenção, supervisão ou erradicação da população de uma praga COSAVE:

Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul. FAO:

Organização Mundial para a Agricultura e a Alimentação FUMIGAÇÃO:

Tratamento Quarentenário com um agente químico que alcança o produto, completamente ou primariamente, em estado gasoso

GRÃO:

Sementes destinadas exclusivamente ao processamento ou consumo (ver sementes) MATERIAL DE PROPAGAÇÃO:

Ver vegetais para plantio NATURAL (produto):

Produto vegetal não manufaturado. ONPF:

Organização Nacional de Proteção Fitossanitária.

ORGANIZAÇÃO NACIONAL. DE PROTEÇÃO FITOSSANITÁRIA:

Serviço Oficial estabelecido por um Governo, encarregado das funções especificadas pela CIPF.

PRODUTO:

Mercadoria, tipo de vegetal, produto vegetal ou outro artigo regulamentado que está sendo mobilizado por razões comerciais ou outros propósitos

Produtos vegetais não manufaturados, destinados para consumo ou processamento, armazenados em forma seca (isto inclui em particular, grãos, frutos e hortaliças secas) PRODUTO FITOSSANITÁRIO:

Qualquer substancia ou mistura de substancias destinadas a prevenir, destruir e controlar qualquer organismo nocivo, incluindo as espécies não desejadas de plantas ou animais que causam prejuízo ou que interferem de qualquer forma na produção, elaboração ou armazenamento de produtos agrícolas. O termo inclui coadjuvantes fitoreguladores, dessecantes e as substâncias aplicadas aos cultivos antes ou depois da colheita para proteger os vegetais contra a deterioração durante o armazenamento e transporte. Sinônimo: Fitossanitário

PRODUTO REGULAMENTADO:

Qualquer sitio de armazenamento, de transporte, recipiente ou outro objeto ou material capaz de abrigar ou propagar pragas dos vegetais, particularmente no que se refere ao transporte internacional

PRODUTO VEGETAL:

Material não manufaturado de origem vegetal (incluindo grãos) e aqueles produtos manufaturados que, por sua natureza ou a de seu processamento, podem criar um risco de dispersão de pragas

SEMENTES:

Parte vegetal destinadas a semeadura ou plantio (ver grãos) SRPF:

Standard Regional de Proteção Fitossanitária TRATAMENTO:

Procedimento oficialmente autorizado para exterminar, remover ou fazer inférteis as pragas

TRATAMENTO QUARENTENÁRIO:

Procedimento oficialmente autorizado para exterminar, remover ou tornar inférteis as pragas quarentenárias.

VEGETAIS:

Plantas vivas e suas partes, incluindo sementes VEGETAIS PARA PLANTIO:

Vegetais destinados a permanecer plantados, a ser plantados ou trasnplantados 4. DESCRIÇÃO

Este sub-standard descreve os procedimentos que devem cumprir-se para a aplicação de tratamentos quarentenários para o controle de Trogoderma granarium Everts.

II - REQUISITOS GERAIS 1. Requisitos Técnicos

1.1. Pragas contra as quais é aplicável o Tratamento Quarentenário - Trogoderma granarium Everts

- Nomes comuns Gorgojo Khapra, Khapra beetle - Ciclo biológico de Trogoderma granarium Everts

Os adultos têem um ciclo de vida curto, as fêmeas cobertas vivem 4-7 dias e as não cobertas 20-30 e os machos 7-12; eles não voam e se alimentam muito pouco se o fazem

O cobertura ocorre logo depois de 5 dias de haverem emergido A fêmea pode efetuar uma posta completa de ovos em uma só cobertura, sendo evidente que uma segunda cobertura aumenta muito o número total de ovos produzidos

Um atraso na cobertura de 15-20 dias resulta em até 25% de redução na fecundidade.

O período de pre-oviposição, o qual não é afetado pela umidade, é insignificante a 40°C; de 1 dia a 35°C; de 2 dias a 30°C; de 2-3 dias a 25°C; e, a 20°C, não se produzem ovos

Sob condições ótimas, a fêmea põe uma média de 50-90 ovos soltos no material hospedeiro Os ovos eclodem entre os 3-14 dias. O desenvolvimento completo tem lugar aos 21 dias a 40°C.

O ciclo de vida desde ovo a adulto dura, em média, 22 dias a 21°C, 39-45 dias a 30°C e 75% de UR e 26 dias a 35°C, sendo este o ótimo.

