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2. RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS DA UNIDADE

2.4. DPOPA – AÇÕES PARA A PESCA ARTESANAL

2.4.DPOPA – Ações para a pesca artesanal

As ações voltadas à pesca artesanal profissional do Ministério da Pesca e Aqüicultura -

MPA no período de 2008 a 2011 foram orientadas pelo “Plano Mais Pesca e Aquicultura” e pelo

“Planejamento Estratégico da antiga SEAP/PR”, hoje MPA.

No DPOPA os projetos e ações foram dividas em três eixos temáticos, a saber:

“estruturação da cadeia produtiva”, “qualificação e valorização profissional” e “ordenamento

pesqueiro”. Esses três eixos incorporam o Plano Mais Pesca e Aquicultura em conformidade com

as seguintes diretrizes: inclusão social; estruturação da cadeia produtiva; fortalecimento do mercado

interno, sustentabilidade ambiental, organização do setor e abordagem territorial.

A atuação destes três eixos temáticos é realizada por meio de ações setoriais que visam

buscar soluções para questões como:

• Baixa produção;

• Insuficiência de tecnologias eficientes e sustentáveis, adequadas às nossas espécies,

culturas e regiões;

• Dificuldades de acesso e insuficiência da infra-estrutura de apoio à produção,

beneficiamento e comercialização com agregação de valor;

• Baixa efetividade na internalização das medidas de ordenamento e conservação dos

instrumentos legais e acordos internacionais dos quais o país é signatário;

• Subsídio técnico e elaboração de planejamento para a CIAC (coordenação de crédito)

trabalhar na implementação de linhas de crédito;

• Baixa escolaridade e qualificação profissional do setor;

• Deficiência na revisão, atualização e adequação sistemática e contínua da legislação

pertinente ao setor pesqueiro;

• Deficiências nos processos de gestão, inerentes ao compartilhamento das atribuições

governamentais relativas ao setor pesqueiro;

• Cadeia de comercialização de pescados deficiente e não consolidada;

• Insumos, produtos e subprodutos da aqüicultura e pesca não certificados nem rastreados;

• Fragilidade das estruturas organizacionais da classe dos pescadores. A falta de organização

social é um ponto de estrangulamento na produção e no acesso ao crédito; e

• Baixa capacidade organizacional do setor produtivo.

Os projetos desenvolvidos nesse período atuam tanto sobre problemas sociais, quanto sobre

os problemas econômicos e os ambientais buscando a promoção e o desenvolvimento sustentável

das comunidades pesqueiras artesanais por meio da melhoria das condições de vida e da geração de

renda aos pescadores profissionais sem, contudo, implicar em aumento do esforço de pesca e

degradação dos recursos pesqueiros.

Nos anos anteriores a 2011, o DPOPA desenvolveu ações voltadas à pesca artesanal

objetivando iniciar projetos de diversas ações contidas dentro dos seus três eixos de atuação. No

ano de 2011 as ações do Departamento se concentraram em desenvolver ações para avaliar os

projetos implementados e torná-los mais efetivos, como exemplo têm-se as fábricas de gelo, os

telecentros, as cozinhas comunitárias e pontos comerciais fixos. Entretanto, várias ações planejadas

para o ano de 2011, principalmente aquelas que objetivavam a avaliação da efetividade dos projetos

não puderam ser executadas por três motivos principais: (1) limitação das despesas com passagens e

diárias pelo Decreto nº 7.446, de 1º de março de 2011, uma vez que os servidores deste

Departamento iriam aos empreendimentos disponibilizados aos parceiros e o montante autorizado

para gastos com passagens e diárias mal cobriam os custos necessários à fiscalização de convênios;

(2) contingenciamento orçamentário, limitando os custos necessários a contratação de serviço para

realização das avaliações necessárias; e (3) Mudança de legislação quanto a realização de convênios

com entidades privadas sem fins lucrativos, que iriam realizar a avaliação e capacitação dos

empreendimentos, em virtude do Decreto nº 7568 de 16 de setembro de 2011.

Na figura 9 observa-se o organograma do DPOPA, com os três eixos temáticos e os projetos e

ações vinculadas a eles.

