• Nenhum resultado encontrado

A tabela 8 demonstra o comportamento e a distribuição espacial da MO ao longo das feições topográficas da bacia de Campos. A plataforma é uma área de hidrodinâmica ativa, caracterizada, principalmente, pela corrente do Atlântico Sul, presença de vórtices ao norte e ao sul da bacia e aporte fluvial significativo do RPS e menores rios ao longo da costa (rios Doce, Benevente, Itapemirim, Itabapoana, Macaé, São João, Rio das Ostras, além do Canal das Flexas). Os rios funcionam como fontes pontuais de MO para a bacia de Campos e são fundamentais para a distribuição e dinâmica da MO neste ecossistema.

Estudos anteriores na região do baixo Paraíba do Sul (MACIEL, 2005; MARQUES, 2010) utilizando como ferramenta o fracionamento físico e molecular da MO com a técnica da ultrafiltração, ressaltaram que este rio passa por variações interanuais e sazonais manifestadas pela alta amplitude de suas vazões que possivelmente alteram a dinâmica da MO na interface continente- oceano. Estudos realizados na região de Baía de Sepetiba apresentaram variação interanual na redução dos teores de lignina ao longo do tempo, por conta da alteração da dinâmica deposicional da MO, associado a mudança do uso da terra em sua bacia drenagem, impactando na diminuição do seus fluxos fluviais (REZENDE et al., 2010; THOMAZELLI et al., 2012). A mudança do uso da terra somada as alterações das condições climáticas impactam significativamente no transporte quali-quantitativo da MO para o oceano. Segundo Rezende et al. (2010) a bacia de drenagem da Baía de Sepetiba era inicialmente formada por floresta da Mata Atlântica e área de manguezal, as quais nos dias atuais estão altamente fragmentadas. Atualmente, a bacia de drenagem é dominada por pastagem e plantações e as sub-bacias de drenagem são dominadas pela agricultura, pastagem e urbanização.

Tabela 8 - Modelo descritivo multiparamétrico da bacia de Campos.

Bacia de

Campos Região Parâmetro Med ± DP Fonte Características

Plataforma Hidrodinâmica Ativa AS 7.30±4.76 Contribuição da MO fluvial: RPS e RD Arenoso COT 0.54±0.34 NT 0.07±0.08 Menor tempo Disponibilidade MO (C:N)a 7.29±2.83 Presenças Vórtices ao Norte e Sul 13 C -22.9±1.59 Menor teor de MO 15 N 4.39±1.19 com maior contribuição de Lignina (Ac/Al)V 0.79±0.15 L8 0.47±0.35 Talude Zona de Transição AS 21.4±6.85 Mistura de fontes de MO Predominância de Silte+Argila COT 1.16±0.32 Predomínio Autóctone NT 0.21±0.06 Menor Degradação da MO (C:N)a 6.36±1.12 Ricos em MO 13 C -22.4±0.67 15 N 5.54±0.79 (Ac/Al)V 0.71±0.18 L8 0.28±0.17 Assoalho Área de Deposição AS 14.2±4.58 Receptora da Contribuição Orgânica Predominância de Silte+Argila COT 0.64±0.33 de Cânions e Talude NT 0.13±0.07 MO menos trabalhada (C:N)a 5.80±1.47 13 C -23.0±1.05 15 N 5.67±1.08 (Ac/Al)V 0.79±0.13 L8 0.27±0.31 Cânions Zona de Acúmulo AS 14.0±1.52 Incorporação da MO das Zonas de Transição Predominância de Silte+Argila MO COT 1.24±0.16 NT 0.17±0.02 MO mais refratária e degradada (C:N)a 8.58±0.51 Ricos em MO 13 C -21.6±0.28 15 N 4.98±0.32 (Ac/Al)V 0.83±0.18 L8 0.21±0.07

A figura 42 ilustra os principais processos que ocorrem nas diferentes feições topográficas da bacia de Campos.

