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1. Enquadramento normativo-legal

1.2 Disposições régias/administração central

1.2.1 Ordenações

Doc. 26

[Original: 1255/60 – Tradução portuguesa ca. 1270-80] – Afonso X concede certos privilégios a todos os romeiros que forem em romaria a Santiago de Compostela, venham de onde vierem1.

Pub.: AFONSO X, Foro Real. Edição crítica de José de Azevedo Ferreira. Lisboa: INIC, 1997, vol. I, liv. IV, tit. XXIII, fl. 148-149, p. 307-308.

Titulo <XXIII> dos romeus que uam em camino.

Porque queremos que os feytos de Deus e de Sancta Eygrega seyam mays adeantados per nos, mandamos que tudos os romeus e mayormente os que veen en romaria a Santyago, quem quer que seya ou onde quer que venha, tudos ajam de nos este privilegio per tudos nossos Reynos: e elles e sas conpanhas cum tudas sas cousas vaam e venham <e> fiquem per u quiserem, ca razom e que aquelhes que fazem ben que seyam per nos deffendudos e enparados e nas boas obras perque nenhuu medo non ayam de receber torto nen leyxem de viir nen de conprir sas romarias. Unde deffendemos que nenhuu ome non lhys faça força nen torto nem mal, mays sem nenhuu enpeço e sem nenhuu enbargo albergem seguramente quando quiserem e u quiserem en logar que seya d’ albergar. E outrosi mandamos que também e nas albergarias como fora dellas possam conp[ra]r as cousas que ouverem mester. E nenhuu non seya ousado de lhys mudar as [fl. 148v] medidas nen os pessos que som dereytos per hu venden a tudos os outros da terra e conpran. E o que o fezer aya a pena que manda El Rey das medidas.

Todo omem a que non e defesso per dereyto, pode fazer manda do seu. Ca nenh˜ua cousa non2

val mays aos omees ca seerem guardadas sas mandas. E porem queremos e mandamos que os rumeus quaesquer que seyam e onde quer que <venham>, possam tanben e na saude come na enfirmidade fazer manda de sas cousas segundo sas voontades. E nenhuu non seya ousado d’ enbar<gar>-lhos en pouco nen en muyto. E quem contra isto o fezer, quer en vida do romeu quer depos sa morte, quanto fillar

1 Apesar de não se tratar de legislação portuguesa, insere-se este documento nesta secção, em virtude de esta normatividade ter sido seguida

em Portugal.

entregueo aaquel que o mandou o romeu cum as custas e com os danos como virem por bem os alcaydes do logar que subre aquelho forom feytas. E peyte outro tanto do seu al Rey [...]. E isto seya creudo per sa paravoa o romeu ou dos conpannheyros ou daquelhes que eram y do logo. E se non ouver de que o peytar, o corpo fique a sa mercee d’ El Rey poren.

Se alguu rumeu morrer sen manda, os alcaydes da villa du morrer filhem o seu aver e conpram del aquilho que for mester pera sa morte e pera sa alma e o al guardem e faça-no a saber a al Rey se ouver y pera que <e> El Rey poys o souber mande en como vir por ben.

Se os alcaydes dos logares non fezerem enmendar aos romeus os tortos que receberem, tanben dos albergueyros come dos outros, mandamos que logo que os romeus mostrarem sa querelha, se non lhys fezeren conprimento o dano aos romeos e as custas que sobre aquello todos [sic] a elhes fezerem.

Doc. 27

[1325-1357, s.l.] – Agravos, no tempo de Afonso IV, contra os ricos-homens e prelados, entre outros, que trazem consigo malfeitores e degredados.

Pub.: ORDENAÇÕES del-rei Dom Duarte. Ed. preparada por Martim de Albuquerque e Eduardo Borges Nunes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988, p. 419-420.

Rta i artigoo. Agravam-se que ricos homeens e prellados e outras pessoas honrradas trazem

conssigo alguuns degradados e mallfeitores.

Outrossy senhor vos pedem os vossos poboos alg˜uas cousas jeeraaes que som a boo vereamento e a boo enparamento da vossa terra e a proll comunall de todos pedem-vos que ricos homeens e prellados e abades e cavalleiros e outras pessoas onrradas nom tragam nem colham conssigo degradados nem mallfeitores ca desperece hi a justiça e he estragamento da terra.

Resposta a este artigoo.

A este artigoo diz el Rey que os ricos homeens nem as ricas donas nem cavaleiros nem outros homeens onrrados nom colham nem tragam consigo degradados nom outros homeens mallfeitores e se os colherem ou consigo trouverem manda as justiças que lhos peçam e se lhos dar nom quiserem que os tomem elles e nom sejam ousados de llhos tolherem e se o fezerem estranhar-lho-a el Rey nos corpos e em os averes.

