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Relação entre as Medidas Lineares

P- valor Média ± Desvio Padrão (Feminino)

5.6 Distribuição Gráfica

Por meio do Box-plot, foi realizada a distribuição gráfica considerando o

Grupo Classe II e o Grupo Controle, o qual foi realizado treze gráficos para cada

variável estudada.

O gráfico do tipo Box-plot é uma forma de verificar a distribuição dos dados

coletados de uma população. Para a sua construção, é preciso calcular 1o. e 3o.

quartis, que correspondem, respectivamente, aos valores referentes a 25% e 75%

da amostra e, a mediana, que corresponde ao valor referente a 50% da amostra. A

representação do Box-plot é feita mediante a colocação dos valores máximo e

mínimo ligados por uma caixa constituída dos valores referentes aos quartis (1o., 3o.

e mediana). O box-plot pode ser construído com ou sem a presença de observações

discrepantes (outliers), sendo opcional nos mais diversos softwares estatísticos. Se

a distribuição dos dados é simétrica, as distâncias entre os valores mínimo e 1o.

quartil, 1o. quartil e mediana, mediana e 3o. quartil e 3o. quartil e o máximo dever ter

paramétricos aos parâmetros envolvidos na população. Caso não haja simetria, o

teste paramétrico é menos poderoso e deve-se optar por um similar não

paramétrico.

Gráfico 1- Box-plot para o ÂNGULO SELA para o Grupo Classe II e Grupo Controle

Gráfico 3- Box-plot para o ÂNGULO GONÍACO para Grupo Classe II e Grupo Controle

Gráfico 4- Box-plot para a SOMA TOTAL para Grupo Classe II e Grupo Controle Grupo Classe II Grupo Controle

Gráfico 5- Box-plot para o ÂNGULO GONÍACO SUPERIOR para Grupo Classe II e Grupo

Controle

Gráfico 6- Box-plot para o ÂNGULO GONÍACO INFERIOR para Grupo Classe II e Grupo

Controle

Gráfico 7- Box-plot para a BASE ANTERIOR DO CRÂNIO para Grupo Classe II e Grupo Controle

Gráfico 8- Box-plot para o COMPRIMENTO DO CORPO MANDIBULAR para Grupo Classe II e Grupo Controle

Gráfico 9- Box-plot para a BASE POSTERIOR DO CRÂNIO para Grupo Classe II e Grupo Controle

Gráfico 10- Box-plot para a ALTURA DO RAMO para Grupo Classe II e Grupo Controle

Gráfico 11- Box-plot para a ALTURA FACIAL POSTERIOR para Grupo Classe II e Grupo Controle

Gráfico 12- Box-plot para a ALTURA FACIAL ANTERIOR para Grupo Classe II e Grupo

Controle

Gráfico 13- Box-plot para a PORCENTAGEM DE JARABAK para Grupo Classe II e Grupo

Controle

6 Discussão

O método mais preconizado para quantificar o crescimento do complexo

craniofacial é a cefalometria radiográfica, que é amplamente utilizada em pesquisas

sobre o crescimento craniofacial, no diagnóstico ortodôntico e na avaliação do

tratamento. Segundo os estudos (HELLMAN, 1927; OPPENHEIM, 1928) mediante a

craniometria, relataram que a maior vantagem era a possibilidade de se obter

medidas precisas diretamente de crânios secos, porém as desvantagens desse

método era de fornecer apenas dados transversais do crescimento e também

poderiam alterar o curso normal do crescimento craniofacial devido as doenças

crônicas (PROFFIT, 1986; TODD, 1981). Apesar das limitações impostas à

craniometria, alguns autores realizaram estudos que foram consagrados e aplicados

à Ortodontia até os dias atuais. O primeiro documento que hoje chamamos de

cefalometria foi provavelmente de Pacini (1922). Neste mesmo ano, Simom utilizou o

sistema gnatológico, e por meio dessas idéias de antropometria e gnatologia

desenvolveram-se e fundiram-se em uma nova tecnologia: a radiografia

cefalométrica. A cefalometria, sem dúvida, é um instrumento de diagnóstico útil para

a identificação do padrão facial ou sua tendência de crescimento facial. As

transformações que representam a mudança da criança num adulto são, na

realidade, a expressão do crescimento, o qual é regulado por fatores genéticos,

portanto, de modo favorável ou não ao desenvolvimento normal da face e da

oclusão. Na oclusão normal, os maxilares e as demais estruturas faciais

desenvolvem-se de modo harmonioso com alterações sucessivas de crescimento

expressas principalmente no sentido sagital, vertical e transversal, que resulta na

face adulta de proporções normais e com um bom relacionamento oclusal.