O desenvolvimento pode levar-se a cabo a uma umidade relativa tão baixa como uns 2% en cujo caso o ciclo de vida se prolonga

Na zona endêmica favorável, onde as temperaturas médias estão geralmente por volta dos 25°C, a larva se desenvolve rapidamente ao estado de pupa, por exemplo, em 15 dias a 35°C

Se a temperatura desce abaixo dos 25°C durante qualquer período de tempo e, as vezes, se as larvas são muitas, estas podem entrar em dia pausa e o desenvolvimento cessa As larvas são resistentes ao frio, sobrevivendo a temperaturas abaixo dos -8°C

A dia pausa ocorre freqüentemente a uma temperatura constante, abaixo dos 30°C Durante a dia pausa, as larvas podem mudar embora se encontrem relativamente inativas e raramente se alimentem As larvas tendem a buscar gretas para a construção de suas galerias Uma larva pode permanecer neste estado durante vários anos, embora o aprovisionamento de novo alimento, especialmente em condições quentes, possam estimular o reinicio do desenvolvimento, assim como a pupaçao

As larvas jovens são incapazes de alimentar-se com grãos inteiros, dependendo da existência de grãos danificados para sua alimentação (estas atacam alimentos mais moles como as nozes) Estes grãos danificados, encontram-se sempre presentes, nos lotes de grãos armazenados

As larvas mais velhas podem alimentar-se de grãos inteiros A quantidade e estado do alimento disponível afeta a velocidade de desenvolvimento, porém as larvas podem sobreviver longos períodos (ao menos 13 meses) sem alimento Com o retorno de condições favoráveis, alta temperatura e disponibilidade de alimentos, as larvas pupam no lapso de uma semana

A inanição das larvas dormentes durante 3 meses, seguida de breve período de alimentação, resulta na produção de 41 % do número normal de ovos No entanto, esta porcentagem é alta para a sobrevivência da praga A inanição de 1 a 3 meses não afeta a taxa de pupação das larvas dormentes

1.2 Material vegetal e/ou produto regulamentado suscetível de ser tratado GÊNERO(S) E ESPÉCIE(S)

- Produtos armazenados Arachis hypogaea (amendoim), Avena spp (aveia), Glycine max (soja), Gossypium spp. (algodão), Helianthus annus (girassol), Hordeum

spp. (cevada), Linum spp. (linho), Medicago spp (alfafa), Phaseolus spp (feijão), Secale cereale (centeio), Sorghum spp (sorgo), Triticum spp (trigo), Zea mays (milho), frutas secas (nozes e outros), Myristica fragans (noz moscada), etc

- Parte do material vegetal grão, sementes, farelo e outros - Uso proposto do material vegetal consumo, propagação - Apresentação natural, semi-elaborado, elaborado

- Detalhar as características da embalagem comercial Granel, bolsa, pallets, envelope, fardo, etc

1.3. Descrição detalhada do Tratamento Quarentenário 1.4. Produto Fitossanitário Brometo de Metilo

a) SEMENTES

Fumigação com Brometo de Metilo a 100% sob toldo de polietileno a pressão atmosférica normal

DOSES TEMPO DE EXPOSIÇÃO Tº DO PRODUTO

40 gr/m3 12 horas 32ºC ou mais 56 gr/m3 12 horas 26,5-31ºC 72 gr/m3 12 horas 21-26ºC 96 gr/m3 12 horas 15,5-20,5°C 120 gr/m3 12 horas 10-15ºC 144 gr/m3 12 horas 4,5-9,5ºC

Nota: Ver item 1.5. Outros antecedentes ou Tratamento Quarentenário.

b) Farinhas, farelos, grão quebrados ou partidos, mercadorias variadas moídas, a granel ou bem empacotadas em sacos ou bolsas.

Fumigação com Brometo de Metilo sob toldo de polietileno a pressão atmosférica normal.

DOSES TEMPO DE EXPOSIÇÃO Tº DO PRODUTO

64 gr/m3 24 horas 32ºC ou mais 96 gr/m3 24 horas 26,5-31ºC 128 gr/m3 24 horas 21-26ºC 192 gr/m3 24 horas 15,5-20,5°C 192 gr/m3 28 horas 10-15ºC 192 gr/m3 32 horas 4,5-9,5ºC

c) GRÃOS: milho, arroz, trigo, feijão, cacau em sacos.

