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A Companhia possui uma política de gestão de riscos de mercado cujo objetivo é estabelecer regras e orientações de procedimentos que permitam:

(i) Proteger os resultados e o patrimônio da Companhia contra oscilações de preços de mercado de produtos e insumos, taxas de câmbio e de juros, índices de preços e de correção ou, ainda, outros ativos ou instrumentos negociados em mercados líquidos ou não, aos quais o valor dos ativos, passivos ou geração de caixa da Companhia estejam expostos, conforme descrição nos itens “b”, “c” e “d” abaixo;

(ii) Desenhar um sistema bem definido de atribuições que sirva para ampliar e agilizar o processo de decisão, buscando identificar novas oportunidades, bem como evitar perdas. Para maiores informações sobre a distribuição das atribuições dentro da Companhia, visando a um melhor gerenciamento dos seus riscos, veja o item 5.2(f) abaixo; e

(iii) Otimizar a contratação de instrumentos financeiros para proteção das exposições em risco, tomando partido de

hedges naturais e das correlações entre os preços de diferentes ativos e mercados, evitando o desperdício de recursos

com a contratação de operações de modo ineficiente.

a) Riscos para os quais se busca proteção

Conforme mencionado no item 5.1, a Companhia busca proteção contra os riscos de preços de insumos e produtos, riscos cambiais e riscos relativos às flutuações de taxas de juros e índices de correção.

b) Estratégia de proteção patrimonial (hedge);

c) Instrumentos utilizados para a proteção patrimonial (hedge); e d) Parâmetros utilizados para o gerenciamento de riscos

A captação de financiamentos e a política de hedge cambial da Companhia são norteadas pelo fato de que mais de 50% da receita líquida é proveniente de exportações com preços em Dólares, enquanto a maior parte dos custos de produção está atrelada ao Real. Esta exposição estrutural permite que a Companhia contrate financiamentos de exportação em Dólares a custos mais competitivos do que o das linhas locais e concilie os pagamentos dos financiamentos com o fluxo de recebimentos das vendas, proporcionando um hedge natural de caixa para estes compromissos. O excedente de receitas em Dólares não atreladas aos compromissos da dívida e demais obrigações é vendido no mercado de câmbio no momento da internação dos recursos.

Como proteção adicional, são contratadas vendas de Dólares nos mercados futuros, como forma de assegurar níveis atraentes de margens operacionais para uma parcela da receita. As vendas nos mercados futuros limitam-se a um percentual minoritário do excedente de divisas no horizonte de 18 meses e, portanto, são compatíveis com a disponibilidade de câmbio pronto para venda no curto prazo.

Além de operações cambiais, são celebrados contratos para o swap de taxas de juros flutuantes para taxas fixas, a fim de se diminuir os efeitos das variações nas taxas de juros sobre o valor da dívida, e contratos de swap entre diferentes taxas de juros e índices de correção, como forma de mitigar o descasamento entre diferentes ativos e passivos financeiros.

Dada a volatilidade nos preços de insumos como o petróleo e produtos como a celulose, e também como forma de reduzir as incertezas sobre suas margens operacionais, a Companhia busca fixar parte de sua exposição a estes preços através da contratação de instrumentos derivativos nos mercados futuros.

e) Instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge)

A Companhia não contrata instrumentos derivativos para outros fins que não os de proteção patrimonial (hedge), assim como não contrata operações alavancadas ou com outras formas de opções embutidas que alterem sua finalidade de proteção.

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

f) Estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos

A estrutura de controle de gerenciamento de riscos da Companhia encontra-se organizada da seguinte maneira: (i) Conselho de Administração - responsável pelo estabelecimento das diretrizes estratégicas da gestão de riscos de mercado. Deve atuar como órgão consultivo da Diretoria nas operações mais significativas dentro da alçada desta última e como instância de decisão nas operações acima da alçada da Diretoria;

(ii) Diretoria - formada pelo Diretor Presidente e demais diretores executivos da Companhia. Tem autoridade para aprovar limites de exposição e modalidades de operações financeiras de proteção, de acordo com sua alçada, e decidir sobre quaisquer questões relacionadas à exposição aos riscos de mercado que, não sendo acordadas no âmbito do Grupo de Riscos de Mercado (mencionado abaixo), forem objeto de apelação a esta instância. É responsável também pelo encaminhamento ao Comitê de Gestão do Conselho de Administração de recomendações de operações e estratégias acima do seu limite de alçada;

(iii) Grupo de Riscos de Mercado - formado pelo Diretor Financeiro, Gerente Executivo de Finanças, Gerente de Tesouraria e Consultor de Riscos e, nos casos que envolverem a proteção contra oscilações de preços de insumos e produtos, respectivamente, pelo Diretor de Operações e Gerente Executivo de Suprimentos e pelo Diretor da Unidade de Negócios e Gerente Executivo Comercial. Tem como atribuição deliberar sobre a execução de operações para o enquadramento das exposições aos limites de risco estabelecidos pela Diretoria, inclusive com atuação no mercado de derivativos, de acordo com as alçadas vigentes;

(iv) Gerente de Tesouraria - responsável pela indicação e execução de operações financeiras, de forma a cumprir com o enquadramento das exposições aos limites de risco, através dos instrumentos financeiros disponíveis no mercado; e (v) Consultor de Riscos - responsável pela identificação, apuração e report dos valores em risco, assim como pela elaboração, em conjunto com o Gerente de Tesouraria, de estudos que subsidiem a tomada de decisões na contratação de operações para o enquadramento das exposições aos limites de risco estabelecidos, de acordo com as diretrizes do Comitê de Gestão.

g) Adequação da estrutura operacional de controles internos para verificação da efetividade da política adotada

De acordo com a política de gestão de riscos de mercado da Companhia, a verificação dos valores em risco deverá ser efetuada diariamente pelo Consultor de Riscos. O cumprimento dos limites de exposição deverá ser acompanhado de forma a manter o enquadramento pré-estabelecido pela Diretoria.

Caso algum limite de risco seja excedido, cabe ao Consultor de Riscos avisar imediatamente e por escrito ao Gerente de Tesouraria, para que este tome as medidas necessárias à readequação dos valores em risco. Se o limite continuar excedido na segunda verificação, que deverá ocorrer no dia seguinte, o aviso deverá ser dado ao Grupo de Riscos de Mercado. Finalmente, caso o limite continue sendo desrespeitado ao final do terceiro dia, o Consultor de Riscos deverá avisar à Diretoria e à Auditoria Interna.

A Diretoria decidirá então pela implementação de medidas que permitam o retorno aos limites de risco estabelecidos ou, se for o caso, pela revisão do limite, em face de condições excepcionais de mercado. Quando se tratar de mercados com baixa liquidez ou, ainda, quando as condições de mercado forem consideradas extraordinariamente desfavoráveis, a Diretoria poderá conceder o prazo que julgar conveniente para o reenquadramento das exposições aos limites de risco.

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