Figura 9 – Organograma DPOPA

Eixo Temático Qualificação e Valorização Profissional

No eixo qualificação e valorização profissional, continuam sendo desenvolvidos três

projetos principais de âmbito nacional, (1) Telecentros, (2) Ensino à Distância – EAD e (3)

Distribuição de Cestas de Alimentos às famílias em risco nutricional (parceria com o MDS), bem

como ações pontuais e diversas para a Qualificação profissional de pescadores como projetos

específicos de capacitação, valorização cultural e de gênero, muitas vezes compartilhados com a

CATC/SEIF, que tem a competência regimental para as ações de capacitação e extensão pesqueira

no MPA.

Projeto Telecentros da Pesca Maré

Como relatado para o ano de 2010, os Telecentros da Pesca Maré, programa de inclusão

digital do MPA, iniciou em 2003 para proporcionar as comunidades pesqueiras o acesso às novas

tecnologias, a democratização da comunicação e a troca de experiências, possibilitando o

fortalecimento da organização do setor.

Em parceria com o Ministério das Comunicações e com o Banco do Brasil, 120 Telecentros

foram selecionados para receber um Kit de equipamentos de informática recondicionados. Desde o

ano de 2009, os Telecentros estão sendo revitalizados com equipamento novos (10 computadores,

impressora multifuncional, estabilizadores, no-break, data show, webcam, headset, home theater,

máquina fotográfica digital, caixa de som) cedidos pelo MPA e um acervo de livros técnicos e de

literatura fruto de parcerias com a Embrapa e o MDS, constituindo-se instrumento de inclusão

social e espaço de desenvolvimento comunitário e pessoal.

Em 2010, o Ministério o Planejamento abriu seleção pública para entidades e órgãos

interessados em apoiar a manutenção ou implantação de Telecentros junto ao Programa Nacional de

Apoio a Inclusão Digital nas Comunidades – Telecentros BR. Com isso, possibilitou ao Ministério

da Pesca, por meio do Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal, entrar

como proponente com uma proposta para a manutenção de 120 telecentros da Pesca Maré e a

implantação de 211 novos telecentros em comunidades pesqueiras. A proposta saiu vitoriosa

REVITALIZA Ações diversas (Unidades de beneficiamento, trapiches, renovação da frota)

contemplando a totalidade dos Telecentros participantes. A entrega dos Telecentros BR era de

responsabilidade do Ministério do Planejamento e no final do ano de 2011 o Ministério das

Comunicações assumiu a coordenação do projeto.

Em 2011 foram capacitados os monitores bolsistas dos Telecentros e selecionados mais i 73

em 36 municípios selecionados 73 monitores bolsistas para atuarem nos Telecentros da Pesca Maré

de 36 municípios. Esses monitores serão cadastrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq), o qual disponibilizará um auxílio financeiro no valor de R$

241,50 durante doze meses e capacitação nas áreas de tecnologia da informação e comunicação, na

modalidade presencial e a distância.

Para a efetiva operação e controle dos telecentros, uma equipe foi formada no âmbito do

DPOPA, constando de 04 servidores, atuando em diversas atividades como: coordenação dos

monitores bolsistas; acompanhamento, monitoramento e avaliação das documentações

encaminhadas pelas entidades beneficiárias (atualização), da utilização e conservação dos

equipamentos, do acesso, freqüência e atividades desenvolvidas no telecentro; articulação com

órgãos parceiros para viabilização da entrega dos kits, instalação e manutenção da antena, para a

disseminação de conhecimento através da aquisição de minibibliotecas, entre outros.

Entre as principais dificuldades encontradas para a completude do projeto está a

insuficiência de profissionais capacitados para atuar no empreendimento; dificuldade em contatar as

entidades; dificuldade de monitoramento dos telecentros tendo a Sede como executora, baixa

capacidade operacional por limitação orçamentária e de pessoal pelas superintendências para

realizar o acompanhamento, precariedade das infraestruturas onde estão inseridos; conhecimento e

experiência insatisfatórias sobre gestão de empreendimento, demora na entrega de documentação

pelas entidades beneficiárias, dificuldade no atendimento as exigências estabelecidas pelo MPA,

conflitos de gestão entre as entidades beneficiárias e seus parceiros, como Prefeituras Municipais,

carência de pessoal para configuração dos equipamentos de informática destinados aos telecentros.

As ações desenvolvidas quanto ao Projeto Telecentros de Pesca Maré são planejadas e

executadas em parte pelo DPOPA, mas as coordenação da ação programática fica à cargo de outras

Secretarias desse Ministério.