Fumigação com Brometo de Metilo sob toldo de polietileno a pressão atmosférica normal.

DOSES TEMPO DE EXPOSIÇÃO Tº DO PRODUTO

40 gr/m3 12 horas 32ºC ou mais 56 gr/m3 12 horas 26,5-31ºC 72 gr/m3 12 horas 21-26ºC 96 gr/m3 12 horas 15,5-20,5°C 120 gr/m3 12 horas 10-15ºC 144 gr/m3 12 horas 4,5-9,5ºC

d) Sacos, bolsas e outros materiais permeáveis de empacotamento.

Fumigação com Brometo de Metilo sob toldo de polietileno a pressão atmosférica normal.

DOSES TEMPO DE EXPOSIÇÃO Tº DO PRODUTO

64 gr/m3 24 horas 32ºC ou mais 96 gr/m3 24 horas 26,5-31ºC 128 gr/m3 24 horas 21-26ºC 192 gr/m3 24 horas 15,5-20,5°C 192 gr/m3 28 horas 10-15ºC 192 gr/m3 32 horas 4,5-9,5ºC

e) GRÃOS: e outros materiais com alta absorção (canela, cacau em pó, nozes e pistache, etc).

Fumigação com Brometo de Metilo em câmaras ou sob toldo a pressão normal.

DOSES TEMPO DE EXPOSIÇÃO Tº DO PRODUTO

40 gr/m3 12 horas 32ºC ou mais 56 gr/m3 12 horas 26,5-31ºC 72 gr/m3 12 horas 21-26ºC 160 gr/m3 12 horas 15,5-20,5°C 192 gr/m3 12 horas 4,5-9,5ºC - Tratamento alternativo

Fumigação com Brometo de Metilo em câmaras a 660mm/Hg de pressão ao vácuo.

DOSES TEMPO DE EXPOSIÇÃO Tº DO PRODUTO

128 gr/m3 3 horas 15,5ºC ou mais

144 gr/m3 3 horas 4,5-15ºC

1.4. Respaldo Cientifico

1.4.1. O tratamento Quarentenário proposto é reconhecido internacionalmente e de uso habitual

Organismos que os utilizam - FAO

- United States Department of Agriculture. Animal and Plant Health Inspection Service. Treatment Manual. 1994

- Departament of Primary Industries and Energy. Australian Quarantine and Inspection Service.

1.5. Outros antecedentes do Tratamento Quarentenário. - SEMENTES

Existem antecedentes que indicam que o brometo de metilo pode afetar o poder germinativo das sementes. Por tanto, para realizar o tratamento deverão adotar-se as seguintes precauções:

- Umidade da semente menor que 14% - Temperatura ambiente menor que 25°C

- Evitar que o tempo de exposição seja maior que o recomendado - Sempre que seja possível, deve se evitar repetir a fumigação

Deverá considerar-se que o brometo de metilo produz maiores danos nas sementes com alto conteúdo de óleo

- OUTROS PRODUTOS

O brometo de metilo pode danificar outros produtos por corrosão, ranço, perda de qualidade panificadora e outros.

Por esta razão, deverão adotar-se as seguintes precauções:

- Não superar as concentrações nem os períodos de exposição recomendados. - Conseguir que ó fumigante se distribua de modo uniforme o mais rapidamente possível uma vez começado o tratamento.

- Que a ventilação de toda a massa se efetue rápida e completamente, imediatamente após o término do tratamento.

- Para o caso da farinha de soja com toda sua gordura não se recomenda a fumigação com brometo de metilo

- Embora o brometo de metilo não seja inflamável, em presença de uma chama se desdobra rapidamente resultando em ácido bromídrico, que é muito corrosivo para os metais e destrói as plantas e os produtos vegetais Por isso, durante a fumigação com brometo de metilo, o espaço a sser fumigado não será aquecido com equipamentos que tenham pontas incandescentes sem proteção.

Igualmente, deverão apagar-se, antes que comece a fumigação, todas a lampadas e chamas pilotos.

O efeito corrosivo do brometo de hidrogênio aumenta muito em ambiente úmido e quente.

