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Designer Eduardo Aires e o seu Atelier White Studio

Caraterização dos selos postais Dimensões:

III. 2.8 Designer Eduardo Aires e o seu Atelier White Studio

White Studio é um estúdio de design multidisciplinar, com sede no Porto, em Londres

e, recentemente, em Santiago de Chile, que trabalha numa ampla gama de áreas no design, como na impressão, na web, no editorial, na sinalética, na embalagem, na info- grafi a, no design fi latélico e no design de interiores.

O seu estudo concentra-se essencialmente, no conceito, sendo cada projeto único numa nova expressão. Os seus clientes são dos mais conceituados e diversifi cados, como ADDP, Casa de Mateus, Clérigos, CTT, Esporão, Gmund, Gulbenkian, ISCAP, Porto Editora e Serralves. A sua equipa da White Studio, tem sido distinguida conse- cutivamente com os mais importantes galardões do design, incluindo o Graphics, com treze prémios conseguidos, sendo um deles da fi latelia o 41.º Prémio, na categoria de turismo, “Asiago Philatelic Fine Art Awards 2011, Public transportation series”.

O designer Eduardo Aires nasceu no Ribatejo, mas vive no Porto desde 1981. Eduar- do Aires vê o editorial como a mãe de todos as atividades dentro do design de comuni- cação, porque segundo o designer, “conjuga, articula, potencia a defi nição de verdadei- ro laboratório, que é este caldo químico entre a utilização da tipografi a, da imagem, do texto e dos suportes” (Fernandes, 2013, [s.p.]).

Rua Alexandre Braga, 94 — 1.º E
 4000-049 Porto, Portugal
 +351 22 616 90 80 
mail@whitestudio.pt http://www.whitestudio.pt

“Our work does not depend on whether the moment is good or bad for us.” (Portugal, Whitestudio, [s.d.], [s.p.]).

Neste estudo, através dos selos postais, verificamos que é um dos autores maioritários no design filatélico, com catorze emissões. Todo o seu elenco de emissões são do tipo comemorativos, que se destinam, a comemorações de acontecimentos e comemora- ções de datas. No ano 2011, com três emissões, está representada o seu maior número de emissões.

Taxonomia sobre a comunicação visual

No requinte de toda a sua obra, a anatomia da mensagem visual identifica-se pela, representação e pelo simbolismo em três casos. Na representação utilizam como au- xilio a fotografia e, no simbolismo o desenho vetorial. A sua expressão e criação ar- tística está identificada pela conjugação de texto e imagem, fragmentos de imagens retratadas (fotografias), a conjugação de imagem sobre imagem (montagem), e ainda, imagem sobre fundo a uma cor. Os estados antagónicos de polaridade, que este atelier e designers que o constituem, utilizam para aguçar as suas representações às mensa- gens aplicadas no selo postal, são:

- a regularidade, que está em torno de toda a sua expressão artística através da harmo- nia na proporção.

- a simplicidade e a complexidade, estão abrangentes nas obras filatélicas. A simplicida- de pode ser visualizada no desenho vetorial, através da sua naturalidade, na qualidade de representação do que é simples, a singeleza e a facilidade que o utilizador pode identificar na obra de arte. Quanto à complexidade pode ser vista na fotografia, como uma multiplicidade de dados e elementos que estabelecem toda a caraterização da obra de arte. (fig. 84).

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Ano das emissões

Número de emissões 1 3 2 2 2 1 1 1 1 0 0 0 0

Gráfico 9 - Gráfico de representatividade do número de emissões, do designer Eduardo Aires e o seu atelier.

No entanto, a minimização, a neutralidade e a singularidade também estão em sintonia com estas duas representações.

- a fragmentação, está representada pela redução de pedaços de imagens ou fotogra- fias, por exemplo, na união de quatro selos torna uma imagem única. (fig. 85). - e a profundidade, apenas está expressa na emissão “Elevadores Públicos em Portu- gal, 2010”, através do ponto de fuga de cada linha do ascensor. (fig. 86).

