• Nenhum resultado encontrado

DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS E LOCALIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DO CENTRO

oportunizando-os a crescer profissionalmente, mas, por outro lado, a estrutura organizacional interna fragilizou-se, pois o rodízio dos postos de trabalho tornou-se prática sistemática e, com isso, a história e a cultura institucional foi se perdendo com o tempo. O último levantamento da gestão de pessoas, ao final de 2007, constatou que 90% dos funcionários eram novos. Para 2008/1, a previsão de contratações e de demissões nas áreas acadêmica e administrativa tenderá ao enxugamento e ao aproveitamento máximo da carga-horária docente.

3.5 DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS E LOCALIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA

A posição geográfica que o Centro Universitário Metodista ocupa na cidade de Porto Alegre, região de maior número de alunos em educação superior, possibilita a facilidade de acesso. A zona sul configura-se por ser um local onde se encontram o Colégio Cruzeiro do Sul, a Penitenciária Madre Pelletier e o Hospital Parque Belém. A zona norte da cidade, definida como a zona da indústria e do comércio, menos suprida de instituições de educação superior, atende ao público acadêmico do Centro Universitário no espaço do DC Shopping, local da antiga fábrica A. J. Renner.

Atualmente, o Centro Universitário Metodista distribui os seus cursos superiores em sete locais, identificados como unidade central, o atual IPA, com todos os cursos de Bacharelado e de concentração dos laboratórios; a unidade Dona Leonor, onde funciona o curso de Licenciatura em Música, a Escola de Música e o Parque Esportivo da Rede Metodista; a unidade Americano, onde estão localizados os cursos de Licenciatura, os laboratórios de Bioquímica, de Física, de Informática, de Ciências Biológicas, de Dietética, de Enfermagem, da Cozinha Industrial, o Museu Histórico e a Capela e os setores administrativos. Na zona sul, até 2007, na unidade acadêmica da Restinga, na sede da Associação Cristã de Moços – ACM funcionou por três semestres o curso de Administração de Empresas que, mais tarde, é transferido para a unidade Cruzeiro do Sul, no Bairro Teresópolis; a unidade Hospital Parque Belém, onde se localizam as Clínicas da Saúde e o

Cruzeiro do Sul que atende aos cursos de Licenciatura em Educação Física e Pedagogia e os Bacharelados em Administração de Empresas e Direito.

A unidade DC Shopping, o mais novo espaço universitário, hoje, atende os cursos das Engenharias, Arquitetura e Design em Moda. O objetivo deste espaço, quando da sua abertura, foi ampliar a oferta do número de vagas da educação superior do Centro Universitário Metodista na zona norte com cursos de graduação em tecnologia. Um dos cursos de maior procura, o de Design em Moda, já se encontra na terceira turma, em virtude da proposta inovadora e diferenciada que propõe uma nova leitura para a moda no Brasil, com a utilização de materiais recicláveis e de acordo com as demandas e necessidades da sociedade.

A gestão das instituições proposta em 2002, quando do processo de mudança para a transformação para o Centro Universitário Metodista veio, num primeiro momento, democratizar o acesso às informações entre os colaboradores e seus setores. Talvez, por isso, muitas pessoas manifestavam, até pouco tempo, que tudo acontecia rápido demais na instituição.

Na continuidade, o capítulo posterior discorrerá sobre a situação das instituições de educação superior no atual cenário brasileiro, suas implicações na formação de profissionais e as perspectivas de futuro.

4 CENÁRIO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR O MOVIMENTO DAS UNIVERSIDADES

A realidade da educação superior no Brasil tem se tornado muito distante daquela que se desejaria em qualidade e solidez. A sociedade não tem se demonstrado otimista, pois a educação tem sido, sistematicamente, colocada em segundo plano, mesmo com a divulgação e proposição das políticas deste Governo.

