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Diagnóstico Macro-Ergonômico de QVT

de Vida no Trabalho (EAA_QVT)”

Passo 2: Diagnóstico Macro-Ergonômico de QVT

as mídias de divul-gação. Em até 7 dias. Agendar reunião com a equipe de comunicação. Escolher quais serão as mídias utiliza-das. Membros das equipes envolvidas. Sala de Reuni-ões da Direto-ria. Viabilizar o traba-lho de sensibili-zação do público-alvo. 2  ...  ...  ...  ...  ...  ...

Passo 2: Diagnóstico Macro-Ergonômico de QVT

A operacionalização do segundo passo da abordagem metodológica em Qualidade de Vida no Trabalho implica na execução de um conjunto de atividades. Vejamos quais são elas.

Definição do Público-Alvo do Diagnóstico

A orientação básica consiste em possibilitar a participação no diagnóstico de todos os que trabalham numa dada organização. No caso, por exemplo, do setor público, é muito importante a participação não só dos servidores efetivos (concursados), mas também dos trabalhadores terceirizados, prestadores de serviços com vínculos mais “permanentes”, estagiários. A razão é simples: o trabalho de todos é vital para o funcionamento do órgão e, portanto, todos devem ser ouvidos no diagnóstico de Qualidade de Vida no Trabalho.

O tratamento estatístico dos dados possibilitará identificar as variabilidades significativas dos vínculos funcionais sobre QVT bem como as representações convergentes. A amostragem preferencial é a do tipo censitária. Quando não for possível ou viável essa modalidade, deve-se adotar a técnica de amostragem que for a mais conveniente na garantia da representatividade do público-alvo do diagnóstico. Essa abrangência do público tem rebatimentos metodológicos importantes (ex. nível de escolaridade mínimo e conhecimento de informática para se responder ao instrumento), tratados mais adiante.

Levantamento do Perfil dos Participantes e Adaptação do IA_QVT É fundamental, na condução do macro-diagnóstico, o trabalho de levantamento dos perfis demográfico e profissiográfico do público-alvo. As informações básicas que, comumente, temos utilizado são as seguintes:

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rabalhador es . FERREIRA , Mário César . E diç ões LP A , Br asília, DF: 2011 Perfil Demográfico Sexo Masculino Feminino

Idade Estado Civil

Solteiro(a) Casado(a) Divorciado(a) União Estável Viúvo(a) Outros Escolaridade 2º Grau Incompleto 2º Grau Completo Graduação Incompleta Graduação Completa Especialização Mestrado Doutorado Pós-Doutorado Perfil Profissiográfico Cargo (exemplos) Magistrado Analista Judiciário - AJ Analista Judiciário - AA Técnico Judiciário - AA Auxiliar Judiciário Requisitado Sem Vínculo Lotação (infor-mar as unida-des administra-tivas) Tempo no Ór-gão Tempo na Lotação Tempo no Serviço Público ou na Empresa

O levantamento preciso e mais atualizado possível destes dados de perfil permitirá inseri-los na versão digital do “Inventário de Avaliação de Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT)” e, desta forma, monitorar, em tempo real, a participação do público-alvo no período de coleta de dados. Isto pode ajudar no eventual reforço das atividades de sensibilização, caso se constate que a participação de um determinado segmento está aquém do esperado.

Sensibilização do Público-Alvo

O trabalho de sensibilização do público-alvo tem uma função estratégica no diagnóstico de QVT, pois ele vai influenciar diretamente o grau de participação efetiva dos trabalhadores. Um trabalho de sensibilização bem conduzido, sem intercorrências negativas (ex. aplicação de pesquisa em paralelo, greves parciais dos trabalhadores), deve resultar na participação da grande maioria do público-alvo, senão a totalidade.

A meta da sensibilização consiste em fomentar no público-alvo uma relação de confiança, de interesse e de convencimento dos potenciais participantes sobre a importância, a necessidade e a pertinência do diagnóstico de QVT. Assim, alguns aspectos podem contribuir para o sucesso do trabalho de sensibilização, merecendo destaque:

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O planejamento global do trabalho de sensibilização, definindo as

mí-dias, as etapas, as estratégias de comunicação, as responsabilidades, os prazos etc.