Figura 42 - Modelo Conceitual da bacia de Campos.

Na plataforma continental da bacia de Campos, por exemplo, apesar da menor disponibilidade de MO, associada ao menor tempo de residência da MO mais leve e lábil, os maiores teores de lignina foram encontrados nesta região. Comportamento semelhante foi encontrado em estudos anteriores desenvolvidos em plataformas continentais (KUZYK et al., 2008; SCHIMIDT et al., 2010; PASQUAL et al., 2010).

O talude da bacia de Campos foi a região onde ocorre os maiores teores de orgânicos, contrastando com a menor degradação da MO, possivelmente associado ao menor tempo de residência devido ao acentuado desnível topográfico, caracterizando esta região como zona de mistura, onde ocorre a integração da MO proveninente de fontes orgânicas difusas.

Os cânions Almirante Câmara e Grussaí atuam como zona de transformação e acúmulo da MO mais degradada proveniente do transporte lateral da zona de transição (plataforma-talude), principalmente oriundo dos

transectos adjacentes (G e H). Estudos anteriores evidenciaram o potencial de variabilidade na quantidade e qualidade da MO nas regiões de cânions, ressaltando a sua importância na dinâmica da MO em regiões profundas (TESI et al., 2010; PASQUAL et al., 2011; HALE et al., 2012). Uma vez que a MO apresenta uma mistura heterogênea de compostos diferentes, a degradação microbiana pode transformar significativamente a deposição e a eficiência da preservação da MO sedimentar, devido a preferencialmente degradar as frações mais lábeis (SMITH et al., 2012).

Os cânions Grussaí e Almirante Câmara, independente do seu processo de origem e formação, não apresentaram diferenciação quanto a distribuição da MO (MOLINA, 2011), foram caracterizados como regiões de acúmulo de MO, corroborando com resultados de lipídios da mesma região (CARREIRA et al., 2010; CORDEIRO, 2011). Cordeiro (2011) relacionou os maiores teores de lipídios nos cânions com a maior disponibilidade da MO com valor nutritivo para comunidades bentônicas do talude e assoalho, principalmente nos transectos adjacentes (G, H).

Vários estudos realizados ressaltam a fundamental importância dos cânions nos mecanismos de controle dos processos de transformação da MO ao longo do percurso plataforma-talude para zonas profundas (PUIG et al., 2003; MULLENBACH et al., 2004; PALANQUES et al., 2005, 2006; TRINCARDI et al., 2007; HALE et al., 2012).

O assoalho oceânico apresentou um comportamento característico de ambiente deposicional, funcionando como receptora de MO e degradada ao longo de seu transporte, oriundo das zonas rasas, de transição e cânions, como verificado em Cordeiro (2011).

Na Bacia de Campos foi identificada uma significativa variabilidade na distribuição quali-quantitativa da MO ao longo dos diferentes transectos amostrados (A, E, G, H e I) e cânions, Almirante Câmara e Grussaí, corroborando com estudos de Cordeiro (2011), que ressaltam que a composição orgânica recentemente depositada nos sedimentos da região, em escala regional, são definidas fundamentalmente pela produção primária fitoplanctônica marinha na coluna d’água e pelos processos pré- e pós- deposicionais de degradação/alteração microbiana da MO, que, por sua vez,

são definidos pelo padrão de circulação e estratificação da coluna d’água e pelas características geológicas (relevo e granulometria) da bacia.

