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Capítulo 1. Proteção Internacional

A Convenção de Nova York sobre o direito relativo à utilização de cursos d’água internacionais para fins alheios à navegação foi celebrada em 1997 e trouxe em seu texto a caracterização das águas subterrâneas como parte essencial dos componentes hidrográficos de qualquer curso de água.

Anteprojeto Bellagio – foi elaborado em 1989, como uma tentativa de regulamentar mundialmente as águas subterrâneas, mas não foi adotado pela ONU.

Em 1992, na Irlanda, foi realizada a Conferência de Dublin, cujas discussões caminharam no sentido de apontar a existência de importantes relacionadas à disponibilidade hídrica e, como resultado, foram produzidos princípios para o fomento de uma gestão sustentável da água.

Citamos os mais importantes princípios da Conferencia de Dublin: (i) A água doce é um recurso finito e vulnerável, essencial para a manutenção da vida, para o desenvolvimento e para o meio ambiente; (ii) O gerenciamento da água deve ser baseado na participação dos usuários, dos planejadores e dos formuladores de políticas, em todos os níveis; (iii) As mulheres desempenham um papel essencial na provisão, no gerenciamento e na proteção da água e (iv) O reconhecimento do valor econômico da água.

Os princípios da Conferência de Dublin foram referendados por representantes de 170 nações, que participaram em 1992, na cidade do Rio de Janeiro, da Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), sendo ao final, também aprovada uma agenda mínima de preservação e recuperação do meio ambiente, conhecida como AGENDA 21.

A AGENDA 21 é um conjunto de diretrizes, firmado em 14/06/1992, por diversos países, na reunião denominada Cúpula da Terra - Rio de Janeiro - ONU - ECO- 92.

O PROTOCOLO DE KIOTO é um tratado em que os países signatários se comprometeram com a redução dos gases que causam o efeito estufa. (Japão, dez./1997).

A RIO+10 foi uma conferência realizada pela ONU, em que se debateram os acontecimentos ocorridos nos dez anos posteriores a ECO/92 (África, Joanesburgo, 2002). Para celebrar o Dia Mundial da Água e o Ano Internacional de Cooperação pela Água, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Agência Nacional de Águas (ANA) lançaram, em 21 de março de 2013, um programa de incentivo financeiro, por meio de pagamentos por resultados, para fortalecer a gestão das águas nos estados. O anúncio do Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas (Progestão) foi feito na véspera do Dia Mundial da Água em coletiva de imprensa concedida pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pelo diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu.

A UNESCO declarou o ano de 2013 como “Ano Internacional das Nações Unidas para a Cooperação pela Água”. Nos objetivos promover eventos e discussões, durante esses 12 meses, que ajudem a buscar soluções para combater, entre outros problemas graves tais como a ausência de acesso à água potável para 11% da população mundial.

Ainda, a falta de redes de esgoto para mais de 15% das pessoas que vivem no planeta e a morte de cerca de quatro mil crianças, por dia, por conta de doenças diarreicas causadas pela falta de acesso à água de qualidade.

A cooperação pela água tem múltiplas dimensões, incluindo os aspectos culturais, educacionais, científicos, religiosos, éticos, sociais, políticos, jurídicos, institucionais e econômicos. Uma abordagem multidisciplinar é essencial para entender as várias facetas implícitas no conceito e para misturar essas peças em uma visão holística.

Além disso, para ser bem sucedida e duradoura, a cooperação pela água precisa de um entendimento comum do que sejam as necessidades e os desafios em torno da água.

Construir um consenso sobre as respostas adequadas a estas questões será o foco principal do Ano Internacional e do Dia Mundial da Água em 2013.

O evento terá a participação de representantes de ONGs, organizações internacionais, agências do sistema ONU, entre outros.

Em breve, a ONU lançará um portal oficial do Ano Internacional da Cooperação pela Água para concentrar todas as atividades relacionadas à iniciativa.

A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação.

A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida. (Conferência Intergovernamental de Tbilisi - 1977)

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política. (LDB, art.1º).