Doc. 28

[1325-1357, s.l.] – D. Afonso IV determina que os ricos e poderosos não possam comparecer em juizo, quando se tratar de feitos movidos por ou contra pobres.

Pub.: ORDENAÇÕES del-rei Dom Duarte. Ed. preparada por Martim de Albuquerque e Eduardo Borges Nunes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988, p. 480-481.

Ley per que he defesso aos poderosos que nom citem em juizo aos feitos que ouverem com os pobres.

Trabalhar-se deve o principe de fazer e mandar ordinhar os juizes do seu senhorio em tall guisa que aquelles que em elles demandas ham que recebom igaldade e dereito e porque alguuns pobres por reverencia dos poderosos com que demandas ham por temor delles nom podem sigir seu dereito como

fariam se o com seus igaees ouvesem ou com os procuradores dos ditos poderosos se poderiam mover alg˜uas cousas de que se sostiram se os ditos poderosos nom fosem presentes.

Lei.

Porem nos Dom Afonsso o quarto querendo levar adeante o que senpre nosa vontade foy que cada huum aja ygaldade de direito no nosso senhorio asi que os meores por poder dos maiores nem despereça o seu direito porem ordinhamos por lei que nenhuum arcebispo nem bispo nem abade nem abadesa nem prioll de Santa Cruz nem outros semelhantes nem meestre nem prioll do Espritall nem rico homem nem rica dona vaam per dante os nosos juizees asi da nosa casa coma das nosas terras per pesoas em aquelles cassos que per dereito podem trautar per procurador e assi estem hi a seus feitos e se hi estar quiserem asi em feitos que sejam demandados mandamos aos juizes que delles conhecem que os nom ouçam daly adeante em aquelles feitos que demandados som assi que percam as demandas que fezerem e se demandadores forem fiquem vençudos daquello que lhes demandarem pero se os juizes virem que he conpridoiro de viinrem per pesoas em algumas avenças teemos por bem que posam hi viinr e estar em aquella avença que os juizes virem que he conpridoiro e nom mais outrossi teemos por bem que posam viinr veer per dante os juizes a dizer a estes juizes que tenham por bem livrar seus feitos e depoues que os começarem d’ ouvyr partan-se logo senom caiom logo na dita pea outrossi porque per nos he mandado que nemhuuas pessoas nom venham vogar per dante os nossos sobrejuizes e ouvidores senom aquelles que estabiliçudos som pera esto porem mandamos aos ditos sobrejuizes e ouvidores que vejam aquello que per nos em esta razom he ordinhado e que o gardem pella guisa que per nos he mandado e se o nom gardarem temos por bem que nom ajam em todo aquell mes raçom de nos.

Doc. 29

1334, Novembro 24, Coimbra – D. Afonso IV ordena que os indivíduos pobres possam não pagar direitos de chancelaria.

Pub.: ORDENAÇÕES del-rei Dom Duarte. Ed. preparada por Martim de Albuquerque e Eduardo Borges Nunes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988, p. 437.

Dom Afonsso e cetera. A vos Vaasco Gonçallvez e Sueiro Martiinz vedores da minha chamcelaria saude sabede que Afonse Anes meu juiz em Santarem me enviou dizer como a ell he dito e denociado per alguuns que alg˜uas pesoas que lhe fazem furtos ou outras cousas per que merecem pea de justiça e que ell manda prendeer aquelles que lhe dizem que fazem as ditas cousas e que da vogado a justiça que os acuse e demande porque as partes nom nos querem acusar e que esse vogado da justiça conthende com ell ataa que ell daa sentença antre elles e que delles julga que mourom outros ajam pea seguundo ell entende que he dereito e que aquelles contra que assi daa as sentenças que apellom pera a corte e que pellos ouvidores da minha corte som per alg˜uas vezes confirmadas as suas sentenças e manda dar minhas cartas per que as conpram e que vos nom lhas queredes asellar sem chancelaria e que aquelles que as levom com essas apelações vem ende sem recado porque lhes nom queredes dar sem chancelaria essas cartas asselladas se vo-las ante nom pagom e que o procurador dy do concelho da dita villa nom nas quer mandar pagar ca diz que soia de seer que taes cartas como estas que as levom sem dinheiros que asaz avonda d’ elles darem vogados que vogem a esses feitos por justiça e os tabaliães que façom essas esprituras e que levem a essas apelações perante os meus sobrejuizes e que per esta razom nom se conprem as sentenças nem se fazia conprimento de dereito nem de justiça e que os pressos erom porem

em prissom deteudos e mandarom-me pidir que mandase como se sobre esto fezesse e tenho por bem e mando-vos que as cartas das sentenças que forem a essa chancelaria tambem da dita villa como das outras villas e lugares do meu senhorio em que a justiça forem acusadores e demandadores que as selles e dees sem chancelaria aaquelles que alla forem com essas sentenças pella minha justiça e esto vos mando que façades aaquellas pessoas que ouverem as demandas aas minhas justiças e que forem acusados dellas e que forem pobres e nom ham de que pagar nem de que sigir se fordees certos per sinall de juizes perante que essas demandas andarem que som pobres e nom ham de seu nemh˜ua cousa hunde al nom façades. Dante em Coinbra xxiiiiº dias de Novembro. El Rei o mandou per Afonso Estevez, Gonçallo Dominguez a fez. Era de mill iiicLxxii annos.

