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Deve ser minucioso e feito de forma sistematizada, valorizando sempre os elementos colhidos, não esquecendo que o doente pulmonar, como aliás, qualquer doente deve ser

DIAGNÓSTICAS DE ENFERMAGEM

Após a análise de dados da avaliação desenvolvida, os diagnósticos de enfermagem que mais se relacionam com a disfunção respiratória são:

 COMPROMISSO DAS TROCAS GASOSAS;  LIMPEZA INEFICAZ DAS VIAS AÉREAS;  PADRÃO RESPIRATÓRIO INEFICAZ.

Para além destes, outros diagnósticos de enfermagem pode encontrar-se com frequência:  INTOLERÂNCIA À ACTIVIDADE;

 ANSIEDADE;

 RISCO DE ASPIRAÇÃO;

 COMPROMISSO DA COMUNICAÇÃO VERBAL;  FADIGA;

 ALTO RISCO DE INFECÇÃO;  DÉFICE DE CONHECIMENTOS;

 NUTRIÇÃO ALTERADA ( INFERIOR ÁS NECESSIDADES ORGÂNICAS);  DÉFICE NO AUTO CUIDADO

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EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO NAS DOENÇAS DO

AP. RESPIRATÓRIO

O pedido de exames complementares não dispensa o exame físico/observação completa do doente que irá indicar os exames a pedir começando pelos mais simples e menos invasivos.

1.1.

Não Invasivos

(Radiológicos/Imagiológicos)

Radiografia do tórax

- Orientação para outros métodos seguintes - Detecção de lesões

- Detecção de derrames (decúbito lateral)

Tomografia radiológica

- Imagens de um só plano pulmonar

Ecografia

- Avaliação pequenos espessamentos ou derrames

Tomografia axial computorizada (TAC) Ressonância magnética nuclear

Provas cutâneas com antigénios específicos Provas de função pulmonar

Cintigrafia pulmonar

Gasometria arterial – determinação numa amostra de sangue arterial dos valores de: - pH

- PaO2(normal: 90-100mmHg)

- PaCO2

- [] em iões de bicarbonato e da saturação em O2 Objectivos:

- Avaliar se o dte satisfaz as suas necessidades em O2 (pela determinação dos valores de PaCO2 e da PaO2 no sangue arterial); - Permitir a avaliação e o tratamento das perturbações respiratórias e metabólicas do doente;

- Avaliar a eficácia da ventiloterapia.

Complicações (resultam de má técnica utilizada) - Infecção, por falta de assepsia

- Aneurisma, devido a punções frequentes no mesmo local - Dor intensa, por traumatismo de um nervo ou tendão

- Isquémia da mão, por trombose da artéria radial numa mão em que a artéria cubital estava insuficiente

Exame da expectoração (da manhã)

Análise: bacteriológica ou citológica (pesquisa de células neoplásicas)

- Lavagem prévia da boca

- Recipiente estéril, seco, de boca larga e tampa de rosca

- Colheita 3 amostras (após tosse, aspirado brônquico ou aspiração trans-traqueal)

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1.2.

Invasivos

Broncografia Biópsia pulmonar Broncoscopia - broncoscópio Objectivos:

- Visualização completa da árvore traqueo-brônquica - Biópsia

- Escovado (colheita de espécimes de tecido)

- Aspiração de secreções - Destruição de tumores - Extracção de corpo estranho

Broncofibroscopia– consiste na visualização da árv. Brônquica, através de um broncofibroscópio. Contra-indicações: situação de hipoxémia, hipotensão, alteração ao nível da coagulação.

(Intervenções de enfermagem)

Antes do exame:

• Explicar ao dte o exame, pedindo a sua colaboração; • Obter o consentimento do doente/família por escrito; • O dte mantido em jejum no dia do exame;

• Administrar pré-medicação prescrita; • Retirar próteses;

• Avaliar e registar SV. Durante o exame:

• Acompanhar o doente e dar-lhe apoio; • Vigiar SV e observar fácies do doente; • Avisar o médico de qq alteração; • O dte pode estar sentado ou deitado;

 O aparelho é introduzido pelo nariz, seguindo até à faringe e qdo o tubo é empurrado p/ a laringe, através da glote pulveriza-se a traqueia c/ lidocaína p/ impedir o reflexo da tosse.

Após o exame:

• Não dar nada per os sem o doente recuperar o reflexo da tosse; • Avaliar SV c/ a frequência exigida pelo estado do dte e registar;

• Vigiar o dte p/ detecção precoce de complicações (cianose, hipotensão, taquicardia, dispneia, hemoptise, confusão) • Se foi feita biopsia ou colheita de expectoração providenciar o seu envio para o lab.;

• Se o dte foi submetido a anestesia geral manter a cabeça lateralizada.

Toracocentese – inserção de agulha na cavidade pleural (reg. postero-inferior do tórax), p/ extracção de líq ou ar.