A definição do conteúdo, a ser tratado na sensibilização, deve

combi-nar objetividade (mensagens claras e diretas) e abrangência (contem-plar todos os aspectos centrais do projeto). Na definição desse conte-údo, é muito importante transmitir ao público-alvo informações que agreguem poder de persuasão. Há, habitualmente, quatro grandes questões nevrálgicas que são fontes de preocupação dos potenciais participantes e que devem, portanto, ser abordadas na sensibiliza-ção:

Quais são as vantagens (ganhos efetivos) dessa participação para as 

pessoas, a organização e a sociedade (ex. cidadãos-usuários, clien-tes, consumidores)?

Quais são os pressupostos e cuidados que garantem o anonimato 

da participação, o sigilo de identidades na divulgação dos resulta-dos e a eliminação de riscos individuais (ex. retaliação de uma even-tual avaliação negativa proferida)?

Quando e como será feita a divulgação dos resultados do diagnós-

tico?

O que será feito pelos dirigentes com os resultados (negativos e 

positivos) obtidos no diagnóstico?

A escolha de mídias (ex. cartazes, folders, banners, folhetos, cartas,

e-mails) que garantam uma identidade visual atrativa e alinhada com os objetivos do diagnóstico. A aprovação da equipe e, quando for o caso, a pré-testagem são procedimentos incontornáveis na escolha das mídias.

O foco das atividades de sensibilização não deve se restringir

exclu-sivamente ao momento anterior à coleta de dados. Elas devem ser planejadas para todas as etapas do projeto de Qualidade de Vida no Trabalho (antes, durante e depois da etapa de diagnóstico). Em cada um desses momentos, certas ações específicas poderão ou deverão ser feitas para aumentar o engajamento de todos no projeto.

Na maioria das vezes, é fundamental se iniciar o trabalho de

sensibi-lização com as chefias (ex. realizando-se oficinas), pois elas têm, na grande maioria, um papel estratégico de facilitadores da participação dos trabalhadores nas atividades de coleta de dados. Nesse tipo de

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trabalho, é muito importante: (a) explicitar o escopo do projeto; (b) identificar as dúvidas, as expectativas; (c) e os principais desafios ma-nifestos.

A Aplicação do “Inventário de Avaliação de Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT)”

O instrumento de coleta de dados utilizado no diagnóstico macro-ergonômico é o “Inventário de Avaliação de Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT)”. Os aspectos fundamentais que caracterizam o IA_QVT são apresentados a seguir.

A Natureza Metodológica do IA_QVT

O IA_QVT é um instrumento de pesquisa, de natureza quantitativa (escala psicométrica do tipo Likert, Alfa=0,94) e qualitativa (quatro questões abertas), que permite conhecer, com rigor científico, o que pensam os respondentes sobre a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) em uma dada organização. Trata-se de um instrumento científico validado (Ferreira, 2009) e que foi desenvolvido com base em diversas pesquisas realizadas.

Focos Informacionais do Instrumento

O Inventário de Avaliação de Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT) tem quatro utilidades principais. Ele permite:

Realizar um diagnóstico rápido, com rigor científico, de como os

tra-balhadores avaliam a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) na organi-zação na qual trabalham.

Gerar subsídios fundamentais para a concepção de uma política de

QVT e de um Programa de Qualidade de Vida no Trabalho (PQVT) com base nas expectativas e necessidades apontadas pelos respon-dentes.

Identificar indicadores (comportamentais, epidemiológicos e

percep-tivos) de QVT que auxiliam na gestão do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho (PQVT).

Monitorar, longitudinalmente, a evolução da QVT na organização.

O Inventário é, portanto, constituído por dois eixos instrumentais: uma parte quantitativa (escala psicométrica do tipo Likert) e outra qualitativa (questões abertas). Estes eixos são complementares e permitem realizar um diagnóstico de QVT com alto grau de confiabilidade. O Inventário é, assim, um instrumento estratégico para a gestão de QVT.

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O Que Avalia a Parte Quantitativa do IA_QVT?

