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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E ORDENAMENTO DA PESCA

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E ORDENAMENTO DA PESCA

PRESTAÇÃO DE CONTAS ORDINÁRIAS ANUAL RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2011

MARÇO/2011

(2)

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E ORDENAMENTO DA PESCA

PRESTAÇÃO DE CONTAS ORDINÁRIAS ANUAL RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2011

Relatório de Gestão do exercício de 2011 apresentado aos órgãos de controle interno e externo como prestação de contas ordinárias anual a que esta Unidade está obrigada nos termos do art. 70 da Constituição Federal, elaborado de acordo com as disposições da Instrução Normativa TCU nº 63/2010, da Decisão Normativa TCU nº 108/2010 e da Decisão Normativa nº117/2011, da Portaria TCU nº 123/2011 e das orientações do órgão de controle interno, constantes na Norma de Execução nº 03/2010, aprovada pela Portaria CGU nº 2.546/2010

Brasília, março de 2012

(3)

SUMÁRIO 2

LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS 3

LISTA DE TABELAS, RELAÇÕES, GRÁFICOS, DECLARAÇÕES, ETC. 5

INTRODUÇÃO ... 6

PARTE A – CONTEÚDO GERAL ... 11

1. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE JURISDICIONADA ... 11

2. RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS DA UNIDADE ... 12

2.1. COMPETÊNCIA INSTITUCIONAL ... 14

2.2. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ... 16

2.3. ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO FRENTE ÀS RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS ... 18

2.4. DPOPA–AÇÕES PARA A PESCA ARTESANAL ... 23

2.5. DPI–AÇÕES PARA A PESCA INDUSTRIAL ... 36

PROJETO LAGOSTA UFC/LABOMAR ... 36

PESCA AMADORA ... 37

PARTICIPAÇÃO E ENVOLVIMENTO EM AÇÕES GOVERNAMENTAIS ... 37

PROJETO DE PESQUISA ... 37

PRODUTOS DE CONSULTORIA ... 38

PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS E PUBLICAÇÕES ... 38

PLANEJAMENTO FOMENTO E COOPERAÇÕES ... 38

PESCA COSTEIRA ... 39

PROJETO SARDINHA LAJE ... 39

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO –GTTEMALHE ... 40

PESCA INDUSTRIAL OCEÂNICA ... 40

PROJETO ANCHOITA ... 40

UTILIZAÇÃO DA ANCHOITA NA PESCARIA DE VARA ISCA VIVA PELA FROTA DE BONITO LISTRADO ... 41

PROJETO BÓIAS ATRATORAS ... 42

ARRENDAMENTO DE EMBARCAÇÕES ESTRANGEIRAS DE PESCA ... 43

3. PROGRAMAS DE GOVERNO SOB A RESPONSABILIDADE DA UJ ... 46

3.1. PROGRAMAS SOB RESPONSABILIDADE DA UNIDADE ... 46

3.2. EXECUÇÃO FÍSICA DAS AÇÕES REALIZADAS PELA UJ ... 47

3.3. INDICADORES INSTITUCIONAIS ... 56

4. RECURSOS HUMANOS ... 63

4.1. COMPOSIÇÃO DO QUADRO DE SERVIDORES ATIVOS ... 63

4.2. COMPOSIÇÃO DO QUADRO DE RECURSOS HUMANOS POR FAIXA ETÁRIA ... 64

4.3. COMPOSIÇÃO DO QUADRO DE RECURSOS HUMANOS POR NÍVEL DE ESCOLARIDADE ... 64

5. TRANSFERÊNCIAS EFETUADAS NO EXERCÍCIO ... 65

5.1. RELAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE TRANSFERÊNCIA VIGENTES NO EXERCÍCIO DE 2011 ... 65

5.2. RESUMO DOS INSTRUMENTOS CELEBRADOS PELA UJ NOS TRÊS ÚLTIMOS EXERCÍCIOS ... 67

6. PARTE A DO ITEM 7, DO ANEXO II DA DN TCU N.º 108/2010 ... 71

6.1. DECLARAÇÃO REFERENTE A CONVÊNIOS ... 71

6.2. DECLARAÇÃO REFERENTE A CONTRATOS ... 72

7. INFORMAÇÕES SOBRE O CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES ESTABELECIDAS NA LEI 8730, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1993, RELACIONADAS À ENTREGA E AO TRATAMENTO DAS DECLARAÇÕES DE BENS E RENDAS ... 73