Fig. 84 - Do lado esquerdo, o selo da emissão “Europa - O Circo”, representa a simplicidade Eduar- do Aires, CTT, de 2002. Do lado direito, o selo da emissão “2003 Ano Europeu das Pessoas com Deficiência”, representa a complexidade de Eduardo Aires, CTT, de 2003.

Fig. 85 - Selo da emissão “Viticultura Portuguesa”, em que expressa a fragmentação. De Eduardo Aires, CTT, de 2004.

Fig. 86 - Selo da emissão “Elevadores Públicos - Elevador de Sta. Luzia, Via- na do Castelo”, em que expressa a profundidade ou o afunilamento (ponto de fuga). De Eduardo Aires, CTT, de 2010.

Os elementos básicos da comunicação visual, que se encontram neste registo gráfico, são o ponto, a linha (fig. 87), a forma (silhueta) (fig. 87, 88, 90), a direção (fig. 87, 88, 89), o tom, a cor (fig. 84), a dimensão (fig. 88, 88, 89, 90) e o movimento (fig. 88). Para que haja uma melhor compreensão destes elementos, exemplificamos através de vários registos de selos para cada elemento visual.

Fig. 87 - Selo da emissão “Elevadores Públicos - Elevador da Glória, Lisboa”, de Eduardo Aires, CTT, de 2010. Os elementos básicos que constituem este registo gráfico, são o ponto; a linha; a forma; a direção; a dimensão; e o movimento.

Fig. 88 - Selo da emissão “Todas as Ocasiões - amo-te”, de Eduardo Aires, CTT, de 2006. Os elementos básicos que constituem este re- gisto gráfico, são a forma; a direção; a cor; a dimensão; e o movimento.

Fig. 89 - Selo da emissão “Transportes Pú- blicos”, de Eduardo Aires, CTT, de 2005. Os elementos básicos que constituem este re- gisto gráfico, são a direção; a dimensão; e o movimento.

Fig. 90 - Selo da emissão “150 Anos do Primei- ro Selo Português «1853-2003»”, de Eduardo Aires, CTT, de 2003. Os elementos básicos que constituem este registo gráfico, são a forma; e a dimensão.

Relativamente à linguagem cromática, não existe qualquer cor e matiz predominante nas suas emissões, desde, cores quentes a cores frias.

Quanto à classifi cação tipográfi ca utilizada nas suas obras, pertencem à família das fon- tes tipográfi cas não serifadas, do tipo grotescas (regular e condensadas) e geométricas; e serifadas, do tipo clássicas, de transição e egípcias. O uso da tipografi a descreve a legenda, título, o nome do país e imagem como fundo.

Caraterização dos selos postais Dimensões: - 30,6 mm x 40 mm; - 30,6 mm x 80 mm; - 40 mm x 30,6 mm; - 50 mm x 40 mm; - 30 mm x 40 mm; - 30,6 mm x 27,7 mm. Valor ou informação: Operacional: - País: Portugal; - Ano da emissão: 2002 a 2006 e 2010 a 2013; - Valor postal: varia entre os €0.10 e os €2.00. Técnica:

- Autor: Vários designers. - Gráficas:

- Litografia Maia, Porto;

- Imprensa Nacional da Casa da Moeda; - Joh. Enschedé;

- CARTOR.

- Tiragem:

- Desde os 70 000 exemplares aos 700 000 de exemplares. Picote:

- 12 x 121/2;

- 12 x 121/4;

- 14 x 141/4;

- 123/4 x 121/2;

- 13 com Cruz de Cristo; - 13 x 13 com Cruz de Cristo; - 113/4 x 113/4.

Tipo de papel e impressão:

Utilizou-se o papel branco de baixa grama- gem, brilhante ou fosco, do tipo, FSC 110g/ m2. Sendo no sistema de impressão offset em

conjunto com a impressão especial picote. Formato:

O formato destas emissões são do tipo tradicional, na forma retangular na ver- tical e na horizontal.

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