Ela é constituída por cinco fatores (61 itens, ver apêndice 7) que estruturam conceitualmente a QVT sob a ótica dos respondentes. Os fatores são os seguintes:

Condições de Trabalho (alfa 0,90): Expressam as condições físicas

(local, espaço, iluminação, temperatura), materiais (insumos), instru-mentais (equipamentos, mobiliário, posto), suporte (apoio técnico) que influenciam a atividade de trabalho e colocam em risco a segu-rança física. Esse fator é constituído de 12 itens. Exemplo: ”O local de

trabalho é confortável”.

Organização do Trabalho (alfa 0,73): Expressa as variáveis de tempo

(prazo, pausa), controle (fiscalização, pressão, cobrança), traços das tarefas (ritmo, repetição), sobrecarga e prescrição (normas) que in-fluenciam a atividade de trabalho. Esse fator é constituído de 9 itens. Exemplo: “No [nome do órgão], as tarefas são repetitivas”

Relações Sócioprofissionais de Trabalho (alfa 0,89): Expressam as

in-terações sócioprofissionais em termos de relações com os pares (aju-da, harmonia, confiança), com as chefias (liberdade, diálogo, acesso, interesse, cooperação, atribuição e conclusão de tarefas), comunica-ção (liberdade de expressão) ambiente harmonioso e conflitos que influenciam a atividade de trabalho. Esse fator é constituído de 16 itens. Exemplo: “É comum o conflito no ambiente de trabalho”.

Reconhecimento e Crescimento Profissional (alfa 0,91). Expressam

variáveis relativas ao reconhecimento no trabalho (existencial, insti-tucional, realização profissional, dedicação, resultado alcançado) e ao crescimento profissional (oportunidade, incentivos, eqüidade, criati-vidade, desenvolvimento), que influenciam a atividade de trabalho. Esse fator é constituído de 14 itens. Exemplo: ”Sinto-me reconhecido

pela instituição onde trabalho”.

Elo Trabalho-Vida Social (alfa 0,80): Expressa as percepções sobre a

instituição, o trabalho (prazer, bem-estar, zelo, tempo passado no tra-balho, sentimento de utilidade, reconhecimento social) e as analogias com a vida social (casa, família, amigos) que influenciam a atividade de trabalho. Esse fator é constituído de 10 itens. Exemplo: “Sinto-me

mais feliz no trabalho no [nome do órgão] que em minha casa”.

Na parte quantitativa, o inventário utiliza a seguinte escala (11 pontos) de discordância-concordância:

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Figura 2 - Exemplo de Item: As oportunidades de crescimento profissional são iguais para todos

O respondente é convidado a marcar (com um “X” na versão impressa e assinalar no campo correspondente na versão digital) o ponto da escala que melhor representa a sua opinião nas afirmativas, concernentes à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), presentes no instrumento.

O Que Avalia a Parte Qualitativa do IA_QVT?

A parte qualitativa do inventário é constituída por quatro questões abertas: “Na minha opinião, Qualidade de Vida no Trabalho é...”; “Quando

penso no meu trabalho no [nome do órgão], o que me causa mais

bem-estar é...”; Quando penso no meu trabalho no [nome do órgão], o que me

causa mais mal-estar é...”; “Comentários e sugestões”.

Tratamento dos Dados Coletados

O tratamento da parte quantitativa é feito com o uso do aplicativo SPSS (Pacote Estatístico para as Ciências Sociais) que gera resultados descritivos (ex. freqüências, médias, desvio padrão) e inferenciais (ex. correlação estatística entre idade e percepção de condições de trabalho). Para a interpretação dos resultados é utilizada uma cartografia psicométrica específica apresentada a seguir, incluindo a “régua” e um exemplo de item que integra o IA_QVT.

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Esta cartografia mantém um alinhamento conceitual e instrumental com o modelo teórico, apresentado no capítulo 6 desta obra, e permite melhor interpretar os resultados obtidos, visando gerar subsídios para a formulação de políticas e de programas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). Três modalidades de resultados, interdependentes e com graus diferenciados de aprofundamento, são gerados no tratamento estatístico da base de dados produzida pelo instrumento:

A média global de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) na

organiza-ção, atribuída pelos respondentes.

