• Nenhum resultado encontrado

2. Capítulo I – Fundamentação teórica

2.2. O género e a comunicação

2.2.1. Diferenças comunicativas entre homens e mulheres

2.2.1.1. Diferenças biológicas – o sexo

Biologicamente é possível diferenciar um homem de uma mulher pelas suas características associadas ao sexo, mesmo que a nível hormonal os sexos não sejam opostos, já que todos os seres humanos partilham das mesmas hormonas sexuais (Loureiro 2012: 10).

Eakins e Eakins (1978) acreditam que as características associadas ao sexo, responsáveis pela distinção entre o homem e a mulher, se diferenciam em três níveis: a nível

1 primary sex characteristics, which have to do with reproduction hormonic differences, and the production of spermozoa or ova;

2 secondary sex characteristics, which are anatomical in nature and include distribution of body hair, differential bone structure, and size;

3 sexual characteristics, which are social-behavioral in nature, are related to culture, and include learned, patterned communication behaviors such as posture, facial expression, leg position, and the like (Eakins e Eakins 1978: 4).

A partir destas caraterísticas, emerge a diferenciação entre sexo e género. Assim, como referimos anteriormente (ponto 2.2.1.), o sexo refere-se às diferenças biológicas entre homens e mulheres, e o género é um termo de cunho cultural, que diferencia socialmente o masculino e o feminino (Loureiro 2012: 10). Por outras palavras, “sex refers to the biological and physiological characteristics, while gender refers to behaviors, roles, expectations, and activities in society” (Medical News Today 2013 cit in. Moshe 2014: 1).

Por outro lado, vários autores defendem que o género não é construído unicamente pela interação social, mas resulta, em parte, de processos biológicos. As diferenças entre o género são, assim, influenciadas pelas diferenças entre os sexos. Ou seja, homens e mulheres atuam, pensam e sentem de forma distinta porque os seus cérebros funcionam de forma diferente. Essas diferenças cerebrais podem resultar de diferenças a nível dos cromossomas e/ou a nível hormonal (Sammons 2010: 1).

Assim, entre as razões que justificam as diferenças comunicativas entre homens e mulheres aparece o cérebro e o seu desenvolvimento. Investigadores descobriram a existência de hormonas responsáveis por “masculinizar” ou “feminizar” o desenvolvimento do cérebro ainda no período intrauterino (Glass 1993: 4). Segundo Sammons (2010: 1), o fato de homens e mulheres serem diferentes ao nível dos cromossomas faz com que estes tenham diferenças a nível hormonal, o que consequentemente provoca diferenças no desenvolvimento físico e também no desenvolvimento cerebral destes:

Women and men are chromosomally different. Women have two X chromosomes (XX), whereas men have an X and a Y chromosome (XY). In the period following conception, female and male embryos are indistinguishable apart from their chromosomes. However, the Y chromosome in males starts to promote the production of testosterone and other androgens (male sex hormones). These androgens cause the male to develop testes and a penis instead of ovaries and a uterus. The androgens also cause the male brain to develop differently from the female. A biopsychologist would argue that it is these differences in brain development, and the differences in brain activity caused by the secretion of androgens in adulthood, that cause men to behave differently from women (e.g. acting more aggressively) (Sammons 2010: 1).

Como tal, para compreender as diferenças na organização do cérebro humano o sexo aparece como uma variável a ser considerada (MaKeever 1987: 277). Como referem Anne Moir e David Jessel (1992: 5):

The sexes are different because their brains are different. The brain, the chief administrative and emotional organ of life, is differently constructed in men and women; it processes information in a different way, which results in different perceptions, priorities and behaviour (Moir e Jessel 1992: 5)

Assim, parece haver uma concordância no que à diferenciação cerebral entre homens e mulheres concerne. Essa diferenciação inicia-se ainda durante o período de gestação e faz com que a nível celular o homem e a mulher sejam diferentes:

In every microscopic cell of our bodies, men and women are different from each other; because every fibre of our being has a different set of chromosomes within it, depending on whether we are male or female (Moir e Jessel 1992: 21).

