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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

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SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (SEDE)

Minas Gerais vive um período virtuoso que combina aquecimento econômico, ajuste fiscal e reordenação institucional. Um novo ambiente de negócios emerge e se consolida, caracterizado pela articulação entre os setores público e privado, com vistas a investimentos. Em prol do desenvolvimento econômico e social, o estado vem promovendo importantes inversões em projetos de infra-estrutura, recuperação de rodovias e ferrovias, ampliação e melhoria das atividades aeroportuárias e incremento da oferta energética, consolidando um contexto propício aos investimentos privados na ampliação da capacidade produtiva e elevação da competitividade das empresas.

O referido processo de reordenação institucional dera um arranjo inovador ao sistema operacional de desenvolvimento econômico, que congrega entes capazes de atuar dinamicamente na captação de negócios, provendo igualmente amplo apoio aos empreendimentos. Nos três primeiros trimestres de 2007, o setor industrial de Minas Gerais apresentou expansão de 8,4% em relação a igual período de 2006, considerado o melhor desempenho do país, segundo o IBGE. Nesse ínterim, a atividade industrial mineira cresceu significativamente acima da média nacional, que ficou em 5,4%.

Confirmando o momento favorável a negócios, levantamento realizado pelo Indi revela que os investimentos anunciados para Minas Gerais desde 2003, e com implantação prevista até 2010, somam, hoje, R$ 152,6 bilhões. Apenas em 2007 foram anunciados 527 novos projetos, totalizando R$ 48,4 bilhões.

As diretrizes adotadas pelo Conselho Integrado de Desenvolvimento (COIND) em 2007 deram prioridade à contratação de financiamentos já aprovados de R$ 592,2 milhões, que representaram investimentos de R$ 3,09 bilhões, gerando 13.065 empregos diretos.

Destaque deve ser dado aos investimentos públicos, que alcançaram R$ 51,2 bilhões até dezembro de 2007, representando uma expansão de 53,4% em relação ao valor apurado no acumulado do ano passado. Os investimentos anunciados pelo governo estadual em 2007, excluindo as empresas estatais, quase dobraram em relação ao propagado em 2006. Esse fato demonstra que Minas vem progressivamente recuperando sua capacidade de investir, o que se deve tanto à modernização e reestruturação da máquina administrativa quanto aos aumentos reais de arrecadação.

Em 2007, a SEDE, em colaboração com outras seis secretarias, coordenou a realização de três seminários sobre oportunidades de investimento privado. Nesse contexto, os secretários foram a campo para, com a ajuda de lideranças regionais, fazer um amplo diagnóstico do potencial, das necessidades e obstáculos enfrentados pelos setores mais importantes para as economias regionais.

Os seminários tiveram o objetivo de agrupar informações que serão

Nos três primeiros trimestres de 2007, o setor industrial expandiu 8,4% em relação a igual período de 2006, considerado o melhor desempenho do país. R$ 152,6 bilhões de investimentos anunciados desde 2003 e com implantação prevista até 2010. Forte expansão dos investimentos da administração estadual.

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usadas como base das políticas de atração de investimento e fomento aos setores estratégicos regionais e às cadeias produtivas. O desenvolvimento econômico alavancado pelos investimentos privados também possibilitaram a melhoria dos índices de desenvolvimento humano das regiões mais pobres de Minas Gerais, diminuindo disparidades entre as diferentes áreas.

O primeiro seminário foi realizado em Teófilo Otoni (abrangendo 27 municípios do Vale do Mucuri); o segundo em Montes Claros (abrangendo 92 municípios da região Norte); e o último em Governador Valadares (abrangendo 102 municípios do Vale do Rio Doce).

Em 2007 continuaram em execução os projetos previstos no orçamento fiscal como a Consolidação das Cadeias Produtivas - Minas do Princípio ao Fim. Nesse quadro, foram criados 13 grupos de trabalho, focando as cadeias de agricultura familiar, agronegócio, bioenergia, construção civil, eletroeletrônica, fármacos, logística, metal-mecânico, minerometalúrgico, química pesada, serviços, silvicultura, têxtil, calçados e móveis.