7 CONCLUSÃO

A utilização de parâmetros de suporte e marcadores biogeoquímicos possibilitaram, em base regional, as seguintes inferências sobre a dinâmica da MO na bacia de Campos:

A bacia de Campos não apresenta um gradiente definido na distribuição espacial da MO, mas sítios de retrabalhamento (plataforma), acumulação/transporte (talude/ cânions) e deposição da mesma (assoalho);

A caracterização sedimentar indicou predominância de contribuição orgânica de origem autóctone em toda bacia de Campos, derivada da participação de produtores primários, representada pela comunidade fitoplanctônica;

Na plataforma continental com hidrodinâmica intensa e sedimento arenoso indicaram menor tempo de residência da MO sedimentar mais lábil e uma predominância maior de material refratário, lignina. Principalmente, para as estações próximas as áreas de ressurgência em Cabo Frio e vórtice de Vitória, ao sul e norte da bacia;

No talude a predominância de silte+argila favoreceram uma maior conservação da MO, e suas assinaturas isotópicas de C e N indicaram uma zona de mistura de fontes nesta área, com recebimento de material proveniente da zona rasa da plataforma; Os cânions Almirante Câmara e Grussaí não apresentaram

diferenciação na sua composição biogeoquímica e possuem características semelhantes ao talude adjacentes (dos transectos G e H), entretanto com menor potencial de transporte da MO para as isóbatas mais profundas, por se apresentarem em estado inativo; O assoalho oceânico demonstrou-se um ambiente mais deposicional

com menor influência dos processos diagenéticos;

Os altos índices diagenéticos ao longo do oceano indicaram que o material orgânico terrígeno já chega degradado neste sistema,

mantendo se neste estado, possivelmente em condição de estabilidade química;

O aporte de MO de origem continental para a bacia possivelmente é resultante das fontes pontuais fluviais ao longo da costa: rios Paraíba do Sul, Doce, Benevente, Itapemirim, Itabapoana, Macaé, São João, Rio das Ostras, além do Canal das Flexas. Com o destaque para os fluxos dos rios de médio porte: rio Doce na porção norte da bacia de Campos, e o rio Paraíba do Sul na porção média e principalmente sul da bacia de Campos;

O LPVI e o grupo siringil da lignina indicaram o transporte de MO originado da mistura de tecidos lenhosos e foliares de angiospermas, provavelmente associados aos remanescentes da Mata Atlântica da bacia de drenagem do RPS e RD, além da potencial contribuição do material lenhoso proveniente dos manguezais do estuário do RPS; O alcance do material orgânico terrígeno transportado ao longo do

oceano foi de até 250 km da costa, detectados na isóbata de 3000 m; O estudo evidenciou a variabilidade na distribuição da matéria

orgânica dos cinco transectos amostrados na bacia de Campos (A, E, G, H e I) ao longo das diferentes feições topográficas (plataforma, talude, assoalho e cânions), possivelmente associado ao aporte orgânico diferenciado que a hidrodinâmica do rio Paraíba do Sul, e a corrente do Brasil combinada com a corrente de contorno intermediária (CCI), conferem a região da bacia de Campos.

8 REFERÊNCIAS

ALLER, R. C.; BLAIR, N. E. Sulfur diagenesis and burial on the Amazon shelf: Major control by physical sedimentation processes. Geo Marine Letters, v. 16, p. 3-10, 1996.

ALLER, R. C.; BLAIR, N. E. Early diagenetic remineralization of sedimentary organic C in the Gulf of Papua deltaic complex (Papua New Guinea): net loss of terrestrial C and diagenetic fractionation of C isotopes. Geochimica et

Cosmochimica Acta, v. 68, p. 1815-1825, 2004.

ALMEIDA, A. G.; KOWSMANN, R. O. Geomorfologia do Talude Continental e Platô de São Paulo da Bacia de Campos. In: PETROBRAS. Projeto de

Caracterização Regional da Bacia de Campos (PCR-BC). Relatório Final. Rio

de Janeiro (RJ): PETROBRAS. Exploração e Produção, Jul/2011. 56 p.

ALVAREZ, V. V. H. D.; RIBEIRO JR., L. E.; SOUZA, R. B.; FONSECA, C. A. D. A. Métodos de análises de enxofre em solos e plantas. Viçosa: Ed. UFV, 2001. 131 p.

