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Leituras e atividades | 131 Texto atribuído a Bertolt Brecht. Disponível em:

<http://www.ybnews.org. br/?system=news&action = read&id=462&eid=231>. Acesso em: 9 maio 2007.

1. O dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956) descreve em poucas palavras o analfabeto político e as conseqüências de sua postura. Dê exemplos de situações e atitudes que possam caracterizar o anal­ fabetismo político.

2. É possível viver em sociedade sem ne­ nhum tipo de participação política? Ex­ plique sua resposta.

3. Cite possíveis formas de participação po­ lítica além do ato de votar ou ser votado.

0 "presidente" recebe o impacto dessa maldição, que se dissolve lentamente, de ma­ neira tão sórdida.

Prisioneiro dos de cima, percebe que a "Presidência imperial" também é uma arma­ dilha contra ele. Não fala pela e para a nação e se engana com o "somos todos irmãos".

Sua liberdade de agir fica entre os humi­ lhados aos quais não consegue estender mãos fraternas e solidárias.

Sua autoridade termina onde principia a autocracia da minoria dominante. Ela regula as oscilações de promessas falsas e de opres­ são real, incrustadas nas instituições quimeri- camente "constitucionais".

A maioria, composta por assalariados e milhões de destituídos, recorre à submissão ou ao confronto.

Por sua massa poderia pulverizar o siste­ ma que rouba, mente, divide e esmaga. Falta- lhe penetrar no enigma de suas contradições — seu poder de classe e a necessidade de assimilação com os sem-classe, batendo-se com eles por reforma ou revolução.

Ou seja, repudiar a ordem imposta como se fosse "democrática" e todas as falácias nela contidas.

A seu favor conta com utopias, que ca­ recem de expurgos e unificação. O econô­ mico, social, cultural e político são interde­ pendentes e instrumentais para converter a luta de classes em fator de desalienação e desemburguesamento.

O "presidente" não está acima dessa pugna redentora. Se pretender-se "neutro", estará perdido, sem poder para governar. Se ousar "decidir o sentido da história", acabará tragado pelos que o usam como refém.

Aparecerá, quando muito, como

"condottieri" simulado de uma socieda­ de montada sobre iniquidades abissais. E facilitará as posições dos homens-lobos, que devoram seus desafetos e impedem sua humanização.

Fernandes, Florestan. Herança maldita. Folha de S. Paulo, 10 out. 1994. p. 1-2.

1. Qual é a relação entre o texto “Herança maldita” e o texto e a charge apresentados na seção “Para refletir”?

2. É possível relacionar os dois textos com a política atual? Exemplifique.

3. Comente a frase: “O econômico, social, cultural e político são interdependentes e instrumentais para converter a luta de classes em fator de desalienação e desem- burguesamento”.

4. Faça uma breve relação entre poder, po­ lítica e Estado.

132 | Unidade 4 • Poder, política e Estado

Esse dilema não apresenta saídas. A menos que o "presidente" aprenda que servir à nação implica reconstruir a sociedade civil e o Estado.

Não basta que ele discurse sobre desem­ prego, fome, ignorância, doença, etc. Urge resolver tais problemas pela transformação do homem, da sociedade e da civilização.

É imperativo vincular os de baixo à ba­ talha política que redima o Brasil da multipli­ cação da barbárie, liberando-se a si mesmo junto com o povo.

Em grupo, reúnam informações so­ bre as propostas de diferentes partidos políticos para os seguintes temas: políti­ ca ambiental, segurança pública, política educacional, serviços de saúde, transporte coletivo. A pesquisa pode ser feita em jor­ nais, revistas, ou no site dos partidos. Se possível, conversem sobre esses assuntos diretamente com os representantes dos partidos políticos (deputados estaduais ou federais e senadores). Elaborem um relatório com os resultados obtidos.

Minority report (EUA, 2002). Direção: Steven Spielberg. Elenco: Tom Cruise, Colin Farrell, Max Von Sydow, Patrick Kilpatrick e Samantha Morton.

Esse filme, baseado em um conto do escritor Philip K. Dick, também autor de

Blade Runner, está ambientado no ano de

2054, na cidade de Washington (Estados Unidos). A sociedade vive, então, sob ex­ tremo controle, e os crimes são punidos an­

tes de ser cometidos. Pessoas superdotadas fazem previsões que levam às prisões. O controle da violência, antes mesmo de ser praticada, tem alto custo para a liberdade dos indivíduos e a possibilidade de defesa. Terra em transe (Brasil, 1967). Direção: Glauber Rocha. Elenco:

Paulo Autran, Hugo Carvana, José Lewgoy, Paulo Gracindo, Jardel Fi­ lho, Glauce Rocha, Francisco Milani e Danusa Leão.

Esse filme é um espetáculo poé­ tico sobre o transe político pelo qual passa(ra)m os países da América Latina. Considerado o mais importante e polêmico filme de Glauber Rocha, procura demons­ trar como a questão política era e de certa forma é tratada no Brasil, principalmente a relação existente entre os que estão no poder e o povo. Estimulante para a reflexão sobre a continuidade do processo político nacional e as possibilidades de mudança.

V de Vingança (EUA, 2005). Direção: James McTeigue. Elenco: Natalie Portman, Hugo Weaving, Stephen Rea, Stephen Fry, John Hurt, Tim Pigott-Smith, Rupert Graves, Roger Aliam, Ben Miles, Sinéad Cusack, Natasha Wightman, John Standing, Eddie Marsan e Clive Ashborn.

V de vingança tem como cenário a

sociedade inglesa num futuro próximo. A população vive vigiada e temerosa, subme­tida a uma estrutura política autoritária e policialesca que procura manter a ordem a qualquer custo. Um homem, V, desenvolve ações concretas visando destruir o regime totalitário que domina o país. Quais são seus planos para mobilizar a população em torno de seus objetivos? Uma trama muito bem montada que incita a reflexão sobre as possibilidades de ação política num mundo quase totalmente controlado.

Política: quem man- da, por que manda, como m a n d a , de João Ubaldo Ribeiro.

k Rio de Janeiro: Nova

Fronteira, 1998.

Utilizando uma lin­ guagem clara, esse livro aborda temas da e sobre a política. Trata de questões práticas e mostra como a vida cotidiana é permeada pela política.

Política pra quê?, de Marcelo Ridenti. São Paulo: Atual, 2004.

De modo simples e acessível, o autor exa­ mina os acontecimen­ tos da história recente do Brasil e do mundo. Aborda as principais perspectivas sociológicas (marxista, positi­ vista e weberiana) empregadas na análise da política em seus vários aspectos. Além disso, analisa a atuação dos partidos e movimentos políticos no Brasil a partir de 1945.

Direitos, cidadania e