- O operador não deve expor-se de modo continuo a concentrações de brometo de metilo superiores a 20ppm. Este é o limite de segurança máximo para a exposição diária de oito horas sugerido pela Conferência de Higienistas Industriais dos Estados Unidos (ACGIH 1981) A exposição diária a concentrações de 20 a 100ppm de brometo de metilo pode produzir lesões graves e inclusive a morte

- Durante o processo de fumigação em que exista possibilidade de exposição a concentrações maiores que 5ppm, o operário deverá estar provido de proteção respiratória É importante recordar que este fumigante pode ser inodoro, pelo que deve-se determinar o tempo durante o qual um filtro pode proteger A duração do filtro e portanto sua troca se realizará de acordo com as especificações do fabricante

- O operador deve contar com equipamentos de detecção segurança pessoal necessários para este tipo de tratamento, tais como: lampada halógena e/ou detetores eletrônicos de brometo de metilo. Entre os equipamentos de segurança deve se considerar máscaras com filtro para vapores orgânicos (de carvão ativado) e equipamentos de oxigênio comprimido.

- Após fumigar com brometo de metilo, os produtos alimentícios, liberam rapidamente a quantidade de fumigante que podem ter retido. Em circunstancias normais o brometo de metilo gasoso não deixa resíduos suficientes para constituir um problema

- Geralmente, fica um pequeno resíduo permanente de magnitude diversa, resultante da reação química entre este fumigante e alguns constituintes do produto fumigado Este resíduo é formado por brometo inorgânico.

- Baseando-se em provas toxicológicas, a Reunião mista FAO/OMS (1967) estimou a ingestão diária admissível para o homem, de brometos inorgânicos de todas as procedências, em 1,0 miligrama, como máximo, por quilograma de peso corporal.

SUB-STANDARD DE TRATAMENTOS QUARENTENÁRIOS CONTRA Rhagoletis tomatis Foote

COMITÊ DE SANIDADE VEGETAL DO CONE SUL COSAVE CONTEÚDO REVISÃO APROVAÇÃO RATIFICAÇÃO REGISTRO DE MODIFICAÇÕES DISTRIBUIÇÃO I - INTRODUÇÃO ÂMBITO REFERÊNCIAS DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS DESCRIÇÃO II - REQUISITOS GERAIS REQUISITOS TÉCNICOS REVISÃO

Este sub-standard regional do COSAVE está sujeito a revisões e modificações periódicas.

A data da próxima revisão é: APROVAÇÃO

RATIFICAÇÃO

REGISTRO DE MODIFICAÇÕES

As modificações a este sub-standard serão numeradas e datadas correlativamente Os possuidores do sub-standard devem assegurar-se de que todas as modificações sejam inseridas e as página obsoletas sejam removidas.

DISTRIBUIÇÃO

Este sub-standard é distribuído pela Secretaria de Coordenação do COSAVE a: a. Organizações Nacionais de Proteção Fitossanitária - ONPFs integrantes do COSAVE

- Instituto Argentino de Sanidade e Qualidade Vegetal, Argentina - Secretaria de Defesa Agropecuária, Brasil.

- Serviço Agrícola e Pecuário, Chile - Conselho de Defesa Vegetal, Paraguai - Serviço de Proteção Agrícola, Uruguai

b. Organizações Regionais de Proteção Fitossanitária - ORPFs c. Grupo de Trabalho Permanente do COSAVE (GTPs)

d. Secretaria da Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária - CIPF da FAO. e. Secretaria Administrativa do MERCOSUl.

f. Comitê de Sanidade do MERCOSUl g. Secretaria do Acordo SPS da OMC I- INTRODUÇÃO

Este sub-standard descreve os procedimentos para a aplicação de Tratamentos Quarentenários contra Rhagoletis tomatis Foote, reconhecidos pelo COSAVE para ser utilizados pelas respectivas ONPFs de seus países membros.

2. REFERÊNCIAS

- Bond, E J. 1988 Manual de fumigación contra insectos Centro de Investigación Departamento de Agricultura dei Canadá. Ontário, Canadá

- CPSAVE. Orientación y Lineamientos para la Elaboración y Adopción de Estándares Regionais en el Ambito de Ia Protección Fitosanitaria, Estándar N° 11, Marzo 1995, Montevideo, Uruguay

- COSAVE Procedimiento para la aprobación de Tratamientos Cuarentenarios, Estándar N° 3.7.1, Octubre, 1995

- Frias, Daniel Genética, ecologia y evolución de las especies de Rhagoletis tomatis Foote (Díptera Tephritidae) chilenas Acta Entomológica chilena N° 17,1992 Pp 211 - 221.

