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10.1 Condições financeiras e patrimoniais gerais

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Resultados operacionais em 2016 e 2015 Receita operacional líquida

A receita operacional líquida apresentou uma redução de 7,3% em 2016 em relação à 2015, atingindo R$2.776,5 considerando as receitas de construção as quais tem impacto nulo no resultado da empresa. Se essas receitas forem desconsideradas a receita operacional líquida resulta em R$ 2.542,2, 10,5% menor do valor do exercício anterior. A EDP Espírito Santo vendeu 6.715,2 GWh para os clientes cativos, suprimento e consumo próprio no exercício de 2016, representando uma redução de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este resultado está impactado, substancialmente, pelo desempenho das classes industrial e comercial, em consequência a redução da economia (produção e consumo). Adicionalmente, os fatores que também influenciaram esta redução estão descritos abaixo:

(i) Redução da constituição dos ativos e passivos financeiros setoriais (R$582,1)

compensado pelo aumento do valor justo do ativo financeiro indenizável decorrente do laudo de avaliação de ativos originado na 7ª Revisão Tarifária Periódica ocorrida em agosto de 2016 (R$119,4).

(ii) Redução das deduções da receita operacional em R$512,1 em virtude dos seguintes

fatores: a) Redução dos tributos sobre a receita (ICMS e PIS/COFINS) (R$ 177,1); b) Redução dos encargos ao consumidor em R$334,9 devido, principalmente, ao menor repasse de Bandeira Tarifária (R$ 238,4).

Custo do serviço de energia elétrica

Os custos do serviço de energia e encargos setoriais de transmissão totalizaram no exercício de 2016 o montante de R$1.658,1 inferior em 20,9% em relação ao exercício anterior. Tal fato é decorrente essencialmente de: i) redução de R$315,2 no custo da energia comprada em moeda nacional; ii) queda de R$145,3 com a energia elétrica adquirida de Itaipu, reflexo da variação do dólar. 31/12/2014 AV 31/12/2015 AV 31/12/2016 AV Variação 2016-2015 (%) Variação 2015-2014 (%) Receitas 2.428,8 100,0% 2.994,9 100,0% 2.776,5 100,0% -7,3% 23,3%

Custo da produção e do serviço de energia elétrica

Custo do serv iço de energia elétrica -1.503,3 -61,9% -2.097,2 -70,0% -1.658,1 -59,7% -20,9% 39,5%

Custo de operação -306,0 -12,6% -312,1 -10,4% -331,2 -11,9% 6,1% 2,0%

Custo do serv iço prestado a terceiros -159,3 -6,6% -157,4 -5,3% -235,3 -8,5% 49,4% -1,2%

Lucro bruto 460,3 18,9% 428,2 14,3% 552,0 19,9% 28,9% -7,0%

Despesas e Receitas operacionais

Despesas com v endas -11,5 -0,5% -36,3 -1,2% -41,8 -1,5% 15,4% 215,5%

Despesas gerais e administrativ as -76,5 -3,1% -91,0 -3,0% -91,4 -3,3% 0,5% 18,9%

Depreciações e amortizações -0,7 0,0% -2,2 -0,1% -3,8 -0,1% 76,2% 217,6%

Outras despesas e receitas operacionais -28,4 -1,2% -37,5 -1,3% -52,1 -1,9% 38,9% 32,1%

-117,1 -4,8% -166,9 -5,6% -189,1 -6,8% 13,3% 42,6%

Resultado antes do resultado financeiro e tributos 343,2 14,1% 261,3 8,7% 362,9 13,1% 38,9% -23,9% Resultado financeiro

Receitas financeiras 80,3 3,3% 104,4 3,5% 119,2 4,3% 14,2% 30,0%

Despesas financeiras -160,6 -6,6% -199,2 -6,7% -206,7 -7,4% 3,8% 24,0%

-80,3 -3,3% -94,8 -3,2% -87,5 -3,2% -7,7% 18,0%

Resultado antes dos tributos sobre o lucro 262,9 10,8% 166,5 5,6% 275,4 9,9% 65,4% -36,7%