8. ESTRUTURA DE CONTROLES INTERNOS DA UJ ... 74

9. GESTÃO AMBIENTAL E LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS... 76

10. GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) ... 78

11. CONTRATAÇÃO DE CONSULTORES NA MODALIDADE “PRODUTO”, NO ÂMBITO DOS PROJETOS DE COOPERAÇÃO TÉCNICA COM ORGANISMOS INTERNACIONAIS ... 79

11.1. CONTRATOS DE CONSULTORIA REALIZADOS NO ÂMBITO DO PROJETO OEI-BRA-08/002: ... 79

PARTE B – INFORMAÇÕES CONTÁBEIS DA GESTÃO ... 108

1. ITEM 1, DO ANEXO II DA DN TCU N.º 108/2010 ... 108

(4)

LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS:

ACT - Acordo de Cooperação Técnica.

ATEPA – Assistência técnica e extensão pesqueira.

ATER - Assistência Técnica e Extensão Rural.

CAMEX - Câmara de Comércio Exterior.

CATC - Coordenação Geral de Assistência Técnica, Capacitação, Associativismo e Cooperativismo da Pesca e Aqüicultura.

CDIESEL – Coordenação de Subvenção do Diesel Pesqueiro.

CGA - Coordenação Geral de Administração.

CGCOM - Coordenação Geral de Comercialização da Pesca e Aquicultura.

CGPAC – Coordenação Geral de Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal Continental.

CGPAM – Coordenação Geral de Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal Marinha.

CGPC – Coordenação Geral de Planejamento e Ordenamento da Pesca Industrial Continental e Costeira.

CGPO – Coordenação Geral de Planejamento e Ordenamento da Pesca Industrial Oceânica.

CGU – Controladoria-Geral da União.

CIAC - Coordenação Geral de Incentivo e Apoio ao Credito.

CIPAR – Centros Integrados da Pesca Artesanal.

CNPASA - Centro Nacional de Pesquisa em Pesca, Aquicultura e Sistemas Agrícolas.

CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

COGENT - Coordenação Geral de Pesquisa e Novas Tecnologias da Pesca e Aquicultura.

COINF - Coordenação Geral de Infraestrutura.

COLOG - Coordenação Geral de Logística.

COMCONTRAN – Comando de Controle Naval do Tráfego Marítimo CONAPE - Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca.

CONEPE - Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura.

CPG – Comitês Permanente de Gestão.

CTGP - Comissão Técnica da Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros.

DAP - Declaração de Aptidão ao Pronaf.

DEFO - Departamento de Fomento.

DEMOC - Departamento de Monitoramento e Controle.

DILOG - Departamento de Infraestrutura e Logística.

DN – Decisão Normativa.

DPI - Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca Industrial.

DPOPA – Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal.

DRPA - Departamento de Registro da Pesca e Aqüicultura.

EAD - Ensino a Distância.

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

IN – Instrução Normativa.

INI - Instrução Normativa Interministerial.

MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

MB – Marinha do Brasil

MCT - Ministério de Ciência e Tecnologia.

MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário.

MDIC – Ministério do Desenvolvimento da Industria e Comércio MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e do Combate a Fome.

MMA – Ministério do Meio Ambiente.

MPA – Ministério da Pesca e Aquicultura.

MPOG – Ministério do Planejamento Orçamento e gestão.

MPV – Medida Provisória

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

(5)

NUPA – Núcleo de Planejamento e Ordenamento da Pesca Amadora

OEI – Organização dos Estados Iberoamericanos para a Educação, a Ciência e a Cultura.