ALVES, E. C.; GORINI, M. A.; RODRIGUES, P. C. H.; SILVA, C. G. Estudo da sedimentação quaternária na região entre Rio Doce e Cabo Frio. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 31., 1980, Santa Catarina.

Resumo... Santa Catarina: [s.n.], 1980. v. 1, p. 515-529.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA) 2006. Disponível em: HYPERLINK <http://www.ana.gov.br.>. Acesso em: 20 maio 2009.

BATES, A. L.; SPIKER, E. C.; OREM, W. H.; BURNETT, W. C. Speciation and isotopic composition of sulfur in sediments from Jellyfish Lake, Palau. Chem.

BENNER, R.; WELIKY, K.; HEDGES, J. I. Early diagenesis of mangrove leaves in a tropical estuary: molecular-level analyses of neutral sugars and lignin- derived phenols. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 51, p. 1991-2001, 1990.

BERNARDES, M. C.; MARTINELLI, L. A.; KRUSCHE, A. V.; GUDEMAN, J.; MOREIRA, M.; VICTORIA, R. L.; OMETTO, J. P. H. B.; BALLESTER, M. V. R.; AUDENKANPE, A. K.; RICHEY, J. E.; HEDGES, J. I. Riverine organic matter composition as a function of land use changes, Southest Amazon. Ecological

Applications, v. 14, p. 263-279, 2004.

BERNARDES, M.; KNOPPERS, B. A. ; REZENDE, C. E. ; LANDIM, W.; OVALLE, A. R. C. Land-sea interface features of four estuaries on the South America Atlantic coast. Brazilian Journal of Biology, v. 72, p. 761-774, 2012.

BERNARDI, J. V. E.; FOWLER, H. G.; LANDIM, P. M. B. Um estudo de impacto ambiental utilizando análises estatísticas espacial e multivariada. Holos

Enviromental, v. 1, p. 162-172, 2001.

BERNINI, E.; REZENDE, C. E. Estrutura da vegetação em florestas de mangue do estuário do rio Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta

Botanica Brasílica, v. 18, p. 491-502, 2004.

BERNINI, E. Estrutura da cobertura e produção de serapilheira da floresta de

mangue do estuário do rio Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Campos, 2008. 134 f. Tese (Doutorado em Biociências e Biotecnologia) - Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos, 2008.

BREHME, I. Vales submarinos entre o banco de Abrolhos e Cabo Frio, Rio de

Janeiro. 1984. 116 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Rio de Janeiro, 1984.

BIANCHI, T. S.; GALLER, J. J.; ALLISON, M. A. Hydrodynamic sorting and transport of terrestrially derived organic carbon in sediments of the Mississipi

and Atchafalaya Rivers. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 73, p. 211- 222, 2007.

BIANCHI, T. S.; ALLISON, M. A. Large-river delta-front estuaries as natural “recorders” of global environmental change. Proceedings of the National

Academy of Sciences of the United States of America, v. 106, p. 8085-8092,

2009.

BIANCHI, T. S.; CANUEL, E. A. Chemical biomarkers in aquatic ecosystems. [S.l.]: Princeton University Press, 2011. 392 p.

BLAIR, N. E.; LEITHOLD, E. L.; FORD, S. T.; PEELER, K. A.; HOLMES, J. C.; PERKEY, D. W. The persistence of memory: the fate of ancient sedimentary organic carbon in a modern sedimentary system. Geochimica et Cosmochimica

Acta, v. 67, p. 63-74, 2003.

BLAIR, N. E.; LEITHOLD, E. L.; ALLER, R. C. From bedrock to burial: the evolution of particulate organic carbon across coupled watershed-continental margin systems. Marine Chemistry, v. 92, p. 141-156, 2004.

BLOTT, S. J.; CROFT, D. J.; PYE, K.; SAYE, S. E.; WILSON, H. E. Particle size analysis by laser diffraction. Geological Society, London, Special Publications, v. 232, p. 63-73, 2004.