Imposto de renda e contribuição social correntes -5,9 -0,2% -21,2 -0,7% -69,7 -2,5% 228,9% 258,0%

Imposto de renda e contribuição social diferidos -75,4 -3,1% -18,5 -0,6% 7,8 0,3% -142,2% -75,5%

-81,3 -3,3% -39,7 -1,3% -61,9 -2,2% 56,0% -51,2%

Resultado líquido do exercício 181,6 7,5% 126,8 4,2% 213,5 7,7% 68,4% -30,2%

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

Custo de operação

O custo de operação ao final de 2016 sofreu um acréscimo de 6,1% devido, principalmente, ao reajuste da folha de pagamento dos funcionários, que fez com que a rubrica de Pessoal sofresse um aumento de 8,3% no ano decorrente do dissídio salarial além de aumento de R$12,5 nos

serviços de terceiros decorrente do aumento do plano de manutenção da rede e da quantidade de

podas, visando a melhora dos serviços prestados e dos indicadores de qualidade.

Despesas operacionais

As despesas operacionais, que compreendem gastos com pessoal, materiais, serviços de terceiros, depreciação e amortização e outras despesas, ficaram 13,3% acima em relação ao mesmo período que se deve, principalmente: i) aumento de R$5,5 referente à perda estimada com crédito de liquidação duvidosa motivada pelo aumento da inadimplência junto aos consumidores; e ii) aumento de R$15,8 nas perdas com desativação e alienação de bens.

Resultado financeiro líquido

O Resultado Financeiro de 2016 foi negativo em R$87,5, inferior em R$7,3 comparado ao resultado financeiro negativo de R$94,8 de 2015 reflexo, principalmente: i) Receitas financeiras - aumento de R$8,5 da variação monetária e acréscimo moratório da energia vendida decorrente dos juros e multas por atraso no pagamento das faturas de energia e aumento de R$16,4 de receita com aplicações financeiras, compensados por redução de R$8,2 de atualização sobre os ativos/passivos financeiro setoriais; ii) Despesas financeiras – aumento de R$11,1 dos encargos de dívida decorrente da majoração dos principais indexadores de atualização da dívida (a TJLP passou de 6,7% a.a. para 7,5% a.a. em 2016 e o CDI de 13,3% a.a. para 14,0% a.a.) e aumento de R$15,8 da atualização do benefício pós emprego decorrente do laudo atuarial de dezembro de 2016, compensados pela redução de R$9,4 das outras despesas financeiras reflexo de estorno referente a provisão de ressarcimento de clientes (Resolução 223/03 da ANEEL).

Imposto de renda e contribuição social

As principais variações são em decorrência de: i) imposto de renda e contribuição social correntes: aumento de R$48,5 em virtude da realização de tributos sobre os ativos e passivos setoriais registrados nos exercícios anteriores como tributos diferidos; ii) imposto de renda e contribuição social diferidos: apresentou uma constituição de R$26,3 em virtude, principalmente, do reconhecimento dos tributos diferidos sobre o montante de passivos setoriais, que gera um diferimento do imposto de renda e contribuição social, que será revertido quando de sua realização, via reconhecimento na tarifa de energia.

Resultados operacionais em 2015 e 2014 Receita operacional líquida

No exercício findo em 2015, 44,4% da receita operacional bruta da EDP Espírito Santo se referia ao fornecimento faturado aos clientes cativos enquanto que no exercício de 2014 representava 41,9%. A disponibilização de sistema de distribuição e transmissão representou 36,0% em 2015 e 37,6% em 2014. Já os Ativos e passivos financeiros setoriais representaram 7,3% da receita operacional bruta em 2015, contra 7,2% no ano anterior. As demais receitas corresponderam a 12,3% em 2015 e 13,3% da receita operacional bruta em 2015 e 2014, respectivamente.

