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5. RISCOS DE MERCADO

5.1. Descrição, quantitativa e qualitativamente, dos principais riscos de mercado a que a Companhia está exposta, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxas de juros.

Risco de taxas de juros e inflação

Decorre da possibilidade da Concessionária Ecovias dos Imigrantes S.A. (“Companhia”) sofrer ganhos ou perdas decorrentes de oscilações de taxas de juros incidentes sobre seus ativos e passivos financeiros. A Companhia está exposta a taxas de juros flutuantes, a saber: (i) Certificado de Depósito Interbancário (“CDI”) relacionado à primeira série da primeira emissão de debêntures, as aplicações financeira relativas a excedente de caixa investidos em títulos e valores mobiliários indexados em CDI e, das aplicações financeiras vinculadas ao pagamento de principal e juros da 1ª emissão de debêntures da Companhia; e (ii) Índice Geral de Preços do Mercado (“IGP-M”) relacionado à segunda e terceira séries da primeira emissão de debêntures da Companhia.

Em 31 de dezembro de 2012, a dívida (composta por debêntures, arrendamentos mercantil e credor pela concessão), registrados no passivo circulante e no não circulante da Companhia) totalizou R$293.522 mil. Deste total, 11,54% está atrelado a variação do CDI, 88,40% a variação do IGPM e 0,06% esta atrelado a taxa pré-fixada.

Não existem financiamentos atrelados à variação cambial. Considerando que estas taxas de juros são flutuantes, a Companhia está sujeita a efeitos adversos caso quaisquer uma das referidas taxas de juros sofra um aumento relevante e para suas aplicações financeiras caso referidas taxas sofram quedas relevantes. A empresa não possui financiamento em outras moedas.

Futuras medidas do Governo Federal, inclusive de redução das taxas de juros, intervenção no mercado de câmbio e ações para ajustar ou fixar o valor do Real poderão desencadear o aumento da inflação e levar a políticas anti-inflacionárias que poderão afetar adversamente os negócios da Companhia. Por outro lado, uma alta significativa na taxa de juros com a finalidade de conter o aumento da inflação pode ter um efeito adverso na capacidade de pagamento da Companhia, pelos seguintes motivos: (i) um aumento na taxa de juros interna poderá impactar diretamente no custo de captação de recursos da Companhia, bem como nos

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

seus custos de financiamento, de modo a elevar os custos de serviço de dívidas da Companhia expressas em reais, acarretando, deste modo, um lucro líquido menor; (ii) o aumento da taxa de juros interna acarretará um aumento nos encargos que a Companhia paga em suas dívidas afetando sua condição financeira; e (iii) um aumento na taxa de juros interna poderá acarretar redução da liquidez da Companhia nos mercados internos de capitais e de crédito, o que afetaria diretamente a sua capacidade para refinanciar seus endividamentos. Qualquer redução na receita líquida ou no lucro líquido e qualquer deterioração da situação econômico-financeira da Companhia poderá afetar substancialmente a sua capacidade de pagamento.

O valor de títulos e valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras é influenciado, em diversos graus, pelas condições econômicas e pelo mercado de outros países. A reação dos investidores aos acontecimentos desses países pode causar efeito adverso sobre o valor de mercado dos títulos de valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras. Crises em países da América Latina e em outros países de economia emergente ou as políticas econômicas de outros países, em especial as dos Estados Unidos e países da União Europeia, poderão reduzir o interesse dos investidores por títulos de valores mobiliários de empresas brasileiras, incluindo aquelas de emissão da Companhia e das Concessionárias. Isso poderia dificultar o acesso da Companhia ao mercado de capitais e ao financiamento de suas operações no futuro, em termos aceitáveis e absolutos. Qualquer desses acontecimentos poderá afetar adversamente os negócios da Companhia e o seu fluxo de caixa disponível para pagamento de seus financiamentos.

