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Renata José ESTUDO CEFALOMÉTRICO EM JOVENS BRASILEIROS PORTADORES DE CLASSE II, 1ª DIVISÃO DE ANGLE, SEGUNDO A ANÁLISE DE JARABAK

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(1)

ESTUDO CEFALOMÉTRICO EM JOVENS BRASILEIROS

PORTADORES DE CLASSE II, 1ª DIVISÃO DE ANGLE,

SEGUNDO A ANÁLISE DE JARABAK

MARÍLIA

2004

(2)
(3)

ESTUDO CEFALOMÉTRICO EM JOVENS BRASILEIROS

PORTADORES DE CLASSE II, 1ª DIVISÃO DE ANGLE,

SEGUNDO A ANÁLISE DE JARABAK

Dissertação apresentada à Universidade de Marília -UNIMAR, Faculdade de Ciências Odontológicas, para a obtenção do Título de Mestre em Clínica Odontológica, Área de concentração em Ortodontia.

Orientador: Prof. Dr. Paulo César Tukasan Co-orientador: Prof. Dr. Acácio Fuziy

MARÍLIA

2004

(4)

f.195

Dissertação (Mestrado). – Faculdade de Ciências Odontológicas da Universidade de Marília. Marília, 2004.

l. Má oclusão classe II 2. Cefalometria 3. Diagnóstico 4. Retrognatismo mandibular

I. José, Renata II. Estudo cefalométrico em jovens brasileiros portadores de classe II, 1ª divisão de Angle, segundo a análise de Jabarak

(5)
(6)

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Pró-Reitor: Prof. Dr. Sosígenes Victor Benfatti

Faculdade de Ciências Odontológicas

Diretor: Dr. Valdir Gouveia Garcia

Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica

Área de Concentração em Ortodontia

Coordenador: Prof. Dr. Sosígenes Victor Benfatti

Orientador: Prof. Dr. Paulo César Tukasan

Co-orientador: Prof. Dr. Acácio Fuziy

(7)

NOTAS DA BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO

(RENATA JOSÉ)

“ESTUDO CEFALOMÉTRICO EM JOVENS BRASILEIROS PORTADORES DE

CLASSE II, 1ª DIVISÃO DE ANGLE, SEGUNDO A ANÁLISE DE JARABAK”

Banca Examinadora

Prof. Dr. Marcos Rogério de Mendonça - UNESP - Araçatuba-SP

Avaliação:... Assinatura:...

Prof. Dr. Acácio Fuziy - UNIMAR – Marília-SP

Avaliação:... Assinatura:...

Prof. Dr. Paulo César Tukasan - UNIMAR – Marília-SP

Avaliação:... Assinatura:...

(8)
(9)

A

DEUS

pelo infinito amor e proteção, que

sempre iluminou e guiou os meus caminhos

me dando forças para superar todos os

momentos de minha vida, mesmo os

momentos mais difíceis.

Aos meus queridos e amados pais,

Renato e Semy

De vocês recebi o dom mais precioso que

poderiam me dar: a VIDA. Não contentes,

preencheram-na de alegrias, carinho,

compreensão e muito amor. Abriram as

portas de meu futuro, e foram responsáveis

pela minha formação moral e intelectual,

conduzindo-me à compreensão dos preceitos

de idoneidade, solidariedade, boa conduta e

acima de tudo respeito pelo ser humano,

(10)

Minha

Mãe

, consegui trilhar mais uma etapa

de meu caminho, e graças a seu apoio e

incentivo, estruturado com muito amor,

trabalho e honestidade, alcancei meus

objetivos. Obrigada pelo carinho, dedicação e

pela sua paciência. Agradeço de coração por

mais esta vitória, minha eterna gratidão e

admiração;

e....

(11)

lembrança e saudades.

À minha querida e amada irmã

Claudia

,

companheira, amiga em todos os momentos,

obrigada pelo seu amor, pela sua atenção,

pela sua prestimosa dedicação, pela sua

dignidade de caráter, pelo incentivo de meus

ideais e sábios conselhos que me trouxeram

sempre esperança e bom ânimo em toda a

minha vida. Você contribuiu de forma decisiva

para alcançar esse objetivo. A minha eterna

admiração, gratidão e obrigada por tudo que é

(12)

Meu reconhecimento e agradecimento

especial

Ao Professor Doutor

Paulo César

Tukasan

, participação fundamental neste

trabalho, pela sua presença significante, que

com sua calma e tranqüilidade transmitiu

conhecimentos tão importantes,

(13)

orientando-essenciais para busca de minha capacitação

docente. Obrigada pela sua amizade e receba

minha eterna admiração e gratidão por tudo

que aprendi e que sou hoje.

(14)

pelos ensinamentos transmitidos, pelo

reconhecimento por todo apoio e amizade

que me foram dedicados e também pela

incansável luta. Muito obrigada por me

ensinar como agir no âmbito profissional, com

dedicação, disciplina e ordem. Minha

(15)

responsável pelo meu ingresso na carreira

docente, pelo incentivo e sábios conselhos,

fonte inesgotável de sabedoria, força e

determinação, exemplo de simplicidade,

dedicação e honestidade, que me ensinou a

enfrentar os grandes desafios em prol de meu

aperfeiçoamento moral e intelectual, em que

deposito grande respeito, gratidão e

admiração, de todo coração meu eterno

carinho.

(16)

vitória sem luta.”

(17)

À UNIMAR na pessoa do Digníssimo Reitor

Professor Doutor Márcio Mesquita Serva, pela

(18)

Ao Digníssimo Professor Doutor

Sosígenes

Victor Benfatti, Pró-Reitor e Coordenador do

Programa de Pós-Graduação em Clínica

Odontológica, Área de Concentração em

Ortodontia da Universidade de Marília, pelo apoio

demonstrado, minha admiração;

Ao Digníssimo Professor Doutor

Valdir

Gouveia Garcia, Diretor da Faculdade de

Ciências Odontológicas da Universidade de

Marília, pelo excelente trabalho realizado, minha

admiração;

Aos Professores

Doutores do Curso de

Mestrado em Ortodontia, pelos conhecimentos

transmitidos;

Ao Professor Doutor

Júlio Araújo Gurgel,

por toda atenção depositada, minha gratidão e

admiração;

Ao Professor Doutor

Luis Anselmo

Mariotto, pela contribuição da correção no exame

de qualificação;

(19)

admiração;

Aos Professores da Graduação, do Curso

de Odontologia, minha admiração;

Aos alunos da Graduação em Odontologia da

Universidade de Marília, pela amizade;

Aos

Professores da disciplina de

Odontopediatria do Curso de Graduação da

Universidade de Marília, pela pouca convivência,

mas agradável, minha admiração e amizade;

Ao Professor Doutor

José Eduardo

Corrente, pela atenção, compreensão e

paciência na realização da análise estatística dos

resultados, pelo excelente trabalho desenvolvido;

Ao Professor Doutor

Luis Antonio de

Arruda Aidar, pela sua prestimosa atenção;

Ao meu grande amigo

Cid, pelo carinho,

incentivo, apoio depositado em mim, em todos os

momentos de luta, sinto-me privilegiada de

desfrutar de sua convivência e amizade, minha

eterna gratidão e admiração;

(20)

ausência nos dias da realização do Curso de

Mestrado, meu eterno carinho, gratidão e

amizade;

À Denise, Juliana e Charlene, pela

paciência, carinho e dedicação que sempre

depositaram em mim, minha eterna gratidão e

amizade;

(21)

nossos amigos.”