PGFN – Procuradoria Geral da Fazenda Nacional PM – Prefeitura Municipal

PL - Projeto de Lei.

PNATER - Política Nacional de Assistência Técnica.

Port. – Portaria.

PRODOC - Projeto de Cooperação Internacional.

PROFROTA - Programa Nacional de Ampliação e Modernização da Frota Pesqueira Nacional.

PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.

REVITALIZA - Programa de Revitalização da Frota Pesqueira Artesanal.

RG – Relatório de gestão.

RGP - Registro Geral da Atividade Pesqueira.

SE - Secretaria Executiva.

SEAP – Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República.

SEIF - Secretaria de Infraestrutura e Fomento da Pesca e Aquicultura.

SEMOC - Secretaria de Monitoramento e Controle da Pesca e Aquicultura.

SEPOP – Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca.

SFPA – Superintendências Federais de Pesca e Aquicultura.

SSADP – Sistema de Subvenção ao Abastecimento de Diesel Pesqueiro.

TCU – Tribunal de Contas da União.

TPA - Território da Pesca e Aquicultura.

TPP - Terminal Pesqueiro Publico.

UHE - Usinas Hidrelétricas

UBP - Unidade de Beneficiamento de Pescado.

UJ – Unidade Jurisdicionada.

ZEE – Zona Econômica Exclusiva

(6)

LISTA DE TABELAS, RELAÇÕES, GRÁFICOS, DECLARAÇÕES, ETC.:

Tabelas: Pag.

Tabela I – Dados identificadores da Unidade Jurisdicionada 11

Tabela II – Nº de alunos nos cursos técnicos de pesca e aqüicultura – EAD 28 Tabela III – Nº de alunos nos cursos técnicos em aquicultura – EAD 29 Tabela IV – Dados gerais do Programa 1342 – Desenvolvimento Sustentável da Pesca 46

Tabela V - Execução Física das ações realizadas pela UJ 48

Tabela VI - Dados Gerais da Ação 8066 - Apoio a Renovação da Frota Artesanal 48 Tabela VII – Lista de convênios da Ação 8066 - Apoio a Renovação da Frota Artesanal 49 Tabela VIII - Dados Gerais da Ação 8038 – Apoio a Projetos Demonstrativos na Atividade

da Pesca

51 Tabela IX - Execução da Ação 8038 – Apoio a Projetos Demonstrativos na Atividade da

Pesca

51 Tabela X - Dados Gerais da Ação 8040 – Fomento a Instalação de Dispositivo de Exclusão

de Arrasto

53 Tabela XI - Dados gerais da Ação - 0080 Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel de

Embarcações Pesqueiras

53

Tabela XII - Metas e resultados da ação 0080 no exercício: 53

Tabela XIII – Indicadores desenvolvidos para a Ação 8066 57

Tabela XIV – Indicadores desenvolvidos para a Ação 8038 58

Tabela XV – Indicadores desenvolvidos para a Ação 8040 61

Tabela XVI – Indicadores desenvolvidos para a Ação 0080 62

Tabela XVII - Composição do Quadro de Recursos Humanos - Situação apurada em 31/12/2011

63 Tabela XVIII - Composição do Quadro de Recursos Humanos por faixa etária - Situação

apurada em 31/12/2011

64 Tabela XIX - Composição do Quadro de Recursos Humanos por nível de escolaridade -

Situação apurada em 31/12/2011

64 Tabela XX - Caracterização dos instrumentos de transferências vigentes no exercício de

referência (Valores em R$ 1,00)

65 Tabela XXI – Resumo dos instrumentos celebrados pela UJ nos três últimos exercícios 67 Tabela XXII – Resumo dos instrumentos de transferência que vigerão em 2011 e exercícios

seguintes

67

Tabela XXIII - Estrutura de controles internos da UJ 74

Tabela XXIV - Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis 76

Tabela XXV – Gestão de TI da UJ 78

Tabela XXVIII – Informações sobre consultorias realizados no âmbito do Projeto OEI- BRA/08/002

79

Figuras: Pag.