Cursos Técnicos de Pesca e Aquicultura, modalidade à distância - EAD

Foi firmado um Acordo de Cooperação entre o MPA e o Instituto Federal do Paraná, no ano

de 2010, para a realização de cursos Técnico em Pesca e em Aqüicultura, em implementação de 50

49 pólos de Educação à a Distância, nos Telecentros da Pesca Maré. Os cursos estão distribuídos

por todos Estados brasileiros, para formação técnica de 2.000 alunos. Os pólos estão em

funcionamento e contam com uma equipe de tutores e coordenadores presenciais que tem entre

outras atribuições a de orientar e acompanhar diariamente os alunos e coordenar, planejar, fiscalizar

e acompanhar o desempenho dos Pólos, respectivamente. Os cursos têm carga horária total de

2.400 horas e duração de dois anos, com conclusão prevista para novembro de 2012. A meta inicial

de 2.000 alunos foi ultrapassada como é possível verificar nas Tabelas II e III.

Entre as principais dificuldades encontradas estão insuficiência de profissionais capacitados

para atuar; dificuldade em contatar as entidades; dificuldades de comunicação entre as entidades e

os profissionais contratados para o projeto; baixa disposição para estabelecer parcerias;

precariedade das infraestruturas onde estão inseridos, dificuldade no atendimento as exigências

estabelecidas pelo MPA, conflitos de gestão entre as entidades beneficiárias e seus parceiros.

No ano de 2011 os cursos tiveram seu pleno desenvolvimento, havendo incorporação de

conhecimentos pelos alunos, transformando a atuação desses alunos como atores em sua

comunidade para a melhoria de vida. Isso pode ser exemplificado pelas demandas que temos

recebido para apoio a projetos, elaborados pelos próprios alunos, com os conhecimentos adquiridos

nos cursos.

Tabela II – Nº de alunos nos cursos técnicos de pesca – EAD

Telessala Qtde

Alunos

Telessala Qtde

Alunos

NAO INFORMADOS / SEM TELESSALA 1 TC.MARÉ/JUAZEIRINHO-PB 33

TC.MARÉ/ABELARDO LUZ-SC 4 TC.MARÉ/LADÁRIO-MS 23

TC.MARÉ/ANORI-AM 23 TC.MARÉ/LAGUNA-SC 13

TC.MARÉ/AREIA BRANCA-RN 21 TC.MARÉ/MARATAÍZES-ES 15

TC.MARÉ/BARCELOS-AM 22 TC.MARÉ/MARAÚ-BA 19

TC.MARÉ/BARRA DA GARÇA-MT 17 TC.MARÉ/MATINHOS-PR 36

TC.MARÉ/BARRA DE SANTO ANTÔNIO-AL

23 TC.MARÉ/MUNDO NOVO-MS 19

TC.MARÉ/BARRAS-PI 18 TC.MARÉ/NISIA FLORESTA-RN 27

TC.MARÉ/BEBERIBE-CE 17 TC.MARÉ/PARINTINS-AM 54

TC.MARÉ/BREJO GRANDE-SE 30 TC.MARÉ/PIAÇABUÇU-AL 31

TC.MARÉ/CAJARI-MA 55 TC.MARÉ/PONTAL DO

PARANÁ-PR-SALA "A"

7

TC.MARÉ/CAMPO GRANDE-RN 50 TC.MARÉ/PONTAL DO

PARANÁ-PR-SALA "B"