Ethel

Munford

Aos amigos do Mestrado...

Meu grande amigo Badaoui, a sua grandeza

de espírito emana um apreciável exemplo de

humildade e determinação na busca de novos

conhecimentos e aprimoramentos pessoal e

profissional. Obrigada pela sua amizade

incondicional, sincera e verdadeira dia após dia,

meu eterno carinho;

(22)

da visão, mas isso não significa que não esteja lá;

Ao amigo Edmílson, a linguagem da amizade

não é feita de palavras, mas de significados;

Ao amigo

Marcos Guilherme, amizade é o

respiro da vida, o multiplicador de nossas alegrias;

Ao amigo Mineiro, não há distância ou lapso

de tempo que possa diminuir a amizade daqueles

que não têm dúvidas quanto ao valor um do outro;

Ao meu grande amigo

Roberto, que entrou

na minha vida como quem não quisesse nada, e

mal sabe que o aprisionei para sempre, debaixo

de sete chaves, dentro do coração; minha eterna

gratidão, admiração e amizade. A simpatia é o

sentimento que nasce num só momento, sincero

no coração; são dois olhares acesos bem juntos,

unidos, presos, numa mágica atração;

À amiga Rosilaine, pela sua grandeza em

pessoa, de todas as felicidades, a mais gratificante

é a de uma firme e sincera amizade;

(23)

e bênçãos perenes, e uma das grandes alegrias

da vida é ter uma pessoa amiga;

Minha amiga Tânia

, os amigos não se fazem,

já nascem feitos, é uma das mais doces alegrias

da vida;

Ao amigo

Thomas, a amizade é um

sentimento sério, o mais sublime de todos, pois se

funda em princípios e é cimentado pelo tempo;

À amiga Vera, sinto-me orgulhosa de ter o

privilégio de conviver e desfrutar da sua amizade,

pelo exemplo de simplicidade e ao mesmo tempo

pela grandeza que sua presença emana, meu

eterno carinho;

(24)
(25)

família, pelo amor e carinho, minha eterna

admiração e gratidão;

Aos queridos primos

Liliane

e

César

, pela

honra de nossa grande amizade, meu eterno

carinho;

À Luciana Bisco Ferreira, pela amizade e

colaboração em meu trabalho, minha gratidão;

À Olívia

, desejo a você sucesso em sua nova

jornada, minha amizade;

Aos funcionários da ROM, pela atenção e

serviços prestados;

Ao Roberto Aur, pela atenção depositada

em mim, minha gratidão e amizade;

À Maristela, minha gratidão na elaboração

das fichas;

À Professora Valéria pela atenção depositada

na realização da revisão do texto;

À Professora

Marilda, pelo auxílio na versão

do resumo para língua inglesa;

(26)

Ao amigo

Junior, pela atenção e amizade,

minha eterna gratidão;

À amiga Mª. Luíza, meu eterno carinho e

amizade;

Aos tradutores da língua inglesa pelo

criterioso trabalho de traduções dos artigos

científicos, que possibilitaram uma leitura

consistente de seus conteúdos;

Ao

Markinhos, pela colaboração na

realização de meu trabalho no campo da

informática, minha gratidão e amizade;

Ao Mucha e Alex, pelo auxílio em meu

trabalho no campo visual;

Aos funcionários da Pós-Graduação, em

especial a

Andréa

pela atenção e simpatia,

minha gratidão e amizade;

(27)

dedicação;

Ao Marcelo, da tesouraria, pela atenção

depositada em mim, minha amizade;

Ao Sr.

Ademir, pela atenção e simpatia,

minha gratidão e amizade;

Enfim, a todos aqueles que contribuíram, direta ou

indiretamente, para realização deste trabalho, os mais sinceros

agradecimentos,

muito obrigada!

“O futuro pertence àqueles que

acreditam na

(28)
(29)

quando se vence é que se pode.”

(30)
(31)

No presente trabalho, foram analisadas 95 telerradiografias em norma lateral,

de jovens brasileiros na faixa etária entre 10 e 15 anos, de ambos os gêneros, não

tratados ortodonticamente, as quais foram divididas em dois grupos: Grupo Classe

II, com 65 telerradiografias em norma lateral, de jovens portadores de má oclusão de

Classe II, 1ª divisão de Angle, sendo 29 do gênero masculino e 36 do gênero

feminino; e o Grupo Controle, com 30 telerradiografias em norma lateral, de jovens

portadores de oclusão clinicamente aceitável, sendo 13 do gênero masculino e 17

do gênero feminino. O levantamento foi realizado nas escolas públicas municipais e

estaduais do município de Marília – SP. O professor Joseph Jarabak desenvolveu na

década de 60, uma análise que correlacionava as estruturas da base do crânio e da

mandíbula, determinando o padrão de crescimento facial. A análise de Jarabak foi

utilizada nessa pesquisa, que apresentou como objetivo a determinação dos valores

das grandezas cefalométricas dos grupos estudados, e relacioná-los entre si;

determinar o padrão de crescimento facial e a presença de dimorfismo entre os

gêneros. Os resultados demonstraram que não houve a presença estatisticamente

de dimorfismo entre os gêneros, o Comprimento do Corpo Mandibular, Altura do

Ramo e Altura Facial Posterior apresentaram-se reduzidos e o padrão de

crescimento facial foi predominantemente vertical, apresentando uma face mais

longa, no Grupo Classe II.

Palavras-chave: 1. Má oclusão de Classe II, 1ª divisão; 2. Cefalometria; 3. Diagnóstico;

(32)
(33)

For this piece of work, we analysed ninety five cephalometric headfilms young

Brazilian boys and girls, with their age ranging from ten to fifteen. They had not been

treated orthodontically and were divided into two groups: Group Class II - with sixty

five cephalometric headfilms, they presented Class II, division I malocclusion

described by Angle, they were 29 boys and 36 girls; and the Control Group - with

thirty cephalometric headfilms, they presented clinically acceptable occlusion, they

were thirteen boys and seventeen girls. The study was done in municipal and state

schools (from the State of São Paulo) in Marília - S.P. In the 60's, Professor Joseph

Jarabak analysed and developed a correlation between the structure of the skull and

the jaw establishing the facial growth standard. His analysis were used in this

research to determine the avarage values of the cephalometric measure in the

groups studied, and to relate them between themselves; to establish the standard

facial growth and the presence of morphologic anomalies in boys and girls. The

results have shown that, statistically, there were no morphologic anomalies between

boys and girls, the length of the jaw, the height of the branch and the facial posterior

height were reduced and the standard facial growth was mainly vertical and one side

of the face longer than the other, in the Group Class II.

