Liderança Autoritária ou Autocrática
-Decide sozinho sem qualquer participação do grupo; -Exige submissão;
-Determina a tarefa que cada um deve executar e quem é o seu companheiro de trabalho;
-Dominador e impessoal;
-Dita regras e por vezes é hostil.
Efeitos no Grupo
-Desmotivação e agressividade secreta; -Comunicações superficiais e estereotipadas; -Tensão e frustração no grupo;
-Conflitos, dependência e insegurança.
Liderança Democrática
-As directrizes são debatidas e decididas pelo grupo sob orientação do líder;
-Cada grupo pode escolher os seus companheiros de trabalho;
-O líder procura ser um membro normal do grupo;
-O líder apoia o grupo em termos operacionais e afectivos; -É objetivo e realista nos elogios e críticas;
-Está atento às necessidades do grupo.
Efeitos no Grupo
-Confiança no líder;
-Motivação e Coesão; -Diminuição de conflitos.
Liderança Laissez-Faire
-Liberdade completa para as decisões grupais ou
individuais;
-Participação mínima do líder;
-Apresenta informações, matérias e disponibilidade, mas não se interessa pelo grupo.
Efeitos no Grupo
Revolta contra o líder;
Desmotivação dos membros;
Risco de afastamento dos objectivos planeados;
Experiências insatisfatórias;
Luta pelo poder e anarquia.
O grupo é uma realidade poderosa nas situações formativas. O formador necessita saber lidar com essa realidade, sendo da sua competência regular as suas actividades, canalizar as suas energias e garantir um clima propício à aprendizagem.
As técnicas de trabalho em grupo permitem ainda desenvolver as capacidades de comunicação dos formandos, fomentando o desenvolvimento de um maior número de interacções verbais e são os formandos os actores dessas interacções.
Quando abordamos os papéis que os diferentes indivíduos assumem, pensamos num determinado conjunto de atitudes que constituem uma base de referência e possibilitam a previsibilidade de
comportamentos face a determinado contexto ou situação. Em situação de ensino-aprendizagem é possível distinguir:
O papel do formador
O formador não directivo centrado nos problemas do grupo, deverá:
Suscitar aos formandos, os comportamentos necessários ao desenvolvimento dos objectivos da formação;
Estabelecer relações de apoio e cooperação com os membros;
Incentivar/colaborar a procura autónoma de
conhecimentos;
Realçar o papel individual de cada um na aprendizagem; Ser “moderador de conflitos”.
O papel do formando
É possível distinguir, em situação de formação, alguns perfis adoptados pelos formandos.
Sabichão: tenta impor aos outros as suas ideias com grande
convicção. Não é receptivo a ouvir os outros e raramente abdica das suas opiniões.
Atitude sugerida ao formador:
Reforçar a confiança do grupo, dirigindo-lhe
perguntas de resposta não imediata;
Concordar que aquela é uma perspectiva possível, mas pede ao grupo que manifeste a sua opinião.
Mudo – apático e silencioso. Não participa, considera-se
superior ou inferior ao assunto em discussão.
Atitude sugerida ao formador:
Solicitar com tacto, a sua opinião sobre algo que seja possível relacionar com os seus interesses, realçando a importância da experiência de todos os elementos do grupo;
Fazer com que o grupo perceba a intenção do
formador levar o mudo a participar.
Tímido – extremamente preocupado em não errar. Tem receio
do julgamento que os outros possam fazer e tem muita dificuldade em expor-se ou ser alvo da atenção do grupo enquanto fala. Muitas vezes é um observador atento e interessa-se pela vida do grupo.
Atitude sugerida ao formador:
Dirigir-lhe perguntas fáceis e de modo pouco
directivo;
Reforçar as suas intervenções, chamando a atenção
dos outros participantes para ela.
“Demodé” – tem ideias um pouco antiquadas. É rígido e
conservador. Dirige-se ao grupo com atitudes de superioridade, marcando um certo distanciamento.
Atitude sugerida ao formador:
Respeitar a sua susceptibilidade;
Não o criticar directamente, mas apresentar
correcções como sugestões.
“Bocas” – é distraído e distrai os outros. Os seus interesses são
essencialmente lúdicos, daí que as suas colaborações são esporádicas e sem grande investimento.
Atitude sugerida ao formador:
Tratá-lo pelo seu nome para o “ligar à terra” e colocar-lhe perguntas directas e fáceis;
Pedir-lhe opinião sobre o que acaba de ser dito.
Zé Marreta – é de ideias fixas, gosta de discutir e está sempre
do contra. Critica o trabalho dos outros.
Muito na defensiva, tenta impor-se pela agressividade ferindo os outros. Embora ninguém goste de trabalhar com ele parece ter orgulho em ser assim.
Atitude sugerida ao formador:
Não se deixar envolver nos conflitos;
Aproveitar as ideias interessantes que possa emitir
fazendo-o sentir-se membro de uma equipa.
Fala Barato – fala, fala, fala… tem grande necessidade de
atenção e cansa o grupo com facilidade.
Atitude sugerida ao formador:
Esperar o momento oportuno e cortar-lhe a
comunicação, agradecendo a sua contribuição, mas alertando para o facto de que também está interessado em ouvir as opiniões dos colegas.
Trabalhador – seguro de si, tem muitas ideias, colabora e
empenha-se animadamente.
Atitude sugerida ao formador:
Procurar obter a sua contribuição;
Extrovertido – é alegre, amigo do grupo e muito bom
companheiro. Partilha as suas experiências, conta piadas interessantes, anima o grupo.
Atitude sugerida ao formador:
Tê-lo como aliado, já que é um elemento querido do grupo.
Actualizado – tem ideias inovadoras, procura informação
dentro e fora de grupo. Faz e aceita críticas construtivas.
Atitude sugerida ao formador:
Reforçar as suas contribuições;
Enquadrar as suas perspectivas nos métodos de
trabalho adoptados.
Criançola – preguiçoso, gosta de tudo bem mastigado. Gosta de
obter ganhos, mesmo sem fazer nada.
Atitude sugerida ao formador:
Intervir, no sentido de responsabilizar e interessar palas actividades, salientando os benefícios.