BOUILLON, S.; CONNOLLY, R. M.; LEE, S. Y. Organic matter exchange and cycling in mangrove ecosystems: recent insights from stable isotope studies.

Journal of Sea Research, v. 59, p. 44-58, 2008.

BOYER, J. N.; FOURQUREAN, J. W.; JONES, R. D. Spatial characterization of waterquality in Florida Bay and Whitewater Bay by a Multivariate Analyses: Zones of similar influence. Estuaries, v. 20, p. 743-758, 1997.

BOYER, J. N. Shifting N and P limitation along a north-south gradient of mangrove estuaries in South Florida. Hidrobiologia, v. 495, p. 33-39, 2006.

BRUNAUER, S.; EMMETT, P.; TELLER, E. Adsorption of gases in multimolecular layers. Amer. Chem. Soc., v. 60, p. 309-319, 1938.

CALADO, L.; DA SILVEIRA, I. C. A.; GANGOPADHYAY, A.; DE CASTRO, B. M. Eddyinduced upwelling off Cape São Tomé (22°S, Brazil). Continental Shelf

Research, v. 30, n. 10-11, p. 1181-1188, 2010.

CAMPOS, E. J. D.; VELHOTE, D.; SILVEIRA, I. C. A. Shelf break upwelling driven by Brazil Current cyclonic meanders. Geophysical Research Letters, v. 27, n. 6, p. 751-754, 2000.

CANFIELD, D. E. The geochemistry of river particulates from continental USA: Major elements. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 61, n. 16, p. 3349-3365, 1997.

CANUEL, E. A.; MARTENS, C. S. Seasonal variations in thesoucers and alterations of organic matter associated with recently deposited sediments.

Geochimica at Cosmochimica Acta, v. 20, p. 563-577, 2001.

CARREIRA, R.; ARAUJO, M. P.; COSTA, T. L. F.; ANSARI, N. R.; PIRES, L. C. M. Lipid biomarkers in deep sea sediments from the Campos Basin, SE Brazilian continental margin. Organic Geochemistry, v. 41, p. 879-884, 2010.

CHANG, C. C. Y.; MCCORMICK, P. V.; NEWMAN, S.; ELLIOTT, E. M. Isotopic indications of environmental changes in a subtropical wetland. Ecological

Indicators, v. 9, p. 825-836, 2009.

COOPER, M. C.; MILLIGAN, G. W. The Effect of Error on Determining the Number of Clusters. In: GAUL, W.; SCHRADER, M.(Ed.). Data, Expert

CORDEIRO, L. G. M. S. Lipídios como indicadores de processos

biogeoquímicos em sedimentos da margem continental do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2011. 173 f. Tese (Doutorado Multidisciplinar em Meio

Ambiente) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.

COWIE, G. L.; HEDGES, J. I.; CALVERT, S. E. Sources and relative reactivities of amino acids, neutral sugars, and lignin in an intermittently anoxic marine environment. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 56, p. 1963-1978, 1992.

DACHS, J.; BAYONA, J. M.; FILLAUX, J.; SALIOT, A.; ALBAIGES, J. Evaluation ofanthropogenic and biogenic inputs into the western Mediterranean using mo-lecular markers. Marine Chemistry, v. 65, p. 195-210, 1999.

DE LEO, F. C.; PIRES-VANIN, A. M. S. Benthic megafauna communities under the influence of the South Atlantic Central Water intrusion onto the Brazilian SE shelf: A comparison between an upwelling and a non-upwelling ecosystem.

Journal of Marine Systems, v. 60, n. 3-4, p. 268-284, 2006.

DIAZ, R.; MOREIRA, M.; MENDOZA, U.; MACHADO, W.; BÖTTCHER, M. E.; SANTOS, H.; BELÉM, A.; CAPILLA, R.; ESCHER, P.; ALBUQUERQUE, A. L. Early diagenesis of sulfur in a tropical upwelling system, Cabo Frio. The

Geological Society of America, v. 40, p. 879-882, 2012.