Key Words: 1. Class II, division 1 malocclusion; 2. Cephalometry; 3. Diagnosis; 4. Retrusion

(34)
(35)

mm = milímetros cm = centímetros m = metros º = grau ª = primeira nº = número et al. = e colaboradores % = por cento NS = não significante kV = quilovoltagem mA= miliamperagem DP = desvio padrão > = maior < = menor N = Nasio S = Sela Ar = Articular Ba = Basio

AFA = Altura Facial Anterior

(36)

CCM = Comprimento do Corpo Mandibular

BAC = Base Anterior do Crânio

BPC = Base Posterior do Crânio

AFAT = Altura Facial Anterior Total

AFAS = Altura Facial Anterior Superior

MIH = máxima intercuspidação

(37)

Figura 1- Fotografias extrabucais frontal e lateral 93

Figura 2- Fotografias intrabucais frontal e lateral 93

Figura 3- Fotografias intrabucais vista lateral direira e esquerda 94 Figura 4- Fotografias intrabucais vista oclusal superior e inferior 94

Figura 5- Estruturas anatômicas utilizadas na pesquisa 98

Figura 6- Pontos cefalométricos utilizados na pesquisa 101

Figura 7- Linhas e Planos utilizados na pesquisa 104

Figura 8- Ângulo Sela 107

Figura 9- Ângulo Articular 109

Figura 10- Ângulo Goníaco 111

Figura 11- Ângulo Goníaco Superior e Inferior 113

Figura 12- Soma Total 115

Figura 13- Relação entre a Base Anterior do Crânio e Comprimento do

Corpo Mandibular

118

Figura 14- Relação entre a Base Posterior do Crânio e Altura do Ramo 120 Figura 15- Relação entre a Altura Facial Anterior e Altura Facial Posterior 122

(38)

QUADRO 1- Grandezas cefalométricas da Análise de Jarabak 123

TABELA 1- Comparação para as variáveis do Grupo Classe II,

para o primeiro e segundo momentos

130

TABELA 2- Comparação para as variáveis do Grupo Controle

para o primeiro e segundo momentos

131

TABELA 3- Comparação para as variáveis do Grupo Classe II,

para os gêneros feminino e masculino

133

TABELA 4- Comparação para as variáveis do Grupo Controle,

para os gêneros feminino e masculino

134

TABELA 5- Comparação para as variáveis do Grupo Classe II

e Grupo Controle

(39)

Gráfico 1- Box-plot para Ângulo Sela para o Grupo Classe II

e Grupo Controle

138

Gráfico 2- Box-plot para Ângulo Articular para o Grupo Classe II

e Grupo Controle

139

Gráfico 3- Box-plot para Ângulo Goníaco para o Grupo Classe II

e Grupo Controle

140

Gráfico 4- Box-plot para Soma Total para o Grupo Classe II

e Grupo Controle

141

Gráfico 5- Box-plot para Ângulo Goníaco Superior para o

Grupo Classe II e Grupo Controle

142

Gráfico 6- Box-plot para Ângulo Goníaco Inferior para o

Grupo Classe II e Grupo Controle

143

Gráfico 7- Box-plot para Base Anterior do Crânio para o

Grupo Classe II e Grupo Controle

144

Gráfico 8- Box-plot para Comprimento do Corpo Mandibular

para o Grupo Classe II e Grupo Controle

145

Gráfico 9- Box-plot para Base Posterior do Crânio para o

Grupo Classe II e Grupo Controle

146

Gráfico 10- Box-plot para Altura do Ramo para o

Grupo Classe II e Grupo Controle

147

Gráfico 11- Box-plot para Altura Facial Posterior para o

Grupo Classe II e Grupo Controle

148

Gráfico 12- Box-plot para Altura Facial Anterior para o

Grupo Classe II e Grupo Controle

(40)
(41)
(42)

Página 1 INTRODUÇÃO

37

2 REVISÃO DE LITERATURA

42

3 PROPOSIÇÃO

90

4 MATERIAL E MÉTODO

92

5 RESULTADOS

129

6 DISCUSSÃO

152

7 CONCLUSÃO

168

REFERÊNCIAS

171

APÊNDICE

183

ANEXO

194

(43)
(44)

1 Introdução

Um dos fatores de maior importância na elaboração do plano de tratamento

ortodôntico é o diagnóstico, o qual determina o sucesso ou fracasso no tratamento

das más oclusões. Por essa razão, esse assunto tem despertado a atenção de

muitos pesquisadores, preocupados em encontrar meios que possibilitem a

determinação das inúmeras causas que comprometem a integridade biológica do ser

humano.

Durante muito tempo, o diagnóstico ortodôntico foi realizado com muito

empirismo, devido provavelmente à escassez de meios para analisar as partes

componentes do crânio e da face, além do que, a oclusão dentária era estudada

apenas de um ponto de vista anatômico, descrevendo-se a relação dos arcos, de

forma exclusivamente dentária.

No final do século XIX, o pai da Ortodontia, Angle classificou as más oclusões

de uma maneira bastante didática e, por esse motivo, foi amplamente divulgada e

utilizada até os dias de hoje. Angle considerou o primeiro molar permanente

superior como a “chave” para a oclusão, com base na relação oclusal dos dentes.

Na oclusão normal, a cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior

permanente deveria ocluir no sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior

(45)

sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior permanente se posicionando

distalmente com a cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior permanente,

ao passo que na região anterior, ocorria a inclinação vestibular dos incisivos

superiores, definindo assim a 1ª divisão.

Em 1900, na sexta edição do seu livro texto “Malocclusion of the teeth”,

Angle definiu a Classe II, como o relacionamento mésio-distal anormal, na qual a

mandíbula, e conseqüentemente os dentes inferiores, ocluíam distalmente ao normal

o correspondente à largura de um pré-molar. Em 1907, na sétima edição do citado

livro, Angle modificou sua definição para “uma posição distal ao ideal de mais que a

metade de uma cúspide”. Entretanto, sua classificação foi definida apenas no

sentido horizontal estimulando os pesquisadores a se preocuparem principalmente

com o equilíbrio ântero-posterior do complexo craniofacial.

Para o estudo do crescimento humano quantitativo, o primeiro método

utilizado pela antropologia foi a craniometria, e Hellman, em 1927, realizou dois

importantes estudos em crânios secos, que apesar das limitações impostas pela

craniometria, alguns autores realizaram estudos que foram consagrados e aplicáveis

à Ortodontia até os dias atuais.

O desenvolvimento do cefalostato, em 1931, por Broadbent e Hofrath

possibilitou a padronização das telerradiografias e a cefalometria radiográfica

passou a ser um método com respaldo científico no estudo do crescimento e

desenvolvimento craniofacial, visando não somente o sentido sagital quanto também

o vertical. Assim sendo, foram apresentadas inúmeras análises cefalométricas para

proporcionar informações sobre a morfologia craniofacial adequando-a a parte

(46)

A compreensão das diferenças entre os tipos faciais é insuficiente ao estudo

de uma simples variável, pois é necessária a integração de um conjunto de variáveis

que definem o mesmo problema e sua integração na morfologia facial, segundo

Coben (1955).

Björk publicou vários trabalhos no campo da cefalometria sobre o

comportamento das estruturas craniofaciais durante o crescimento. Baseado nesses

trabalhos, Jarabak desenvolveu na década de 60, uma análise que correlacionava

as estruturas da base do crânio e da mandíbula, por alguns autores denominada de

Análise de Björk – Jarabak a qual considerava que o polígono de Jarabak

determinava as características do crescimento em seus aspectos qualitativos e

quantitativos, ou seja, direção e padrão de crescimento facial de indivíduos com

oclusão normal e portadores de diferentes más oclusões.

Jarabak (1972) definiu a cefalometria como a ciência que fracionava o

complexo dento-crânio-facial, com o propósito de examinar de que forma as partes

se relacionavam entre si, e como os incrementos individuais de crescimento ou

mudanças de tratamento, afetavam aquele conjunto.

Para que os estudos de crescimento se tornassem mais confiáveis, Todd

(1981), relatou que apesar da craniometria ter sido o primeiro método utilizado pela

antropologia, para ver o estudo do crescimento humano quantitativo, cuja maior

vantagem seria a possibilidade de se obter medidas precisas diretamente em

crânios secos, assegurou que estes estudos deveriam ser realizados em jovens

vivos, pois a desvantagem do estudo em crânios secos é que poderiam ter sido de

indivíduos com algumas doenças crônicas poderia ter alterado o curso normal do

(47)

Siriwat e Jarabak (1985) estudaram também a morfologia facial, e Jarabak

classificou-a em três distintos padrões definidos pela razão da altura facial, podendo

ser padrão de crescimento hiperdivergente, neutro ou hipodivergente.

