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Desenvolvimento do Plano de Segurança e Saúde (DPSS)

No documento Instituto Politécnico de Beja (páginas 21-28)

2. Modelo/Proposta para Registo e Controlo de Documentação

2.2. Entidade Executante

2.2.1. Desenvolvimento do Plano de Segurança e Saúde (DPSS)

O Desenvolvimento do Plano de Segurança e Saúde ou DPSS trata-se de um documento complementar ao Plano de Segurança e Saúde apresentado pelo Dono da Obra na fase de projecto e que será desenvolvido pela entidade executante de modo a complementar as medidas aí previstas tendo em consideração a legislação de segurança, higiene e saúde no trabalho em vigor, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 273/2003, de 29 de Outubro, o Decreto-Lei n.º 133/1999, de 21 de Abril e o Decreto-Lei n.º 441/1991, de 14 de Novembro.

Assim, o desenvolvimento do Plano de Segurança e Saúde deve assentar nos pontos que fazem parte do Anexo II do Decreto-Lei 273/2003 de 29 de Outubro e que a seguir se enunciam:

o Avaliação e hierarquização dos Riscos reportados ao processo construtivo, abordado operação a operação de acordo com o cronograma, com a previsão dos riscos correspondentes a cada uma por referência à sua origem, e das adequadas técnicas de prevenção que devem ser objecto de representação gráfica;

o Projecto do estaleiro e a memória descritiva, contendo informações sobre sinalização, circulação, utilização e controlo dos equipamentos, movimentação de cargas, apoios à produção, redes técnicas, recolha e evacuação dos resíduos, armazenagem e controlo de acesso ao estaleiro;

o Requisitos de segurança e saúde segundo os quais devem decorrer os trabalhos;

o Cronograma detalhado dos trabalhos;

o Condicionantes à selecção de subempreiteiros, trabalhadores independentes, fornecedores de materiais e equipamentos de trabalho;

o Directrizes da entidade executante relativamente aos subempreiteiros e trabalhadores independentes com actividade no estaleiro em matéria de prevenção de riscos profissionais;

o Meios para assegurar a cooperação entre os vários intervenientes na obra, tendo presentes os requisitos de segurança e saúde estabelecidos;

o Sistemas de gestão informação e comunicação entre todos os intervenientes no estaleiro em matéria de prevenção de riscos profissionais;

o Sistemas de informação e de formação a todos os trabalhadores presentes no estaleiro, em matéria de prevenção de riscos profissionais;

o Procedimentos de emergência, incluindo medidas de socorro e evacuação;

o Sistema de comunicação de ocorrência de acidentes e incidentes no estaleiro;

o Sistema de transmissão de informação ao coordenador de segurança em obra para a elaboração da compilação técnica da obra;

o Instalações sociais para o pessoal empregado na obra, de acordo com as exigências legais, nomeadamente dormitórios, balneários, vestiários, instalações sanitárias e refeitórios.

A aplicação prática do Desenvolvimento do Plano de Segurança e Saúde consiste assim essencialmente na preparação e integração de projectos, planos e procedimentos referidos no PSS e na realização de registos das acções implementadas que no seu conjunto são incluídas nos Anexos e que fazem parte integrante do Plano de Segurança e Saúde.

Avaliação de Riscos e Definição de Medidas de Segurança

Antes de dar inicio aos trabalhos no estaleiro deve a entidade executante proceder à identificação dos vários perigos e respectiva avaliação de riscos definindo as medidas preventivas que considere mais adequadas ao controlo dos ricos identificados. As medidas preventivas equacionadas são objecto de aprovação pelo dono de obra por intermédio do coordenador de segurança em obra que as valida tecnicamente.

Projecto de Estaleiro

O projecto de estaleiro trata-se de um documento que dá cumprimento ao n.º 2 do Anexo II do Decreto-Lei 273/2003 de 29 de Outubro. Este documento é entregue pela entidade executante aquando do Desenvolvimento do Plano de Segurança e Saúde e deverá conter a memória descritiva do projecto, plano de circulação e sinalização, plano de controlo de equipamentos, movimentação de cargas, redes técnicas, plano de recolha de resíduos, armazenamento e controlo de acessos.