No momento, essas cadeias estão sendo avaliadas com vistas à definição de políticas e de estratégias de atração de novos investimentos, a partir do início de 2008. Inserem-se, também, nesse contexto, as iniciativas em curso visando ao desenvolvimento ou consolidação de núcleos de inteligência em setores relevantes para a economia mineira.

O primeiro núcleo de inteligência, de petróleo e gás, foi instituído em novembro de 2007, com o objetivo de incluir competitivamente as empresas mineiras no segmento de petróleo e gás, ampliando a participação delas no mercado, por meio do aumento da convergência, sinergia e eficácia das ações.

Outra ação importante foi a retomada das iniciativas com foco nos arranjos produtivos locais, tanto no âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) quanto com parceiros, entre os quais o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (INDI), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais/Instituto Euvaldo Lodi (FIEMG/IEL) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Nesse quadro, essa parceria foi especialmente fortalecida com o intuito de desenvolver o projeto Produtividade, Qualidade e Competitividade de Pequenas e Médias Empresas de Minas Gerais, que deverá ser contratado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

No âmbito do projeto estruturador Parcerias para a Provisão de Serviços de Interesse Público, o primeiro projeto de parceria público-privada do setor rodoviário no país teve o contrato assinado em 2007 e já está mudando a rotina de quem passa pela MG-050, a mais importante rodovia estadual. Com 372 quilômetros, ligando a capital ao interior de São Paulo, a rodovia será uma das mais importantes vias de transporte destinada ao escoamento da produção do estado. O consórcio que venceu a licitação vai gerir a rodovia por 25 anos e fará investimentos de R$ 712 milhões.

Já em relação às estruturas institucionais do programa de PPP, estudos Instituição do núcleo de inteligência da cadeia produtiva de petróleo e gás. Assinatura do contrato de parceria público-privada para gestão da rodovia MG- 050.

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empreendidos pela SEDE, em conjunto com a Secretaria de Estado de Fazenda, identificaram a vocação da empresa Minas Gerais Participações S.A. (MGI) para abarcar a função de entidade garantidora de projetos de PPP no Estado de Minas Gerais.

Dois outros importantes marcos atingidos em 2007 foram o lançamento do manual de operações do programa de parcerias público- privadas do Estado de Minas Gerais e a inauguração, em dezembro, do Portal PPP. O manual de operações do programa tem como objetivo informar sobre regras e processos que devem ser observados por todos os entes estaduais para o desenvolvimento de um projeto em formato de PPP. Trata-se de um documento inédito na América Latina, que, entre outros, contou com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Por sua vez, o Portal PPP reúne informações sobre oportunidades de investimento em parcerias com o governo de Minas, para interessados residentes no Brasil ou no exterior.

No âmbito da ação de fomento à realização de modelagens de PPP, a minuta do edital e contrato do projeto de parceria público-privada no setor penitenciário foi colocada em consulta pública em dezembro de 2007.

O Programa de Universalização do Acesso aos Serviços de Telecomunicações do Estado de Minas Gerais (Minas Comunica) vai garantir a cobertura de telefonia celular em todas as cidades do estado. Previsto inicialmente para ser concluído em outubro de 2008, o programa teve o cronograma adiantado e todas as 412 cidades que não contavam com o serviço terão suas redes instaladas até março de 2008. Dessa forma, o programa vai beneficiar aproximadamente 2,5 milhões de habitantes.

Três operadoras, escolhidas por meio de licitação, estão instalando as redes. A Oi é responsável por 151 municípios das regiões do Jequitinhonha/Mucuri, Rio Doce e Centro-Oeste. A Telemig Celular está levando sua rede a 134 municípios das regiões Sul, Norte, Noroeste e Triângulo. Já a Claro está viabilizando o sinal em 127 municípios das regiões Central e Zona da Mata.

O governo de Minas, em parceria com as operadoras, está investindo R$ 163,5 milhões na instalação das redes, que servirão como fator de desenvolvimento e inclusão. Boa parte das cidades incluídas no programa tem baixos índices de desenvolvimento humano, e o programa vai garantir o acesso a um tipo de tecnologia que se tem tornado ferramenta fundamental no dia-a-dia da população.