A média dos cinco fatores constitutivos do instrumento, permitindo

conhecer como os respondentes avaliam, por exemplo, as condições de trabalho na organização.

A média dos itens que integram cada fator, permitindo saber, por

exemplo, quais são os aspectos relativos à organização do trabalho que foram melhor, medianamente ou pior avaliados.

Esses dados são refinados com o uso da estatística inferencial, possibilitando identificar, por exemplo, possíveis correlações significativas entre os fatores e os dados demográficos e profissiográficos dos respondentes. Esses tratamentos estatísticos fornecem valiosas informações aos dirigentes, gestores e técnicos para a formulação participativa tanto da política quanto do programa de Qualidade de Vida no Trabalho, tendo como âncora de referência o ponto de vista dos trabalhadores.

O tratamento da parte qualitativa, por sua vez, é feito com o uso do aplicativo francês, denominado Alceste (Análise Lexical de Contexto de um Conjunto de Segmentos de Textos). Esse aplicativo de análise estatística de dados textuais foi concebido por Max Reinert (1990), com o apoio do CNRS da França, e foi desenvolvido pela empresa IMAGE.

Esse aplicativo permite identificar as informações essenciais das respostas às questões abertas a fim de extrair as classes temáticas que lhes são características que denominamos de Núcleos Temáticos Estruturadores do Discurso (NTED). Ele quantifica para extrair as estruturas significantes mais fortes do texto. O pressuposto é que tais estruturas lexicais estão intimamente relacionadas por meio da distribuição das palavras em um texto e essa distribuição não se dá ao acaso.

As principais etapas de tratamento da base textual e os resultados gerados são ilustrados pelas figuras apresentadas a seguir.

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Figura 4 - Lógica de Tratamento de Alceste e Resultados Gerados

Eis, a seguir, um exemplo de resultados (quantitativos e qualitativos) gerados pelo uso do Alceste, extraídos de uma pesquisa sobre mal-estar no trabalho bancário (Ferreira; Seidl, 2009).

Figura 5 - Exemplo de Resultados Produzidos Pelo Alceste: Núcleos Temáticos Típicos

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Figura 6 - Segmentos de Discurso Representativos do Núcleo Temático “Trabalho Repetitivo, Controle e Divisão de Tarefas” (9,56%)

Esse aplicativo permite, portanto, identificar com rigor e precisão os núcleos temáticos mais representativos do que pensam os respondentes sobre as questões abertas que integram o “Inventário de Avaliação de Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT)”. Essas questões agregam maior liberdade de expressão aos respondentes no diagnóstico de QVT e buscam colocar em evidência:

A concepção genérica de Qualidade de Vida no Trabalho dos

respon-dentes, independentemente da organização na qual eles estejam in-seridos.

As fontes de bem-estar e de mal-estar no trabalho, estas sim,

relacio-nadas com a organização em que trabalham.

As sugestões e os comentários livres que os respondentes podem

fa-zer, por exemplo, sobre o próprio instrumento, o diagnóstico etc. O uso do Alceste no tratamento destas questões abertas permite refinar, enriquecer e agregar precisão aos resultados obtidos na parte quantitativa do IA_QVT.

Sobre a Aplicação do IA_QVT

A aplicação pode ser feita de duas formas.

A primeira é no formato impresso (ex. cartilha). Essa modalidade é

mais onerosa e demanda maior tempo para o diagnóstico de QVT. O requisito mínimo de escolaridade do respondente é o 1º grau com-pleto. Normalmente, se utiliza desse formato quando segmentos do público-alvo não tem conhecimento e experiência de uso da informá-tica.

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A segunda modalidade é no formato digital no qual o IA_QVT é

dis-ponibilizado no site do ErgoPublic (Grupo de Estudos e Pesquisas em Ergonomia Aplicada ao Setor Público). Essa modalidade é menos one-rosa e oferece ganho de tempo na realização do diagnóstico. Nesse caso, o respondente necessita, além do 1º grau completo, ter experi-ência mínima de uso da internet e um computador disponível. Em ambos os casos, um conjunto de regras deontológicas orienta tanto a coleta quanto a análise e a divulgação dos resultados obtidos no diagnóstico macro-ergonômico.