A receita operacional líquida apresentou uma evolução positiva de 23,3% em 2015 em relação a 2014, atingindo R$2.994,9 considerando as receitas de construção as quais tem impacto nulo no resultado da empresa. Se essas receitas forem desconsideradas a receita operacional líquida resulta em R$2.839,3, 24,9% superior ao valor do exercício anterior. Esse resultado é explicado principalmente por:

(iii) Aumento das receitas de fornecimento a clientes cativos e livres (R$944,5)

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

(v) Aumento da constituição dos ativos e passivos financeiros setoriais (R$145,3);

(vi) Aumento dos tributos sobre a receita (ICMS e PIS/COFINS) em R$566,5; e

(vii) Aumento dos encargos ao consumidor em R$849,4 devido, principalmente, ao

encargo de CDE que aumentou R$544,7 em relação ao ano anterior e a inclusão da Bandeira Tarifária no valor de R$293,4.

Custo do serviço de energia elétrica

Os custos do serviço de energia e encargos setoriais de transmissão totalizaram no exercício de 2015 o montante de R$2.097,2, superior em 39,5% em relação ao exercício anterior. Estes custos correspondem aos custos com energia comprada para revenda, encargos setoriais de transmissão e taxa de fiscalização. Este aumento é decorrente, essencialmente: (i) Aumento de R$222,1 com a energia adquirida de Itaipu reflexo da variação do dólar e; (ii) Elevação de R$646,0 devido aos recursos da conta ACR que ocorreram em 2014.

Custo de operação

O custo de operação ao final de 2015 sofreu um acréscimo de 2,0% quando atingiu o montante de R$312,1 em comparação a R$306,0 no exercício anterior. A principal variação deve-se a rubrica de Serviços de terceiros pela maior contratação de serviços específicos para a manutenção e conservação do sistema elétrico da EDP Espírito Santo.

Despesas operacionais

As despesas operacionais são aquelas não relacionadas às atividades finais da Companhia (despesas com vendas, gerais e administrativas, depreciações e amortizações de ativos não elétricos e outras despesas operacionais). As despesas operacionais da Companhia ficaram estáveis em 2015, comparativamente a 2014 pelos seguintes fatores: (i) aumento das provisões para crédito de liquidação duvidosa em R$24,8, em virtude do ambiente macroeconômico desafiador e pelo aumento na tarifa média ao longo do ano; (ii) aumento nas despesas gerais e administrativas, principalmente na rubrica de Pessoal no montante de R$7,7, pelo Programa de Incentivo a Aposentadoria; e (iii) Ganho de R$ 41,3 referente a alteração do fator de ajuste das adições ao imobilizado, impacto de maior atualização do VNR pelo IGP-M do exercício.

Resultado financeiro líquido

O Resultado Financeiro no exercício de 2015 foi R$94,8 negativos, maior em R$14,5 comparados ao resultado financeiro de R$80,3 negativos de 2014. O montante de receitas financeiras apresentou variação positiva de 30,0% correspondente à R$24,1. Tal variação decorre, principalmente: (i) das receitas advindas dos recebimentos das contas de energia pagas em atraso pelos clientes, com acréscimo de R$25,7; (ii) da atualização dos ativos financeiros setoriais com acréscimo de R$19,2, uma vez que os ativos financeiros setoriais foram contabilizados apenas em dezembro de 2014; e (iii) redução da receita de juros e multa sobre impostos no montante de R$19,2. Já as despesas financeiras apresentaram variação positiva de 24,0% corresponde à R$38,6. Tal desvio é decorrente, principalmente, dos encargos sobre dívida e variação monetária com variação de R$28,9, cujo custo médio aumentou em razão da piora no cenário macroeconômico brasileiro e acréscimo de R$10,3 decorrente do aumento da variação monetária da energia comprada proveniente da energia comprada de Itaipu que é valorada em Dólar.

Imposto de renda e contribuição social

As principais variações são em decorrência de: (i) imposto de renda e contribuição social correntes: acréscimo de R$15,3 em virtude de maior resultado tributável, advindo principalmente pela maior tarifa de energia no ano de 2015; e (ii) imposto de renda e contribuição social diferidos: apresentou redução de R$56,9 em virtude da realização de ativos e passivos financeiros setoriais, revertidos quando de sua realização, pelo aumento na tarifa de energia e pelo ajuste no valor justo do ativo financeiro indenizável.

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais