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III. PLANO DE INTERVENÇÃO

3.1 AÇÕES PROPOSTAS PARA O PLANO DE INTERVENÇÃO

3.1.2 Divulgação do Parfor aos professores do Município

A segunda ação proposta destina-se à realização de uma ampla Divulgação do Parfor aos professores do Município ainda sem formação superior. Os dados da pesquisa realizada apontam que não existe por parte da Secretaria Municipal de Educação, uma Gerência ou Coordenação que trate exclusivamente da Formação dos Profissionais da Educação, bem como a carência de meios de comunicação e de divulgação das atividades do Plano no Município.

Neste sentido, propomos a ação com o objetivo de divulgar o Plano aos professores do Município de São Paulo de Olivença que ainda não possuem formação superior, visando à participação destes nos cursos que são ofertados pelo Programa no Município.

A seguir, apresentamos o Quadro 7 com uma síntese da proposta de intervenção para divulgação do Parfor no Município.

Quadro 7- Proposta de Mecanismos de divulgação do Parfor no município

Ação

(O que) Justificativa (Por que) (Onde) Local (Tempo) Quando (Responsável) Quem (Método) Como Quanto (Custo) Realizar uma ampla divulgação do Parfor aos professores do município ainda sem formação superior Elaborar um Planejamento Estratégico de Formação Inicial dos professores sem formação superior Município de São Paulo de Olivença Dezembro de 2015 Equipe Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação e Coordenador Local do Parfor. Através de Seminários R$ 2.700,00

Fonte: Elaborado pelo autor.

A ação consiste em uma ampla divulgação do Parfor no Município de São Paulo de Olivença. O público alvo são os professores do Município que ainda não possuem formação superior, bem como os técnicos da equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação.

A proposta é que esta divulgação aconteça através de seminários na Sede do Município. Como ainda existe um percentual muito elevado de professores no Município sem formação superior, sugerimos que estes seminários ocorram em dois momentos: no primeiro momento, será realizado um seminário somente com os professores que não possuem formação superior e que atuam na Sede do Município junto com a Equipe Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação. No segundo momento, o seminário contará com a participação dos professores do Município sem formação superior e que atuam na zona rural do Município, também denominadas de comunidades ribeirinhas e das Coordenações Indígenas existentes na estrutura da Secretaria Municipal de Educação.

Esta divisão dos seminários em dois momentos justifica-se pela necessidade de contemplarmos a participação tanto dos professores que atuam na Sede do Município, quanto dos professores que atuam na zona rural. A sugestão é que estes seminários sejam realizados nos dois últimos dias letivo do mês de novembro do ano de 2015. Esta data é estratégica, pois o pagamento dos professores ocorre no último dia letivo de cada mês. Assim, os professores que atuam na zona rural estarão na Sede do Município para receberem seus vencimentos e através de um planejamento prévio por parte da Secretaria de Educação estes professores poderão participar dos seminários.

A duração de cada seminário terá a duração de 8 horas diárias, sendo 4 horas pela manhã e 4 horas pela tarde. Os assuntos a serem abordados serão os mesmos tanto para os professores que atuam na Sede do Município, quanto para os professores que atuam na zona rural.

Os seminários deverão ser um momento de divulgação e discussão sobre o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica, informando sobre a finalidade do Plano e sensibilizando os professores a se inscreverem na Plataforma Freire a fim de participarem dos cursos ofertados pelo Parfor no Município.

Os seminários deverão ocorrer na quadra poliesportiva da Escola Estadual “Monsenhor de Cefalonia”, na Sede do Município. Este local é favorável por ser bastante amplo e a escola possuir uma boa parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo de Olivença. O responsável por solicitar a liberação da quadra para a realização dos seminários será o Secretário Municipal de Educação e o Coordenador Local do Parfor.

Os responsáveis pela realização dos seminários serão os Técnicos da Equipe Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação e o Coordenador Local do Parfor.

A seguir apresentamos através do Quadro 8, um planejamento do seminário, apontando os assuntos a serem abordados, com indicação do responsável pela ação, período em que a ação será executada, a carga horária necessária para a realização e o local em que o seminário será realizado.

Quadro 8- Planejamento dos assuntos a serem abordados no seminário Responsável Assunto a ser abordado Período Horário Local

Coordenador Local do Parfor e Equipe Técnica da Secretaria Municipal de Educação.

 Apresentação do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica;

 Manual Operativo do Parfor;  Cooperação Técnica entre a

Capes e os Estados;

 Da Participação dos Municípios;  Da participação dos alunos;  Calendário de Atividades do Parfor (Período de Inscrição, Período de Validação das Inscrições, etc);

 Das vagas e características dos Cursos; 1 dia Manhã (8h as 12h) Tarde (14h as 18h) Quadra Poliesportiva da Escola Estadual Monsenhor de Cefalonia.

Diante do exposto, no Quadro 8, caberá ao Coordenador Local e à Equipe Técnica da Secretaria Municipal de Educação, a seleção dos assuntos a serem abordados e montagem dos slides a serem utilizados na apresentação do seminário. Também será de responsabilidade destes, elaborar um folder contendo as principais informações sobre o Plano, a fim de que seja distribuído aos professores durante os seminários. Estas informações devem estar pautadas conforme o Manual Operativo do Parfor e o Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009.