Jarabak e Fizzell (1972) definiram a cefalometria como a ciência que fraciona

o complexo dento-crânio-facial, que tinha como propósito examinar de que forma as

partes relacionavam-se entre si, e como os incrementos individuais de crescimento

ou mudanças de tratamento afetavam aquele conjunto. Muito se deve ao

desenvolvimento clínico da cefalometria, à contribuição de Dows (1948), que

formulou uma das primeiras análises cefalométricas de interesse para as correções

ortodônticas, estabelecendo um padrão para o esqueleto facial, e segundo o autor,

há um padrão facial que representa a média dos indivíduos com oclusão

clinicamente aceitável. Jarabak e Fizzell (1975) publicaram pela primeira vez a

Análise de Jarabak, e determinaram categorias de padrão de crescimento facial.

Na literatura ortodôntica, há inúmeros trabalhos relacionados ao estudo da má

oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle, considerando que a maioria deles utilizava

a cefalometria para analisar as características dos problemas relacionados a essa

má oclusão. Estudos de prevalência foram realizados para determinar o índice da

má oclusão de Classe II, e segundo (NOUER, 1966) apresentou uma prevalência de

Classe II em 8,5%; (TAKAHASHI, 1975) apresentou uma prevalência para a má

oclusão de Classe II, de 25,26%; (SILVA FILHO et al., 1989) uma alta prevalência

dessa má oclusão, em 42% dos casos e (GANDINI, 1993), 33,10% de distoclusão.

Muitas más oclusões ântero-posteriores são decorrentes de um desenvolvimento

consultada, pode-se afirmar que o mais importante no sentido de uma melhor

compreensão da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, é o diagnóstico criterioso.

Optou-se pela realização da Análise de Jarabak por ser uma análise bastante

estudada, de fácil realização, e completa em seus dados, segundo (MCNAMARA

JR., 1984). Portanto, o objetivo desse capítulo foi interpretar e confrontar os

resultados obtidos dessa pesquisa juntamente com a literatura.

A má oclusão de Classe II, 1ª divisão, pode ser caracterizada por vários

fatores que levam a essa má oclusão, e apesar de não ter sido analisada nessa

pesquisa a relação da maxila com a base do crânio, não poderia deixar de citar

alguns autores que obtiveram em seus estudos, resultados de uma má oclusão de

Classe II, 1ª divisão, em decorrência de alterações da maxila, como um

desenvolvimento maior da maxila em relação à mandíbula e mesmo em relação à

base do crânio. Segundo a literatura, alguns autores verificaram que a maxila

encontrava-se protruída em relação à base do crânio, nos casos de Classe II, 1ª

divisão, como (WYLIE, 1947; BJÖRK, 1947, 1948; ELSASSER e WYLIE, 1948;

DRELICH, 1948; FISCHER, 1948; BJÖRK, 1951a,b; FISK et al., 1953; BLAIR, 1954;

BRAUN e SCHIMIDT, 1956; HENRY, 1957; MARTIN, 1958; BJÖRK, 1960;

MAJ et al., 1960; JAMES, 1963; COBEN, 1966; HOUSTON, 1967; SASSOUNI,

1969, 1970; COBEN, 1971; ROTHSTEIN, 1971; MCNAMARA JR., 1981; MARTINS

e VIGORITO, 1987; VALE e MARTINS, 1987; ROSEMBLUM, 1995; SIMPLÍCIO,

1995; MAIA et al., 1998; LAU e HAGG, 1999; TUKASAN, 1999; ROTHSTEIN e

YOON-TARLIE, 2000). Segundo a literatura, alguns trabalhos apresentaram um

posicionamento normal da maxila em relação à base do crânio, nos casos de Classe

II, 1ª divisão, (OPPEINHEIN, 1928; BRODIE, 1931; LARSON e MEREDITH, 1949;

KOWALSKI e WALKER, 1972; HITCHCOCK, 1973; MCNAMARA JR., 1981;

VIGORITO e MITRI, 1992; SIMPLÍCIO, 1995; MISSAKA e FANTINI, 1997; MAIA et

al., 1998; BERTOZ et al., 2003). Também foram encontrados casos de má oclusão

de Classe II, 1ª divisão, por retrusão de maxila com maior retrognatismo mandibular

(RENFROE, 1948; AIDAR, 1987; GEISER et al., 2002; BERTOZ et al., 2003).