Figura 01 – Fluxograma apresentando os eixos da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca.

12 Figura 02 - Fluxograma das interações entre a SEPOP e as demais Secretarias para o

ordenamento e a gestão dos recursos pesqueiros

14

Figura 03 - Organograma da SEPOP 16

Figura 04 – Fluxo de processos para o ordenamento pesqueiro. Legenda UG- Unidade de Gestão, CTGP - Comissão Técnica da Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros

19

Figura 05 - Recorte dos CPG marinhos 20

Figura 06 – Recorte dos CPG continentais 20

Figura 07 - Recorte do CPG de ornamentais 20

Figura 08 – Estrutura do CPG 20

Figura 09 – Organograma com a estratégia de atuação do DPOPA 26

Figura 10 – Exportação de Atuns e Afins em 2011 44

(7)

INTRODUÇÃO

A Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca – SEPOP é uma Unidade Jurisdicionada do Ministério da Pesca e Aquicultura que tem como objetivo a realização de políticas, programas e ações para o desenvolvimento sustentável da pesca, abrangendo a pesca artesanal, industrial e amadora.

O presente relatório tem o fito de apresentar à sociedade e aos órgãos de controle externo e interno o balanço das ações desenvolvidas pela Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca do Ministério da Pesca e Aquicultura. Tais ações visam o desenvolvimento sustentável da pesca e abrangem os setores da pesca artesanal, industrial e amadora.

O Relatório de Gestão está estruturado segundo as orientações e normativos do Tribunal de Contas da União – TCU e da Controladoria Geral da União – CGU, apresentando os dados e informações referentes à SEPOP, aos programas e ações sob sua responsabilidade, aos resultados obtidos e ao desempenho operacional no exercício de 2011, bem como outras informações pertinentes.

Dos itens constantes da DN TCU nº 108/2010, Anexo II, não se aplicam a presente UJ na Parte “A” os subitens I e II da alínea “d” do item 2; item 3; item 4; alíneas “b”, “c”, “d”, “e” e “f”

do item 5; item 7; item 8; item 11; item 13 e item 14, uma vez que tais informações serão apresentadas no Relatório de Gestão elaborado pela Secretaria Executiva do Ministério da Pesca e Aquicultura, pois apenas ela é definida como Unidade Orçamentária tendo competência para assinatura de convênios, acordos e contratos administrativos. Considerando que a Coordenação- Geral de Prestação de Contas do MPA está vinculada à SPOA, as informações concernentes aos itens 15, 16 e 17 da Parte “A” serão apresentadas no Relatório de Gestão da Secretaria Executiva do MPA. Também não serão objeto de análise as partes “B”, “C” e “D” do Anexo II da DN TCU nº 107/2010, com exceção do item 16 da parte “C” que trata dos acordos de cooperação internacional.

A SEPOP é responsável pelo Programa de Governo 1342 – Desenvolvimento Sustentável da Pesca. Dentre as Ações Orçamentárias que compõe o Programa, apenas as Ações 2272 – Gestão e Administração do Programa, 8038 – Apoio a Projetos Demonstrativos na Atividade da Pesca, 8040 – Fomento a Instalação de Dispositivo de Exclusão de Arrasto, 8066 – Apoio a Renovação da Frota Artesanal e 0080 – Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel de Embarcações Pesqueiras, serão analisadas e apresentadas no RG desta UJ. As demais ações do Programa 1342 serão analisadas no Relatório de Gestão apresentado pela Secretaria de Infraestrutura e Fomento da Pesca e Aquicultura – SEIF, do MPA, em razão de refletirem atribuições de competência específica da SEIF, além de terem seus Coordenadores de Ação vinculados a ela.