Hilary M. Lips e Nina Lee Colwill (1978) concordam com a anterior afirmação, referindo que “[...] early investigators saw sex differences in temperament or behavior as logical consequences of obvious (and not so obvious) anatomical differences” (Lips e Colwill 1978: ix). Todavia, “devido ao ímpeto do movimento feminista, houve uma sobrevalorização da análise das diferenças de género tendo em conta o contexto social, em detrimento da componente biológica e psicológica” (Loureiro 2012: 11).

Segundo Flores-Mendoza (2000), a investigação de possíveis diferenças de desempenho intelectual relacionadas com o sexo do indivíduo remonta aos primórdios da psicometria (Flores-Mendoza 2000: 26). Apesar de não ser uma novidade, ainda existem certos constrangimentos associados a este estudo. Uma vez que, os resultados, quando mal interpretados, podem provocar sérias discussões em diversas esferas sociais.

Para esta autora, dizer que existem fortes evidências sobre a existência de diferenças nas aptidões ou habilidades cognitivas, entre os sexos, não significa que os homens sejam superiores às mulheres, ou vice-versa (Flores-Mendoza 2000: 26). Ainda assim, a sociedade, em geral, assimila com facilidade a informação de que existem diferenças de desenvolvimento biológico entre os sexos, possivelmente pela sua constatação óbvia. Por outro lado, o mesmo não se verifica em relação à informação de que podem existir algumas diferenças no que diz respeito ao desempenho cognitivo. Essa reacção social demonstra a valorização atribuída à inteligência (Flores-Mendoza 2000: 26).

As primeiras evidências sobre diferenças intelectuais entre homens e mulheres datam do início do século XX, quando se principia o estudo da inteligência. Nesta época, marcada pelo preconceito existente, surgem publicações como o livro “A inferioridade mental da mulher” do fisiologista alemão Moebius (Andrés-Pueyo e Zaro 1998: 63-77). Também se tinha naquele período como fato (até hoje incontestado) uma maior variabilidade intelectual no grupo dos homens. Ou seja, haveria um número superior de deficientes mentais e de superdotados do sexo masculino do que do sexo feminino (Jensen 1998: 193-198). Estudos mais recentes, como o de Feingold (1988: 95-103), demonstram que, na zona média da distribuição normal da inteligência, os QIs entre homens e mulheres não apresentam diferenças significativas.

Para além dos cromossomas X e Y, responsáveis por determinar se o feto é rapaz ou rapariga, também as hormonas são relevantes na determinação do sexo e na construção do cérebro masculino ou feminino (Moir e Jessel 1992: 22-25). O cérebro humano é, assim, organizado e estruturado por hormonas. Como a estrutura do cérebro e as hormonas são diferentes no homem e na mulher é natural que o homem e a mulher tenham um comportamento diferente (Moir e Jessel 1992: 38). Como refere McLeod (2014: 1), “Hormones are chemical substances secreted by glands throughout the body and carried in the bloodstream. The same sex hormones occur in both men and women, but differ in amounts and in the effect that they have upon different parts of the body” (McLeod 2014: 1). Assim sendo, torna-se pertinente perceber a relação que se estabelece entre as hormonas, o cérebro e o comportamento (Moir e Jessel 1992: 38). No entanto, é importante salvaguardar que as diferenças cognitivas não impedem que homens e mulheres participem com o mesmo grau de responsabilidade no desenvolvimento sociocultural das suas comunidades, uma vez que, no que à inteligência geral concerne, os sexos não diferem significativamente (Flores-Mendoza 2000: 26).

Normalmente, o cérebro humano está dividido em duas partes: o hemisfério esquerdo e o hemisfério direito. O lado esquerdo controla predominantemente a capacidade verbal e o processamento detalhado de informação, assim como os processos de pensamento lógico e sequenciais. O lado direito, por sua vez, é responsável pelos sentidos visual e de espaço. Este controla, ainda, os processos de pensamento abstrato e algumas das nossas respostas emocionais (Loureiro 2012: 11). Shaywitz et al (1995 cit. in McLeod 2014: 1) utilizaram exames de ressonância magnética para analisarem o cérebro masculino e feminino e descobriram que as mulheres utilizam os dois hemisférios cerebrais no desempenho de tarefas

relacionadas com a linguagem e os homens utilizam apenas o hemisfério esquerdo. “It appears that in males brain hemispheres work more independently than in females, and testosterone influences this lateralization” (McLeod 2014: 1).

