• Nenhum resultado encontrado

Diferenciais regionais de salário na indústria

3.2. Os salários industriais

3.2.1. Diferenciais regionais de salário na indústria

A fim de se verificar a exis ncia ais dus

dos modelos incondici cap M

tes aos descritos na seção anterior, mais dois mod sta

entos referentes aos postos de trabalho, como a posse ou não de carteira de e a filiação indu ial dos trabalhadores, além da cor dos indivíduos.

Final Modelo 4 inc ao Model variáveis ex ivas do seg ível

o: Informal Branco Ida Educ LnW = + + + + 7 6 β β β β β .9) u gionai Dummies LnPop 0 0 01 00 Re s (DINIZ, 2000). in

qualificada, a mais importante base universitária e de centros de pesquisa, além de já possuir u

esigual distribu

as regiões mais desenvolvidas concentrando a maior parte dos setores modernos, s

os difere egionais io. A se

iversos model rendimento do trabalho na indústria.

tê de diferenci de salários in triais entre as

regiões do país, além onal e do ital humano – odelos 1 e 2 –

semelhan elos foram aju dos. O Modelo

3 engloba elem

trabalho assinada str

mente, o orpora o 3 as plicat undo n

hierárquico discutidas no item anterior, sendo representado pelas equações abaix

ij j ij r IndTrad IndModer+ + + 5 4 3 2 1 0 β β (3 Idade de+β 2 + j n j 0 =γ +γ +γ s+ β (3.10)

ultados da estimação desses modelos podem ser vistos nas TAB. 3.3 e 3.4, Os res

TA

ultados das equações de ren imento dos tra lha ústr

riável Modelo 1 Modelo 2

BELA 3.3

Res d ba dores na ind ia – 1991

Va Modelo 3 Modelo 4 Intercepto 0,264* (0,0247) -0,959* (0,0287) -0,875* (0,0250) -1,375* (0,1363) LnPop1991 0,070* (0,0115) NORTE -0,216* (0,041 ) 9 NORD -0,555* (0,0317) MG/ES -0,402* (0,0358) RJ -0,388* (0,0504) SUL -0,347* (0,0345) COESTE -0,258* (0,0506) DF -0,193 (0,1888) Educ 0,114* (0,0034) 0,108* (0,0032) 0,108* (0,0003) Idade 0,067* (0,0012) 0,064* (0,0011) 0,064* (0,0003) Idade2 -0,001* (0,0000) -0,001* (0,0000) -0,001* (0,0000) Branco 0,153* (0,0072) 0,153* (0,0023) Informal -0,149* (0,0160) -0,149* (0,0038) IndModer 0,051* (0,0174) 0,051* (0,0031) IndTrad -0,139* (0,0114) -0,139* (0,0023) Partição da Variância Centro Urbano 0,192* 0,100* 0,075* 0,034* Indivíduo 0,669* 0,409* 0,398* 0,398*

Fonte: Elaboração própria a partir das estimativas dos modelos (desvio padrão entre parênteses) Nota: * significante ao nível de 1%; ** significante ao nível de 5%.

TABELA 3.4

Resultados das equações de rendimento dos trabalhadores na indústria – 2000

Variável Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4

Intercepto 0,559* (0,0227) -0,809* (0,028) -0,719* (0,0326) -1,146* (0,0983) LnPop2000 0,056* (0,0081) NORTE -0,271* (0,0306) NORD -0,444* (0,0232) MG/ES -0,232* (0,0261) RJ -0,131* (0,0368) SUL -0,207* (0,0251) COESTE -0,217* (0,0368) DF -0,076 (0,1362) Educ 0,110* (0,0022) 0,102* (0,0017) 0,102* (0,0003) Idade 0,066* (0,0012) 0,062* (0,0011) 0,062* (0,0003) Idade2 -0,001* (0,0000) -0,001* (0,0001) -0,001* (0,0002) Branco 0,161* (0,0090) 0,160* (0,0023) Informal -0,177* (0,0079) -0,176* (0,0028) IndModer 0,079* (0,0174) 0,079* (0,0029) IndTrad -0,099* (0,0177) -0,099* (0,0024) Partição da Variância Centro Urbano 0,162* 0,066* 0,044* 0,018* Indivíduo 0,583* 0,340* 0,327* 0,327*

Fonte: Elaboração própria a partir das estimativas dos modelos (desvio padrão entre parênteses) Nota: * significante ao nível de 1%; ** significante ao nível de 5%.

