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DIVISÃO DOS DONS DO ESPÍRITO SANTO

Os dons do Espírito Santo hoje

3. DIVISÃO DOS DONS DO ESPÍRITO SANTO

Para melhor apresentação dos dons do Espírito Santo, alguns estudiosos têm usado dividi-los da seguinte maneira:

3.1. Dons de revelação: 3.1.1. Palavra do conhecimento 3.1.2. Palavra da sabedoria 3.1.3. Discernimento de espíritos 3.2. Dons de poder: • 3.2.1. Dons de curar  3.2.2. Operação de milagres 3.2.3. Fé 3.3. Dons de inspiração: 3.3.1. Variedade de línguas

Frank M. Boyd declarou que "a menos que os dons do Espírito sejam claramente definidos e cuidadosamente classificados em primeiro lugar, seu propósito não será entendido e podem ser mal usados; a glória do Senhor pode ser roubada; e a Igreja pode deixar de receber os grandes  benefícios que esses dons devem trazer."

3.1. Dons de revelação

Os dons de revelação são não somente necessários, mas igualmente indispensáveis àqueles que cuidam do governo e orientação da Igreja do Senhor Jesus Cristo na terra. Desde os mais remotos dias do Antigo Testamento, esta categoria de dons esteve em evidência no ministério dos  juízes, dos sacerdotes, dos reis e dos profetas condutores do povo de Deus -

Israel.

3.1.1. Palavra do conhecimento

Este dom tem sido definido como sendo a revelação sobrenatural dalgum fato que existe na mente de Deus, mas que o homem, devido às suas naturais limitações, não pode conhecer, a não ser que o Espírito Santo lhe revele. Exemplos da manifestação deste dom são encontrados no ministério de Samuel 1 Sm 9.15,20; 10.22; Eliseu: 2 Rs 5.20,26; 6.8; Aías: 1 Rs 14.6; Jesus: Jo 1.48; 4.18; Lc 19.5; Mt 16.23; Pedro: At 5.3,4, e Paulo: At 27.23-25.

Através deste dom, os segredos do mais profundo do coração são revelados, enquanto que obstáculos ao desenvolvimento da Igreja são manifestos, e desmascarada toda e qualquer hipocrisia. Este dom é de grande importância para o ministério, pois pode apontar os maus obreiros,  possíveis candidatos ao ministério cristão.

De acordo com o registro bíblico, quando este dom era exercido, o extraordinário acontecia, como mostram os exemplos que se seguem:

O rei de Israel foi avisado do perigo de destruição por parte do rei da Síria: 2 Rs 6.9-12.

Elias recebeu novo alento em meio à perseguição: 1 Rs 19.14-18. A hipocrisia de Geazi foi manifesta: 2 Rs 5.20-27.

A samaritana foi convencida da necessidade dum Salvador: Jo 4.18,19, 29.

-Saul foi achado no meio da bagagem: 1 Sm 10.22.

A necessidade de Saulo foi revelada a Ananias: At 9.11. Foi desmascarada a hipocrisia de Ananias e Safira: At 5.3.

O local da celebração da Páscoa de Jesus e seus discípulos, foi indicado: Mc 14.13-15.

Este dom pode manifestar-se por diferentes meios, seja através da  pregação no púlpito, da profecia, do aconselhamento aos necessitados e

aos que buscam orientação divina, ou mesmo através de sonhos.

Quando fui enviado para o meu primeiro campo de atividades  pastorais, minha esposa ainda não tinha recebido a experiência do batismo

com o Espírito Santo, razão por que fomos levados a orar mais intensamente durante os primeiros meses de nossa atividade naquele vasto campo.

Certa noite sonhei que me encontrava próximo a uma grande árvore  junto à margem dum enorme lago. De momento, vi aquela árvore ser 

envolvida por uma enorme chama de fogo. Pelo que vi, lembrei-me da experiência de Moisés diante da sarça que ardia em fogo, mas que não se consumia. O milagre parecia repetir-se diante dos meus olhos. Olhando ao meu redor, vi que estava bem no meio dum capinai tão seco como jamais eu havia visto antes. De momento, vi que minha esposa se aproximava de mim e me chamava para corrermos, antes que o fogo que envolvia aquela árvore se espalhasse pelo capinzal e viéssemos a ser queimados. Peguei minha esposa pelo braço e começamos a correr em direção à porteira daquela propriedade, que dava para uma estrada.