Em um estudo de Silva Filho et al. (1989), foi concluído que apenas 11,47%

da população apresentou características de oclusão normal, 55% de más oclusões

de Classe I, 42% de más oclusões de Classe II e apenas 3% de más oclusões de

Classe III.

A má oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle, apresentou problemas

esqueléticos verticais e discrepância no sentido ântero-posterior entre a maxila e

mandíbula, causando problemas estéticos e funcionais, apresentados em maior

número nas clínicas ortodônticas, segundo Ritter et al., em 1997.

Gregoret (1999) dizia que Björk teve uma atuação muito destacada como

pesquisador no campo da cefalometria. Em seus estudos, referiu-se ao polígono,

analisando as medidas que eram consideradas mais importantes para o estudo, ou

seja, a morfologia craniofacial do indivíduo, a determinação do biótipo facial e as

posições e inter-relações dos diferentes componentes esqueléticos. O conhecimento

do crescimento e da morfologia craniofacial, bem como as proporções faciais, são

imprescindíveis para se predizer a tendência de crescimento.

Portanto, a proposta dessa pesquisa foi analisar os valores cefalométricos da

Análise de Jarabak, a partir da amostra realizada na região de Marília – SP, de

indivíduos portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, comparados aos

indivíduos com oclusão normal.

(48)
(49)
(50)

2 Revisão de Literatura

Angle (1899) classificou as más oclusões considerando o primeiro molar

permanente superior como a “chave” para a oclusão, com base na relação oclusal

dos dentes. O fator determinante para a classificação da má oclusão era a variação

na posição ântero-posterior do primeiro molar inferior. Na oclusão normal, a cúspide

mésio-vestibular do primeiro molar superior permanente deveria ocluir no sulco

mésio-vestibular do primeiro molar inferior permanente. Segundo o autor, baseado

nesse princípio, classificou as más oclusões em três tipos: Classe I, Classe II e

Classe III. Dividiu ainda, a Classe II em 1ª e 2ª divisões, podendo se subdividir. Nos

casos da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, o sulco mésio-vestibular do primeiro

molar inferior permanente posiciona-se distalmente com a cúspide mésio-vestibular

do primeiro molar superior permanente, ou seja, a relação distal dos dentes

inferiores em relação aos superiores; e na região anterior, a projeção vestibular dos

incisivos superiores, definindo assim a 1ª divisão. Essa relação de Classe II, 1ª

divisão, foi descrita como a “relação mésio-distal anormal dos arcos dentários”, em

que todos os dentes inferiores ocluíam numa posição distal ao normal. Segundo o

autor, essa anomalia era devido à retrusão da mandíbula.

Em 1900, na sexta edição do seu livro texto “Malocclusion of the teeth”, Angle

(51)

e, conseqüentemente, os dentes inferiores, ocluíam distal ao normal o

correspondente à largura de um pré-molar. Entretanto, na sétima edição do citado

livro, em 1907, Angle modificou sua definição para “uma posição distal ao ideal de

mais que a metade de uma cúspide”.

Lischer (1912) em seu estudo descreveu uma nomenclatura para definir as

más posições individuais dos dentes acrescentado o sufixo “versão” à palavra que

indicasse a direção do deslocamento do dente.

Em 1921, Lischer foi o primeiro a usar o termo “distoclusão” e afirmou que

este deveria ser empregado somente nos casos de uma relação distal do arco

inferior em relação ao arco superior, sem o comprometimento extremo das bases

apicais. Em casos com deficiência no desenvolvimento ântero-posterior da

mandíbula, apesar de apresentarem características semelhantes ao problema,

acreditava-se que não era oportuno utilizar o mesmo termo “distoclusão”.

Simon (1922) classificou o posicionamento dos arcos dentários em função de

três planos antropológicos baseados em pontos craniométricos, ou seja, o plano

orbitário, o plano horizontal de Frankfurt e o plano sagital médio. Dessa forma, o

autor aplicava nomes específicos para classificar a posição dos arcos.

Lundström (1925) analisou a natureza da “distoclusão”, ou seja, o arco inferior

posicionava-se mais distal ou posteriormente em relação ao arco superior e,

erradamente, em casos de mandíbulas hipodesenvolvidas. Verificou que fatores

(52)

ântero-posterior da mandíbula, e, um relacionamento distal do arco inferior induzido por

fatores funcionais ou ambientais, como perda precoce de dentes decíduos ou

hábitos de sucção. Segundo o autor, esses dois fatores poderiam determinar o

aparecimento da má oclusão, sendo os fatores funcionais ou ambientais, mais

favoráveis ao tratamento ortodôntico.

Hellman (1927) realizou dois importantes estudos em crânios secos, sendo

que apesar das limitações impostas à craniometria, alguns autores realizaram

estudos consagrados e aplicáveis à Ortodontia até os dias atuais. O material

utilizado foi do Museu de História Natural Americano, e segundo o autor, concluiu

que o crescimento da face ocorre de cinco processos: crescimento em largura, pelo

pequeno aumento na porção anterior do plano mediano e crescimento da região dos

caninos até o Gônio; em altura, aumento moderado nas dimensões faciais superior e

inferior, maior aumento nas regiões palatina subnasal e o processo alveolar inferior

da região dos molares e pelo desenvolvimento dos alvéolos e dos dentes; em

profundidade, pelo aumento das dimensões faciais das extremidades posteriores

das estruturas envolvidas acima (palato e processos alveolares da maxila) e abaixo

(nos processos alveolares, ramo e corpo mandibular); ajuste da posição facial e

modificação dos ângulos faciais, como diminuição dos ângulos faciais, goníaco e

mentoniano, ao passo que outras dimensões aumentaram, observou-se ainda que

tais incrementos não ocorreram com a mesma intensidade, velocidade ou época.

Oppenheim (1928) por intermédio de um estudo, aplicando medidas

crâniométricas, comparou 18 crânios secos com má oclusão de Classe II e 18

(53)

a maxila apresentou-se com tamanho normal e, até mesmo com discreta retrusão

em relação à base do crânio, evidenciando que o problema não se encontrava no

arco superior; e a anomalia consistia num subdesenvolvimento da mandíbula. Com

base nessas afirmações, o autor defendeu a utilização da técnica para tratamento de

Classe II preconizada por Angle, a qual buscava a estimulação do desenvolvimento

mandibular.

Broadbent (1931) com a publicação de seu trabalho “Uma nova técnica de

raios X e sua aplicação em Ortodontia”, introduziu a cefalometria radiológica nos

Estados Unidos, como novo método de pesquisa. Foi o marco inicial no

desenvolvimento dos estudos sobre o crescimento craniofacial. Sua técnica foi cada

vez mais usada na interpretação das irregularidades dentofaciais, uma vez que a

antropometria e o método de Angle não satisfaziam como elementos para o

diagnóstico das más oclusões.

Brodie (1931) publicou um artigo defendendo alguns conceitos propostos por

Angle com relação à sua classificação das más oclusões, à posição dos primeiros

molares permanentes superiores, e, principalmente à natureza da Classe II, 1ª

divisão. O autor enfatizou a afirmação de que um subdesenvolvimento da mandíbula

seria o fator etiológico determinante dessa má oclusão, estando o primeiro molar

superior permamente em uma posição estável.