DITTMAR, T.; LARA, R. Molecular evidence for lignin degradation in sulfate reducing mangrove sediments (Amazonia, Brazil). Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 65, p. 1403-1414, 2001.

DITTMAR, T.; HERTKORN, N.; KATTNER, G.; LARA, R. J. Mangroves, a major source of dissolved organic carbon to the oceans. Global Biogeochemical

Cycles, v. 20, p. 1-7, 2006.

DITTMAR, T.; REZENDE, C. E.; MANECKI, M.; NIGGERMANN, J.; OVALLE, A. R. C. ; STUBBINS, A.; BERNARDES, M. C. Continuous flux of dissolved

black carbon from a vanished tropical forest biome. Nature Geoscience, v. 8, p. 1-5, 2012.

DOMINGUES, J. M. L. The coastal zone of Brazil. In: DILLEMBURG, S. R.; HESP, S. R. Lectures Notes in Hearth Science: geology and geomorphology of holocene Coastal Barriers of Brazil. Berlin: Springer, 2009. p. 17- 51.

DUPRAZ, C.; VISSCHER, P. T.; BAUMGARTNER, L. K.; REID, R. P. Microbe– mineral interactions: early carbonate precipitation in a hypersaline lake (Eleuthera Island, Bahamas). Sedimentology, v. 51, p. 745-765, 2004.

EKAU, W.; KNOPPERS, B. A. An introduction to the pelagic system of the North-East and East Brazilian shelf. Archive of Fishery and Marine Research, v. 47, n. 2/3, p. 113-132, 1999.

ELLIOTT, E. M.; BRUSH, G. S. Sedimented organic nitrogen isotopes in fresh water wetlands record long-term changes in watershed nitrogen source and land use. Environmental Science & Technology, v. 40, p. 2910-2916, 2006.

FALCÃO, A. P. Metodologias empregadas na avaliação química do compartimento água e sedimento da Bacia de Campos. In: PETROBRAS.

Projeto de Caracterização Regional da Bacia de Campos (PCR-BC). Relatório

Final. Rio de Janeiro (RJ): PETROBRAS. Exploração e Produção, Jul/2011. 25 p. Rev00.

FARELLA, N.; LUCOTTE, M.; LOUCHOUARN, P.; ROULET, M. Deforestation modifying terrestrial organic transport in the Rio Tapajós, Brazilian Amazon.

Organic Geochemistry, v. 32, p. 1443-1458, 2001.

FIGUEIREDO JR., A. G.; PACHECO, C. E. P.; VASCONCELOS, S. C.; SILVA, F. T.; KOWSMANN, R. O.; LIMA, A. C. Sedimentologia da Plataforma e Talude Continental da Bacia de Campos (RJ). In: PETROBRAS. Projeto de

Caracterização Regional da Bacia de Campos (PCR-BC). Relatório Final. Rio

de Janeiro (RJ): PETROBRAS. Exploração e Produção, Jul/2011. 43 p. Rev00.

GIANI, M.; DJAKOVAC, T.; DEGOBBIS, D.; COZZI, S.; SOLIDORO, C.; UMANI, S. F. Recent changes in the marine ecosystems of the northern Adriatic Sea. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 112, p. 1-13, 2012.

GOGOU, A.; STEPHANOU, E. G. Marine organic geochemistry of the Eastern Mediterranean: 2. Polar biomarkers in Cretan Sea surficial sediments. Marine

Chemistry, v. 85, n. 1-2, p. 1-25, 2004.

GOMES, A. O.; AZEVEDO, A. D. Aliphatic and aromatic hydrocarbons in tropical recent sediments of Campos do Goytacazes, RJ, Brazil. J. Braz. Chem.

Soc., v. 14, n. 3, p. 358-368, 2003.

GOMEZ, B.; CARTER, L.; TRUSTRUM, N. A. A 2400 yr record of natural events and anthropogenic impacts in intercorrelated terrestrial and marine sediment cores: Waipaoa sedimentary system, New Zealand. Geological

Society of America Bulletin, v. 119, p. 1415-1432, 2007.