A SEPOP tem a competência de coordenar o programa de Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel para embarcações pesqueiras. A subvenção econômica ao preço do óleo diesel permite promover a equalização do preço do óleo diesel marítimo para a frota nacional ao preço efetivamente praticado na venda às embarcações estrangeiras. Em 2011 foram beneficiadas 1.333 embarcações cadastradas no programa e um volume total de 69.376.899 litros de óleo diesel subvencionados, totalizando um investimento de R$ 17.415.857,89. Segundo o PPA 2008/2011, para o exercício de 2012, está previsto um investimento de 22,6 milhões de reais. A execução física atingiu 198,21% do previsto para o período.

No âmbito da SEPOP, o Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal

– DPOPA planeja e executa ações voltadas à pesca artesanal profissional orientadas pelo “Plano

Mais Pesca e Aquicultura”. Os projetos desenvolvidos atuam tanto sobre problemas sociais, como

econômicos e ambientais, buscando promover o desenvolvimento sustentável das comunidades

pesqueiras por meio da melhoria das condições de vida e a geração de renda aos pescadores

profissionais artesanais sem, contudo, implicar em aumento do esforço de pesca e degradação dos

recursos pesqueiros. As políticas públicas para pesca artesanal do MPA objetivam também o

aumento da produção pesqueira, entretanto não pela “via” do aumento do esforço de pesca, mas sim

pela estruturação da cadeia produtiva e qualificação do setor, buscando diminuir as perdas dos

(8)

destacar que as ações do DPOPA enquadram-se principalmente como ações de planejamento, não ficando responsável pela gestão de diversas ações programáticas do MPA onde são executados os projetos, sendo a única ação de sua responsabilidade a ação 8066 – Apoio a Renovação da Frota Artesanal.

Dentre as principais realizações do DPOPA no exercício de 2011, pode-se destacar: a continuidade da execução dos Cursos Técnicos de Nível Médio Integrado à Pesca e Cursos Técnicos de Nível Médio Integrado à Aquicultura em 49 Pólos de Apoio Presencial nos Telecentros da Pesca Maré com cerca de 2.000 alunos. Por meio de articulação do MPA com o Programa Brasil Alfabetizado, foram inscritos 17.632 pescadores em turmas de alfabetização. Foi realizada ainda a seleção de 73 monitores bolsistas para os Telecentros em 36 municípios. Foram entregues 7 telecentros da pesca maré e 41 Telecentros BR. Foi realizado curso de Gestão Social da Cadeia Produtiva da Pesca em Rio Grande com a participação de 25 alunos de 23 países da África, Sul da Ásia, Oceania e América do Sul, promovido pela ABC. Foram entregues 20 pontos comerciais fixos, 10 empreendimentos de manipulação de mariscos, 06 cozinhas comunitárias, 30 fábricas de gelo e 4 câmaras frias. Quanto aos Centros Integrados da Pesca Artesanal – CIPAR foram realizados dois convênios e um termo de cooperação, uma para implantação do CIPAR de Barcelos/AM, outro para o CIPAR de Santarém/AM e o terceiro para o CIPAR de Piaçabuçu/AL.

Quanto ao ordenamento foi instalado o Comitê de Gestão da Pesca da Lagosta, foram publicadas normas para regulamentar a pesca de caranguejo e nas bacias do Araguaia e Tocantins. Além da publicação da norma, houve a realização de reuniões para o ordenamento do uso de raias de águas continentais para fins ornamentais, de reunião para o ordenamento da pesca de peixes ornamentais de águas continentais, bem como para ordenamento e solução de conflitos nas áreas de abrangência das UHE de Santo Antônio e Jirau, elaboração de minutas de instruções normativas e notas e pareceres técnicos como subsídio ao ordenamento pesqueiro pela SEPOP, bem como ações diversas referentes ao ordenamento pesqueiro em todas as bacias hidrográficas brasileiras e pesca artesanal marinha. O detalhamento das ações e a estratégia de atuação para a efetivação dos objetivos e metas propostos serão detalhados no item “Estratégia de atuação frente às responsabilidades institucionais” deste relatório de Gestão.