Hofrath (1931) introduziu na Alemanha o cefalostato, o qual permitia uma

(54)

um instrumento de comparação “in vivo” bastante confiável, além de ser

imprescindível ao estudo do crescimento e desenvolvimento craniofacial.

Hellman (1932) em um estudo cefalométrico com 1196 indivíduos, sendo 526

do gênero masculino e 670 do gênero feminino, na faixa etária entre 05 anos e 06

meses e 22 anos, tinha como propósito de conhecer mais profundamente o

crescimento facial. Confirmou que a face humana aumenta em tamanho, nos três

planos do espaço: vertical, transversal e ântero-posterior. A maior dimensão da face,

na infância, reside em largura, seguida pela altura e profundidade, e com o

crescimento, a maior e menor dimensão sofre um menor e maior aumento,

respectivamente. Com o aumento em tamanho, ocorre uma alteração das

proporções das dimensões estudadas. O incremento no sentido vertical é maior na

região posterior do que na região anterior da face. Algumas dessas alterações são

mais acentuadas no gênero masculino. No gênero feminino, a face tende a crescer

mais no sentido vertical, ao passo que no masculino o crescimento tende no sentido

horizontal. Os maxilares e os arcos dentários do gênero feminino apresentavam

relativamente mais prognáticos do que no masculino.

Elman (1940) em uma amostra de 42 casos de Classe II e em 72 casos de

Classe I, relacionou a posição do primeiro molar inferior permanente com a

mandíbula. Em sua conclusão, a posição desse dente não diferiu nos grupos

estudados, quando relacionada com a tangente à borda inferior do corpo da

(55)

Baldridge (1941) estudou a posição mandibular em casos de Classe II e

Classe I e também a posição do primeiro molar superior em relação à base do

crânio. A amostra foi composta de 50 indivíduos de Classe I, 32 indivíduos de

Classe II, 1ª divisão, e 21 indivíduos de Classe II, 2ª divisão, sem restrição de

gênero e idade. Dessa forma, foi verificado que o primeiro molar superior está na

mesma posição definida em relação à base do crânio nas Classes I e II. A

mandíbula na Classe II, 1ª divisão, ocupava-se uma posição mais posterior em

relação à base do crânio, e nos casos de Classe I e Classe II, 2ª divisão, a

mandíbula se posicionava normal.

Björk (1947) em seus estudos, por meio da análise cefalométrica, em um

grupo de 603 indivíduos, sendo 322 indivíduos com 12 anos de idade e 281 adultos,

ambos do gênero masculino, concluiu que o prognatismo foi a característica que

determinou a forma geral do perfil facial; e distinguiu o prognatismo facial do

prognatismo alveolar, sendo que o primeiro refere-se ao grau de protrusão das

estruturas faciais em seu conjunto, e o segundo, a proeminência dos processos

alveolares além das bases ósseas. Determinou quatro pontos para se medir o grau

de prognatismo: 1) prognatismo da base da maxila: ângulo formado pela linha

anterior à base do crânio (N-S) e a linha do perfil (N-ENA); 2) prognatismo alveolar

superior: ângulo formado pela linha anterior à base do crânio (N-S) e a linha (N-Pr);

3) prognatismo alveolar inferior: ângulo formado pela linha anterior à base do crânio

(N-S) e a linha (N-infradental) e 4) prognatismo da base da mandíbula: ângulo

formado pela linha anterior à base do crânio (N-S) e a linha (N-Pg). Estabeleceu

ainda relações entre a arquitetura facial e a oclusão dos dentes, particularmente dos

(56)

grupo racial dependia da configuração da base do crânio, que era determinada pelos

ângulos (N-S-Ar) e (N-S-Ba).

Wylie (1947) apresentou um método de discrepâncias nos tamanhos dos

ossos faciais, no sentido ântero-posterior. Os resultados foram que a maxila no

gênero masculino encontrava-se maior nos casos de Classe II, e o primeiro molar

superior encontrava-se mesialmente. Na mandíbula, encontrava-se menor no gênero

feminimo comparado à Classe I.

Adams (1948) realizou um estudo com o intuito de verificar se existia

diferença no formato da mandíbula nos vários tipos de má oclusão, e segundo o

autor nos casos de Classe I e II, não houve diferenças em relação ao ramo e corpo

mandibular.

Björk (1948) na tentativa de analisar a natureza do prognatismo facial,

realizou um estudo cefalométrico, por meio de telerradiografias em norma lateral em

322 jovens suecos com 12 anos de idade, 281 recrutas do exército e um grupo

controle de 20 jovens portadores de oclusão normal. Com relação a distoclusão, o

pesquisador apresentou evidências de que a má oclusão poderia estar associada a

um prognatismo maxilar superior, um posicionamento distal da mandíbula, ou uma

combinação desses dois fatores. Essas causas estariam relacionadas à diferença do

tamanho das bases ósseas, ou seja, aumento do comprimento maxilar e à

diminuição do comprimento mandibular; diferença no prognatismo alveolar;

inclinação dos incisivos e mobilidade da mandíbula na articulação

(57)

Downs (1948) formulou uma das primeiras análises de interesse para as

correções ortodônticas, estabelecendo um padrão para o esqueleto facial. O autor

concluiu que há um padrão facial que representava a média dos indivíduos com

oclusão excelente. O padrão esquelético lateral poderia ser avaliado pelas variações

do padrão médio. A relação entre a dentadura e o padrão esquelético poderia ser

comparada com relações conhecidas de bom balanço e harmonia.

Drelich (1948) dividiu uma amostra de 48 indivíduos leucodermas em dois

grupos: o primeiro composto de 24 casos portadores de má oclusão de Classe II, 1ª

divisão, e o segundo grupo composto por 24 casos com oclusão normal, sendo os

dois grupos, distribuídos em ambos os gêneros. O autor concluiu que nos casos de

má oclusão de Classe II, o comprimento da mandíbula era menor, e o mento

encontrava-se posicionado posteriormente em relação à base do crânio; e verificou

também que a Altura Facial Anterior era maior em relação à Altura Facial Posterior,

deparando com um plano mandibular mais inclinado.

Elsasser e Wylie (1948) no presente estudo selecionaram dois grupos de

indivíduos leucodermas sendo um grupo com má oclusão de Classe II, 1ª divisão,

divididos em 48 do gênero feminino e 45 do gênero masculino e outro como grupo

controle de Classe I, e a média de idade de 11 anos e meio. Os autores observaram

a retrusão mandibular no gênero feminino e a protrusão maxilar no gênero

masculino, confirmando a existência de dimorfismo entre os gêneros. O índice

cefalométrico na Classe II, 1ª divisão, era menor que na Classe I, o comprimento

total maxilar no gênero masculino da Classe II, 1ª divisão, era maior que Classe I e

(58)

gênero feminino apresentava-se menor nos casos de Classe II, 1ª divisão, que nos

casos de Classe I, e os incisivos centrais superiores protruídos.