GONÇALVES, G. M.; CARVALHO, C. E. V. Particulate heavy metal dynamics in a tropical estuary under distinct river discharge and tidal regimes, Southeastern, Brazil. Journal of Coastal Research Special, v. 39, n. 2, p. 1032- 1035, 2006.

GOÑI, M. A.; HEDGES, J. I. Sources and reactivities of marine-derived organic matter in coastal sediments as determined by alkaline CuO oxidation.

Geochimica el Cosmochimica Acta, v. 59, p. 2965-2981, 1995.

GOÑI, M. A.; YUNKER, M. B.; MACDONALD, R. W.; EGLINTON, T. I. Distribution and sources of organic biomarkers in arctic sediments from the Mackenzie River and Beaufort Shelf. Marine Chemistry, v. 71, p. 23-51, 2000.

GOÑI, M. A.; TEIXEIRA, M. J.; PERKLEY, D. W. Sources and distribution of organic matter in a river-dominated estuary (Winyah Bay, SC, USA). Estuarine

Coastal and Shelf Science, v. 57, p. 1023-1048, 2003.

GORDON, E. S.; GOÑI, M. A. Sources and distribution of terrigenous organic matter delivered by the Atchafalaya River to sediments in the northern Gulf of Mexico. Geochim. Cosmochim Acta, v. 67, n. 13, p. 2359-2375, 2003.

GORDON, E. S.; GOÑI, M. A. Controls on the distribution and accumulation of terrigenous organic matter in sediments from the Mississippi and Atchafalaya River Margin. Marine Chemistry, v. 92, p. 331-352, 2004.

GUENTHER, M.; PARANHOS, R.; REZENDE, C. E.; GONZALEZ- RODRIGUES, E.; VALENTIN, J. L. Dynamics of bacterial carbon metabolism at the entrance of a tropical eutrophic bay influenced by tidal oscillation. Aquatic

Microbial Ecology, v. 50, p. 123-133, 2008.

HALE, R. P.; NITTROUER, C. A.; LIU, J. T.; KEIL, R. G.; OGSTON, A. S. Effects of a major typhoon on sediment accumulation in Fangliao Submarine Canyon, SW Taiwan. Marine Geology, v. 32, p. 116-130, 2012.

HANSEL, F. A.; FOSSARI, T. D.; MADUREIRA, L. A. S. Lipídios em sedimentos arqueológicos - resultados preliminares do sítio arqueológico rio do meio, ilha de Santa Catarina (SC). Revista Brasileira de Ciências do Solo, v. 32, p. 133-140, 2008.

HEDGES, J. I.; PARKER, P. L. Land derived organic matter in surface sediments from Gulf of Mexico. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 40, p. 1019-1029, 1976.

HEDGES, J. I.; MANN, D. C. The lignin geochemistry of marine sediments from the southern Washington coast. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 43, p. 1809-1818, 1979.

HEDGES, J. I.; ERTEL, J. R. Caracterization of lignin by gas capillary chromatography of cupric oxide oxidation products. Analytical Chemistry, v. 54, p. 174-178, 1982.

HEDGES, J. I.; CLARK, W. A.; COWIE, G. L. Fluxes and reactivities of organic matter in a coastal marine bay. Limnology and Oceanography, v. 33, p. 1137- 1152, 1988.

HEDGES, J. I.; KEIL, R. G. Sedimentary organic matter preservation: an assessment and speculative synthesis. Marine Chemistry, v. 49, n. 2-3, p. 81- 115, 1995.

HEDGES, J. I.; KEIL, R. G.; BENNER, R. What happens to terrestrial organic matter in the ocean? Organic Geochemistry, v. 27, p. 195-212, 1997.