Memória descritiva

Aquando do desenvolvimento do plano de segurança e saúde deverá a entidade executante anexar o projecto de estaleiro e respectiva memória descritiva de acordo com o n.º 2 do anexo II do Decreto-Lei 273/2003 de 29 de Outubro.

A memória descritiva deverá conter informações suficientes para permitir a sua análise em matéria de Higiene e Segurança no Trabalho.

Plano de Sinalização e Circulação

De forma a garantir boas condições de acessos e de circulação no estaleiro, nos termos do nº1 do Art.º. 22 do Decreto-Lei n.º 273/2003 de 29 de Outubro, deverá a Entidade Executante elaborar e entregar para apreciação do CSO o Plano de Acessos, Circulação e Sinalização no Estaleiro na fase de preparação do arranque de obra.

O Plano de Sinalização e Circulação deverá fazer referência aos acessos, à circulação no estaleiro, à sinalização de segurança e saúde e à sinalização rodoviária tendo por base a planta de estaleiro. No que respeita à circulação o plano de Circulação deverá definir zonas específicas de passagem de peões e máquinas/equipamentos

Plano de Controlo de Equipamentos

Ao abrigo da Directiva Maquinas, Decreto-Lei 50/2005 de 25 de Fevereiro, a entrada e permanência de qualquer Máquina/equipamento no estaleiro só é autorizada se

O Plano de Controlo de Equipamentos tem por objectivo coligir num documento único, a informação relevante de todos os equipamentos a utilizar em obra, permitindo verificar de uma forma simples e eficaz, a cada momento, se as inspecções e manutenções periódicas têm sido efectuadas e se encontram em dia.

Sempre que a o plano de manutenção não esteja em dia ou sempre que se verifique qualquer dano/anomalia que possa por em risco o bom funcionamento do equipamento e/ou a segurança dos trabalhadores deverá o mesmo ser afastado do estaleiro até reunir novamente as condições necessárias à sua utilização.

Afim de garantir o bom estado de funcionamento dos vários equipamentos deverá a entidade executante assegurar, no momento da entrada dos equipamentos no estaleiro, que os mesmos cumprem os requisitos anteriormente referidos e nomear um responsável pelo seu controlo ao longo da sua utilização no estaleiro.

Movimentação de Cargas

No que respeita à movimentação manual de cargas deve a entidade executante proceder à determinação do limite máximo de carga a transportar pelos trabalhadores afim de prevenir quaisquer riscos que possam advir do exercício da actividade.

Relativamente à movimentação mecânica de cargas deverão ser respeitadas as cargas máximas admissíveis em máquinas e equipamentos entre outras, os dumpers e as gruas fixas ou móveis. No caso especifico das gruas-torre e camiões-grua devem tomar-se em atenção os respectivos diagramas de elevação/carga.

Apoios à Produção

o Estaleiro de preparação de cofragens

o Ferramentaria e Armazém o Instalações administrativas Redes Técnicas

Ainda antes da instalação do estaleiro cabe à entidade executante definir as redes técnicas a utilizar em obra como sejam a rede eléctrica, rede de água, rede de esgotos e rede de gás. Neste sentido deverá a entidade executante desenvolver as diligências necessárias à sua instalação e utilização junto das entidades competentes.

Plano de Evacuação de Resíduos

Cabe à entidade executante elaborar e implementar um sistema de recolha e transporte de resíduos afim de garantir uma permanente limpeza do estaleiro. Os resíduos deverão ser encaminhados para o destino mais adequado ao seu tratamento tendo em atenção especial os resíduos tóxicos, eco-tóxicos e outros cujo tratamento esteja devidamente regulamentado.

Armazenagem e Controlo de Acesso ao Estaleiro

A entidade executante, aquando do desenvolvimento do plano de segurança e saúde, deverá definir um sistema que permita o controlo de acesso ao estaleiro e delimitação do mesmo em todo o seu perímetro afim de evitar a entrada acidental de pessoas estranhas e a diminuir o impacte que obras deste género criam na envolvente próxima.