25 TC.MARÉ/CAMPOS DOS

GOYTACAZES-RJ

4 TC.MARÉ/PORTO DAS PEDRAS-AL 24

TC.MARÉ/CEARÁ MIRIM-RN 44 TC.MARÉ/RIO BRANCO-AC 29

TC.MARÉ/CIDREIRA-RS 18 TC.MARÉ/RIO GRANDE-RS 23

TC.MARÉ/ESPERANTINA-TO 51 TC.MARÉ/RORAINÓPOLIS / RR 21

TC.MARÉ/FILADÉLFIA-TO 22 TC.MARÉ/SANTA CRUZ

CABRÁLIA-BA

20

TC.MARÉ/GUAJARÁ MIRIM-RO 30 TC.MARÉ/SANTANA-AP 22

TC.MARÉ/GUARAQUEÇABA-PR 22 TC.MARÉ/SANTO AMARO DO

MARANHÃO-MA

26

TC.MARÉ/ICAPUÍ-CE 55 TC.MARÉ/SÃO FRANCISCO DO

CONDE-BA

30

TC.MARÉ/IGARASSU-PE 23 TC.MARÉ/SÃO MATEUS-ES 22

TC.MARÉ/IGUAPE-SP 11 TC.MARÉ/SOLEDADE-PB 26

TC.MARÉ/IMARUÍ-SC 25 TC.MARÉ/TAPEROÁ-BA 21

TC.MARÉ/ITACOATIARA-AM 27 TC.MARÉ/TRÊS LAGOAS-MS 13

TC.MARÉ/ITAREMA-CE 22 TC.MARÉ/URUÇUI-PI 28

Tabela III – Nº de alunos nos cursos técnicos em aquicultura – EAD

Telessala Qtde

Alunos

Telessala Qtde

Alunos NAO INFORMADOS / SEM

TELESSALA

3 TC.MARÉ/ITAREMA-CE 22

TC.MARÉ/ABELARDO LUZ-SC 22 TC.MARÉ/JUAZEIRINHO-PB 29

TC.MARÉ/ANORI-AM 26 TC.MARÉ/LADÁRIO-MS 26

TC.MARÉ/AREIA BRANCA-RN 22 TC.MARÉ/LAGUNA-SC 6

TC.MARÉ/BARCELOS-AM 25 TC.MARÉ/MARATAÍZES-ES 10

TC.MARÉ/BARRA DA GARÇA-MT 20 TC.MARÉ/MARAÚ-BA 13

TC.MARÉ/BARRA DE SANTO ANTÔNIO-AL

64 TC.MARÉ/MUNDO NOVO-MS 15

TC.MARÉ/BARRAS-PI 14 TC.MARÉ/NISIA FLORESTA-RN 20

TC.MARÉ/BEBERIBE-CE 18 TC.MARÉ/PARINTINS-AM 51

TC.MARÉ/BREJO GRANDE-SE 35 TC.MARÉ/PIAÇABUÇU-AL 35

TC.MARÉ/CAJARI-MA 53 TC.MARÉ/PONTAL DO

PARANÁ-PR-SALA "A"

11

TC.MARÉ/CAMPO GRANDE-RN 51 TC.MARÉ/PORTO DAS PEDRAS-AL 20

TC.MARÉ/CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ

56 TC.MARÉ/RIO BRANCO-AC 31

TC.MARÉ/CEARÁ MIRIM-RN 64 TC.MARÉ/RIO GRANDE-RS 17

TC.MARÉ/CIDREIRA-RS 15 TC.MARÉ/RORAINÓPOLIS / RR 9

TC.MARÉ/ESPERANTINA-TO 52 TC.MARÉ/SANTA CRUZ

CABRÁLIA-BA

26

TC.MARÉ/FILADÉLFIA-TO 18 TC.MARÉ/SANTANA-AP 27

TC.MARÉ/FORMIGA-MG 16 TC.MARÉ/SANTO AMARO DO

MARANHÃO-MA

25

TC.MARÉ/GUAJARÁ MIRIM-RO 30 TC.MARÉ/SÃO FRANCISCO DO

CONDE-BA

45

TC.MARÉ/GUARAQUEÇABA-PR 30 TC.MARÉ/SÃO MATEUS-ES 18

TC.MARÉ/ICAPUÍ-CE 51 TC.MARÉ/SOLEDADE-PB 23

TC.MARÉ/IGARASSU-PE 18 TC.MARÉ/TAPEROÁ-BA 20

TC.MARÉ/IGUAPE-SP 20 TC.MARÉ/TRÊS LAGOAS-MS 23

TC.MARÉ/IMARUÍ-SC 21 TC.MARÉ/URUÇUI-PI 32

TC.MARÉ/ITACOATIARA-AM 18

Total 1316

As ações desenvolvidas quanto ao Projeto dos cursos EAD são planejadas e executadas em

parte pelo DPOPA, mas as coordenação da ação programática fica à cargo de outras Secretarias

desse Ministério.

Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos

Outra ação importante nesse eixo temático é o Programa de Distribuição de Cestas de

Alimentos. Essa ação continua com a coordenação pela Secretaria Nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional (SESAN) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

(MDS) e é operacionalizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) em conjunto

com este Ministério da Pesca e Aquicultura além de outros órgãos públicos federais e organizações

não governamentais.

A Ação nº 2792 de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos é uma

política pública de caráter emergencial e tem como objetivo a distribuição gratuita de Cestas de

Alimentos para as famílias identificadas em situação de insegurança alimentar e nutricional.

A composição destas cestas de alimentos é feita por meio do Programa de Aquisição de

Alimentos (PAA), instituído pela Lei nº 10.696, de 2 de junho de 2003, coordenado pela

SESAN/MDS e operacionalizado pela CONAB em parceria com Estados e Municípios.

Os grupos populacionais que participam da Ação de Distribuição de Alimentos são famílias

de pescadores artesanais, povos indígenas, quilombolas, comunidades de terreiros, trabalhadores

rurais sem terra que pleiteiam acesso ao programa de reforma agrária e famílias atingidas por

barragens.

O MDS define um critério geral para a indicação das famílias a serem atendidas - a situação

de insegurança alimentar e nutricional - e as instituições parceiras da ação desenvolvem critérios

específicos, adequados à realidade de cada grupo populacional.

A obrigação deste MPA consiste em indicar o público, estabelecendo como critérios de

seleção (1) ser pescadora profissional artesanal registrada no MPA, (2) ter domicílio nos

Municípios anteriormente englobados pelo programa, (3) ter o menor nível de escolaridade e (4) ter

o maior número de dependentes.

Além disso, é atribuição deste Ministério retirar e distribuir, diretamente ou por meio de

parcerias, os alimentos das Unidades Armazenadoras da CONAB, em tempo hábil, às famílias

beneficiárias em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social – MDS.

No ano de 2011 foram atendidas 7.900 famílias de pescadoras artesanais em situação de

insegurança alimentar nos Estados da Bahia, Ceará, Maranhã, Pará, Pernambuco, Paraíba e Piauí,

com a entrega de 28.355 cestas de alimentos correspondente a 667.135 kg de alimentos.

Ações Diversas

Além destes projetos, o MPA buscou informações estratégicas para subsidiar o

planejamento de suas ações. Para tanto, trabalhos de consultorias foram realizados, tendo sido

apresentados os seguintes produtos:

 Diagnóstico sobre as organizações sociais e entidades de classe representativas de

pescadores artesanais no Brasil. O levantamento e o resultado preliminar das

organizações sociais e entidades de classe representativas de pescadores artesanais.

No levantamento preliminar foram identificadas inicialmente 2,071 entidades, sendo

1.022 Colônias de Pescadores, 718 Associações, 222 Sindicatos, 64 Cooperativas, 21

Federações e 5 Movimentos, 2 União, 5 Conselhos, 2 Fundações, 1 Fórum, 1 Grupo,

2 Centros, 1 Articulação, 1 Comissão, 4 Confederações. Por região, dividem-se em

1.041 na Região Nordeste, 464 na Região Norte, 267 no Sudeste, 212 no Sul e 87 no

Centro-Oeste. Constitui-se em um importante instrumento para conhecimento da

realidade das entidades e para o planejamento das ações que devem ser

desenvolvidas para garantir e fortalecer a política voltada à pesca artesanal.

Levantamento e documentação do índice de alfabetização e escolarização dos

pescadores artesanais no Brasil. O levantamento e mapeamento preliminar do índice

de alfabetização e escolarização dos pescadores artesanais. Levantamento das

principais causas e fatores que influenciam os mesmos. A análise permite identificar

os índices de escolarização e alfabetização dos pescadores artesanais, assim como os

fatores que contribuem para os mesmos, e a necessidade de subsidiar mais estudos e

projetos necessários para que este setor saia do nível de pobreza e para que possa

garantir uma maior efetividade das políticas públicas deste segmento;

 O levantamento e análise das políticas públicas de governo que podem ser acessadas

pelos pescadores artesanais. E a proposição de novas ações que contribuam nos

Programas do Ministério da Pesca e Aquicultura para a erradicação da pobreza dos

pescadores artesanais assim como a análise da sustentabilidade das ações propostas.