Pode ser efectuada com fins de diagnóstico (despiste de alt. estruturais ou funcionais causadoras de derrame pleural), ou com fins terapêuticos (alívio da P intra-torácica devido a acumulação de líq., que dificulta os movimentos respiratórios, provocando dispneia e apneia).

(Intervenções de enfermagem)

Antes do exame

• Colheita de dados ao dte de forma a obter a informação necessária;

• Avaliar estado de consciência, estado emocional, coloração de pele e mucosas; • Avaliar SV e características da respiração;

• Explicar todo o procedimento ao dte – tipo de exame, posicionamento e colaboração necessária, duração, quem o realizará;

3 • Promover a realização de um RX de tórax e administrar sedativo se prescrito.

Durante o Exame

• Manter a privacidade do dte e prestar apoio emocional;

• Observação do dte – coloração pele e mucosas, sudorese, dor, ansiedade, náuseas, alteração dos SV;

• O dte deve ser colocado numa posição que favoreça o afastamento das costelas e o alargamento do espaço intercostal, de forma a facilitar a inserção da agulha (5º espaço intercostal);

– Sentado numa posição de ligeira flexão, c/ ombros baixos e braços apoiados numa almofada sobre uma mesa/cadeira; – Decúbito lateral sobre o lado não afectado em dtes que não consigam sentar-se.

• O local de inserção da agulha é desinfectado e a > parte das vezes é feita anestesia local, esta zona é determinada por percussão, auscultação e observação do RX do tórax;

• A agulha é introduzida no espaço pleural e o líq é aspirado c/ seringa ou é feita a conexão a 1 sistema de drenagem, devendo a agulha ou cateter ser estabilizados durante o procedimento;

• Grandes quantidades de líq podem ser drenadas, ligando o cateter a 1 sistema de drenagem por gravidade. Não devem ser extraídos mais de 1500ml num período de 30/45min  R de edema pulmonar pelo desvio do fluido intravascular;

• Durante todo o exame os SV devem ser monitorizados, bem como os níveis de oxigenação. Após o exame

• Penso compressivo/oclusivo no local da punção;

• Dte em decúbito lateral contrário ao da punção pelo menos 1h; • Avaliar:

– SV, características da respiração, local da punção, sinais de hemorragia.

• Providenciar a realização de um RX do tórax após exame;

• Se a pessoa não apresentar sinais de complicação, a actividade normal pode ser retomada após 2h;

• Às pessoas significativas tb devem ser esclarecidas as dúvidas sobre o tratamento/evolução do estado do familiar; • As amostras do líquido colhido devem ser enviadas ao laboratório correctamente rotuladas (nome do doente, nº do processo, data e h da colheita, tipo de produto colhido e serviço).

Registos de Enfermagem

• Descrição do procedimento realizado, local da punção, data, h e reacções do dte; • Registo de SV, características da respiração;

• Registo da quantidade e características do fluido pleural colhido. Possíveis Complicações

• Pneumotórax

• Hemorragia Intra-pleural

• Hemoptises (provocada pela punção de um vaso pulmonar)

• Bradicardia, hipotensão • Edema Pulmonar

Angiografia pulmonar e brônquica - visualização da vascularização pulmonar, pela injecção de um produto radio-opaco (de contraste) através de 1 cateter, numa veia periférica (+ comum: veia femural) até à veia pulmonar.

Objectivos:

- Detectar anomalias congénitas da árvore vascular pulmonar; - Avaliar vascularização anormal crescente em tumores; - Confirmar a presença de embolia pulmonar e sua localização.

(Intervenções de enfermagem)

Antes do exame

• Verificar se dte tem alergia ao produto de contraste; • Explicar ao dte o tipo de exame e pedir colaboração;

• Providenciar p/ que o consentimento do exame seja assinado pelo dte/família; • O dte deve estar em jejum (pelo menos de 6h) aquando do exame;

4 • Deve avisar-se o dte de que irá sentir a sensação de calor durante a injecção do produto de contraste;

• Administrar pré-medicação prescrita; • Avaliar e registar SV antes do exame;

• Preparar material para Ressuscitação Cardio-Respiratória. Durante o exame

• Dte colocado em decúbito dorsal;

• Deve procurar-se que o dte mantenha a calma;

• A observação do dte é importante para despiste precoce de qq alteração significativa. Após o exame

• Penso compressivo no local de inserção do cateter; • O doente deve ficar em repouso no leito (+/- 6horas) • Avaliação de SV e seu registo;

• Monitorizar o local de introdução do cateter para verificar:

– sinais de inflamação – hemorragia ou hematoma – ausência de pulso periférico

• Examinar igualmente o local de cateterismo, pesquisando edema, dor, impotência funcional ou parestesia; • Pesquisar sinais de sensibilidade retardada.

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