O que mais se encontrou na literatura foi problema da má oclusão de Classe

II, 1ª divisão, predominantemente relacionada com à mandíbula. Muitos trabalhos

mostraram que a mandíbula encontrava-se retruída em relação à base do crânio,

nos casos de Classe II, 1ª divisão, (LISCHER, 1921; LUNDSTRÖM, 1925;

OPPEINHEIN, 1928; BRODIE, 1931; BALDRIDGE, 1941; WYLIE, 1947; BJÖRK,

1948; DRELICH, 1948; ELSASSER e WYLIE, 1948; FISCHER, 1948; HIGLEY,

1948; NELSON e HIGLEY, 1948; RENFROE, 1948; GILMORE, 1950; BJÖRK,

1951b; CRAIG, 1951; RIEDEL, 1952; FISK et al., 1953; BLAIR, 1954; MITCHEL,

1954; BRAUN e SCHIMIDT, 1956; HENRY, 1957; KEAN, 1958; MARTIN, 1958;

BJÖRK, 1960; MAJ et al., 1960; GRESHAM, 1963; JAMES, 1963; WALLIS, 1963;

ARAÚJO, 1964, 1967; COBEN, 1966; ARAÚJO, 1967; HOUSTON, 1967; PFAFF,

1967; SASSOUNI, 1969, 1970; THOMAZINHO, 1970; COBEN, 1971; HARRIS et

al.,1972; HITCHCOCK, 1973; MENEZES, 1974; VIGORITO, 1974; MOYERS et al.,

1980; MCNAMARA JR., 1981; BUSCHANG, 1986; AIDAR, 1987; VALE e MARTINS,

1987; BYCZEK e NGAN, 1992; ROSEMBLUM, 1995; SIMPLÍCIO, 1995; MISSAKA e

FANTINI, 1997; BISHARA, 1998; MAIA et al., 1998; LAU e HAGG, 1999; TUKASAN,

1999; ANDRIGHETTO et al., 2001; TUKASAN, 2002; BERTOZ et al., 2003), da

mesma forma que os valores encontrados nessa pesquisa, apresentaram diferença

estatisticamente significativa em algumas grandezas cefalométricas, confirmando

a literatura, alguns trabalhos ainda mostraram um posicionamento normal da

mandíbula, nos casos de Classe II, 1ª divisão, (ELMAN, 1940; ADAMS, 1948;

LARSON e MEREDITH, 1949; FISK et al., 1953; BLAIR, 1954; BRAUN e SCHIMIDT,

1956; CALCOTE, 1960; CASSIDY, 1962; ROTHSTEIN, 1971; MOYERS et al., 1980;

VIGORITO e MITRI, 1982; VALE e MARTINS, 1987; ROSEMBLUM, 1995;

SIMPLÍCIO, 1995; ROTHSTEIN e YOON-TARLIE, 2000) e até um prognatismo

mandibular (BJÖRK, 1947).

Avaliando os resultados obtidos nessa pesquisa, foram interpretados e

relacionados entre si, comparando-os com a literatura. No presente estudo, foram

analisadas as medidas angulares e lineares permitindo um estudo estatístico como

ponto de partida para a cefalometria dinâmica. O propósito dessa análise

cefalométrica foi obter a melhor visão de uma anomalia esquelética, no sentido

vertical e ântero-posterior, com a menor quantidade possível de medidas

cefalométricas. Primeiramente, compararam-se as medidas angulares, e segundo os

ângulos Sela, Articular e Goníaco, estes demonstram o grau de crescimento facial e

quando o Ângulo Sela apresenta-se aumentado ou mais aberto indica uma posição

mais horizontal da Base Posterior do Crânio (S-Ar), e, com o crescimento, a fossa

mandibular situa-se mais para trás e levemente para baixo, provocando a

retroposição mandibular. O valor deste ângulo é encontrado geralmente, nas más

oclusões de Classe II e mordida aberta esquelética. A face apresenta-se retrognata

mesmo com mandíbula apresentando um tamanho normal.