Um fato importante em 2007 foi a reativação dos conselhos, considerando a importância deles como instrumento de diálogo e articulação entre os setores produtivos. Os conselhos propiciam a participação na formulação e implantação da política estadual referente à área de indústria, comércio exterior, energia, mineração e transformação mineral, tudo isso em consonância com as diretrizes fixadas no PMDI. São seis os conselhos sob a gestão da SEDE. Em 2007 foram reativados o Conselho Integrado de Desenvolvimento (COIND), o Conselho Estadual de Energia (CONER) e o Conselho Estadual de Geologia e Mineração (CEGEM).

Lançamento do manual de operações e do portal do Programa de Parcerias Público- Privadas do Estado de Minas Gerais. Programa Minas Comunica. Reativação dos conselhos setoriais.

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Dentro das diretrizes do governo, com investimentos jamais realizados em Minas, no que se refere à infra-estrutura, a Setop concluiu em 2007 o Plano Estadual de Logística de Transporte (PELT), importante ferramenta nos planos de desenvolvimento econômico do estado. Nesse sentido, o governo estadual também acompanha os planos do governo federal de concessão das rodovias federais no estado.

Igualmente, a SEDE, por intermédio da criação de um grupo de trabalho, procurou focar o modal ferroviário e a questão portuária, dois gargalos que prejudicam os investimentos no estado.

No que tange às ferrovias, foi levado ao Ministério dos Transportes estudo mostrando a necessidade premente da construção do trecho Patrocínio- Prudente de Morais. A questão da travessia de Belo Horizonte também foi acompanhada pela SEDE, tendo sido obtido importante entendimento com o Ministério dos Transportes fixando compromissos e prazos. Além disso, foram realizadas várias reuniões com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com o objetivo de buscar a revitalização de trechos subutilizados em Minas Gerais.

Outro ponto de vital importância para Minas, a questão portuária, tem merecido especial atenção da SEDE, sempre em sintonia com a Secretaria Especial de Portos do Governo Federal. Vários contatos estão sendo realizados com governos estaduais e empresas privadas na busca de alternativas para Minas Gerais, como, por exemplo, o Porto do Açu, o Porto de Itaguaí, além de outras opções.

Dentro dessa perspectiva, a SEDE tem trabalhado sempre em parceria com a iniciativa privada e com os governos federal e estaduais, em projetos específicos que envolvem a intermodalidade, e que seguramente trarão enorme benefícios a toda região envolvida, extrapolando inclusive em alguns casos as fronteiras de Minas Gerais.

Dados recentemente divulgados pelo MDIC demonstram que, entre janeiro e novembro de 2007, houve expressivo aumento das exportações mineiras, que avançaram 17,7% em relação ao mesmo período de 2006, superando o crescimento médio das exportações nacionais, que foi de 16,6%. Com este desempenho, as exportações de Minas Gerais atingiram US$ 16,8 bilhões até novembro, superando o total alcançado em todo o ano de 2006 (US$ 15,7 bilhões). Este resultado assegura ao estado a posição de segundo principal exportador do país, respondendo por 11,5% das exportações nacionais no acumulado até novembro de 2007. É importante ressaltar que o peso de Minas Gerais no setor externo brasileiro supera sua participação no PIB nacional14.

O bom desempenho das exportações mineiras pode ser atribuído, sobretudo, a dois fatores: o aumento das exportações e dos valores pagos pelos produtos da cadeia minerometalúrgica, e a expansão do comércio com a

14 Em 2005, segundo a nova metodologia de cálculo do IBGE, o PIB de Minas Gerais correspondia a

aproximadamente 9% do PIB nacional.

Conclusão do Plano Estadual de Logística de Transporte. Expressivo incremento das exportações mineiras.

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China. Recentemente este país passou a ser o principal destino das exportações mineiras, ultrapassando as vendas para os Estados Unidos, que decresceram em 2007.

Além da China, as vendas externas mineiras também expandiram fortemente para outros importantes parceiros comerciais, como Alemanha, Argentina, Países Baixos e França, bem como para mercados menos tradicionais, como Finlândia, Tailândia e Irã, revelando uma diversificação das regiões de destino.