Lado direito do cérebro Lado esquerdo do cérebro

Visual Verbal

Espacial Linguístico

Imagens Detalhes

Emoções Prático

Abstrato Concreto

Formas e padrões Sequências ordenadas

Tabela 1. Controlos do lado direito e do lado esquerdo do cérebro humano (Moir e Jessel 1992: 40 cit. in Loureiro 2012: 12-13).

Ainda relativamente à diferenças cerebrais entre homens e mulheres, Anne Moir e David Jessel apontam diferenças ao nível da organização do cérebro:

1) No cérebro feminino, a linguagem e os sentidos de espaço são controlados por centros em ambos os lados, já no cérebro masculino essas capacidades encontram-se localizadas de um modo mais específico – as capacidades verbais são controladas pelo lado esquerdo e sentidos de espaço pelo lado direito (Moir e Jessel 1992: 42). Assim, podemos depreender que na mulher “a divisão funcional dos lados direito e esquerdo do cérebro não está tão claramente definida como no homem, já que ambos os lados estão envolvidos nas capacidades verbal e visual” (Loureiro 2012: 12).

2) O lado esquerdo do cérebro humano está estruturado de forma diferente no homem e na mulher. Exemplo disso são as funções cerebrais relacionadas com os mecanismos de linguagem, como a pronúncia, a gramática e a produção discursiva, que no homem estão localizadas nas áreas da frente e detrás do lado esquerdo e nas mulheres encontram-se mais centradas na área da frente do lado esquerdo do cérebro (Moir e Jessel 1992: 44). As respostas emocionais também têm uma localização diferente no cérebro feminino e masculino. No cérebro feminino encontram-se em ambos os lados e no cérebro masculino encontram-se concentradas no lado direito (Moir e Jessel 1992: 46).

3) O cérebro dos homens tem menos ligações entre os dois lados do que o das mulheres. Ou seja, existe uma maior troca de informação entre o lado esquerdo e o lado direito no cérebro das mulheres (Moir e Jessel 1992: 47).

Podemos concluir que haverá vantagens e desvantagens associadas à organização do cérebro de ambos os sexos, uma vez que homens e mulheres serão melhores em determinadas capacidades, que são controladas por áreas específicas do cérebro (Moir e Jessel 1992: 47).

Autores como Eysenck & Kamin (1982), Eleanor Maccoby & Carol Jacklin (1974) e Anastasi (1968) acreditam que os homens são superiores em tarefas de informação geral, em tarefas de raciocínio aritmético e aptidão espacial, enquanto as mulheres obtêm melhores pontuações em funções verbais como tarefas de soletração, uso gramatical da linguagem, em tarefas de memória e de percepção de detalhes (Flores-Mendoza 2000: 26).

Anne Moir e David Jessel (1992: 47) concordam com a superioridade masculina no que diz respeito à orientação espacial e acrescentam que os homens não são tão facilmente distraídos por informação supérflua, uma vez que apresentam um padrão com mais funções específicas organizadas (Moir e Jessel 1992: 47).

Também a superioridade verbal da mulher pode ser explanada pela diferente organização cerebral, já que as capacidades de linguagem estão todas especificamente situadas no lado esquerdo do cérebro feminino. Pelo contrário, no homem estas encontram-se espalhadas na parte da frente e detrás, obrigando-o a esforçar-se mais do que a mulher para apurar estas capacidades (Moir e Jessel 1992: 45). “Também por isso, as meninas aprendem a falar mais rapidamente que os meninos, tal como aprendem a ler mais rapidamente” (Loureiro 2012: 13). Os homens, por sua vez, apresentam quatro vezes mais probabilidade de sofrer de autismo infantil e de dislexia (Chambers 1992: 200).