Doc. 30

[1391 ou 14083], Évora – Ordenação de D. João I sobre os ociosos e vadios.

Pub.: ORDENAÇÕES Afonsinas. Nota de apresentação de Mário Júlio de Almeida Costa e nota textológica de Eduardo Borges Nunes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984, vol. IV, p. 141-142.

Dos que andão vadios, e nem querem filhar mester, nem viver com outrem.

El Rey Dom Joham de gloriosa memoria em seu tempo fez cortes geraaes na cidade d’ Evora, nas quaees lhe foram por parte dos povoos requeridos certos artigos, antre os quaees lhe foy requerido huum, do qual o theor tal he com a resposta a elle dado.

Item. Na terra ha hi muitos homeens, que em ella vivem, e não ham mester alguum, nem vivem com senhores, e he de persumir que vivem de mal fazer, pedem-vos por mercee, que mandes enquerer sobrelo, e os que acharem que assy vivem, que os degredem fora de vossos Regnos.

Diz El Rey que lhe praz, e que mandara aos seus corregedores das comarcas que o façam assy apregoar cada huum corregedor em sua comarca; e se despois forem achados, que os prendam, e façam na cadea atee que filhem alguum mester, ou vivam com alguem, e nom querendo despois continuar em ello, que os açoutem publicamente.

O qual artigo visto per nos com a resposta a elle dada, mandamos que se guradem segundo em elle he contheudo, porque nos parece seer muito justo, e proveitoso pera a terra.

Doc. 31

[1433-1438, s.l.] – Penas para aqueles que andarem a vagabundear.

Pub.: ORDENAÇÕES del-rei Dom Duarte. Ed. preparada por Martim de Albuquerque e Eduardo Borges Nunes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988, p. 53.

Constituição xxbii que pena devem a aver os homeens que andam per a terra vagabundos. Porque do boom princepe he purgar a sa prouencia dos maaos homeens porende defendemos que per todo nosso Regno nom more homem que nom ouver prisom ou alguum mester per que posa viver sem sospeita ou senhor que per el posa ou deve responder a nos se alguum mal fezer ou se taaes fiadores nom der per que seja correito o mal se o fezer. E a pena que sobre esto mandamos he esta se alguum que

de nos as terras tever e taaes homeens em ello sofrer e os nom recadar ou os ende nom deitar perca as terras que de nos tever, e em tal que se esto faço mandamos aos nossos juizes das terras que lhes lo digam outrosi mandamos aos nossos alcaides e aos nossos juizes que façam este comprir em nas terras que nos pera nos retevermos.

Doc. 32

[1433-1438, s.l.] – Forma pela qual os juízes ou os alvazis devem dar tutores e curadores aos órfãos.

Pub.: ORDENAÇÕES del-rei Dom Duarte. Ed. preparada por Martim de Albuquerque e Eduardo Borges Nunes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988, p. 85-87.