Ao contrário, um ângulo menor do que a norma, ou fechado, indica uma

posição mais vertical da Base Posterior do Crânio (S-Ar). O deslocamento, com o

crescimento da fossa mandibular situa-se mais para baixo e levemente para trás,

oclusões de Classe III e mordida profunda esquelética. A face apresenta-se mais

prognata, mesmo nos casos de uma mandíbula de tamanho normal. Este ângulo

pode ter valor maior ou menor que o normal nos três biótipos faciais. Em geral, o

Ângulo Sela mais aberto é mais freqüente em indivíduos dolicifaciais, ao passo que

o ângulo mais fechado é freqüente em indivíduos braqui e mesofaciais.

Segundo os resultados dessa pesquisa, o Ângulo Sela não apresentou

diferença estatisticamente significativa, o qual encontrou uma média para o Grupo

Classe II, de 126,96º, e para o Grupo Controle, uma média de 125,30º. Mediante os

resultados, o Ângulo Sela apresentou-se mais aberto, levando a um

retroposicionamento mandibular e deixando a face mais retrognata, embora a

mandíbula se apresentasse em seu tamanho normal.

Em relação ao Ângulo Articular, a posição do ramo mandibular é afetada

durante o crescimento e desenvolvimento pelos músculos circundantes e pelo

crescimento dentoalveolar. Ângulos Articulares aumentados ou abertos são

encontrados em indivíduos com ramo mandibular direcionado verticalmente,

favorecendo o retrognatismo mandibular, e a musculatura apresenta-se de pouca

potência condicionando um crescimento e uma reação diferenciada ao tratamento. O

ramo é mais estreito e com uma cinta pterigo-masseteriana também estreita,

permitindo que o crescimento do ramo da mandíbula se faça mais vertical sem a

projeção sagital da sínfise. A resistência muscular à mecânica extrusiva,

especialmente de dentes posteriores, será débil, facilitando a abertura da mordida e

o deslocamento condilar. Um ângulo aberto recomenda, portanto, evitar a mecânica

extrusiva e o uso de fios ortodônticos de alta carga de deflexão. O uso de fios rígidos

pode, em um movimento extrusivo de um elemento dentário, provocar uma mordida

fechados são encontrados em indivíduos com ramo mandibular direcionado

horizontalmente, favorecendo o prognatismo mandibular, em indivíduos que

apresentam músculos elevadores fortes, hiperdesenvolvidos e normalmente uma

cinta pterigo-masseteriana de ampla inserção, coincidente com o ramo mandibular

também largo. Correlacionando esse ângulo com o crescimento pode-se dizer que

quanto mais anteriorizada for a orientação da linha (Ar-Goc) fechando o Ângulo

Articular, o crescimento favorecerá a projeção sagital da sínfise mandibular. O

Ângulo Articular pode ser modificado pelo tratamento. Segundo essa pesquisa, os

resultados apresentados para o Ângulo Articular no Grupo Classe II, foi de 146,56º,

e para o Grupo Controle, 145,06º. Estatisticamente não houve diferença significativa

para este ângulo, mas confirmou por meio dos resultados obtidos na pesquisa, o

retrognatimo mandibular.

O Ângulo Goníaco determina sua relação com a altura facial, e segundo Björk

(1969) definiu a morfologia mandibular. Pode ser considerado como sendo o centro

ao redor do qual o restante da face realiza um crescimento adaptativo; além disso, é

a determinante da direção de crescimento da porção inferior da face. Pode ser

analisado de duas formas: a primeira é considerar seu valor total e relacioná-lo com

os ângulos estudados anteriormente, fazendo-se a soma dos três ângulos, os quais

serão explicados mais adiante e a outra forma é dividí-lo em duas partes, uma

superior e outra inferior. Quando o ângulo Goníaco apresenta-se diminuído, a

mandíbula apresenta-se quadrada, a altura da face é curta, e o indivíduo exibe uma

mordida profunda esquelética. O valor aumentado evidencia uma mandíbula estreita,

a altura da face anterior é longa, e associado à mordida aberta esquelética.

Mediante os resultados obtidos nessa pesquisa, estatisticamente, também

Goníaco apresentou um valor de 123,40º, e no Grupo Controle um valor de 121,83º;

segundo (HIGLEY, 1948; WALLIS, 1963) este ângulo também se apresentou agudo.