Cuidados Éticos na Condução da Coleta de Dados

Apesar dos limites da Resolução CNS 196/96 (regulamenta a pesquisa com seres humanos no Brasil) para o campo da psicologia um conjunto de medidas de caráter ético é adotado na condução dos diagnósticos (macro e micro-ergonômicos) visando proteger os participantes. Nesse sentido, o “Inventário de Avaliação de Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT)”, nos formatos impresso e digital, explicitam informações de natureza ética que devem ser do conhecimento prévio do participante. Elas devem servir de parâmetros para a tomada de decisão do participante sobre a conveniência ou não de participar do diagnóstico. Tais informações são as seguintes:

Explicita, inequivocamente, que se trata de um convite para a

parti-cipar do diagnóstico de Qualidade de Vida no Trabalho no referido órgão ou empresa.

Mostra que o objetivo do diagnóstico é conhecer a opinião sobre a

Qualidade de Vida no Trabalho em geral e, especificamente, no con-texto organizacional no qual ele está inserido.

Aponta os benefícios que a participação produzirá para os

respon-dentes: (a) elaboração de uma Política de QVT; e (b) a execução de um Programa de QVT na organização.

Indica de quem é a responsabilidade técnico-científica na condução

do diagnóstico e quais são os parceiros na realização do projeto.

Na primeira página do instrumento, as seguintes informações são

dis-ponibilizadas ao respondente do “Inventário de Avaliação de Qualida-de Qualida-de Vida no Trabalho (IA_QVT)”:

Sua participação é

 voluntária.

A desistência em responder ao questionário, a qualquer momento, 

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A participação no diagnóstico não lhe produzirá

 nenhum tipo de

risco para as tuas atividades de trabalho ou para [nome do órgão]. Responda de forma

 sincera às afirmativas e às questões apresen-tadas.

Não é

 necessário se identificar. A

 confidencialidade de suas respostas está garantida. Os resultados serão tratados de

 forma agrupada para fins de

ava-liação.

Um endereço de e-mail é disponibilizado ao respondente para o 

encaminhamento de dúvidas, comentários e sugestões.

Além destas informações essenciais, no caso do formato digital do instrumento, só após assinalar um campo específico (onde o respondente diz estar de acordo em participar do diagnóstico) é disponibilizado o campo para a entrada do código confidencial de acesso ao “Inventário de Avaliação de Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT)”.

Para fortalecer os princípios éticos na condução do diagnóstico macro-ergonômico, duas medidas são implementadas na coleta de dados com o uso do IA_QVT: (a) elaboração de códigos numéricos que são distribuídos de forma aleatória (ex. material impresso, contendo raspadinhas de acesso ao código, posto num recipiente onde o respondente pode retirar um impresso ao acaso); e (b) disponibilização do IA_QVT em site externo à organização, evitando usar a intranet que pode ser fonte de desconfiança nos respondentes sobre os riscos de quebra de confiabilidade.

Tratamento dos Resultados Obtidos

A conclusão do passo 2, diagnóstico macro-ergonômico, se completa com o tratamento dos resultados alcançados com a aplicação do “Inventário de Avaliação de Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT)”. Esse tratamento comporta três procedimentos principais, a saber:

Elaboração do Relatório Executivo do IA_QVT (parte 1): Ele deve

conter, de forma objetiva, os principais resultados quantitativos e qualitativos oriundos da aplicação do IA_QVT. A estrutura e o conteúdo1 do relatório devem permitir aos participantes uma leitura

1 A estrutura padrão deste tipo de documento técnico comporta: (a) preliminares (capa, epígrafe, agradecimentos, sumário); (b) conteúdo principal (b1 introdução b2: nota metodológica, resultados da Diagnóstico Macroergonômico, principais mensagens; b4 conclusão); (c) anexos, bibliografia, equipe realizadora. Esse relatório específico deve ser integrado ao segundo relatório executivo (do IA_QVT), dando origem a um relatório único e global do projeto.

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rápida. Ele deve ser o documento técnico de referência para os

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