Dentre as ações citadas, somente os projetos de Apoio a Renovação da Frota Artesanal são vinculados à ação Programática 8066, sob responsabilidade desta Diretoria, as demais ações estão vinculadas à coordenação das ações programáticas pela SEIF e SEMOC, havendo parceira na execução das Ações.

Para o ano de 2012 estão previstas como ações a finalização dos Cursos Técnicos de Nível Médio Integrado à Pesca e Cursos Técnicos de Nível Médio Integrado à Aquicultura em 49 Pólos de Apoio Presencial nos Telecentros da Pesca Maré com cerca de 2.000 alunos, realização da Etapa 2011 de Qualificação da Rede de Telecentro para a região Sul, solução de pendências e entrega de 30 fábricas de gelo, realização de qualificação dos empreendimentos da pesca artesanal na Região Sul, sendo fábricas de gelo, cozinhas comunitárias, pontos comerciais fixos, acampamento de pescadores, manipulação de mariscos e telecentros da pesca maré, abertura de novo edital para apoio à pesca artesanal com empreendimentos comunitários (cozinhas comunitárias e pontos comerciais), realização de cursos de informática para inclusão digital de pescadores.

O Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca Industrial – DPI é uma unidade da SEPOP que trata da pesca industrial, a principal diretriz de trabalho corresponde ao estabelecimento e fortalecimento do processo de gestão compartilhada dos recursos pesqueiro que passou a ser de competência conjunta entre o MPA e o MMA, a qual visa à realização de políticas, programas e ações para o desenvolvimento sustentável da pesca, abrangendo a pesca industrial e amadora/esportiva.

No âmbito da pesca industrial, o Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca

Industrial – DPI é uma unidade da SEPOP Dentre as Ações Orçamentárias que a DPI é

responsável pelas ações que compõe o Programa de Governo 1342 – Desenvolvimento Sustentável

da Pesca, citamos a Ação 8038 – Apoio a Projetos Demonstrativos na Atividade da Pesca. Em razão

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das demais ações refletirem em atribuições de competência específica da SEIF - MPA, além de terem seus Coordenadores de Ação vinculados a ela, não serão objeto de análise por este Relatório.

Para a pesca industrial, a principal diretriz de trabalho corresponde ao estabelecimento do processo de gestão compartilhada dos recursos pesqueiros, de competência conjunta entre o MPA e o MMA visando sempre recuperação do estoques pesqueiros na costa brasileira e nas águas continentais e desenvolver a pesca oceânica do Brasil.

O estabelecimento de regras e procedimentos bem definidos visa alcançar a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva do pescado, que com o advento da Lei da Pesca (Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009) ganhou importância e visibilidade no cenário nacional como uma política de governo que se baseia no desenvolvimento do setor pesqueiro aliado a sustentabilidade no trato dos recursos pesqueiros. Com a criação do Ministério da Pesca e Aquicultura - MPA pela Lei nº 11.958 de 26 de junho de 2009, foi um marco para o setor pesqueiro brasileiro que há muito renegado não apresentava expectativas para o desenvolvimento da atividade de pesca tão importante no mundo que desde a antiguidade é uma das atividades extrativistas de maior envergadura social, praticada há milhares de anos, com o MPA definitivamente estava demonstrada a importância do setor para ajudar no desenvolvimento do Brasil.

A pesca industrial no Brasil sempre esteve voltada a atender as demandas tanto internas quanto externas e com a política de arredamento de embarcações foi possível que o país utilizasse a sua cota de captura de Atuns e Afins no Atlântico e com isso ganhar maior representatividade no exterior como um promissor produtor internacional e promover a cultura de consumo dos grandes pelágicos no país com destaque para albacoras, o espadarte, o bonito listrado e o dourado.

Tendo em vista que desde o início da década de 80 a atividade pesqueira passou por um período de marginalização. O principal efeito deste abandono foi o crescimento desordenado da atividade, resultando em um esforço de pesca muito além da capacidade de recuperação dos estoques pesqueiros (sobrepesca).