A análise permite a identificação nos programas do Governo Federal de quais as

políticas públicas que os pescadores poderão acessar e a necessidade de se realizar

estudos específicos acerca da realidade das comunidades pesqueiras, afim de que

possamos entender as especificidades de cada região e as suas

necessidades.Realizada parceria entre o MPA, a Agência Brasileira de Cooperação –

ABC e a FURG para a realização, em janeiro de 2012, do curso de Gestão Social da

Cadeia Produtiva da Pesca. O MPA selecionou, em novembro de 2011, 25

representantes de 25 países do eixo sul-sul para participação neste curso cujo foco é

a troca de experiência das políticas públicas da pesca artesanal.

Demandas espontâneas e de emendas parlamentares foram aprovados em 2011, sendo 3

projetos relacionados a gestão de empreendimentos, a transferir tecnologias na captura,

conservação, processamento e comercialização do pescado.

 Realização de Edital de Chamada Pública SEPOP/MPA nº 01/2011, para a seleção

de propostas e celebração de convênios com entidades privadas sem fins lucrativos

para a formalização de 5 (cinco) parcerias, uma para cada região do país, para a

“qualificação de entidades beneficiárias nos projetos de apoio à cadeia produtiva e

inclusão digital na pesca artesanal”. Foi registrada apenas 01 (um) projeto, de

entidade privada sem fins lucrativos na Região Sul do país. A mesma foi classificada

e posteriormente obteve avaliação favorável pela área técnica para a celebração de

convênio. Qualificar e Capacitar os empreedimentos do MPA na Pesca Artesanal nos

estados do PR,SC e RS;

 Realização de eventos educacionais, de sensibilização, informação e promocionais

visando a construção de apetrechos, produção de conhecimento e o desenvolvimento

da pesca marítima em cinco municípios costeiros do Rio de Janeiro;

 Apoiar as atividades de pesca artesanal nos municípios de Icapuí, Orós,Caridade,

Quixelô e Jaguaretama, no Estado do Ceará. Disponibilizando aos pescadores

artesanais treinamentos e materiais necessários para o exercício de suas atividades de

forma sustentável.

As ações desenvolvidas são planejadas em parte pelo DPOPA, mas as coordenação da ação

programática fica à cargo de outras Secretarias desse Ministério.

Eixo Temático de Estruturação da Cadeia Produtiva

No eixo de Estruturação da Cadeia Produtiva, foi dada a continuidade de quatro projetos de

âmbito nacional, (1) Programa dos Centros Integrados da Pesca Artesanal - CIPAR, (2) Programa

de Apoio a Cadeia Produtiva do Pescado proveniente da Pesca Artesanal – Fábricas de Gelo, (3)

Projeto de Apoio a Pequenos Empreendimentos na Pesca Artesanal de Alimentos, (4) Renovação da

Frota e (5) Ações Diversas em projetos específicos de demandas espontâneas e de emendas

parlamentares. Todas essas ações visam agregar valor à produção e dispor de insumos mais baratos

e acessíveis, melhorando a qualidade do pescado, aproveitamento de subprodutos da pesca,

diminuindo perdas na produção pesqueira e aumentando a economicidade da atividade.

As ações desenvolvidas nesse eixo temático são planejadas e executadas em parte pelo

DPOPA, mas as coordenação da ação programática fica à cargo de outras Secretarias desse

Ministério, como a SEIF.

Programa dos Centros Integrados da Pesca Artesanal – CIPAR

O CIPAR é uma política publica de apoio à estruturação de cadeias produtivas da pesca,

com o objetivo de agregar valor e gerar trabalho e renda nas comunidades pesqueiras, incorporando

princípios de economia solidária na autogestão das infra-estruturas e preocupação com a gestão

compartilhada dos recursos pesqueiros. Busca-se com este objetivo construir uma política pública

com a perspectiva de alterar a forma de como os investimentos em infra-estruturas produtivas e

Dessa forma, a proposta de CIPAR está sendo trabalhada tendo em vista os seguintes

princípios:

 Estruturação de cadeias produtivas da pesca desde a produção até o fornecimento de

insumos, incluindo o beneficiamento e comercialização. Para este processo de

implementação se realizará um DRP (Diagnostico Rápido Participativo) que terá o objetivo

de envolver a comunidade e permitir sua participação na construção do projeto, definindo as

principais carências de investimentos e as estratégias de inserção na cadeira produtiva.