Deve ainda a entidade executante garantir um local (armazém) que permita o acondicionamento de materiais e outros produtos por categorias e de acordo com as normas e regras de armazenamento.

Cronograma de Trabalhos

Cabe à entidade executante incluir no Desenvolvimento do Plano de Segurança e Saúde o cronograma de trabalhos detalhado tendo em conta os recursos humanos,

análise do cronograma de trabalhos no sentido de identificar possíveis situações que ponham em causa a segurança dos trabalhadores derivadas de sobreposições ou sucessões no espaço e no tempo de trabalhos incompatíveis, apresentando as respectivas e mais adequadas medidas de controlo.

Durante a execução da obra serão efectuados os reajustes necessários sendo necessária nova análise ao Desenvolvimento do Plano e Segurança e Saúde.

Cabe no entanto ao Coordenador de Segurança em Obra analisar tecnicamente o cronograma de trabalhos e caso seja necessário, solicitar a sua alteração.

Condicionantes à Selecção de subempreiteiros e trabalhadores independentes

No que respeita à selecção de subempreiteiros e trabalhadores independentes deverá a entidade executante indicar quais as exigências que considera necessárias, em matéria de higiene e segurança no trabalho, para a sua contratação.

Directrizes em matéria de prevenção de riscos profissionais

No que respeita às directrizes em matéria de prevenção de riscos profissionais deverá a entidade executante elaborar os planos de controlo de Equipamentos de Protecção Colectiva (EPC) e Equipamentos de Protecção Individual (EPI) incluindo a forma e em que situações deverão ser utilizados.

Meios para assegurar a cooperação entre os vários intervenientes

A gestão eficaz e atempada da informação entre os vários intervenientes em obra é fundamental na prevenção em matéria de Higiene e Segurança no Trabalho. Cabe assim à entidade executante desenvolver um sistema de gestão e difusão de informação à cadeia de subcontratação propondo a sua análise e validação ao Coordenador de Segurança em Obra.

Formação e Informação aos trabalhadores no estaleiro

A entidade executante deve assegurar, à data de entrada no estaleiro, que todos os trabalhadores têm formação básica em Higiene e Segurança no trabalho afim de desempenharem as suas funções em segurança.

Deve ainda a entidade executante estabelecer um plano de formação e informação contínua aos trabalhadores por si contratados e outros independentes.

No que se refere a trabalhadores que desempenham funções específicas tais como soldadores, gruístas, condutores e manobradores deve a entidade executante verificar e assegurar que são detentores de CAP válido para as funções que desempenham.

Registo e Comunicação de acidentes de trabalho

Em matéria de registo e comunicação de acidentes de trabalho È competência da entidade executante desenvolver um sistema de registo para potenciais acidentes/incidentes de trabalho que possam vir a ocorrer durante a execução da obra e que causem lesão corporal, perturbação funcional ou doença.

Sempre que ocorra um acidente/incidente de trabalho deverá o empregador comunicar a sua ocorrência ao coordenador de segurança em obra, ao dono de obra e à Autoridade para as Condições do Trabalho no mais curto espaço de tempo possível não podendo exceder as 24 horas.

Sempre que um acidente envolva um trabalhador independente deverá ser a comunicação feita pela entidade que o tenha contratado.

Na eventualidade de não ser comunicado o acidente à Autoridade para as Condições do Trabalho no prazo estabelecido deve a entidade executante assegurar a sua comunicação não podendo no entanto exceder as 24 horas subsequentes.

A entidade executante e todos os intervenientes no estaleiro devem suspender

ainda a entidade executante impedir, de imediato e até à recolha dos elementos necessários para a realização do inquérito, o acesso a pessoas, máquinas e materiais ao local do acidente, com excepção dos meios de socorro e assistência às vítimas.

No documento Instituto Politécnico de Beja (páginas 21-28)

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