Quando começamos a correr, as chamas que envolviam a árvore saltaram em forma de algodão nos meus pés, envolvendo-os. Pareciam algodão a meus pés, porém, era fogo de verdade, pois, onde quer que eu  pisasse, começava um novo foco de incêndio que logo se espalhou por 

Quando chegamos á estrada, minha esposa tinha um dos seus  braços completamente queimado, enquanto que o capinai ardia em chamas

incontroláveis.

Ao acordar no dia seguinte, contei a ela o sonho e lhe disse: "Você será batizada com o Espírito Santo hoje". Conforme havíamos previamente  programado, realizamos, naquela noite, um culto de vigília numa das

nossas congregações. Ali minha esposa recebeu o batismo com o Espírito Santo: cumpria-se, assim, o sonho que Deus me dera na noite anterior.

Outro exemplo da operação deste dom aconteceu com o Dr. Mordecai Ham, instrumento que Deus usou para conduzir Billy Graham a Cristo.

Ouvi um amigo do Dr. Mordecai contar que certo dia esse impetuoso pregador, acompanhado dum grande grupo de obreiros, partiu  para uma fazenda no interior dos Estados Unidos, onde haveria de realizar 

uma série de cultos. Para espanto de todos, os arreios de suas montarias foram todos furtados na noite após a chegada á fazenda. Como não sabiam quem havia praticado tal ação, começaram a orar no sentido de Deus mover o ladrão a devolver tudo em tempo. Até a hora da realização do último culto, já haviam sido devolvidos quase todos os arreios, menos os do cavalo do próprio Dr. Mordecai.

O Dr. Mordecai estava pregando quando, de momento, baixou-se e  panhou uma pedra que estava próximo à mesa que usava como púlpito, levantou-a e disse à grande multidão que o ouvia: "Bem senhores, os arreios dos cavalos dos meus companheiros foram todos devolvidos,  porém ainda faltam os arreios da minha montaria. Sei que o ladrão que os está retendo está aqui presente me ouvindo; não sei exatamente em que lugar desse auditório ele se encontra, mas vou atirar esta pedra a esmo, certo que o Espírito Santo há de guiá-la e fazê-la cravar na fronte desse ladrão.

 Nesse momento levantou-se um homem e apressadamente saiu. Minutos depois, voltava trazendo os arreios do cavalo do Dr. Mordecai!

3.1.2. Palavra da sabedoria

Este dom é uma palavra (uma proclamação, uma declaração) de sabedoria, dada por Deus através da revelação do Espírito Santo, para satisfazer a necessidade de solução urgente dum problema particular. Não se deve confundi-lo, portanto, com a sabedoria num sentido amplo e geral.  Não depende da habilidade cultural humana de solucionar problemas, pois

é uma revelação do conselho divino. Nos domínios do ministério cristão, este dom se aplica tanto ao ensino da doutrina bíblica, quanto à solução de  problemas em geral.

A manifestação deste dom pode ser evidenciada no caso dum jovem que foi enviado a pastorear uma igreja onde havia um seríssimo problema de discórdia, o qual vinha desafiando vários pastores que por ali já haviam  passado.

A igreja era formada por duas grandes famílias que viviam em constantes litígios, problema que já se vinha arrastando por vários anos. E,  para resolver tão delicado assunto, o pastor entrou num regime de oração e  jejum, pedindo a Deus a necessária sabedoria para dar solução ao caso. Foi assim que certo dia ele convocou uma reunião com a igreja, disposto a ouvir as partes litigantes. Levantando-se o líder duma das famílias, contou toda a sua história, e no final perguntou: "Pastor, nós temos ou não temos razão?" ao que o pastor respondeu: "Sim, os irmãos têm razão". Levantou- se o líder da outra família, contou também a sua versão da história, e no final perguntou também: "Pastor, nós temos ou não temos razão?" ao que o  pastor igualmente respondeu: "Sim, os irmãos têm razão."