Fischer (1948) contestou o conceito de que a má oclusão de Classe II, 1ª

divisão, era uma entidade única e discutiu o diagnóstico diferencial dos seus vários

tipos, sempre fundamentado na sua experiência clínica, cefalometria radiográfica e

modelos de estudo. Segundo o autor, poderiam ser observados os seguintes tipos

faciais de Classe II, 1ª divisão: (1) protrusão do arco superior; (2) retrusão do arco

inferior; (3) retrusão mandibular funcional; (4) retrusão mandibular estrutural e (5)

protrusão bimaxilar. Segundo o padrão de crescimento facial, esses tipos poderiam

ser ainda classificados em dois tipos: Tipo I – divergência anterior e Tipo II –

divergência posterior, sendo que os casos Tipo I apresentavam retrusão do arco

inferior e com crescimento mais favorável no sentido anti-horário, ao passo que os

casos de Tipo II, apresentavam retrusão mandibular (funcional ou estrutural) com

crescimento desfavorável no sentido horário.

Higley (1948) relatou em seu artigo que vários fatores etiológicos eram

responsáveis pelas deformidades dentofaciais e o objetivo deste estudo seria de

determinar o que estava errado em uma má oclusão e sua localização. Segundo

alguns autores, nos casos de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, a mandíbula

apresentava-se mais retruída, conseqüentemente o corpo mandibular e o ramo

mandibular apresentavam-se diminuídos em tamanho, o ângulo goníaco

apresentava-se agudo, os dentes superiores protruídos e os dentes inferiores

(59)

Moyers (1948) relatou que o objetivo desse trabalho era de proporcionar um

método altamente científico de sondar as funções fisiológicas da região

têmporo-mandibular em pacientes com má oclusão de Classe II, 1ª divisão. Devido aos

diferentes tipos de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, suas atividades musculares

apresentavam-se diferentes e, conseqüentemente, o plano de tratamento deveria

ser diferente. Relatou que a função muscular apresentava-se alterada e que por

meio do tratamento ortodôntico poderiam ocorrer alterações dessas funções

musculares.

Nelson e Higley (1948) por meio desse estudo analisaram o comprimento da

mandíbula na má oclusão de Classe II, 1ª divisão, comparada à má oclusão de

Classe I e oclusão normal. Foram analisadas 250 telerradiografias em norma lateral

de indivíduos na faixa etária de 07 a 14 anos, sendo 153 com má oclusão de

Classe I e oclusão normal denominado em Grupo A e 97 com má oclusão de

Classe II denominado Grupo B. O Grupo A obteve o comprimento da mandíbula

maior em relação ao Grupo B.

Renfroe (1948) analisou em seu estudo, telerradiografias em norma lateral de

diversas más oclusões divididos segundo a classificação de Angle, sendo 43 casos

de Classe I, 36 casos de Classe II, 1ª divisão, e 16 casos de Classe II, 2ª divisão.

Segundo o autor, a maxila apresentava mais anteriormente nos casos de Classe I e

Classe II, 2ª divisão, que nos casos de Classe II, 1ª divisão; os primeiros molares

superiores apresentavam-se mais posteriormente nos casos de Classe II. E em

relação à mandíbula, esta se apresentava mais retruída nos casos de Classe II, e

(60)

Larson e Meredith (1949) analisaram 100 telerradiografias em norma lateral,

na faixa etária de 05 anos, em ambos os gêneros, sendo 55 crianças com oclusão

normal, considerado como grupo controle, 27 crianças de Classe I e 18 crianças de

Classe II, 1ª divisão. Foram relacionados à circunferência e tamanho da mandíbula,

circunferência da cabeça e profundidade da sela túrcica-násio, tamanho da cabeça e

tamanho da mandíbula e tamanho da cabeça e profundidade da sela túrcica-násio.

Concluiu que não houve diferença significativa nas 82 crianças de grupo normal e

Classe I em relação às 18 crianças de Classe II, 1ª divisão. Conseqüentemente não

poderia ser dito que uma deformidade de Classe II, 1ª divisão, era causada por uma

mandíbula relativamente mais curta e comprimento sela túrcica-násio maior.

Gilmore (1950) realizou uma amostra composta de 128 indivíduos, divididos

em quatro grupos, sendo 61 indivíduos com oclusões excelentes, 31 do gênero

masculino e 30 do gênero feminino; e 67 com má oclusão de Classe II, 1ª divisão,

sendo 37 do gênero masculino e 30 do gênero feminino. Foram realizadas

telerradiografias em norma lateral, obtendo medidas angulares e lineares, e o autor

concluiu que a mandíbula no grupo de má oclusão apresentava significamente

menor que no grupo de oclusão excelente; não houve diferença significativa no

tamanho da Base Anterior do Crânio e também em relação ao Ângulo Goníaco.

Björk (1951a) estudou a natureza do prognatismo facial em relação à oclusão

normal, tendo como base seus estudos cefalométricos de seus trabalhos anteriores:

603 suecos – 281 adultos e 322 crianças; e 400 indivíduos da Rodésia-África. O

autor chegou à conclusão que o prognatismo facial poderia ocorrer em

(61)

do crânio; 3) modificações na forma do esqueleto facial como causa de uma

diminuição no ângulo entre o ramo e a base craniana e 4) aumento no comprimento

dos maxilares.

Björk (1951b) utilizando a amostra de trabalhos anteriores, realizou um estudo

cefalométrico com 1003 indivíduos, cujo objetivo era determinar o prognatismo

facial. O autor observou que o grau de prognatismo aumentava durante o

crescimento, devido a uma maior velocidade de aumento do comprimento das bases

ósseas, comparados com o crescimento da base craniana. Observou também que

essa diferença das bases ósseas era causada por alterações no tamanho e posição

da maxila e mandíbula.

Björk (1951c) utilizando a mesma amostra de 1947 relatou que segundo os

resultados de seus estudos em anos anteriores (principalmente em 1947), a

estrutura facial submeteu-se a consideráveis alterações no seu padrão facial com o

crescimento, durante o período da adolescência.

Craig (1951) realizou um estudo de 70 telerradiografias em norma lateral,

sendo 34 indivíduos portadores de Classe I, e 36 indivíduos portadores de má

oclusão de Classe II, 1ª divisão, de ambos os gêneros, na faixa etária de 12 anos.

Segundo o autor, conclui que os dois grupos apresentavam os mesmos padrões

esqueléticos, com exceção do comprimento mandibular na Classe II que se

apresentou diminuído e o primeiro molar inferior mais posteriorizado em relação à

(62)

Riedel (1952) em uma amostra de 52 indivíduos-adultos com oclusão

excelente, na faixa etária de 18 a 36 anos; 24 crianças com oclusão excelente, na

faixa etária de 07 a 11 anos; 38 indivíduos portadores de má oclusão de Classe II, 1ª

divisão; 10 indivíduos portadores de má oclusão de Classe II, 2ª divisão; e 09

indivíduos portadores de má oclusão de Classe III; o autor teve como objetivo

analisar a posição ântero-posterior da maxila e mandíbula em relação à base do

crânio. Não houve diferença significativa na posição ântero-posterior da maxila em

relação à base do crânio em indivíduos com oclusão normal e má oclusão; e nos

casos de Classe II, 1ª divisão, a mandíbula encontrava-se retroposicionada

comparado ao grupo de oclusão normal.

