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Para este estudo foi realizado um conjunto de procedimentos divididos em cinco etapas distintas: pedidos de autorização às instituições, seleção das crianças a participar no estudo, autorização dos encarregados de educação, recolha de dados e sinalização das crianças com PADL.

5.1. Pedidos de autorização às instituições

Para que o estudo se pudesse realizar nos estabelecimentos de ensino público, foi realizado o pedido de autorização ao Departamento de Monitorização dos Inquéritos em Meio Escolar do GEPE do Ministério da Educação a 04-12-2010 (número de registo 0164100001), através do preenchimento do formulário próprio on-line. A aprovação do projeto e consequente autorização foi dada a 23-12-2010. Após autorização do Departamento de Monitorização dos Inquéritos em Meio Escolar do GEPE do Ministério da Educação, foram realizados os pedidos de autorização, dirigidos aos Presidentes do Conselho Executivo, a dois Agrupamentos de Escolas (Apêndice 2) dos quais fazem parte os dois JI’s selecionados aleatoriamente.

Relativamente às instituições cooperativas e privadas, o pedido de autorização foi realizado diretamente aos responsáveis das instituições (Apêndice 2).

Após a autorização por parte das instituições, foi realizada uma reunião com os responsáveis pedagógicos / coordenadores dos JI’s a fim de ser explicado o âmbito, finalidades e objetivos do estudo, bem como os aspetos relacionados com a sua operacionalização. Nesta reunião, o investigador foi informado do número e tipologia das salas de pré-escolar que faziam parte de

Metodologia

instituição, de forma a realizar a aleatorização das salas do JI e, assim, definir as que iriam participar no estudo, tendo informado, posteriormente, o responsável pedagógico / coordenador da instituição.

5.2. Seleção das crianças

A seleção das crianças foi realizada pelo investigador com base nos critérios de inclusão e exclusão em duas fases distintas.

Fase de Seleção 1: preenchimento da ficha de seleção (Apêndice 3) pelo investigador.

Foi preenchida para todas as crianças que faziam parte das salas selecionadas a participar no estudo a ficha de seleção, através da consulta dos processos pedagógicos de cada criança, entrevista ao responsável pedagógico da instituição, educador de infância ou aos encarregados de educação. Fase de Seleção 2: critério de exclusão 2

A partir da ficha de caracterização foram identificadas as crianças que já tinham tido acompanhamento anterior em terapia da fala devido a problemas de linguagem e/ou fala e que atualmente já não têm. Essas crianças foram sinalizadas pelo investigador no sentido de, após avaliação da linguagem, se certificar se as crianças apresentavam ou não PADL, segundo os critérios definidos, de forma a tomar a decisão acerca da sua inclusão ou exclusão do estudo pelos motivos apresentados no capítulo referente aos critérios de inclusão e exclusão.

5.3. Pedido de autorização aos encarregados de educação

Após a primeira fase de seleção das crianças foi enviado em envelope fechado aos encarregados de educação o consentimento informado (Apêndice 4) e a ficha de caracterização, solicitando a autorização para a participação das crianças no estudo. Os consentimentos informados e as fichas de caracterização foram devolvidos em envelope fechado ao investigador que os recolheu junto do responsável pedagógico na data previamente definida.

5.4. Recolha de dados

Da recolha de dados fizeram parte o preenchimento das fichas de caracterização e a avaliação da linguagem.

O preenchimento das fichas de caracterização foi realizada pelos encarregados de educação numa fase prévia à avaliação da linguagem e coincidente com a autorização de participação no estudo através da assinatura do consentimento informado.

Tal como referido anteriormente, a avaliação da linguagem consistiu na aplicação do TALC (SUA- KAY & TAVARES, 2007) e do Subteste Fonológico do TFF-ALPE (MENDES et al., 2009). Esta foi realizada pela investigadora e por cinco colaboradores, alunos do 4º ano de um Curso de Licenciatura em Terapia da Fala, experientes na aplicação destes testes. Para que não ocorressem enviesamentos derivados da aplicação das avaliações, que apresentam procedimentos próprios, os colaboradores foram treinados para a sua aplicação e respetivo registo dos resultados. Foram, então, realizadas 5 sessões de treino e supervisão da aplicação e registo destes dois instrumentos de recolha de dados.

Durante a aplicação do subteste Fonológico do TFF-ALPE (MENDES et al., 2009) e para que não ocorressem enviesamentos da análise e registo das produções realizadas pelas crianças, foi feito o registo áudio. A cotação dos vários subtestes do TALC e do subteste fonológico do TFF-APLE foi realizada pelo investigador principal para todas as crianças.

Numa fase prévia à recolha de dados foram planeadas as avaliações das crianças tendo em consideração as atividades das salas de JI onde estas estavam inseridas, as atividades extra curriculares e a disponibilidade da sala onde iriam ser realizadas as avaliações. A recolha de dados teve início após a aprovação do planeamento por parte do responsável pedagógico / coordenador da instituição.

Para a avaliação da linguagem, as crianças foram retiradas da sua sala de JI para uma sala à parte, à exceção de um JI onde havia a obrigatoriedade das crianças serem avaliadas em contexto de sala. A avaliação durou entre 40 a 75 minutos, tendo sido realizada numa ou em duas sessões, dependendo dos níveis de concentração e cansaço de cada criança.

5.5. Sinalização das crianças com PADL

Após a análise das avaliações, foi realizado um relatório de avaliação para cada criança que foi entregue em envelope fechado ao encarregado de educação. Todas as crianças diagnosticadas com PADL e que necessitassem de apoio direto em Terapia da Fala foram identificados como tal no relatório, tendo sido aconselhado acompanhamento.