A análise dos Modelos 1 e 2 é similar à apresentada na seção anterior sobre os salários dos trabalhadores em todos os setores produtivos. No entanto, observando o

modelo incondicional, no caso dos trabalhadores empregados na indústria, deve-se ressaltar a maior proporção dos diferenciais de salário explicada pelas diferenças salariais regionais, quando comparado aos resultados discutidos anteriormente. Para os salários na indústria o coeficiente de correlação (ρ) apresentou valores de 0,223 e 0,217, respectivamente,

variância total do analisados. Esses de modelos hierár

indicam que uma proporção importante da dispersão salarial total está relacionada às diferen

de salários e o nív

(...) a produtividade marginal dos trabalhadores, com características semelhantes, varia entre as indústrias.”

para os anos de 1991 e 2000, indicando que em torno de 22% da s salários dos indivíduos ocorre entre os centros urbanos brasileiros resultados reforçam ainda mais o argumento da importância da utilização

quicos na estimação da função de rendimentos de trabalho no país, pois

ças salariais entre as localidades, sinalizando que particularidades locais impactam de forma significativa os níveis salariais.

Analisando-se os efeitos da filiação industrial sobre os salários, nota-se que as variáveis IndModer e IndTrad apresentaram significância estatística, confirmando a existência de diferenciais salariais entre os setores industriais. Para indivíduos com as mesmas características pessoais observáveis, os setores tradicionais, em geral menos intensivos em tecnologia, pagaram em média os piores salários, em torno de 13% e 9% inferiores aos salários pagos nas indústrias de base, nos anos de 1991 e 2000, respectivamente. Já nos setores industriais mais modernos prevaleceram, em média, os maiores salários. Observa-se, ainda, uma razoável estabilidade dos coeficientes dessas variáveis comparando-se os dois anos analisados.

Esses resultados estão de acordo com os encontrados por GATICA et al. (1995) e ARBACHE e NEGRI (2002), que afirmam haver forte correlação entre o nível

el tecnológico da indústria, com as indústrias mais modernas pagando os maiores salários. GATICA et al. (1995) estimam os salários mais baixos – até 32,8% abaixo da média geral da indústria – para alguns setores tidos como tradicionais, como a indústria do vestuário, da madeira, de móveis e do couro. Segundo esses autores os diferenciais inter- industriais não devem ser interpretados como fenômenos transitórios e decorrentes apenas da conjuntura econômica. ARBACHE e NEGRI (2002:21) afirmam que:

“Apesar da elevada importância do capital humano e de outras variáveis para explicar os prêmios salariais, as evidências sugerem que a filiação industrial tem importante impacto na determinação de salários. Algumas indústrias parecem pagar sempre mais para os seus trabalhadores, enquanto outras indústrias pagam sempre menos para a sua força de trabalho, o que sugere que

Considerando-se os diferenciais de salário inter-industriais, infere-se que a distribuição espacial dos diferentes setores da indústria contribui para a ocorrência dos diferenciais de salários entre as regiões. Reforçando este argumento, na comparação dos Modelos 2 e 3 nota-se que após a introdução dos atributos do posto de trabalho, além da variável referente à cor, a variação não explicada do nível do salário no segundo nível hierárquico sofreu redução de 24,8%, em 1991, e de 33,5%, em 2000. Como afirmado no capítulo anterior, as variáveis referentes ao posto de trabalho, como a situação de posse de carteira de trabalho assinada e a filiação industrial, apesar de estarem inseridas neste modelo no nível individual, refletem, em boa parte, as condições locais do mercado de lusão dessas ariáveis sinaliza a ocorrência de diferenciais salariais inter-urbanos decorrentes de diferen

tre os municípios de São Paulo e os das demais regiões são ainda m

cipal determ

e apresentarem condições favoráveis à atividade industr

análise da determinação da renda fundiária urbana.

trabalho. Assim, a expressiva queda na variância salarial no nível 2 após a inc v

ças na estrutura produtiva urbana (especialização produtiva industrial) e de disparidades no grau de informalidade do mercado de trabalho entre os centros.

Quanto às variáveis de nível 2, observa-se um resultado muito próximo ao já descrito na análise anterior de todos os setores econômicos, com efeitos positivos da escala urbana sobre os salários dos trabalhadores. Um fato a ser destacado é que para a indústria os diferenciais de salário en

aiores. Observa-se que mesmo controlando-se pelos atributos pessoais e do posto de trabalho, os salários pagos pela indústria paulista são, em média, bastante superiores aos verificados no restante do país.

O argumento básico dos diferenciais compensatórios, como discutido anteriormente, é o de que a variação dos custos de vida locais atua como prin

inante das disparidades entre os salários nominais observadas entre as regiões do país21. No entanto, empregando-se unicamente este argumento, sem considerar-se a existência de diferenciais regionais de produtividade, permaneceria não explicado o fato do estado de São Paulo, apesar dos maiores custos do trabalho em seus municípios, atrair vultosos investimentos industriais. A atratividade dos municípios inseridos no campo aglomerativo da RMSP deve-se ao fato d

ial, especialmente nos setores tecnologicamente mais sofisticados. O maior nível de eficiência urbana, por sua vez, tende a se expressar tanto por meio de salários mais elevados, quanto nos maiores preços dos demais fatores produtivos, como afirmado na

21

Alguns autores, como SERVO (1999), citam a existência de diferenciais salariais como resultado de compensações pelas diferenças nas amenidades locais.