• Nenhum resultado encontrado

Diferenças e Similaridades entre as Instituições

RESPONDENTE 3 Verbas para

4.4.3 Diferenças e Similaridades entre as Instituições

Após analise dos Quadro 17 e 19 fica evidente a o esforço das instituições para garantir uma expansão não apenas quantitativa como também qualitativa. É possível se observar uma diferença de perfil do alunado de ambas instituições, na UFSC a expansão se da em sua maioria por cursos de bacharelado e diurnos, em contra-partida a UFFS tem investido maciçamente na ampliação das licenciaturas e também em

cursos noturnos, que tem atraído o interesse dos alunos, preenchendo mais de 94% do total de vagas disponibilizadas.

Quando se analisa o tratamento da evasão, as instituições diferem na maioria de suas ações, mas o PNAES é ressaltado como o principal programa neste sentido em ambas as universidades. E para a reocupação das vagas ociosas é possível observar que a UFFS ainda não está trabalhando em reocupação até por ser uma universidade recente, mas tem se esforçado para ocupar todas as vagas disponibilizadas por meio do vestibular. De qualquer forma, fica como sugestão a utilização do SiSu que tem contribuído com o grande auxilio para a reocupação das vagas ociosas na UFSC.

Ambas as instituições tem se preocupado com a questão da expansão qualitativa, seja por meio de alterações curriculares e de uma grande preocupação em relação à qualidade dos docentes e técnicos contratados, no caso da UFSC, ou por meio do equilíbrio dos investimentos públicos em políticas bem definidas, no caso da UFFS. Além disso, as duas instituições tem trabalhado no sentido de otimizar o corpo docente e a infra-estrutura, a UFSC tentando atingir a Meta de 18 alunos por professor, e investindo na construção de blocos de salas independentes alem de criar um centro de logística e a UFFS, fundada para trabalhar com o índice de 20 alunos por professor (índice que será alcançado nos próximos anos, a medida que mais alunos ingressarem na universidade), utilizando equipamentos de videoconferência para comunicação entre campi e utilizando o essencial para garantir seu funcionamento.

Ambas as instituições tem gozado de autonomia, desde que respeitem as diretrizes provenientes do Ministério da Educação. Quando se analisa os investimentos em Pesquisa e Extensão, as universidades aprimoram suas pesquisas por meio dos cursos de pós-graduação, a UFSC com os cursos já efetivados e a UFFS com previsão de criação de cursos. Além disso, a UFFS tem definido uma arrojada política de bolsas de estudo atrelada a projetos de extensão.

Na ampliação de recursos para investimento e custeio as duas universidades também tem recebido os recursos necessários para expansão, com destaque para o aumento da verba projetada para a UFSC. Alem disso, o PNAES tem sido um grande aliado da UFSC neste sentido, o que faz com que a UFFS pretenda implementá-lo já no próximo ano. Por fim, as duas instituições demonstram interesse em reduzir o custo aluno, a UFSC entendendo que isto será um processo de

médio a longo prazo e a UFFS com projeto de participar do Programa de Melhoria da Eficiência do Gasto Público no Ministério do Planejamento.

4.4.4 Proposições

Após compilação e análise das principais políticas e ações da Universidade Federal de Santa Catarina, da Universidade Federal da Fronteira Sul e do próprio Ministério da Educação, sugere-se algumas ações que poderão impactar positivamente no desenvolvimento das respectivas instituições, dos programas de governo, e conseqüentemente, do país.

Para a UFSC, recomenda-se um maior esforço no sentido de se implantar mais cursos noturnos, pois a instituição já possui toda estrutura disponível além de um corpo docente altamente qualificado. Quando se observa que a maioria dos cursos das universidades privadas são noturnos, concluí-se que existe demanda para esse horário, o necessário então neste sentido é realizar uma pesquisa junta à sociedade e observar quais cursos possuem maior demanda para este horário, investindo na implantação deles.

Visando também auxiliar em uma política pública nacional, a UFSC deve prosseguir na expansão dos cursos de licenciatura, sobretudo nos Campi proveniente de interiorização. Além disso, ressalta-se a importância que o programa REUNI vem trazendo para o desenvolvimento e a expansão da instituição, por esse motivo, e em função dos dados colhidos durante a pesquisa, é recomendável maior agilidade na participação de futuros programas, participando efetivamente de todas as fases de implantação.

Para a UFFS, se aconselha intensamente a participação no PNAES, que tem auxiliado significativamente todas as instituições que o aderiram. Outro aspecto, que extrapola o escopo do trabalho, mas que se faz necessário ressaltar, é a adesão da UFFS a Universidade Aberta do Brasil, que tem sido imprescindível para levar a educação superior para todo território nacional. Como o reitor em exercício da instituição já possui uma inclinação pela Educação à Distância, se recomenda esta importante participação.

Embora ainda não seja uma preocupação aparente da Universidade, visando uma atitude mais proativa, se indica a utilização

do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do MEC para a reocupação das vagas ociosas, tendo em vista que tal sistema tem sido aplicado com sucesso em outras instituições. Finalmente, recomenda que a instituição participe de eventuais programas de reestruturação e expansão das instituições federais de ensino superior no futuro, devido aos reflexos positivos observados.

Para o MEC, como uma maneira de trazer mais efetividade na questão da formação docente para educação básica, além da ampliação dos cursos de licenciatura nas instituições federais do país e também por meio dos Institutos Federais de Ensino Superior e da Universidade Aberta do Brasil, recomenda-se uma maior valorização da carreira do professor da educação básica, algo que terá impactos positivos na atratividade desses cursos para a sociedade em geral, aumentando o número de alunos e conseqüentemente de professores de maneira quantitativa como também qualitativa.

Finalmente, embasado em todos os reflexos observados e na opinião de 100% dos dirigentes universitários participantes dessa pesquisa, aconselha-se veemente a continuidade do Programa de Apoio a Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, sugerindo inclusive transformá-lo em uma política permanente. Tal ação seria um importante passo rumo a tão esperada democratização da educação superior brasileira.