Fisk et al. (1953) avaliaram e interpretaram os estudos sobre a morfologia e

fisiologia do complexo craniofacial, nos casos de má oclusão de Classe II, 1ª divisão

de Angle. Segundo os autores, há pelo menos seis variações morfológicas possíveis

que resultavam em Classe II, 1ª divisão: 1) maxila e dentes superiores posicionados

anteriormente em relação ao crânio; 2) dentes superiores posicionados

anteriormente em relação à maxila; 3) hipodesenvolvimento mandibular; 4)

mandíbula posicionada posteriormente, mas de tamanho normal; 5) dentes inferiores

posicionados distalmente em base óssea adequada e 6) qualquer combinação das

variações acima. Ainda afirmaram existir uma evidência de que a maioria dos casos

apresentava retrusão mandibular em relação à maxila, com um menor comprimento

mandibular, a Altura do Ramo em menor dimensão, e um Ângulo Goníaco similar à

(63)

Blair (1954) fez um estudo cefalométrico em norma lateral de 100 indivíduos,

na faixa etária de 10 a 14 anos, de ambos os gêneros, distribuídos em três grupos

de más oclusões: 40 indivíduos com má oclusão de Classe I, 40 indivíduos com má

oclusão de Classe II, 1ª divisão, e 20 indivíduos com má oclusão de Classe II, 2ª

divisão. O objetivo desse estudo era verificar se existiam diferenças,

estatisticamente, significativas, nos padrões cefalométricos da face; e segundo o

autor, concluiu que: 1) um alto grau de variação do padrão esquelético da face

poderia ser observado em cada Classe das más oclusões estudadas; 2) na amostra

analisada, somente pequenas diferenças entre as médias dos padrões esqueléticos

da má oclusão de Classe I e Classe II, 1ª divisão, foram observadas; 3) os casos de

Classe II, 2ª divisão, apresentavam o Ângulo Goníaco mais agudo e (4) o primeiro

molar permanente não tinha uma relação constante com o corpo e ramo mandibular

durante o período de crescimento.

Mitchell (1954) analisou 103 indivíduos na faixa etária de 10 a 15 anos em

ambos os gêneros divididos em dois grupos: o primeiro grupo com oclusão normal e

o segundo grupo com má oclusão de Classe II, sendo 50 indivíduos de oclusão

normal e 53 indivíduos de Classe II. O autor concluiu que nos casos de Classe II, o

comprimento e altura do ramo mandibular eram menores em relação à oclusão

normal e o ângulo articular não diferia nesses casos.

Coben (1955) em uma amostra de 47 indivíduos na faixa etária entre 08 e 16

anos, sendo 25 do gênero masculino e 22 do gênero feminino, com oclusão normal,

realizou um estudo por meio de telerradiografias em norma lateral. Observou as

(64)

das estruturas faciais. Segundo o autor, para compreender as diferenças entre os

tipos faciais não era suficiente o estudo de uma simples variável, e sim, o papel de

cada variável e sua integração na morfologia facial. Afirma também, que nenhuma

característica poderia ser julgada “normal” ou “anormal”, “harmoniosa” ou “não

harmoniosa”, sem uma apreciação de que esta atue no total do complexo facial.

Observou que no gênero masculino houve um maior aumento na altura do que na

profundidade facial, com maior crescimento na porção anterior do que na porção

posterior. De um modo geral, os indivíduos do gênero masculino apresentaram

também maiores mudanças nas proporções faciais do que no gênero feminino, além

de apresentarem um aumento acentuado na dimensão vertical, tornando a face no

gênero feminino mais alongada.

Braun e Schmidt (1956) estudaram 100 indivíduos portadores de má oclusão

de Classe I e Classe II, 1ª divisão, divididos igualmente quanto ao gênero. O objetivo

desse estudo foi analisar as dimensões da mandíbula e a curva de Spee. O

comprimento mandibular, altura do ramo e ângulo goníaco não apresentaram

diferenças estatisticamente significantes entre as más oclusões, e segundo

avaliação cefalométrica da curva de Spee, também não indicou diferenças entre os

grupos. Com base nessas afirmações, as dimensões maxilares e a posição da

maxila e mandíbula foram indicadas como possíveis causadoras da má oclusão.

Henry (1957) em seu estudo, por meio da análise cefalométrica em

telerradiografias em norma lateral, e modelos de gesso de 37 casos portadores de

oclusão excelente, 20 casos portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, com

(65)

dentadura permanente); revelou quatro tipos diferentes da má oclusão de Classe II,

1ª divisão, a) Tipo 1: protrusão alveolar maxilar; b) Tipo 2: protrusão basal maxilar; c)

Tipo 3: micromandíbula e d) Tipo 4: retrusão mandibular.

Kean (1958) realizou um estudo comparando dois grupos de crianças na faixa

etária de 8 a 10 anos. O primeiro grupo constituído de 36 crianças com má oclusão

de Classe II, 1ª divisão; e o segundo grupo constituído de 36 crianças com oclusão

normal considerado como grupo controle, totalizando uma amostra de 72

telerradiografias em norma lateral. Esse estudo revelou que o comprimento total da

base do crânio era maior na Classe II, 1ª divisão, que na Classe I, levando a um

ângulo facial diminuído. A mandíbula apresentava mais curta na Classe II, 1ª divisão,

e a maxila no mesmo comprimento em relação à Classe I. A Altura Facial Anterior

era similar nos dois grupos, e em relação à Altura Facial Posterior também não

houve diferenças significativas.

Martin (1958) por meio de telerradiografias foram analisados 40 indivíduos de

má oclusão de Classe II, 1ª divisão, e 20 indivíduos de oclusão normal divididos

igualmente em gêneros, na faixa etária de 13 anos. Nos casos de Classe II foi

verificado que o ponto A apresentava-se mais à frente na maxila e na mandíbula,

esta se posicionava mais distal em relação à oclusão normal.

Scott (1958) em estudo ao crescimento facial no sentido vertical, verificou a

influência de alguns fatores determinantes, tais como o crescimento da cartilagem

do septo nasal simultaneamente ao crescimento do palato para baixo, por aposição

(66)

vertical de crescimento da cartilagem do côndilo mandibular, demonstrado pelo

aumento da altura do ramo da mandíbula e o crescimento do osso alveolar nas

bases ósseas.

Behm (1959) utilizou 60 telerradiografias em norma lateral de indivíduos

portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, na faixa etária entre 09 e 16 anos,

com objetivo de determinar as proporções esqueletais faciais verticais. Os

resultados mostraram que: 1) todas as medidas lineares da Altura Facial Anterior

apresentaram uma menor variação que suas correspondentes medidas da Altura

Facial Posterior; 2) todas as medidas lineares da Altura Facial Inferior apresentaram

maior variação que as demais medidas verticais da face e 3) a Altura Facial

Posterior foi significantemente menor nos indivíduos portadores de má oclusão de

Classe II, 1ª divisão.

Moore (1959) em seus estudos analisou telerradiografias em norma lateral de

indivíduos dos 08 aos 14 anos, sendo que estas eram tomadas a cada 02 anos, com

o intuito de observar os princípios do crescimento e seus pontos de influência no

desenvolvimento do padrão facial. O autor concluiu que uma parte dos casos

demonstrou um crescimento facial de jovens que possuíam e que mantiveram a

oclusão normal. Nos casos de indivíduos portadores de má oclusão de Classe II,

para que fosse alterado o crescimento facial, ou seja, reduzia a convexidade facial,

que é uma característica da Classe II, o tempo oportuno para a terapêutica

(67)

Altemus (1960) em uma amostra de 80 indivíduos divididos igualmente em

ambos os gêneros, na faixa etária entre 12 e 16 anos, mediante telerradiografias em

norma lateral, comparou o padrão esquelético de leucodermas e melanodermas.

Obteve como resultados, um maior tamanho da face nos melanodermas em relação

aos leucodermas, além da protrusão dentária, uma maior Altura Facial

Ântero-Inferior. Portanto deveria haver adaptações para os valores médios de um grupo

para o outro.