 Nesse momento criou-se um tumulto, pois, já que o pastor tinha dado razão a ambos os lados, o que se sentia era que a disposição dele de solucionar tão grave problema iria terminar em fracasso. Mas foi nesse momento que ele reassumiu o controle da situação, restabeleceu a ordem no culto, e, tomando a palavra, disse:

"Irmãos, tenho-vos ouvido e dado razão a ambos os lados. Tenho observado que este problema ainda não foi resolvido exatamente porque ambos têm razão. Portanto, para que seja resolvido, façamos o seguinte:

uma família fica com a razão e a outra fica com Jesus. Qual de vocês quer  ficar com Jesus?" Como as duas famílias queriam ficar com Jesus, ambas  perderam a razão e se reconciliaram, e a paz foi restabelecida na igreja.

Outro exemplo da manifestação deste dom é dado pelo saudoso escritor pentecostal Donald Gee, no seu livro "Acerca dos Dons Espirituais". Ele narra a história de certa moça, na Rússia, que num domingo, quando ia assistir a um culto que se realizava ocultamente nas matas, foi interceptada pela polícia. Em resposta às perguntas do guarda, a moça respondeu que ia ouvir a leitura do testemunho de seu irmão mais velho. A polícia deixou-a passar, desejando-lhe felicidade e que recebesse uma boa porção da herança. Ainda que haja certa vinculação entre este dom e a palavra do conhecimento, há uma diferença básica entre ambos. Sabedoria é a capacidade de raciocinar e de planejar com o uso do conhecimento e da experiência já adquiridos.

A distinção entre palavra da sabedoria e palavra do conhecimento,  pode ser melhor explicada em face do seguinte acontecimento:

Certa igreja estava reunida num dos seus cultos habituais. Nem  bem o culto havia começado, quando um dos mais simples membros foi  possuído por um sentimento de convicção de que se aquele culto não fosse interrompido imediatamente, haveria de terminar em catástrofe. Ele levantou-se, pediu a palavra ao dirigente e contou o que sentia. Como este irmão era tido na conta dum crente de reconhecida piedade, o culto foi encerrado e a casa evacuada o mais rápido possível. Minutos depois o templo caiu desastrosamente.

Agradecidos a Deus por lhes ter preservado a vida, os crentes se lançaram à construção dum novo templo. Mas, não demorou muito para que esmorecessem e interrompessem a obra. Por mais que o pastor os concitasse a continuar a construção, mais difícil ficava.

 Num culto em que o pastor falava mais uma vez da necessidade de se concluir a construção, aquele mesmo irmão, levantou-se pedindo a pala- vra e começou a estimular os irmãos a continuar a "construção do templo.

A certa altura, ele disse: "Façamos de conta que todos nós tivéssemos morridos sob as ruínas do templo que ruiu; quanto teríamos gasto pelo enterro de cada um de nós?”Contabilizado quanto teria sido pago, disse ainda esse simples irmão: "Irmãos, entreguemos aos cofres da igreja a importância que cada um de nós teria gasto com o seu próprio funeral e esta obra será concluída!"

 Naquele momento todos foram convencidos a fazer isso, e a construção foi reiniciada e concluída em tempo recorde.

 Na primeira parte da história vimos a manifestação da palavra do conhecimento, e na segunda, a palavra da sabedoria.

Este dom é ferramenta indispensável para o sucesso do ministro no exercício do seu ministério de aconselhamento, e na solução de problemas espirituais, sociais e familiares dos membros em particular, e da Igreja em geral.

3.1.3. Discernimento de espíritos

Através deste dom, Deus revela ao crente a fonte e o propósito de toda e qualquer forma de poder espiritual. Através dele o Espírito Santo revelou a Paulo que tipo de espírito operava na jovem de Filipos (At 16.18) e fez Paulo resistir a Elimas, condenando-o à cegueira: At 13.11. Notemos que não se trata do "dom" de julgar ou fazer mau juízo doutras pessoas.

Este é sem dúvida um dos dons de maior valia para o ministro nos dias hodiernos, pois, em meio a tanta contrafação e imitação nos domínios da fé e da religião, o obreiro a quem falte este dom, estará em apuros,  pondo em risco a integridade da doutrina e da segurança do rebanho que

Deus lhe confiou.

A grande valia deste dom é evidenciada ainda diante dos seguintes fatos:

Satanás usa as Escrituras e as interpreta para o mal: Mt 4.6; Lc 4.10,11.

Ele opera grandes sinais e prodígios: Mt 24.24; 2 Ts 2.9; Ap 16.14; 19.20.

Ele tem poder de transformar-se em anjo de luz: 2 Co 11.14.