Apesar do desempenho favorável, verifica-se a concentração da pauta exportadora mineira em um número relativamente reduzido de produtos e empresas. A cadeia minerometalúrgica, que respondeu por mais de 53% do valor total exportado pelo estado no período compreendido entre janeiro e setembro de 2007, vem ampliando sua importância histórica. Outros grupos de produtos com elevado peso na exportação mineira são o café, materiais de transporte, pedras e metais preciosos, papel e celulose, produtos químicos, carnes e produtos do complexo sucroalcooleiro.

No que tange às exportações por fator agregado, os produtos básicos foram os que apresentaram melhor desempenho entre janeiro e outubro de 2007, com uma expansão de 23,8% no valor de suas exportações em relação ao mesmo período de 2006. Já a expansão das vendas externas de produtos semimanufaturados e manufaturados avançou 19,7% e 10,2%, respectivamente.

Este cenário reflete o fato de que são as commodities minerais e agrícolas (e seus derivados diretos) que mais têm contribuído para o crescimento das exportações mineiras, o que se deve aos preços favoráveis e à demanda aquecida por esses produtos no mercado internacional.

Quanto às empresas, as 10 maiores exportadoras do estado foram responsáveis por mais da metade (51,7%) do total exportado nos primeiros 10 meses de 2007.

É importante salientar que todas as regiões mineiras elevaram suas exportações entre janeiro e setembro de 2007, com destaque para o Alto Paranaíba, cujas vendas externas cresceram 61%, e para o Jequitinhonha / Mucuri, com crescimento de 47% nas exportações15. No estado, a economia da Região Central é a que se apresenta mais fortemente inserida no mercado internacional, com 53,5% de participação no total exportado por Minas no período. Outras regiões com peso relevante nas exportações estaduais são o Sul de Minas (14,2%) e o Rio Doce (9,8%).

As importações mineiras, por sua vez, atingiram US$ 6 bilhões no acumulado até novembro de 2007, o que representa um crescimento de 35,5%

15 No entanto, no caso do Jequitinhonha / Mucuri é importante salientar que este crescimento se

dá sobre uma base bastante reduzida, representando um montante ainda pequeno em termos absolutos. Diversificação das regiões de destino das exportações mineiras. Até novembro de 2007, houve crescimento de 35,5% das importações em relação a igual período do ano anterior.

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em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações são mais diversificadas do que as exportações, com um número muito maior de itens. Cabe destacar a forte presença de máquinas e equipamentos, assim como de insumos (produtos químicos, minerais metalúrgicos, entre outros) na pauta importadora.

Os principais países de origem das importações do estado foram Estados Unidos, China, Alemanha, Argentina e Itália. Dentre os principais parceiros comerciais, destaca-se o forte crescimento das importações provenientes da China e, dentre parceiros menos tradicionais, ganha relevo o avanço das importações provenientes da Finlândia.

Apesar do forte aumento das importações, Minas Gerais continua a se destacar pelos elevados superávits comerciais, que entre janeiro e novembro de 2007 atingiram US$ 10,8 bilhões, o que representa um crescimento de 9,8% em relação ao ano anterior.

Cabe ressaltar a criação da Central de Atendimento ao Exportador Mineiro (Central ExportaMinas), com o objetivo de estimular a atividade exportadora no estado. A central, capacitada para realizar a prospecção de mercados no exterior e atenuar dificuldades para inserção de produtos mineiros em destinos estrangeiros, já assume importante papel no apoio à inserção das micro, pequenas e médias empresas de Minas Gerais no mercado internacional, e empenha esforços para promover a diversificação das exportações mineiras.

Em 2007, a central de atendimento atingiu a marca de 1.068 atendimentos a empresários. Como resultado do trabalho do núcleo de inteligência comercial do estado, foram lançadas duas publicações inéditas de comércio exterior: Panorama do Comércio Exterior de Minas Gerais e Mapeamento das Exportações de Minas Gerais.

Renovada a parceria com Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) para manutenção da Central ExportaMinas, foram mantidos entendimentos com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), com a Federação das Industrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), com o Sebrae-MG, e com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), para expandir a estrutura de atendimento a potenciais exportadores, em um esforço conjunto de inserir empresas mineiras no mercado internacional. Nesse sentido, foi desenvolvido e inicialmente veiculado o Portal Eletrônico Exportaminas.