Comparando os dois grupos, os resultados mostraram que houve uma tendência à

mordida aberta anterior e uma face mais longa, conseqüentemente um

retroposicionamento mandibular. Portanto, esse ângulo não deve ser estudado

apenas como um fator único de morfologia, mas a forma como o ramo mandibular e

o corpo mandibular estão relacionados para formar o Ângulo Goníaco, demonstram

como seu crescimento influenciaria as estruturas faciais.

Apesar dos ângulos Sela, Articular e Goníaco apresentarem valores maiores,

diferentes do Grupo Controle, avaliando isoladamente o comportamento individual

de cada ângulo, esses valores não foram suficientes para provocarem uma diferença

estatisticamente significativa, mas analisando a somatória desses três ângulos, o

valor tornou-se estatisticamente significativo, no qual os ângulos têm direta

interdependência para sua interpretação, compensando ou potencializando valores

que poderiam existir entre eles, resultando numa determinada direção de

crescimento. Quando o valor da Soma Total apresentar diminuído, indicará um

crescimento do mento, no sentido anterior. Ao contrário, quando esse valor é

aumentado, o crescimento se manifesta mais no sentido vertical, com pouca

projeção anterior, do mento, tendendo a um crescimento no sentido vertical. No

Grupo Classe II, essa Soma Total foi de 396,93º, e no Grupo Controle, de 392,20º; e

diante dos resultados obtidos nessa pesquisa, apresentou-se um

retroposicionamento mandibular no Grupo Classe II, com tendência de rotação

mandibular no sentido horário, segundo os autores (LISCHER, 1921; LUNDSTRÖM,

1925; OPPEINHEIN, 1928; BRODIE, 1931; BALDRIDGE, 1941; WYLIE, 1947;

HIGLEY, 1948; NELSON e HIGLEY, 1948; RENFROE, 1948; GILMORE, 1950;

BJÖRK, 1951b; CRAIG, 1951; RIEDEL, 1952; FISK et al., 1953; BLAIR, 1954;

MITCHEL, 1954; BRAUN e SCHIMIDT, 1956; HENRY, 1957; KEAN, 1958; MARTIN,

1958; MAJ et al., 1960; JAMES, 1963; WALLIS, 1963; ARAÚJO, 1964; COBEN,

1966; ARAÚJO, 1967; HOUSTON, 1967; PFATT, 1967; SASSOUNI, 1969, 1970;

THOMAZINHO, 1970; COBEN, 1971; HARRIS et al., 1972; HITCHCOCK, 1973;

MENEZES, 1974; MOYERS et al., 1980; MCNAMARA JR., 1981; BUSCHANG,

1986; AIDAR, 1987; VALE e MARTINS, 1987; BYCZEK e NGAN, 1992;

ROSEMBLUM, 1995; SIMPLÍCIO, 1995; MISSAKA e FANTINI, 1997; BISHARA,

1998; MAIA et al., 1998; LAU e HAGG, 1999; TUKASAN, 1999; ANDRIGHETO et

al., 2001; TUKASAN, 2002). Estatisticamente, a Soma Total apresentou diferença

significativa, com valores aumentados e um padrão de crescimento facial vertical.

A partir de uma linha determinada por Jarabak e Fizzell (1972), denominada

de profundidade facial, o Ângulo Goníaco foi dividido em duas partes: Ângulo

Goníaco Superior e Inferior, como foi descrito anteriormente, o qual seria uma das

formas de analisá-lo. O Ângulo Goníaco Superior descreve a inclinação do ramo

mandibular e quando o seu apresentar-se aumentado, indicará um incremento

remanescente de crescimento mandibular no sentido horizontal, fazendo com que a

parte inferior da face seja mais prognata, com projeção anterior do mento. Quando o

Ângulo Goníaco Superior for diminuído, o incremento remanescente de crescimento

mandibular será mais vertical, do tipo rotacional posterior, e com pouca projeção

anterior do mento, sendo um caso desfavorável para a correção de Classe ll

esquelética, necessitando controle vertical dos processos alveolares e da maxila.

Segundo os resultados dessa pesquisa, o Ângulo Goníaco Superior apresentou-se

Praticamente não houve diferença de valores entre os dois grupos, por isso não

houve diferença estatisticamente significativa.