- Glosario FAO de Términos Fitosanitarios, FAO Plant Protection Bulletin. Vai 38 (1), 1990 Organización de las Naciones Unidas para Agricultura y Ia Alimentación, Roma, Italia

- Glosario de Términos Fitosanitarios, COSAVE, Estándar N° 26, Octubre de 19941. Iheus, Brasil

- INTEC CHILE, 1996. Desarrollo de tests básicos en Rhagoletis tomatis Foote. Trabajo de investifación solicitado por el Servicio Agrfcola y Ganadero

- International Plant Quarantine Treatment Manual FAO Plant Production and Protection Paper 50, Rome, 1993

- Monro, H 1970 Manual de Fumigación Contra Insectos Roma, Itália 3. DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS

CIPF:

Abreviatura de Convenção Internacional em Proteção Fitossanitária CONTROLE (de uma praga):

Contenção, supervisão ou erradicação da população de uma praga COSAVE:

Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul FAO:

Organização Mundial para a Agricultura e a Alimentação FRUTAS E HORTALIÇAS:

Panes frescas de vegetais destinadas ao consumo ou processamento FUMIGAÇÃO:

Tratamento quarentenário com um agente químico que alcança o produto, completamente ou primariamente, em estado gasoso

NATURAL (Produto):

Produto Vegetal não manufaturado. ONPF:

Organização Nacional de Proteção Fitossanitária

Serviço oficial estabelecido por um Governo, encarregado das funções especificadas pela CIPF.

PRODUTO:

Mercadoria, tipo de vegetal, produto vegetal ou outro artigo regulado que está sendo mobilizado por razões comerciais ou outros propósitos.

PRODUTO FITOSSANITÁRIO:

Qualquer substancia ou mistura de substancias destinadas a prevenir, destruir e controlar qualquer organismo nocivo, incluindo as espécies não desejadas de plantas ou animais que causam prejuízo ou que interferem de qualquer forma na produção, elaboração ou armazenamento de produtos agrícolas.

O termo inclui coadjuvantes fitoreguladores, dessecantes e as substancias aplicadas aos cultivos antes ou depois da colheita para proteger os vegetais contra a deterioração durante o armazenamento e transporte. Sinônimo Fitossanitário.

PRODUTO REGULAMENTADO:

Qualquer sitio de armazenamento, de transporte, recipiente ou outro objeto ou material capaz de abrigar ou propagar pragas dos vegetais, particularmente no que se refere ao transporte internacional

PRODUTO VEGETAL:

Material não manufaturado de origem vegetal (incluindo grãos) e aqueles produtos manufaturados que, por sua natureza ou a de seu processamento, podem criar um risco de dispersão de pragas

SRPF:

Sub-standard Regional de Proteção Fitossanitária TRATAMENTO:

Procedimento oficialmente autorizado para exterminar, remover ou fazer inférteis as pragas

TRATAMENTO QUARENTENÁRIO:

Procedimento oficialmente autorizado para exterminar, remover ou tornar inférteis as pragas quarentenárias

TRATAMENTO QUARENTENÁRIO QUÍMICO:

Tratamento no qual se aplica um Produto Fitossanitário para destruir as pragas quarentenárias

VEGETAIS:

Plantas vivas e suas partes, incluindo sementes 4. Descrição

Este sub-standard descreve os procedimentos que devem cumprir-se para a aplicação de tratamentos quarentenários para o controle de Rhagoletis tomatis Foote II - REQUISITOS GERAIS

1. Requisitos Técnicos

1.1. Praga contra a que é aplicável o Tratamento Quarentenário Rhagoletis tomatis Foote

- Diptera Tephritidae

- Nome comum: Mosca do tomate

- Ciclo Biológico de Rhagoletis tomatis Foote OVOS

Os ovos são depositados no interior dos frutos de tomate, preferentemente verdes e de um tamanho não superior a 3 cm de diâmetro Dado que o lugar de oviposição é abaixo da epiderme, este inseto realiza uma perfuração cada vez que um ovo é colocado, existindo uma clara tendência para uma agregação de ovos nos frutos. A eclosão dos ovos depois da oviposição em condições experimentais, entre 18 e 22°C de temperatura demora entre 48 e 72 horas (INTEC CHILE 1996)

