reconhecimento da capacidade formativa de uma entidade.
Constitui uma condição necessária para o acesso aos Fundos Públicos disponíveis para o apoio à formação profissional.
Objectivos da certificação:
Contribuir para a elevação da qualidade e adequação das intervenções formativas;
Contribuir para um maior rigor e selectividade no acesso e eficácia na aplicação dos Fundos Públicos disponíveis para apoio à formação profissional;
Apoiar as entidades na melhoria gradual e contínua das suas capacidades, das suas competências e dos seus recursos pedagógicos.
Sistema Nacional de Qualificações
A actualidade que vivemos hoje em dia e a realidade com que nos deparamos diáriamente segundo algumas estatísticas da ANQ é que mais de 485 mil jovens entre os 18 e 24 anos a trabalhar sem o 12º ano (mais de 260 mil nem sequer concluiu a escolaridade obrigatória). Existem cerca de 3,5 milhões de activos com um nível de escolaridade inferior ao ensino secundário.
O Sistema Nacional de Qualificações promove uma articulação efectiva entre a formação profissional inserida, quer no Sistema Educativo, quer no Mercado de Trabalho, estabelecendo objectivos e instrumentos comuns no contexto de um enquadramento institucional renovado.
Estes mesmos pressupostos assentam em três aspectos fundamentais:
Alargar o acesso à educação e formação; Chegar a todos os que necessitam de
oportunidade de novas aprendizagens e de reconhecimento de adquiridos;
Fazer com que toda a formação assegure uma progressão escolar e profissional;
Capacidade para produzir as qualificações e
as competências críticas para a
competitividade das empresas e para o desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos.
O Sistema Nacional de Qualificações provêem do (Decreto-lei) 397/2007 que visa adoptar os princípios consagrados no acordo sobre a reforma da formação profissional, celebrado com os
parceiros sociais (Março 2007), assumindo os objectivos referentes à “Iniciativa de Novas Oportunidades” e promovendo os instrumentos necessários à sua efectiva execução.
Também é contemplada a restruturação da formação inserida no sistema educativo e no mercado de trabalho, integrando-a num único sistema com instrumentos e objectivos comuns, garantindo também a articulação com o instrumento financeiro de excelência: “Programa Operacional de Potencial Humano” (POPH) para o desenvolvimento e valorização dos recursos humanos.
O Sistema Nacional de qualificações tem como objectivos:
Generalizar o ensino secundário como patamar mínimo de qualificação;
Apostar na dupla certificação e na diversificação de oportunidades de qualificação para jovens e adultos; Flexibilizar as ofertas de formação para adultos e
valorizar, reconhecer e certificar competências adquiridas;
Estruturar uma oferta relevante de formação inicial e continua, ajustada às necessidades das empresas e do mercado de trabalho, tendo por base as necessidades actuais e emergentes das empresas e dos sectores; Promover a coerência, a transparência e a
comparabilidade das qualificações, a nível nacional e internacional;
Modalidades no Sistema Nacional de Qualificações
Cursos Profissionais
Cursos de Educação e Formação de Jovens
Cursos de Ensino Artístico Especializado
Cursos de Educação e Formação de Adultos
Formações Modulares certificadas
Sendo posteriormente efectuado o reconhecimento, validação e certificação de competências.
Dupla Certificação Formação de Jovens Educação e Formação de Adultos 9º Ano e Nível 2 de formação profissional 12º Ano e Nível 4 de formação profissional 12º Ano e Nível 3 de formação profissional Cursos de Educação e Formação (CEF) Cursos de Educação e Formação (CEF) Cursos de Aprendizagem Cursos Profissionais Cursos do Ensino Artístico Especializado Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) Formações Modulares Certificadas Processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) Cursos de Especialização tecnológica (CET)
O Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ)
O catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) prevê a produção de competências críticas para a competitividade e modernização de economia e das organizações, bem como o acesso à qualificação (escolar e profissional) sobretudo para jovens e adultos pouco qualificados;
Os referenciais do Catálogo aplicam -se também ao reconhecimento e certificação de competências adquiridas por vias não formais e informai ao longo da vida. O Catálogo visa, igualmente, facilitar a transparência entre qualificações a nível nacional e internacional, promovendo, deste modo, a mobilidade, a transferência, a capitalização e o reconhecimento dos resultados das aprendizagens, permitindo, ainda, que os utilizadores tenham acesso facilitado à informação sobre as qualificações e modalidades de formação.
O Catálogo é um instrumento aberto, em permanente actualização, pelo que se torna essencial assegurar a participação activa e constante dos principais agentes económicos e sociais na sua elaboração e gestão, nomeadamente através dos conselhos sectoriais para a Qualificação e do Conselho Nacional da Formação Profissional.