O fato de as mulheres conseguirem relacionar informação verbal e visual melhor do que os homens e de estas serem mais fluentes nas línguas deve-se, segundo Anne Moir e David Jessel (1992: 48), ao maior número de conexões que se estabelecem entre os dois hemisférios do cérebro, o que as torna pessoas mais fluentes e articuladas (Moir e Jessel 1992: 48).

A nível emocional, a organização do cérebro também é responsável pela existência de diferenças entre homens e mulheres. Já que o homem estabelece menos relações entre a parte verbal e emocional, o que explica a maior dificuldade sentida por estes em expressar as suas emoções (Moir e Jessel 1992: 48 cit. in Loureiro 2012: 13).

Estas diferenças são inatas e vão sendo acentuadas ao longo do crescimento e desenvolvimento do indivíduo pelo desenvolvimento do próprio cérebro, mas também pelos valores sociais e culturais que rodeiam o indivíduo (Moir e Jessel 1992: 53).

[...], it is important not to ignore the fact that there are considerable differences between some cultures in their gender behaviour. When different cultures behave in different ways this supports a role of learning. Mead (1935), for example, documented how three tribal societies living in close proximity to each other in Papua New Guinea had very different gender roles. Findings like this suggest that even though biological factors influence gender behaviour, they are heavily modified by learning (Sammons 2010: 2).

Ao longo do desenvolvimento do ser humanos podemos apontar um outro momento em que as hormonas modelam novamente o cérebro – a puberdade (Moir e Jessel 1992: 68).

Nas raparigas, a puberdade pode iniciar-se aos 8 anos de idade e as principais hormonas femininas implicadas no processo são o estrogénio e a progesterona. Nos rapazes a puberdade tende a iniciar-se cerca de dois anos mais tarde e a principal hormona envolvida é a testosterona. “A puberdade, e respetivo aumento dos níveis de hormonas, implica alterações fisiológicas e psicológicas em ambos os sexos” (Loureiro 2012: 13). Segundo Sammons (2010: 2), as diferenças hormonais entre homens e mulheres estão diretamente relacionadas com as suas diferenças comportamentais:

Women and men produce different sex hormones in varying quantities. Besides affecting the functioning of various bodily organs (e.g. causing the menstrual cycle in women) these sex hormones appear to have an effect on behaviour. Testosterone, which is produced in greater quantities by men, affects several types of behaviour, some of which are regarded as ‘typically male’. For example, Dabbs et al (1995) found that violent offenders had higher testosterone levels than non-violent offenders and Coates et al (2008) found that financial traders with higher testosterone levels took greater risks. Women have higher levels of oxytocin than men. Some researchers have linked this to increased sociability. Oxytocin seems to affect the formation of bonds and attachments between people and Klaver et al (2009) found that higher levels of oxytocin are linked to improved memory for faces (Sammons 2010: 2).

Na mulher é possível identificar flutuações hormonais regulares, associadas ao seu ciclo menstrual. Já no homem as hormonas não se apresentam com a mesma previsibilidade (Lips 1978: 82-83). O ciclo menstrual da mulher foi, durante séculos, um dos motivos pelos quais a mulher era considerada instável e logo incapaz de ocupar posições de responsabilidade social (Lips 1978: 82-83). No entanto, à semelhança da mulher, também o homem apresenta variações de “humor” de modo cíclico, em períodos intercalados entre 4 a 8 semanas (Lips 1978: 94).

A nível hormonal, a diferença mais evidente entre o homem e a mulher é a agressividade masculina, que se relaciona com as hormonas características do homem1. “Testosterone is a sex hormone, which is more present in males than females, and affects development and behavior both before and after birth” (McLeod 2014: 1). Consequentemente, também na personalidade podemos encontrar disparidades entre os sexos, essas disparidades são afetadas pela sociedade em que vivemos. Mas a sociedade apenas reforça as nossas diferenças naturais:

Anger and placidity, aggression and appeasement, sociability and individuality, dominance and compliance, obedience and assertiveness – taken together, these make up a fair amount of what we can call personality. And in each of these aspects of personality, marked measurable differences have been observed between girls and boys, men and women, which we know have an underlay in the wiring of the brain.