LARVA

As larvas são brancas ou branco-amarelado quando estão próximas a pupar, de forma alargada, aguçada no extremo anterior e ápodas Uma vez que eclodem constróem um túnel no mesocarpo para dirigir-se ao endocarpo, tecido no qual causam o maior dano até que se desenvolvam por completo e saiam a pupar, o período de larva tem uma duração de aproximadamente 30 dias (INTEC CHILE 1996)

O estado larval apresenta três estágios, que se descreve a seguir:

● primeiro estágio: este estado larvário corresponde a aquelas larvas provenientes de ovos recém eclosados. São muito pequenas (1,3 a 3 mm de comprimento aproximadamente) Estas larvas possuem algumas características em relação à coloração do esqueleto cefalofaríngeo. Assim, os ganchos mandibulares e o esclerito hipofaríngeo são totalmente café claro, a placa basal é extensivamente negra, especialmente os cornos dorsais

● Outra característica desta larva de primeiro estágio é que, na área média da região posterior apresenta duas estruturas alongadas denominadas tubérculos, os quais medem aproximadamente 0,2 mm. (INTEC CHILE 1996)

● segundo estágio este estágio mede entre 4 e 5 mm de longitude, os ganchos mandibulares são café claro só na região anterior que corresponde aos dentes apical e sub-apical, o resto do esqueleto cefalofaríngeo é de cor negra Os tubérculos da área média da região posterior se reduzem e correspondem aproximadamente a 1/16 do comprimento total do corpo da larva (INTEC CHILE 1996)

● Terceiro estágio as larvas de terceiro estágio medem aproximadamente 7 a 10 mm, todo o esqueleto cefalofaríngeo é negro Estas larvas apresentam 4 a 5 bordas orais, se distinguem claramente três dentes esclerosados Os tubérculos da área média da região posterior se reduzem a 0,1 mm (INTEC CHILE 1996)

PUPA

Tem a forma típica das pupas de Díptero com um comprimento aproximada de 5 mm e é de uma cor café claro Na área média da região posterior é possível distinguir dois tubérculos com comprimento aproximado de 0,1 mm Na região anterior das pupas se observa os espiráculos anteriores. De maneira similar, na região posterior se observam claramente os espiráculos posteriores (INTEC CHILE 1996)

As pupas tem um período de duração estimado de 30 dias e se encontram normalmente a uns 3 a 4 cm abaixo da superfície do solo, nas proximidades das plantas de tomates (INTEC CHILE 1996).

1.2. Material vegetal e/ou produto regulamentado suscetível de ser tratado. - GÊNERO(S) E ESPÉCIE(S) Lycopersieon esculentum

- Parte do material vegetal fruto

- Uso proposto do material vegetal: consumo - Apresentação natural

- Detalhar as características da embalagem comercial aplicável para todo aquele que não impeça a penetração de gás ao produto

1.3. Descrição detalhada do Tratamento Quarentenário. Produto Fitossanitário: Brometo de Metila.

Fumigação com Brometo de Metila a 100% em câmara a pressão atmosférica normal.

DOSES TEMPO DE EXPOSIÇÃO Tº DO PRODUTO

40 g/m3 2 horas 22ºC ou mais

Instalações, equipamentos e controle:

O tratamento de fumigação se realiza em câmaras, as quais devem satisfazer as seguintes condições mínimas:

- Hermeticidade

- Eficiente sistema de recirculação de ar - Fumiscópio

- Mangueiras para tomada de amostras - Sensor de temperatura ambiente - Chaminé de evacuação

- Vaporizador.

Os instrumentos deverão ter um certificado de calibração vigente, expedido por um organismo autorizado pela ONPF correspondente

1.4. Respaldo Científico

1.4.1. O tratamento quarentenário proposto foi desenvolvido pelo INTEC CHILE (ver 2 Referências) para todos os estados de crescimento (ovo - larva - pupa) deste inseto e aprovado com o respaldo estatístico Prohit 9

Organismos que o utilizam:

Serviço Agrícola e Pecuário (SAG).

1.5. Outros antecedentes do Tratamento Quarentenário

O tratamento de fumigação com brometo de metila deve considerar as seguintes precauções:

- Se deve prestar especial atenção a que o material não apresente lesões ou feridas, posto que estas podem resultar em uma severa fitotoxicidade causada pelo brometo de metila

- Não ultrapassar as concentrações nem os períodos de exposição recomendados

- Conseguir que o fumigante se distribua de modo uniforme o mais rapidamente possível, uma vez começado o tratamento

- Que a ventilação de toda a massa seja rápida e completa, imediatamente após

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