Toda esta oferta é modelizada dando a possibilidade de aceder a unidades de formação de curta duração (UFCD) (25h e 50h), certificáveis de forma autónoma e capitalizáveis para a obtenção de uma ou mais qualificações, fazendo com que o reconhecimento e a
validação de competências adquiridas em diferentes contextos de vida e trabalho para efeitos de certificação.
São objectivos do Catálogo Nacional de Qualificações, nomeadamente:
Promover a elevação das competências necessárias ao desenvolvimento dos indivíduos, à promoção da coesão social e ao exercício dos direitos de cidadania;
Contribuir para o desenvolvimento de um quadro de qualificações legível e flexível que favoreça a comparabilidade das qualificações a nível nacional e internacional;
Promover a flexibilidade na obtenção da qualificação e na construção do percurso individual de aprendizagem ao longo da vida;
Promover a certificação das competências
independentemente das vias de acesso à qualificação; Contribuir para a promoção da qualidade do Sistema
Nacional de Qualificações;
O Catálogo Nacional de Qualificações identifica, para cada qualificação, o respectivo perfil profissional, o referencial de formação e o referencial para reconhecimento, validação e certificação de competências.
Os perfis profissionais integram o conjunto das actividades associadas às qualificações, bem como os conhecimentos, aptidões e atitudes necessários para exercer essas actividades. Os referenciais de formação são constituídos por uma componente de formação de base e por uma componente de formação tecnológica, sendo nomeadamente
esta última organizada por unidades de formação de curta duração, capitalizáveis e certificáveis autonomamente.
No que diz respeito à formação de adultos, a componente de formação de base é também organizada por unidades de formação de curta duração capitalizáveis e certificáveis autonomamente. As unidades de formação de curta duração são, sempre que possível, comuns a vários referenciais de formação, possibilitando a transferência para outras qualificações.
Hoje em dia existe uma maior aferição das necessidades de competências e de qualificações face aos referenciais actuais do CNQ, bem como uma cobertura de áreas de educação e formação em falta, existindo cada vez mais uma resposta formativa para profissões regulamentadas.
Será previsto o CNQ integrar progressivamente referenciais para todas as modalidades de formação de dupla certificação e será também constituído por Qualificações Baseadas em Competências, garantindo a articulação com o Quadro Europeu das Qualificações e com o Sistema Europeu de Créditos para a Educação e Formação profissional (ECVET) -centralidade dos resultados de aprendizagem.
A Caderneta Individual de Competências
A caderneta individual de Competências possui o registo de todas as competências e formações adquiridas pelo indivíduo ao longo da vida e que estejam identificadas no Catálogo Nacional de Qualificações, bem como outras acções de formação não referidas no Catálogo Nacional de Qualificações.
Permite aos indivíduos, apresentar e comunicar de forma mais eficaz as formações e competências que foram adquirindo ao longo da vida;
Permite aos empregadores apreender de modo mais fácil a adequação das competências dos candidatos aos postos de trabalho;
Quadro Nacional de Qualificações
O quadro nacional de Qualificações é um instrumento concebido para a classificação de qualificações segundo um conjunto de critérios para a obtenção de níveis específicos de aprendizagem tendo como objectivos integrar os subsistemas nacionais de qualificação, melhorar o acesso, a progressão e a qualidade das qualificações, bem como promover a transparência, a mobilidade, comparabilidade e a transferibilidade de qualificações.
O QNQ assume os princípios do Quadro Europeu de Qualificações (QEQ) obtendo desta forma:
Oito níveis de qualificação
Três descritores de resultados de aprendizagem
(conhecimentos, aptidões e atitudes)
Qualificações estruturadas por unidades
O Quadro Europeu para as Qualificações pretende constituir um dispositivo de tradução entre sistemas de qualificações distintos e os respectivos níveis.
A Proposta de Recomendação do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à instituição do QEQ para a aprendizagem ao longo da vida propõe aos Estados-Membros que:
“Correlacionem os seus SNQ com o QEQ até 2010, através de uma remissão transparente dos seus níveis de qualificações para
os níveis do QEQ e da instituição de um Quadro Nacional de Qualificações (…)
Assegurem que até 2012 quaisquer novas qualificações estabeleçam uma correlação explícita com o nível adequado do
QEQ (…)
Rede de entidades formadoras
As redes que constituem as entidades formadoras são nomeadamente:
Os estabelecimentos de ensino básico e secundário;
Os centros de formação profissional e de reabilitação profissional de gestão directa e