HERNES, P. J.; ROBINSON, A. C.; AUFDENKAMPE, A. K. Fractionation of lignin during leaching and sorption and implications for organic matter “freshness”. Geophysical Research Letters, v. 34, p. 6, 2007.

HEIM, A.; HOFMANN, A.; SHMIDT, M. W. I. Forest-derived lignin biomarkers in an Australian oxisol decrease substantially after 90 years of pasture. Organic

Geochemistry, v. 41, p. 1219-1224, 2010.

HOBBIE, J. E. (Ed.): Estuarine Science - A Synthetic Approach to Research and Practice. Island Press: Covelo, 2000. 526 p.

HOFRITCHER, M. Review: lignin conversion by manganese peroxidase (MnP).

Enzime and Microbial Technology, v. 30, p. 454-466, 2002.

HUANG, X.; ZHANG, J. Phosphorus sorption on marine carbonate sediment: Phosphonate as Model Organic Compounds. Chemosphere, v. 85, p. 1227- 1232, 2011.

INAGAKI, M.; YAMAMOTO, M.; IGARASHI, Y.; IKEHARA, K. Biomarker records from core GH02e1030 off Tokachi in the Northwestern Pacific over the last 23,000 years: environmental changes during the Last Deglaciation. Journal

of Oceanography, v. 65, p. 847-858, 2009.

JAHNKE, R. A.; CRAVEN, D. B.; McCORKLE, D. C.; REIMERS, C. E. CaCO3

dissolution in California continental margin sediments: The influence of organic matter remineralization. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 61, n. 17, p. 3587-3604, 1997.

JAFFÉ, R.; MEAD, R.; HERNANDEZ, M. E.; PERALBA, M. C.; DIGUIDA, O. A. Origin and transport os sedimentary organic matter in two subtropical estuaries: a comparative, biomarker-based study. Organic Geochemistry, v. 32, p. 507- 526, 2001.

JASIŃSKA, A.; BURSKA, D.; BOLAŁEK, J. Sulfur in the marine environment.

International Journal of Oceanography and Hydrobiology, v. 41, p. 72-81, 2012.

JENNERJAHN, T. C.; ITTEKKOT, V. Organic matter in sediments in the mangrove areas and adjacent continental margins of Brazil: I. Amino acids and hexosamines. Oceanologica Acta, v. 20, p. 359-369, 1997.

JOLLIFE, I. T. Principal Component Analysis. 2. Ed. [S.I.]: Springer, 2002. 516 p.

KAISER, K.; GUGGEMBERGER, G. The role of DOM sorption in mineral surfaces in the preservation of organic matter in soils. Organic Geochemistry, v. 31, p. 711-725, 2000.

KEIL, R. G.; TSAMAKIS, E.; GIDDINGS, J. C.; HEDGES, J. I. Biochemical distributions among size-classes of modern marine sediments. Geochimica et

KENNEDY, P.; KENNEDY, H.; PAPADIMITRIOUS, S. The effect of acidification on the determination of organic carbon, total nitrogen and their stable isotopic composition in algae and marine sediment. Rapid Communication in Mass

Spectrometry, v. 19, p. 1063-1068, 2005.

KILLOPS, S.; KILLOPS, V. Introduction to organic geochemistry. Malden, MA: Blackwell, 2005. p. 393.

KNOPPERS, B. A.; BALZER, W.; KËHLER, P.; CARNEIRO, M. E. R.; MENDOZA, U. N.; VOSS, M.; LEIPE, T. Origin, Transport, And Fate Of Biogenic Matter In The Coastal Zones Of The Paraíba So Sul And Doce Rivers, East Brazil. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO SOBRE CIÊNCIAS DO MAR, 7., 1997, Santos. Anais... Santos, v. 2, p. 47-49, 1997.

KNOPPERS, B.; SOUZA, W. F. L.; BALZER, W.; LEIPE, T. Geoquímica e fluxos de nutrientes, ferro e manganês para a costa leste do Brasil. Geochim.

Documentos relacionados