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A HISTORICIDADE DO DOM DE LÍNGUAS

O dom de línguas hoje

8. A HISTORICIDADE DO DOM DE LÍNGUAS

A história mostra que a experiência pentecostal de falar línguas estranhas constitui-se num círculo ininterrupto desde o dia de Pentecoste até os nossos dias, e continuará até que Cristo volte.

Agostinho escreveu no IV século:

"É de esperar-se que os novos convertidos falem em novas línguas". Irineu, discípulo de Justino discípulo do apóstolo João, escreveu: "Temos em nossas igrejas irmãos que possuem dons proféticos e,  pelo Espírito Santo, falam toda classe de idiomas".

João Crisóstomo, no V século escreveu:

"Qualquer pessoa que fosse batizada nos dias apostólicos, imediatamente falava em línguas".

Tertuliano inseriu nos seus escritos manifestação dos dons do Espírito Santo, entre os quais o dom de línguas, no meio dos montanistas, movimento ao qual ele pertencia.

O decano Farrar, em seu livro "Das Trevas à Aurora", refere-se aos cristãos perseguidos em Roma, cantando hinos e falando em línguas desconhecidas.

 Na História da Igreja Alemã, lemos o seguinte:

"O Dr. Martinho Lutero foi um profeta, evangelista, falador em línguas e intérprete, tudo em uma só pessoa, dotado de todos os dons do Espírito".

 Na História da Igreja Cristã, escrita por Filipe Schaff, edição de 1882, ele escreve que o fenômeno de falar em línguas tem reaparecido de quando em quando nos avivamentos dos Camisards e dos Cevennes, na

França e entre os primitivos Quakers e Metodistas, seguidores de Lasare da Suécia em 1841-1843, e entre os irlandeses em 1859, e finalmente, até os nossos dias.

 Na história dos avivamentos de Finney, Wesley, Moody e outros, houve demonstração do poder do Espírito Santo no dom de falar línguas com prostrações físicas e estremecimento debaixo do poder de Deus. Charles G. Finney assegura em sua autobiografia que o Senhor se manifestou aos seus discípulos nesta geração, assim como fez nos tempos apostólicos.

James Gilchrist Lawson, em seu livro "Profundas Experiências de Cristãos Famosos", escreve: "Em algumas ocasiões o poder de Deus se manifestava em tal grau nas reuniões de Finney, que quase todos os  presentes caíam de joelhos em oração, ou melhor, oravam com lamentos e queixumes inenarráveis pelo derramento do Espírito de Deus". O Rev. R. Boyd, batista, amigo íntimo de Dwight L. Moody, relata no seu livro "Provas e Triunfes da Fé", edição de 1875:

"Quando cheguei ao Vitória Hall, Londres, encontrei a assembléia ardendo. Os jovens estavam falando em línguas e profetizando. Qual seria a explicação de tão estranho acontecimento? Somente que Moody os estava dirigindo naquela tarde".

Stanley Frodsham, em seu livro "Estes Sinais Seguirão", dá detalhes do poderoso derramamento do Espírito Santo em 1906, em Los Angeles, Califórnia:

"Centenas de leigos e ministros, todos por igual, de todo os Estados Unidos - metodistas, episcopais, batistas, presbiterianos, e os denominados seguidores da doutrina da Santidade - de diferentes nacionalidades, foram  batizados com o Espírito Santo e falavam em outras línguas, seguindo-se

os sinais".

 No seu livro "Demonstração do Espírito Santo", H.H. Ness escreveu:

"Quando o fogo pentecostal brotou com ímpeto entre os cristãos das igrejas da Aliança Missionária Cristã nos estados de Ohio, Pensilvânia,  Nova Iorque e outros estados do Noroeste dos Estados Unidos, faz alguns anos, em muitos deles houve demonstração do poder do Espírito Santo, o que foi visto, sentido e ouvido. Resultaram notáveis milagres de cura divina - recuperação de saúde de cegos, surdos, mancos e outros afligidos -  pela oração da fé. Mais ainda, não houve ali somente prostrações e línguas desconhecidas, mas houve também surpreendentes casos em que pessoas foram levantadas do solo pelo poder de Deus".

 Nestes últimos anos tem-se tornado comum ler em jornais, revistas e livros, a respeito da experiência de falar línguas estranhas entre evangélicos de denominações até então invulneráveis à ação sobrenatural do Espírito Santo.

O jornal episcopal "The Living Church", há alguns anos, trouxe o seguinte sobre o fenômeno de falar línguas estranhas:

"O falar em línguas não é mais um fenômeno de alguma seita estranha do outro lado da rua. Está em nosso meio, e vem sendo praticado  pelo clero e pelos leigos, homens de nomeada e boa reputação na igreja.

Sua introdução generalizada se chocaria contra nosso senso estético e contra algumas de nossas mais intrincheiradas idéias preconcebidas. Mas sabemos que somos membros de uma igreja que de toda sorte precisa de um choque - se Deus tem escolhido este tempo para dinamitar o que o  bispo Sterling, de Montana, designou de 'respeitabilidade episcopal', não

conhecemos explosivo de efeito mais terrivelmente eficaz".

 No "The Episcopalian" de 15/05/1968, disse o Rev. Samuel M. Shoemaker:

"Sem importar o que significa o antigo-novo fenômeno do 'falar  línguas', o mais admirável é que se declara, não apenas no seio dos grupos  pentecostais, mas também entre os episcopais, os luteranos e os  presbiterianos. Eu mesmo não passei por essa experiência, mas tenho visto  pessoas que a têm recebido, e isso as tem abençoado e dado um poder que

não possuíam antes. Não pretendo entender esse fenômeno, mas estou razoavelmente certo de que indica a presença do Espírito Santo, assim como a fumaça que sai de uma chaminé indica a presença de fogo por   baixo. E sei com certeza que isso significa que Deus quer entrar na igreja

antiquada e autocentralizada como geralmente ocorre, para que lhe outorgue uma modalidade de poder que a torne radiante, excitante e altruísta. Deveríamos procurar compreender e ser reverentes para com esse fenômeno, ao invés de desprezá-lo ou zombar dele".

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