Ordenação L que falla como os juizes ou alvaziis devem dar curadores e tetores aos orfoons. Quando alguuns orfoons que sejam sem idade conprida assy como he de costume e ficarem sem padre ou sem madre ou sem alguum delles quallquer e pidirem aos alvaziis elles ou alguem outrem por elles que lhes dem curador ou tetor que aguarde elles e os seus beens e os seus averes os alvaziis lhes devem a dar homem tall que seja seu provynco mais chegado da parte daquell que for morto e que seja de revora conprida e que seja auto e de boo costume e de boo testemunho e que aja algo em tall maneira que se despender o aver dos moços que aja per hu pagar ca se tall nom for deve aguardar elles nem seus beens e se nom ouverem parentes que sejam pera isto os alvaziis os devem a dar em guarda com seus averes a alguum homem boo que os tenha assy como dito he e aquell a que os derem deve jurar primeiramente assy como ja disse em o titollo dos juros em o costume que se começa quando os alvaziis e recebam elles todas sas cousas per escripto e deve manteer os horphoons dos fruitos e dos renovos que oouver ende e deve outrossy todalas cousas que despender a poer em escripto que quando vier a ydade do minimo conprida deve-lhe a leixar o seu todo e entrega-lo per escripto e dar-lhe ende conto e recado perante os alvaziis que forem em esse tenpo e perante homeens boons assy como os recebeo e se alg˜ua demanda fezeram ou outrem a elles o demandador que for seu tetor e os ouver em guarda ou em poder pode-o demandar e defender por elles e o que ell fezer vallera ergoo se o fezer a engano e a dano delles e se alguum dano receberem os orphoons em seus averes per sua culpa ou per sua nigrigencia dos titores seeram theudos de lhos pagar e se alguum preito lhe fezeram os orfoons aaquell seu tetor em mentre esteveram em seu poder que seja a seu dapno delles per alg˜ua maneira nom deve a valler ou depois que foram de idade conprida ou se lhes tever mais ou alg˜ua cousa delles responder-lhes-ha porem de quanto quer que o demandarem e nom se pode escusar nem defender per possissom d’ ano e dia nem per juro de testemunhas nem per trastenpo de dez anos que nom responda quando quer que o demandarem e se alguem da procurador aos orfoons e nom por tetor nem por guardador assy como ja dito he devem a poer em escripto todallas cousas que pagar por elles tam bem movill como as raizes e deve todo dar em escripto aos alvaziis e deve ante que parta a jurar que parta bem e lealmente e demande a partiçom por elles e se o padre morrer ante que a madre e ficarem hi filhos sem idade e se se [sic] a madre nom casar terra os filhos e seus averes em guarda se quiser ataa que sejam de revora e deve receber todo per escripto d’ ant’ os parentes do padre mais chegados que ouver ou per dante os alvaziis e se se [sic] madre casar nom deve mais a teer seus filhos nem seus averes em guarda mais os alvaziis devem de catar alguuns de seus parentes que os guardem elles e seus averes e os tenham em guarda assy como ja suso dito he e podem os alvaziis dar os beens dos orfoons por renda sabuda aaquell que for em seu tutor quall elles teverem por bem se virem que he proll dos mininos em tal maneira que lha de cada ano em salvo e

deve-nos dar a quem mais render por elles de guisa que seja proll dos orfoons e pero se o padre ou a madre ou aquell que for titor dos orfoons quiser dar outro tanto pollos beens de renda quanto outrem der por elles nom lhos devem a tolher mais deve’-no a teer tanto por tanto e des que os teedores dos orfoons derem conto e recado assy como dito he e pidirem carta de quitaçom aos alvaziis devem-lha dar seellada do seello do concelho pendente.

Doc. 33

[1433-1438, s.l.] – Forma pela qual devem ser dados tutores aos órfãos.

Pub.: ORDENAÇÕES del-rei Dom Duarte. Ed. preparada por Martim de Albuquerque e Eduardo Borges Nunes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988, p. 138-139.

Capitollo xxiii como devem seer dados titores aos orfoons.

Quando alguuns titores forem dados a alguuns meninos que sejam meores d’ idade conprida assi como he de costume e ficarem sem padre e sem madre ou sem huum delles quallquer e pedirem aos alvaziis ou juizes elles ou alguem por elles que lhes dem partidor ou titor ou guardador que guarde elles e seus beens e averes os juizes ou alvaziis lhes devem dar tall homem que seja seu provynco mais chegado daquell que for morto e que esse tetor re revora conprida e que seja cordo e assesegado e de boa fama e que aja algo em tall guissa que seja pera isso ca se tall nom for nom deve a guardar elles nem seus beens e se nom ouverem parentes que sejam pera isso os juizes ou alvaziis os devem de dar em garda come seus averes a alguum homem boom que os tenha assy como dito he e aquelle a que os derem deve jurar primeiramente assy como dito he no titollo das juras no costume que se começa quando os alvaziis e receba elles e todas sas coussas per escripto e deve-os manteer dos froitos e dos renovos que hi ouverem e deve ourtosy a poeer em scripto todalas coussas que despenderem e quando veerem a hidade conprida devem-lhes leixar o seu todo e entregar per scripto e dar-lhes conto e recado perante homeens boons assy como recebeo e se alg˜ua demanda fezerem aos horfoons ou a elles ouverem a demandar outrem aquell que foy seu tetor ou que os ouverom de guardar e tever em poder como dito he pode demandar e responder por elles e o que elle hi fezer valera tirado se o fezer a engano e a dano delles e se alguum dano receberem os horfoons em seus averes per sa culpa ou per sa negrigencia dos tetores seerem theudos de lho peitar e se alguum preito lhe fezerem os horfons aaquelle seu tetor mentre esteverem em seu poder que seja dano delles per alg˜ua guissa nom deve valer e se despois que forem d’ idade conprida lhes tever o seu mais ou alg˜ua coussa dell responder-lhe-a porem quando quer que lho demandarem e nom se pode escusar nem defender per posissam d’ ano e dia nem per tenpo de tres anos que nom responda quando quer que o demandarem e se algueem dam por partidor dos horffoons e nom por tetor nem por guardador assy como

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