Em relação ao Ângulo Goníaco Inferior, este descreve a inclinação do corpo

mandibular. Um aumento do Ângulo Goníaco Inferior indica inclinação maior do

corpo mandibular, para baixo, e o crescimento manifesta-se projetando a sínfise

nesse sentido, ocasionando um padrão de mordida aberta esquelética. Ao contrário,

um Ângulo Goníaco Inferior diminuído descreve um corpo mandibular mais

horizontal, associado a um padrão de mordida profunda esquelética. Conhecer a

direção do incremento remanescente de crescimento é muito importante para o

clínico que está planejando corrigir as más oclusões ântero-posteriores e verticais

esqueléticas. Indivíduos com Ângulo Goníaco Superior aumentado e Inferior

diminuído são os habitualmente classificados com padrão de crescimento favorável

para a correção de uma má oclusão esquelética, no qual o crescimento para frente,

da sínfise, favorece a correção. Nesses casos, Jarabak e Fizzell (1972)

recomendam deixar um trespasse vertical aumentado para dar certa liberdade aos

incisivos até que o crescimento mandibular esteja terminado, evitando-se com essa

conduta um possível apinhamento ou mordida cruzada anterior. Ao contrário, esse

mesmo caso é extremamente desfavorável na Classe III.Os resultados encontrados

nessa pesquisa no Grupo Classe II, foi de 73,03º e no Grupo Controle, de 71,43º.

Apesar de estatisticamente não ter dado diferença significativa, o Ângulo Goníaco

Inferior apresentou uma média maior comparada ao Grupo Controle, resultando em

uma maior inclinação do corpo mandibular, possibilitando ao direcionamento com

rotação no sentido horário, podendo ocasionar um padrão de mordida aberta

As medidas lineares definirão a morfologia facial e o potencial de crescimento

estrutural, entre as relações de proporcionalidade que elas mantêm entre si.

Na relação entre Base Anterior do Crânio e Comprimento do Corpo Mandibular tem-

se uma relação normal de 1:1. Se esse fosse o valor observado, ou um valor muito

próximo, indicaria que o Comprimento do Corpo Mandibular aumentaria em média 1

a 1,5 mm para cada milímetro de crescimento da Base Anterior do Crânio. Nos

casos em que o Comprimento do Corpo Mandibular for de 3 a 5 mm maior que o

comprimento da Base Anterior do Crânio, o incremento de crescimento mandibular

será maior que aquele produzido anualmente nos casos que existe uma relação de

1:1, indicando um crescimento com tendência para Classe III. É necessário

considerar, porém, que a Base Anterior do Crânio quando apresentar aumentada

será comumente encontrada nos indivíduos com má oclusão de Classe II

esquelética (KEAN, 1958; BJÖRK, 1960; JAMES, 1963; WALLIS, 1963; HOUSTON,

1967; SASSOUNI, 1969; ROTHSTEIN, 1971). Mediante os resultados nessa

pesquisa, o valor da Base Anterior do Crânio no Grupo Classe II, foi de 70,84mm em

relação a 72,43mm no Grupo Controle, apresentando um comprimento de Base

Anterior do Crânio curta, conforme os trabalhos de (ELSASSER e WYLIE, 1948;

BJÖRK, 1951a; MENEZES, 1974). Estatisticamente houve diferença significativa

para essa proporção entre os grupos estudados. Em relação ao Comprimento do

Corpo Mandibular, o valor encontrado no Grupo Classe II foi de 73,29mm e no

Grupo Controle, de 77,06mm. Estatisticamente, houve diferença significativa

comparando os dois grupos, no qual foi determinado um Comprimento do Corpo

Mandibular reduzido, segundo os autores (OPPENHEIM, 1928; BRODIE, 1931;

WYLIE, 1947; DRELICH, 1948; ELSASSER e WYLIE, 1948; HIGLEY, 1948;

1955; HENRY, 1957; KEAN, 1958; MARTIN, 1958; BJÖRK, 1960; WALLIS, 1963;

ARAÚJO, 1964; COBEN, 1966; PFAFF, 1967; SASSOUNI, 1969; TOMAZINHO,

1970; MENEZES, 1974; BUSCHANG, 1986; BYCZEK e NGAN, 1992; BISHARA,

1998); o que difere desses resultados no qual (NELSON e HIGLEY, 1948)

encontraram um comprimento maior da mandíbula nos casos de oclusão normal e

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