A condução da apresentação dos assuntos durante o seminário será de responsabilidade do Coordenador Local (função exercida pelo pesquisador) e da Equipe Técnica da Secretaria Municipal de Educação.

Para efetivação desta ação, será necessário a disponibilização de recursos por parte da Secretaria Municipal de Educação e que pode ser oriundo do orçamento do FUNDEB. Os recursos serão para a confecção dos folders, da preparação do lanche a ser ofertado aos professores que participarão do seminário, da passagem de barco no deslocamento do Coordenador Local no trecho Tabatinga/São Paulo de Olivença, bem como da alimentação e hospedagem durante cinco dias.

Na Tabela 13, é apresentada uma síntese da previsão de recurso para a efetivação da ação.

Tabela 13 - Financiamento da proposta da realização dos seminários

Evento Natureza da despesa Despesas Total

Seminários para divulgação do Parfor aos professores do município sem formação superior. Transporte do Coordenador Local

Duas passagens de barco no valor de R$ 100,00 cada.

R$ 200,00

Alimentação do Coordenador Local

R$ 40,00 por cinco dias. R$ 200,00

Hospedagem do Coordenador Local

Cinco diárias de R$ 40,00 R$ 200,00

Elaboração de Folders 200 Folders a R$ 0,50 cada. R$ 100,00 Lanche 400 lanches a R$ 5,00 cada. R$ 2.000,00

TOTAL R$ 2.700,00

Fonte: Elaborado pelo autor.

Portanto, acreditamos que os seminários bem trabalhados no Município de São Paulo de Olivença, representarão momentos importantíssimos de divulgação

desta importante política pública que é o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. É claro que o seminário por si só não garantirá uma adesão efetiva dos professores ainda sem formação ao Parfor. Será necessário que a Secretaria Municipal de Educação possa criar outros mecanismos de comunicação que incentivem a formação dos profissionais de educação do Município. Ou seja, a proposta de intervenção, ora apresentada, configura-se em uma ação a ser implementada pela Secretaria Municipal de Educação, justamente por ser a primeira instância de implementação de políticas públicas em nível municipal. Sendo também, responsável pelos processos de divulgação, monitoramento e avaliação junto às escolas a ela jurisdicionadas.

A ação se justifica pela necessidade do Município elaborar um Plano Estratégico de Formação Docente que venha a contemplar todos os professores que ainda necessitam de formação. Ressalta-se que a literatura especializada na área de Administração apresenta diferentes modelos de planejamento. No entanto, é importante observar que, na prática, as organizações desenvolvem suas próprias metodologias, a fim de adequá-las a sua realidade.

Assim, para a efetivação desta ação, faz-se necessário que a Secretaria Municipal de Educação leve em consideração os seguintes aspectos na elaboração do Plano Estratégico de Formação dos Professores do município: Planejamento dos fins: é o momento de definição do que se deseja para a organização no futuro. Essas definições podem ser explicitadas por meio dos objetivos e das metas traçadas. Planejamento dos meios: momento de definição dos caminhos (meios) que serão utilizados para que a organização realize os fins predefinidos. Os meios são explicitados por meio das estratégias, diretrizes, procedimentos e práticas adotadas pela Secretaria Municipal de Educação. Planejamento da organização: definição dos requisitos organizacionais necessários para a realização dos meios propostos. Para que o planejamento seja implementado, muitas vezes, exige mudanças na própria organização. Assim, requisitos organizacionais podem apontar para mudanças ou ajustes na estrutura, na cultura e/ou comportamento da organização, por exemplo.

Planejamento de recursos: definição de todos os recursos necessários para a implantação do que foi planejado, tais como recursos financeiros, materiais, humanos, técnicos, de informação e assim por diante. Isso se dá por meio da elaboração de orçamentos, de projetos, de planos de ação e de cronogramas. Planejamento da implantação e do controle: é o momento da definição de como,

quando e por quem será realizada a implantação de cada parte do planejamento e o controle dos resultados, ao longo do processo de implantação. Vale lembrar, que essa definição ocorre por meio da elaboração dos planos de ação e dos indicadores de acompanhamento dos resultados.

Ressalta-se aqui, que, apenas o planejamento não é suficiente para garantir que os objetivos e as estratégias traçadas serão colocados em ação. Nesta direção, para que as diretrizes e decisões estratégicas possam ser colocadas em prática, o planejamento tem que se desdobrar nos níveis tático e operacional. Assim, os planejamentos estratégico, tático e operacional devem ocorrer de forma integrada e interdependente. Neste sentido, Oliveira (1998) afirma que:

O planejamento estratégico, de forma isolada, é insuficiente, uma vez que o estabelecimento de objetivos a longo prazo, bem como o seu alcance, resulta numa situação nebulosa, pois não existem ações mais imediatas que operacionalizem o planejamento estratégico. A falta desses aspectos é suprida através do desenvolvimento e implantação dos planejamentos táticos e operacionais de forma integrada (OLIVEIRA, 1998, p.45).