Muitas instituições educacionais confessionais, por exemplo, têm sofrido conseqüências significativas causadas pelas políticas e decisões de Governo que não facilitam o seu crescimento, a sua expansão e sobrevivência no cenário da educação superior, pois, a proliferação de instituições educacionais de capital aberto e os investimentos de grupos internacionais em diversas IES brasileiras, têm dificultado a sobrevida de instituições privadas, principalmente, as confessionais e filantrópicas que dependem, na sua maioria, da receita oriunda das mensalidades para administrar o seu projeto educacional.

Para que se pense em educação, há que se considerar a abertura internacionalizada, não somente pela troca de informações e de conhecimento, mas também pela entrada de capital externo nesta área, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil.

Apesar destas constatações, o Presidente Lula, em entrevista à revista Educação (2005, p. 29), reiterou que o desafio de seu governo é mudar o perfil da educação brasileira, superando a baixa qualidade e eliminando as desigualdades regionais e de acesso em todos os níveis de ensino da educação infantil à superior.

Conforme dados do INEP/2004, o programa Brasil Alfabetizado tornou o processo de alfabetização contínuo e interligado à educação de jovens e adultos, o que beneficiou 3 milhões de brasileiros. Outro projeto diferenciado é o Programa Universidade para Todos - ProUni, que já disponibilizou 310 mil bolsas de estudo para universitários carentes que cursam a graduação (Censo 2006). Além desta iniciativa importante, lançou o FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação - que prevê o aumento progressivo de recursos para a educação básica, atingindo, ao final de quatro anos, um investimento de R$ 4,3 bilhões (INEP/MEC, 2004).

Mesmo com todas as iniciativas, ainda registram-se nos índices estatísticos do INEP, de 2004, que o Brasil possuía uma das menores taxas de jovens na universidade em relação aos países desenvolvidos – sendo apenas, 9%, entre 18 e 24 anos de idade. Apesar da situação

em que se encontra a educação, um desafio para o atual Governo é ver o país entre os de maior desenvolvimento e que estão despontando no cenário mundial, como a Índia e a China. Com as potencialidades que os países asiáticos vêm apresentando para este início de milênio, a China, no período de 2002 a 2006, foi responsável por 29% do crescimento da economia mundial. Como economia milenar, os chineses têm se tornado os grandes exportadores de produtos industrializados a preços baixos, o que tem elevado seu patamar competitivo e colocado o país no eixo industrial. O certo é que a economia volta-se para a Ásia e propõe o surgimento de novas tendências e oportunidades. A Índia vem aquecendo sua economia de mercado, principalmente, na área dos serviços, entretanto, há problemas a serem administrados como a superpopulação e falta de infra-estrutura do país.

Na área da educação, a China, em 2005, aumentou seu número de matrículas nas universidades em 23 milhões, enquanto a Taxa Bruta de matrículas alcançou 21%. Esse rápido crescimento, desde 1999, foi a grande variação na qualidade acadêmica e na criação de universidades. Para a Índia, os objetivos do 11º Plano para a educação superior, do Ministério de Desenvolvimento Humano, estão direcionados para o aumento da Taxa Bruta de matrícula (taxa de acesso) de 10% para 15% até 2012, ao mesmo tempo, assegurando a melhoria em qualidade e aumento de equidade.

No contexto brasileiro, o Governo propôs uma política de incentivo para a expansão da educação superior e a abertura de mais vagas nas instituições federais e em novas universidades. A cada ano, as vagas no ensino superior têm sido acrescidas sem a definição de critérios claros que garantam uma expansão acadêmica de qualidade, pela intensa e descontrolada expansão de instituições de educação superior. Em decorrência disso, o ensino superior privado aumentou as vagas nos cursos de graduação, multiplicando instituições, cursos e triplicando o número de matrículas, como se registra nos índices declarados pelo MEC no período de 1992 a 2003. Com isso, a disputa de vagas, entre as instituições, avançou em algumas regiões, em especial no Sudeste e Sul, e desencadeou um desordenamento do sistema educacional brasileiro, que oportunizou a instalação de um cenário mercantil e altamente competitivo.