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DESPESAS DE PESSOAL – PODER LEGISLATIVO

ANO 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 VALOR 238.215 253.368 332.750 353.797 419.849 497.617 497.617

Será projetada a elaboração do Plano atendendo a dimensão técnica e a política. Isto significa que o PPA tem que ser tecnicamente razoável e politicamente defensável. Sendo assim fundamental que seja a expressão do desejo de mudança do Nível Estratégico do Município. É preciso ter claro quais os momentos e tarefas que caberão aos técnicos desempenhar e quais decisões, encaminhamentos ou deliberações que só aquele que foi escolhido nas urnas, recebendo a delegação popular, deverá tomar ou, excepcionalmente, delegar a seus auxiliares imediatos, quais sejam, seus secretários.

O Município em tela constituiu um Núcleo coordenador para facilitar a condução e coordenação dos trabalhos de elaboração do PPA, articulado com as áreas de contabilidade, controle e finanças. O coordenador do Núcleo goza da

confiança do Prefeito, tem acesso e bom relacionamento com as diferentes áreas da Prefeitura e com os Secretários. O número de componentes destas unidades do porte da Prefeitura, não é tão grande que dificulta a agilidade, nem tão pequeno que não dê conta dos trabalhos no prazo desejado.

O PPA é voltado em parâmetros para projeções, para que assim, possa ser preenchido com as expectativas de aumentos percentuais das receitas ou despesas, nessa seara, o Município em análise discriminou as suas projeções, conforme segue:

DISCRIMINAÇÃO 2014 2015 2016 2017

1. Inflação Média Anual (I P C A) 5,61 5,25 5,12 5,07 2. Crescimento Esperado do PIB 3,62 3,74 3,77 4,04 3. Cresc. Veget. Folha Salarial 2,50 2,50 2,50 2,50 4.Cresc Autônomo de Outros Custeios 2,00 2,00 2,00 2,00 5. Esforço Arrecadação Própria 5,00 5,00 5,00 5,00 6. Crescimento Médio Transferências 5,00 5,00 5,00 5,00 7. Percentual de aumento salarial 10,00 10,00 10,00 10,00 8. Cresc. dos Investimentos e Inversões 2,00% 2,50% 3,00% 3,50%

Da mesma forma, sedimenta o Projeto de Lei Nº 053/13, de 17 de outubro de 2013, o qual dispõe sobre o Plano Plurianual para o quadriênio 2014-2017, em seu art. 2º, inciso I, dispõe sobre o conceito de programa:

“Programa, o instrumento de organização da atuação governamental, que articula um conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à solução de um problema ou ao atendimento de uma necessidade ou demanda da sociedade.”

Atualmente, é necessária a avaliação dos Programas de um PPA em relação aos resultados gerados a sociedade. Justificado pela existência de um cenário governamental onde grande parcela de seus orçamentos comprometidos com o custeio, o qual restringe os investimentos, em especial as políticas públicas diretamente ligadas aos cidadãos. Portanto, as ações governamentais devem, acima de tudo, estar cada vez mais próximas do conceito da eficiência, eficácia e efetividade na execução dos Programas.

Ao administrador cumpre a tarefa de acompanhar a formulação, a execução do orçamento, utilizando mecanismos de controle efetivo e estabelecendo objetivos claros para direcionamento das tomadas de decisão, visando às correções necessárias.

Portanto, o desafio da eficiente gestão do orçamento público está ligado à capacidade do gestor em participar e entender do processo de planejamento do orçamento como um todo, para tão somente poder bem executá-lo e desenvolver melhores mecanismos de controle.

CONCLUSÃO

A pesquisa possibilitou obter informações acerca da análise do Plano Plurianual, revelando a necessidade de melhorias na prática adotada pela Gestão Pública Municipal, sendo ainda desafiador às diversas organizações públicas brasileiras, em especial no âmbito municipal, a busca por procedimentos de avaliação mais compatível com o que realmente espera o cidadão da gestão dos recursos públicos.

Neste cenário de poucos recursos para investir, é melhor aplicá-los em resultados eficazes à sociedade. Atingir aos cidadãos com ações que realmente melhoram as condições de vida é tarefa complicada e instigante para os Gestores e aos cidadãos participantes do controle social. Nesta perspectiva foi possível propor uma forma de avaliação dos Programas de Governo de um PPA quanto à eficiência, eficácia e efetividade através da explicação de seus conceitos.

Os cidadãos devem perseguir constantemente contribuições executáveis e determinadas na aplicação de boas práticas administrativas na Administração Pública e, respectivamente, na garantia dos direitos constitucionais. Assim, o estudo justifica-se pela carência dessas instruções normativas.

Desse modo, o planejamento, execução, e controle, fazem parte da administração pública. Assim, sendo os gastos governamentais uma decisão predominantemente política, um sistema orçamentário eficiente deve ser transparente e regulamentador, afim da máquina do governo não servir de aparato político para partidos e governantes. Desta forma, os órgãos públicos elaboram e

cumprem seus programas dentro de normas e leis que garantam a correta distribuição de recursos.

Embora toda essa explicação possa parecer supérflua, a verdade é que o planejamento continua sendo um dos aspectos mais descuidados do trabalho administrativo.

Os sintomas mais frequentes das administrações estão voltados na falta de clareza sobre os propósitos principais a serem seguidos, a rotina que faz perder o rumo, seguindo pela falta de planejamento, subordinando-se a técnicas e métodos desordenados, que hoje caracteriza a urgência implacável da prática e incapacita os administradores para o estudo e para a reflexão.

Nessa seara, o que se pode apreender de todo o processo de planejamento, execução e controle do orçamento público é que ele é de essencial importância para uma gestão eficiente e eficaz dos recursos públicos, atendendo aos projetos propostos bem como aos interesses diversos que se convergem para o fim proposto.

Portanto, o processo de planejamento governamental é estruturado financeiramente em três instrumentos: o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual. Dessa forma, na elaboração desses instrumentos, desenvolvem-se esforços para se identificar e ordenar as prioridades.

O governo estadual utiliza os Planos de Governo como base para a elaboração do PPA. Porém, a não obrigatoriedade do uso de indicadores de resultados no PPA estadual diminui a qualidade da avaliação. A avaliação se limita ao acompanhamento da execução física e financeira dos programas.

Enfim, buscar o equilíbrio na distribuição dos recursos para que sejam atendidas as carências apontadas pelos programas e projetos, já que ao sistema de planejamento, execução e controle orçamentário cabe a tarefa de formulação de programas de governo, a sua execução e controle. A esse sistema compete também a tarefa de realizar os ajustes necessários com o objetivo finalístico de cumprir o que foi planejado. Nesse contexto, para haver a adequada integração dos instrumentos

de planejamento, imprescindível a regulamentação do artigo 165 da CF/88, prevendo mudanças expressivas na elaboração do orçamento público.

O Plano Plurianual no Município de Chiapetta começou a ser elaborado apenas como cumprimento das exigências constitucionais. Os primeiros PPAs eram apenas documentos constando as intenções do governo para os quatro anos seguintes. Já o último PPA se tornou um pouco mais próximo dos padrões esperados. Entretanto, ainda existem muitos limites a serem superados, como a ausência de muitas informações importantes. Outro avanço que deve ser alcançado é a utilização de indicadores de resultados para se obter uma boa avaliação da qualidade dos gastos. O município deve avaliar o quanto as ações dos programas estão surtindo efeito na sociedade. Assim, o Plano Plurianual poderá avançar no sentido de ser um instrumento eficiente de planejamento estratégico do setor público no município.

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