 Na verdade, Satanás não cria nada; ele simplesmente deturpa aquilo que Deus criou. Portanto, para se distinguir quem está usando o que Deus criou, se Satanás ou se o próprio Deus, esse dom é de grande utilidade.

Há alguns anos, quando realizávamos cruzada evangélica numa cidade do Estado do Maranhão, num dos cultos noturnos aconteceu algo que mar- cou profundamente o meu ministério.

Após pregar naquela noite, fiz o apelo àqueles que desejassem aceitar a Jesus como Salvador. Enquanto assim procedia, vi um homem que vagava no meio da multidão, como se algo estranho o estivesse inquietando. Feita a oração pelos recém-decididos, chamei à frente as  pessoas portadoras de enfermidades para que por elas eu orasse. Ao olhar a

multidão compacta que se postava diante da plataforma, vi aquele mesmo senhor entre os que buscavam a cura para as suas enfermidades. Concluída a oração, verifiquei que ele começava a avermelhar os olhos enquanto me fitava, e logo mostrou estar sofrendo um tremendo mal-estar.

Em seguida pedi que um dos obreiros, meus companheiros de equipe, descesse da plataforma e verificasse o que se estava passando com o cavalheiro. Voltando, disse-me que não pôde descobrir o que acontecia com o homem. Pedi que um segundo obreiro fosse, o qual, no entanto, desceu e voltou com a mesma resposta do primeiro. Assim, diante da incerteza quanto ao que acontecia, eu mesmo desci, e, num rápido diálogo com o estranho, o Espírito de Deus fez-me entender que eu estava diante dum homem possesso por um demônio muito violento, que me dizia estar  vindo do reino das cobras.

Quando voltei à plataforma, demorou pouco, o citado homem subiu ao meu encontro para matar-me, porém, pelo poder de Deus, foi lançado por terra, caindo como morto, sendo depois levado para casa pelos seus familiares. Enquanto tudo isto acontecia sobre a plataforma, a multidão que atônita testemunhara tudo aquilo, foi dividida ao meio como por um raio, e naquele momento apareceu uma enorme cobra, de procedência ignorada, a qual foi

 pisoteada e morta por um rapaz que participava do culto. Mais ou menos cinco minutos depois, a multidão divide-se outra vez e outra grande cobra aparece sendo também morta pelo mesmo rapaz que matara a primeira.

 Não havia mais dúvida de que havíamos testemunhado uma violenta  batalha entre a luz e a força das trevas; batalha que foi vencida pelo Senhor, pois, no dia seguinte, em resposta às nossas orações, o demônio foi expulso daquele homem e ele foi salvo e batizado com o Espírito Santo na manhã do último dia da cruzada. Desde então sempre que visito aquela  próspera igreja, sinto-me feliz por ver que o homem da história é agora um

obreiro abnegado e dedicado à santa causa do Senhor.

Em geral, estes três dons (de revelação), estão afetos ao ministério de governo da Igreja, e constituem uma espécie de apoio à administração e edificação da Igreja do Senhor, na terra.

3.2. Dons de poder 

Os dons de poder formam o segundo grupo dos dons do Espírito Santo, e existem em função do sucesso e do cumprimento da grande comissão dada por Jesus Cristo. Como o Evangelho é o poder de Deus, é natural que tenha a sua pregação confirmada com sinais e maravilhas sobrenaturais, que ratificam esse Evangelho e lhe dão patente divina.

3.2.1. Dons de curar 

 No grego, tanto o dom (curar), como o seu efeito, está no plural, o que dá a entender que existe uma variedade de modos na operação deste dom. Assim, um servo de Deus pode não ter todos os dons de curar, e, por  isso, às vezes, muitos não são curados por sua intercessão. Por exemplo, Paulo orou pelo pai de Públio, que se achava com febre e disenteria, na ilha de Malta, e Jesus o curou (At 28.8), porém foi forçado a deixar o seu amigo Trófimo doente em Mileto: 2 Tm 4.20.

Como são diferentes os tipos de enfermidades, é evidente que há um dom de cura para cada tipo de enfermidade, sejam elas orgânicas,  psicossomáticas ou de patogenia espiritual.