Este ano destaca-se também o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), em recorde de movimentação de passageiros. De janeiro a outubro de 2007, quase 3,5 milhões de passageiros utilizaram o terminal, número próximo ao total verificado no ano passado (3,7 milhões), evidenciando a importância crescente do AITN como um dos principais aeroportos do país.

Em 2007 ocorreu a apresentação do conceito funcional do projeto “Cidade Aeroporto de Belo Horizonte” na 2ª Conferência “Airport City” em Crescimento de 9,8% no superávit comercial do estado até novembro de 2007. Criação da Central de Atendimento ao Exportador Mineiro (Central Exportaminas). Recorde de movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional Tancredo Neves.

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Frankfurt, Alemanha, destacando o AITN como um dos principais aeroportos de passageiros e cargas da América do Sul.

Também foram concluídos os estudos de viabilidade de vôos internacionais a partir do AITN, cujo resultado foi apresentado no Fórum de Desenvolvimento de Rotas Aéreas Mundiais, realizado em outubro na cidade de Estocolmo, para as empresas TAP, Ibéria, American Airlines, Delta Airlines, Continental Airlines, Air France, TAM, UPS, FEDEX e DHL. Nesse quadro, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves começou a operar vôos para o exterior, a partir de países da América Latina, devendo operar com vôos para os países da Europa no início de 2008.

Registre-se, ainda, a conjugação de esforços entre a SEDE e a Setop para a consolidação do novo plano aeroviário do Estado (PROAERO) visando ao desenvolvimento da aviação regional a partir do Aeroporto da Pampulha.

Até o fim do ano, juntos, os dois principais aeroportos da região metropolitana de Belo Horizonte (AITN e Pampulha) foram utilizados por 5,1 milhões de passageiros. Este número é 43,5% maior do que o registrado em 2004. O governo de Minas tem trabalhado em parceria com a Infraero pela expansão da capacidade do aeroporto para até 8 milhões de passageiros ao ano no curto prazo.

Igualmente, o estado se dispôs a investir nas obras de infra-estrutura do aeroporto industrial, com o objetivo de acelerar o processo de desenvolvimento e instalação de indústrias de tecnologia que têm no modal aéreo o principal meio de transporte de insumos ou produtos finais. A medida visa a consolidar o aeroporto como importante centro de transporte de carga no país e aumentar a competitividade dos setores de alta tecnologia de Minas Gerais.

O investimento de aproximadamente R$ 10 milhões na urbanização da área do aeroporto industrial (46 mil metros quadrados), cujo projeto executivo já foi concluído, ainda depende de assinatura de convênio com a Infraero. A licença ambiental para essas obras já foi obtida, e já está em desenvolvimento o estudo para a 2ª fase do aeroporto industrial, específica para a indústria aeronáutica. Cabe destacar que o aeroporto industrial do AITN é o primeiro credenciado pela receita federal no país. As empresas que se instalarem no local passam a operar em regime de suspensão tributária.

O Porto Seco Granbel, em Betim, foi credenciado pela receita federal em março de 2007 como o primeiro porto seco industrial do país, oferecendo isenção de tributos sobre insumos importados e nacionais quando o produto final for embarcado para o exterior.

O sistema de suspensão tributária, combinado com a logística multimodal (integração rodovia-ferrovia), oferece facilidades para que as empresas exportadoras de produtos de grande valor agregado tenham competitividade no mercado externo. Daí o estudo de viabilidade do porto seco do Norte de Minas, em Montes Claros.

O Aeroporto Internacional Tancredo Neves inicia a operação de vôos para o exterior. Implantação do primeiro porto seco industrial do país.

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Em 2006, um convênio firmado entre o governo de Minas Gerais e a Infraero, para viabilizar as operações do aeroporto regional da Zona da Mata, o Aeroporto de Goiana, previa para a Infraero a responsabilidade de prover os recursos humanos, materiais e financeiros para a gestão do aeroporto, bem como de realizar adequações físicas com vistas à prestação de serviços compatíveis com o movimento operacional esperado e dentro do padrão de serviço exigido pelos usuários. Desse modo, o aeroporto já está homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e a SEDE está em negociação