Risco de crédito

Decorre da possibilidade da Companhia, sofrer perdas decorrentes de inadimplência de suas contrapartes em contratos de natureza diversa ou de instituições financeiras depositárias de recursos ou de investimentos financeiros.

Com relação às instituições financeiras depositárias de recursos ou de investimentos financeiros, a Companhia possui aplicações financeiras e contas-corrente junto a diversas instituições financeiras, o que a expõe ao risco de solvência das referidas instituições.

Com relação ao risco de inadimplência de suas contrapartes em contratos de natureza diversa, a Companhia apresentava, em 31 de dezembro de 2012, valores a receber de clientes e títulos e valores mobiliários no valor de R$87.511 mil.. Caso a Companhia não consiga gerenciar seu risco de crédito, os resultados da Companhia podem sofrer impactos negativos.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

Risco de estrutura de capital (ou risco financeiro)

Decorre da escolha entre capital próprio (aportes de capital e retenção de lucros) e capital de terceiros para financiar a Companhia.

Em 31 de dezembro de 2012, a dívida da Companhia totalizou R$ 293.522 mil. O nível de endividamento da Companhia aumenta a possibilidade de que ela seja incapaz de dispor de recursos suficientes para pagar o principal, juros ou outros montantes devidos em relação às suas dívidas. Além disso, a Companhia pode incorrer em dívidas adicionais, de tempos em tempos, para financiar investimentos ou para outros propósitos, sujeito às restrições aplicáveis ao seu endividamento existente. Se a Companhia incorrer em dívidas adicionais, os riscos associados a sua alavancagem, incluindo sua capacidade de efetuar seus compromissos financeiros, aumentarão.

Os contratos que regem as dívidas da Companhia contêm restrições que poderiam restringir significativamente a forma pela qual ela opera seus negócios. Por exemplo, a Companhia é obrigada a observar disposições de cross default, cumprir diversos índices financeiros que restringem sua capacidade de contratar novas dívidas ou de obter linhas de crédito e, observar restrições na concessão de garantias e direitos de garantia para seus credores. O inadimplemento, pela Companhia, de qualquer obrigação pecuniária sob os contratos financeiros ou de qualquer das restrições contratuais acima que não for solucionado ou sanado pode levar os credores a exigir o pagamento do valor devido imediatamente e, ainda, pode causar o vencimento antecipado de outros contratos financeiros (cross default).

Ademais, as restrições previstas em contratos financeiros da Companhia podem limitar sua capacidade geral de obter financiamentos, investimentos e outras atividades corporativas, bem como podem limitar sua flexibilidade de planejar ou reagir a alterações em seus negócios, o que pode ter um efeito adverso para a Companhia.

Risco de Liquidez

Decorre da possibilidade de a Companhia ser adversamente afetada em função da sua controladora, EcoRodovias Infraestrutura e Logística, não ser capaz de administrar as necessidades de captação e gestão de liquidez da Companhia no curto, médio e longo prazos. Neste sentido, seguem abaixo as principais obrigações da companhia e seus respectivos vencimentos em 31 de dezembro de 2012:

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

    Modalidade  Taxa de juros  (média ponderada)  efetiva % a.a.  Próximos 12  meses (R$  mil)  Entre 13 e  24 meses  (R$ mil)  Entre 25 e  36 meses  (R$ mil)  37 meses  em diante  (R$ mil)  Arrendamento  mercantil  financeiro  16,71% a.a  192 ‐ ‐  ‐ Credor pela  concessão  IGP‐M  16.703 13.452 12.285  24.584 Debêntures  IGP‐M + 9,5% a.a. 99.684 92.848 ‐  ‐ Debêntures  104% do CDI 33.774 ‐ ‐  ‐

Caso a EcoRodovias Infraestrutura e Logística S.A. não consiga manter reservas, linhas de crédito bancárias e linhas de crédito da Companhia para captação de empréstimos que sejam necessários em função dos fluxos de caixa real e previsto, do perfil de rendimento dos ativos e passivos financeiros da Companhia, os resultados da Companhia podem ser negativamente afetados.