Um dos mais belos exemplos de homens de quem o Espírito Santo se apodera, através dos dons de curar, foi sem dúvida Smith Wigglesworth, falecido em 1946, com 87 anos. De um simples bombeiro hidráulico que era, veio a se tornar num dos mais famosos pregadores leigos da Inglaterra.

Tão grande era a simpatia que Smith Wigglesworth exercia em  benefício dos que sofriam, que chegou a ser conhecido como o "Grande

Coração" (lembrando uma das personagens do sonho de João Bunyan, narrado no livro "O Peregrino").

Dentre o grande número de casos de pessoas que foram ajudadas por  esse humilde servo de Deus, citemos apenas um, relatado pelo próprio Sr. Smith:

"Recebi diversos telegramas e cartas pedindo-me que fosse orar por  certa moça em Londres. Não me explicaram de que se tratava; eu sabia apenas que ela estava muito angustiada. Ao chegar a casa, o pai e a mãe da enferma me seguraram pela mão e romperam em choro. Então me levaram até o andar de cima, onde me apontaram a porta dum quarto e voltaram. Ao entrar nesse quarto, presenciei a cena mais triste que jamais tinha visto: quatro homens robustos seguravam no chão uma linda moça, cuja roupa já estava rasgada de lutar com eles.

"Ao entrar e olhar nos olhos da moça, ela os volveu, sem poder falar. Estava nas mesmas condições do homem que, ao ver Jesus, saiu do túmulo  para estar com Ele. Logo ao chegar-se a Jesus, os demônios falaram. Os

demônios que estavam na moça falaram também, dizendo: 'Nós te conhecemos. Não podes nos expulsar; somos muitos'.

"Respondi-lhes: 'Sim, sei que sois muitos, mas o Senhor Jesus vai expulsar-vos a todos'. Foi um momento maravilhoso, um momento em que somente Jesus podia enfrentar a situação. O poder que dominava a moça era tão grande; que, automaticamente, ela se virou, libertando-se dos quatro homens musculosos que a seguravam. 0 Espírito do Senhor  sobreveio-me em grande poder e avancei, fitei o rosto da moça e vi o poder  do maligno; os olhos dela cintilavam cheios do próprio poder dos

demônios. Instintivamente, clamei: 'Sei que sois muitos, mas vos mando no nome de Jesus que saiais, agora mesmo'. Ela começou imediatamente a vomitar. Dentro duma hora vomitou trinta e sete espíritos imundos e cada vez que o fazia dava o nome do espírito que lançava. No mesmo dia ficou  perfeitamente sã."

A operação dos dons de curar tem aberto muitos corações incrédulos à fé em Jesus Cristo, confirmando que Ele é o mesmo, ontem, hoje e eternamente.

3.2.2. Operação de milagres

Ambas as palavras aparecem no original grego, no plural, o que sugere que há uma variedade de modos de milagres e de atos de poder. Por  milagres ou maravilhas, entende-se todo e qualquer fenômeno que altera uma lei preestabelecida. "Milagres" e "Maravilhas", são plurais da palavra "poder" em Atos 1.8, que significa: atos de poder grandiosos, sobrenaturais, que vão além do que o homem pode ver.

A operação de milagres só acontece em relação às operações de Deus (Mt 14.2; Mc 6.14; Gl 4.5 e Fp 3.21) ou de Satanás: 2 Ts 2.7,9; Ef 2.2. Portanto, este dom opera especialmente em conexão com o conflito entre Deus e Satanás.

 Nesses atos de poder de Deus que infligem derrota a Satanás,  poderíamos incluir o juízo de cegueira sobre Elimas, o mágico (At 13.9- 11), e a expulsão de demônios. Também pode ser classificado como milagre o resultado da operação divina na cura de determinadas enfermidades, para as quais ainda não há remédio, como por exemplo: certos tipos de câncer, alguns tipos de cegueira, surdez, mudez, e determinados tipos de paralisia etc.

Havendo chegado à época dos foguetes para a lua, do computador  eletrônico, das comunicações via satélite, das viagens em velocidade supersônica e da TV em cores, cabe-nos perguntar: - Será possível a realização de milagres, hoje? - Tendo em vista que Deus é o mesmo e que o homem ainda necessita de algo que está acima das suas possibilidades e

não poucas vezes acima da natureza, é lógico crer que milagres ainda acontecem hoje.

A capacidade de ação de Deus nunca esteve condicionada ao tempo

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