Björk (1960) afirmou que a retrusão mandibular em relação à maxila, poderia

ocorrer devido: 1) ao comprimento excessivo da maxila;2) ao deslocamento anterior

da maxila durante o crescimento; 3) à base do crânio aumentado posteriormente; 4)

ao insuficiente crescimento da mandíbula e 5) à rotação posterior da mandíbula.

Calcote (1960) por meio de telerradiografias em norma lateral realizou um

estudo para avaliar o comprimento da mandíbula, sendo um grupo de 30 crianças

com má oclusão de Classe II, 1ª divisão, 30 crianças com má oclusão de Classe I, e

30 crianças com oclusão normal, considerados de Classe I. Concluiu que não houve

diferença estatística significativa no comprimento mandibular em relação a gênero e

tipos de oclusão.

Maj et al. (1960) analisaram 50 crianças com má oclusão de Classe II, 1ª

divisão, e 50 crianças com má oclusão de Classe III, com 220 crianças com oclusão

normal, todas de ambos os gêneros e na faixa etária de 08 a 15 anos. Nos casos da

má oclusão de Classe II, 1ª divisão, em 62% dos casos foi constatada em relação à

(68)

Estatisticamente não apresentou diferença do comprimento mandibular comparado

ao de oclusão normal, em que apenas mais de 1/3 dos casos apresentou acentuada

inclinação da mandíbula. Dentariamente, 78% dos casos apresentaram com

projeção dos incisivos superiores, 12% de retroinclinação dos incisivos inferiores e

10% de protrusão dos incisivos superiores com retrusão dos incisivos inferiores.

Cassidy (1962) em um estudo comparou em ambos os gêneros, 30 indivíduos

de Classe I e 16 indivíduos de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, sendo estes com

um relacionamento maxilo-mandibular alterado. O autor concluiu que nos casos de

Classe I e Classe II, não houve diferença significativa em relação ao comprimento do

ramo e corpo mandibular.

Merow (1962) com o objetivo de determinar as alterações ocorridas com a

idade, em determinadas proporções dentofaciais, nas direções horizontal e vertical,

analisou uma amostra composta por 25 jovens, com idade dos 07 aos 15 anos.

Chegou à conclusão que o terço superior da face manteve em proporção em seu

crescimento mais para anterior, já no terço médio e inferior demonstraram um

aumento mais acentuado.

Björk (1963) com o intuito de estudar o crescimento mandibular, com

implantes metálicos, analisou 45 indivíduos, na faixa etária dos 05 aos 22 anos, do

gênero masculino, os quais apresentavam diferentes tipos de má oclusão. Segundo

os resultados, verificou que a porção anterior do mento não apresentou

remodelação; na porção inferior da sínfise, ocorreu, em média, um crescimento

(69)

crescimento mínimo pré-pubertário e comprovou também que foram grandes as

variações individuais em relação à quantidade de crescimento.

Gresham (1963) em um estudo comparativo em crianças da raça leucoderma,

portadoras de oclusão normal e originária da Nova Zelândia e dos Estados Unidos

da América, comprovou que o padrão dento-esquelético era semelhante, porém a

face inferior apresentava-se mais retrusiva nas crianças do grupo da Nova Zelândia

e o ângulo de convexidade facial foi maior nas crianças do grupo dos Estados

Unidos, que apresentavam uma vestibularização dos incisivos inferiores e a altura

facial menor.

James (1963) relatou que foram pesquisados 100 telerradiografias com má

oclusão de Classe II, 1ª divisão, divididos igualmente em dois grupos, sendo 50

indivíduos do gênero masculino e 50 do gênero feminino na faixa etária de 07 a 14

anos comparados a um grupo controle. O resultado demonstrou um aumento do

comprimento da Base Craniana Anterior (S-N) nos casos de Classe II, 1ª divisão, em

relação à Base Craniana Posterior (S-Ar) apresentou-se um aumento do

comprimento nos casos da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, no gênero

masculino. Foi constatado que o problema maior estava na retrusão mandibular e

não na protrusão maxilar.

Wallis (1963) por meio desse estudo tinha como objetivo de determinar se a

variação individual de má oclusão de Classe II, 2ª divisão, apresentava

significativamente na população. A amostra foi constituída de 81 indivíduos com má

(70)

feminino; e como grupo controle a má oclusão de Classe II, 1ª divisão, constituído

por 105 indivíduos e a Classe I constituída por 47 indivíduos, dos quais foram tirados

telerradiografias em norma lateral. Os resultados demonstraram que a má oclusão

de Classe II, 2ª divisão, representava uma população significativa distinta. A Base

Craniana Anterior apresentou-se aumentada em relação ao grupo controle, o ângulo

goníano agudo; já em relação ao corpo mandibular, este apresentava menor, e o

ramo mandibular com tamanho normal, ambos como nos casos de Classe II, 1ª

divisão.

Araújo (1964) em uma amostra de 80 jovens, sendo 05 casos portadores de

oclusão normal, considerada como grupo controle; 50 casos portadores de Classe I

(18 do gênero masculino e 32 do gênero feminino) e 25 casos portadores de

Classe II, 1ª divisão, (08 do gênero masculino e 17 do gênero feminino). O autor

concluiu que a maxila não apresentava diferenças de posição entre os grupos, mas

a mandíbula encontrava-se mais posteriormente e com o comprimento do corpo

mandibular diminuído no grupo de Classe II, e não houve diferenças significativas

nos valores do ângulo goníaco.

Sassouni e Nanda (1964) com o intuito de compreender melhor o processo de

crescimento e desenvolvimento craniofacial nos padrões faciais extremos,

diferenciaram os indivíduos com mordida aberta esquelética da sobremordida

profunda, sendo que a altura dentoalveolar superior era maior no primeiro caso. A

altura facial ântero-inferior também era maior e a altura facial póstero-inferior menor.

Apresentava-se um ramo mandibular curto, uma posição mais superior do côndilo e

(71)

desenvolvimento na mordida aberta anterior. Assim, os autores concluíram que

muitas discrepâncias ântero-posteriores são apenas os efeitos das discrepâncias

verticais e o tratamento ortodôntico deve estabelecer o controle da dimensão vertical

para se alcançar a correção ântero-posterior e a estabilidade do caso.

Schudy (1965) em uma amostra composta por 307 indivíduos, na faixa etária

entre 11 e 14 anos, tinha como intuito de documentar as mudanças de crescimento

que causavam rotação na mandíbula. A amostra foi dividida segundo o tipo facial e

comparada com um grupo controle formado por 62 indivíduos. Concluiu que as

variações no crescimento dos côndilos e na área molar eram responsáveis pela

rotação do corpo mandibular. Desse modo, a rotação mandibular no sentido horário

era resultante de um maior crescimento vertical na área molar do que na região do

côndilo mandibular. A rotação no sentido anti-horário, entretanto, era o resultado de

um crescimento condilar maior do que o crescimento vertical na área molar, sendo

que em casos extremos poderia haver uma acentuada sobremordida. Sua principal

conclusão foi que o crescimento mandibular não era o principal determinante da

morfologia facial, e sim, o crescimento vertical da maxila.

Björk (1966) em uma amostra de 45 indivíduos do gênero masculino, com

diferentes tipos de má oclusão, utilizou em seu estudo implantes metálicos, com

intuito de analisar o crescimento da maxila e da mandíbula. O autor correlacionou o

crescimento maxilar e mandibular com o crescimento estatural, na adolescência.

Como resultados, comprovou que no período juvenil o crescimento médio para a

maxila foi de 1mm/ano; o crescimento no período de velocidade mínima

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