Men and women are different; the society we grow up in does affect us, but essentially in reinforcing our natural differences (Moir e Jessel 1992: 86-87).

As hormonas podem também explicar diferenças de género nos comportamento e atitudes sociais, sejam interesses, gostos, preferências ou mesmo os próprios papéis sociais (Loureiro 2012: 14).

O argumento, segundo o qual as diferenças de género têm por base diferenças biológicas, foi extremamente refutado pelo movimento feminista e outros estudiosos da área, que viam nesta teoria um inconveniente à proteção da igualdade entre homens e mulheres.

Todavia, como salientam Bing e Bergvall (1996), não podemos contestar que: “[...] there are some biological differences between most women and most men” (Bing e Bergvall 1996: 15). Por outro lado, importa referir que: “the evolutionary approach argues that gender role division appears as an adaptation to the challenges faced by the ancestral humans in the EEA (the environment of evolutionary adaptation)” (McLeod 2014: 1). No entanto, “the evolutionary approach is a biological one, it suggests that aspects of human behavior have been coded by our genes because they were or are adaptive” (McLeod 2014: 1).

Apesar deste ser ainda um campo pouco explorado e existir uma grande necessidade de investigar a natureza entre a linguagem e o sexo, Susan U. Philips atesta que existem diferenças biológicas associadas ao sexo, na localização e processamento da linguagem no

                                                                                                               

1 A agressividade, considerada superior no sexo masculino, não é apenas resultado de diferenças a nível hormonal e fisiológico. Segundo Wendy L. Josephson e Nina Lee Colwill (1978), a agressividade associada ao homem pode ser explicada pela evolução histórica e social do mesmo. Já que este se viu obrigado a assumir trabalhos relacionados com a caça e luta, enquanto as mulheres estavam ocupadas a parir e a criar os filhos (Josephson e Colwill 1978: 201 cit. in Loureiro 2012: 14).

cérebro humano (Philips 1897: 6). Também Julia T. Wood (1996) acredita na existência de diferenças entre homens e mulheres ao nível das funções cerebrais:

In general, females are more adept in using the right brain lobe, which controls creative abilities and intuitive, holistic thinking. Males are generally more skilled in left brain functions, which govern linear thinking and abstract, analytic thought. [...] Thus, females may have advantage in crossing from one side of the brain to the other and in using both brain hemispheres (Wood 1996: 5).

Por outro lado, existe a possibilidade de ser o modo como homens e mulheres interagem socialmente que os levou a desenvolver certas habilidades cerebrais (Wood 1996: 5).

It is clear from a range of studies involving humans and other animals that chromosomal and hormonal differences between males and females affect a range of masculine and feminine behaviours, which supports the biological view. However, much of this research is correlational. Consequently, whist it indicates a relationship between, for example, testosterone levels and risk taking, it does not indicate the direction of causality. Whilst higher testosterone might cause people to make riskier decisions, it might also be that the process of taking risks causes testosterone levels to rise (Sammons 2010: 2).

Rosaldo e Lamphere (1974) acreditam que as diferenças, anteriormente mencionadas, entre homens e mulheres são resultado da interação entre as características biológicas e os padrões da vida social. Assim, os autores afirmam que a biologia contribui mas não determina o comportamento dos sexos (Rosaldo e Lamphere 1974: 5).

Em suma, homens e mulheres são diferentes e existem várias razões que podem explicar essas diferenças: razões biológicas, psicológicas, sociais, culturais. Todas interligadas e interdependentes contribuem para a formação da identidade de género (Loureiro 2012: 16). As razões biológicas que suportam as diferenças entre os sexos encontram validação em pesquisas como a descrita por Sammons (2010: 2):

The biological view of gender is supported by those cross-cultural studies that have found universal features of gender. For example, in all cultures studied, men are found to be more aggressive than women, which suggests an innate, biological difference (Sammons 2010: 2).

Documentos relacionados