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5.1 Principais riscos de mercado a que a Companhia está exposta, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxas de juros

O Governo Federal exerceu e continua a exercer influência significativa sobre a economia brasileira. Esta influência, bem como as condições políticas e econômicas brasileiras, pode afetar adversamente as atividades da Companhia.

A economia brasileira tem sido marcada por freqüentes, e por vezes significativa, intervenções do Governo Federal, que freqüentemente modifica a política monetária, de crédito, fiscal e outras. As ações do Governo Federal para controlar a inflação e efetuar outras políticas, envolveram no passado, entre outras, aumentos nas taxas de juros, mudanças na política fiscal, controle de preço, desvalorização da moeda, controles no fluxo de capital e determinados limites sobre as mercadorias e os serviços importados. A Companhia não tem controle e não pode prever quais medidas ou políticas o Governo Federal poderá adotar no futuro. Os negócios, condição financeira e resultados das operações da Companhia podem ser adversamente afetados em razão de mudanças na política pública em nível federal, estadual e municipal, referentes a tarifas públicas e controles de câmbio, bem como de outros fatores, tais como:

taxas de juros;

controle no câmbio e restrições a remessas ao exterior, como as brevemente impostas em 1989 e 1990;

variações nas taxas de câmbio; inflação;

liquidez no mercado doméstico financeiro e de capitais e mercados de empréstimos; política fiscal e regime tributário;

interpretações de leis ambientais, trabalhista e previdenciárias; desapropriações de propriedades privadas;

medidas de cunho político, social e econômico que ocorram ou possam afetar o Brasil.

A incerteza quanto à implementação de mudanças por parte do Governo Federal nas políticas ou normas que venham a afetar esses ou outros fatores no futuro pode contribuir para a incerteza econômica no Brasil e para aumentar a volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro e dos valores mobiliários emitidos no exterior por companhias brasileiras.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

A inflação e os esforços do Governo Federal para combater a inflação podem contribuir significativamente para a incerteza econômica no Brasil, podendo prejudicar as atividades da Companhia.

No passado, o Brasil registrou índices de inflação extremamente altos. A inflação e algumas medidas tomadas pelo Governo Federal com o intuito de controlá-la, combinada com a especulação sobre eventuais medidas governamentais a serem adotadas, tiveram efeito negativo significativo sobre a economia brasileira, contribuindo para a incerteza econômica existente no Brasil e para o aumento da volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro. Mais recentemente, a taxa de inflação acumulada para o ano 2010 foi de 11,32%, conforme medido pelo IGP-M, e as taxas de inflação em 2008 e 2009 foram de e 9,81% e -1,72%, respectivamente. As medidas do Governo Federal para controle da inflação freqüentemente têm incluído a manutenção de política monetária restritiva com altas taxas de juros, reduzindo assim a disponibilidade de crédito e o crescimento econômico. A taxa anual de inflação medida pelo IGP-M caiu de 20,1%, em 1999, para 3,85%, 7,75%, 9,81%, em 2006, 2007 e 2008, respectivamente, deflação de 1,72% em 2009 e em 2010 o índice acumulado do ano fechou em 11,32%. Pelo IPCA foi de 3,14%, 4,46%, 5,90%, 4,31% e 5,91% em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010, respectivamente.

Futuras medidas do Governo Federal, inclusive redução das taxas de juros, intervenção no mercado de câmbio e ações para ajustar ou fixar o valor do Real poderão desencadear aumento de inflação, afetando adversamente o desempenho da economia brasileira como um todo. Se o Brasil experimentar novamente inflação elevada, a Companhia pode não ser capaz de ajustar os preços das tarifas para compensar o impacto do custo da inflação sobre sua estrutura de custos, o que poderá aumentar seus custos e reduzir as suas margens operacionais.

A Companhia está sujeita a riscos de taxas de juros que podem impactar suas despesas financeiras, uma vez que parte significativa de suas obrigações financeiras estão indexadas a taxas flutuantes.

A Companhia está exposta ao risco de taxa de juros, uma vez que a maior parte de suas obrigações financeiras estão atreladas a taxas flutuantes (CDI, TJLP e IPCA). O saldo contábil da dívida da Companhia indexada aos índices mencionados, em 31 de dezembro de 2010, é de R$ 34,69 milhões. Caso o Governo Federal venha a aumentar as taxas de juros, em especial a SELIC, ou tomar outras medidas de política monetária que resultem no aumento das taxas de juros, os encargos que a Companhia paga em suas dívidas aumentará, afetando adversamente sua condição econômico-financeira.

Nossas demonstrações financeiras futuras, a serem elaboradas, poderão ser eventualmente alteradas de maneira relevante em decorrência dos pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC e

normatizados pela CVM ou por modificações nas práticas contábeis adotadas pelo Brasil .

Em 28 de dezembro de 2007, foi aprovada a Lei nº 11.638, complementada pela Lei nº 11.941 (conversão, em lei, da Medida Provisória nº 449), que alterou, revogou e introduziu novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações, notadamente em relação ao Capítulo XV, sobre matérias contábeis, em vigência desde 1º de janeiro de 2008. Essas Leis têm, principalmente, o objetivo de atualizar a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das Práticas Contábeis adotadas no

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

Brasil àquelas das Normas Contábeis Internacionais – IFRS, e permitir que novas normas e procedimentos contábeis internacionalmente aceitos sejam adotados, no todo ou em parte, pelas companhias abertas brasileiras. As mudanças que entraram em vigor em 2008 estão refletidas nas Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício em 31 de dezembro de 2010.

Parte desta regulamentação ou legislação já foi aprovada, porém orientações ou normatizações futuras podem, possivelmente, impactar o resultado contábil da Companhia em decorrência de diversos pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC e normatizados pela CVM em 2010, especialmente os decorrentes da aplicação do ICPC01 – Contratos de Concessão, em vigor desde 1º de janeiro de 2010.