Assim, a DPI além do estabelecimento de mecanismos de regulação da captura, para adoção de critérios e procedimentos de acesso aos recursos pesqueiros, ou seja, implementar o ordenamento pesqueiro de acordo com a Política Nacional de Pesca estabelecida pela Lei da Pesca (Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009), empenhou-se também em conduzir discussões relacionadas à importação dos pescados provenientes do Peru e Vietnã quando estes colocavam em risco a sustentabilidade das frotas nacionais. E ainda, representando o Ministério da Pesca e Aquicultura nos Comitês Internacionais sobre cotas de captura de atuns e afins como a ICCAT - The International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas “Comissão Internacional para a Conservação dos Atuns do Atlântico”.

Além dos trabalhos relacionados à regulação e ordenamento da cadeia produtiva e recursos

pesqueiros, a DPI tem desenvolvido projetos de incentivo a inovação tecnológica em parceria com

entidades, fundações, instituições de ensino e pesquisa procurando o desenvolvimento da pesca de

forma sustentável no Brasil, a partir de estudos, que embasem de forma correta e eficaz as decisões

tomadas como medidas de ordenamento pesqueiro. Alguns desses projetos estão

intimamente relacionados com o potencial de desenvolvimento da pesca oceânica direcionada a

captura dos atuns e afins e a disseminação de conhecimento e novas alternativas pesqueiras capazes

de apresentar resultados consistentes para a pesca no Brasil. À principal estratégia de trabalho

corresponde à dissipação de tecnologia através de projetos demonstrativos (Ação 8038– Apoio a

Projetos Demonstrativos na Atividade da Pesca), que viabilizam a realização de cruzeiros de pesca

prospectivos, de caráter comercial. Assim como, a transferência de tecnologias com o objetivo de

aperfeiçoar a produtividade das embarcações, como a instalação de dispositivos de agregação de

peixes do tipo “bóias atratoras”. As bóias atratoras são utilizadas na pesca de recursos oceânicos

migratórios, basicamente os atuns e afins, que naturalmente procuram refúgio em objetos flutuantes

a deriva nas águas oceânicas. Ao fixar uma bóia em um local previamente estabelecido, os

pescadores contam com uma referência do local mais provável para localização dos cardumes,

evitando a aleatoriedade da pescaria, reduzindo custos e otimizando a segurança do trabalho a

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Em geral, as dificuldades de implementação e efetivação das ações e políticas planejadas e executadas pela DPI são principalmente: a baixa capacitação e organização das entidades beneficiárias; dificuldade de comunicação entre o MPA e as entidades beneficiárias, seja por falta de meios de comunicação ou entendimento pelas entidades; disponibilização e demora na entrega de documentação pelas entidades beneficiárias, dificuldade no atendimento as exigências estabelecidas pelo MPA, conflitos de gestão entre as entidades beneficiárias e seus parceiros, como Prefeituras Municipais.

Atualmente, cerca de 80% das principais espécies capturadas pela frota pesqueira industrial encontra-se em um estado de captura além dos limites sustentáveis. Tal cenário traz uma série de implicações de ordem econômica, social e ambiental. Em termos econômicos, a sobrepesca associada ao incremento descontrolado da frota acarretou em uma saturação do mercado, reduzindo os preços pagos aos produtores, ao mesmo tempo em que criou problemas de abastecimento para as indústrias de beneficiamento e a prática de preços abusivos ao consumidor final. Necessário assim, a busca por alternativas pesqueiras voltadas para o redirecionamento da frota para espécies com estoques conhecidamente sustentáveis.

Assim, além do estabelecimento de mecanismos de regulação da captura, ou seja, a adoção de critérios e procedimentos de acesso aos recursos pesqueiros, a SEPOP, através da DPI empenhou-se em conduzir as discussões relacionadas à importação de pescados, quando esta colocava em risco a sustentabilidade das frotas nacionais. Exemplo disso foi o esforço envidado junto a Câmara de Comércio Exterior – CAMEX, no sentido de manter abastecidas as indústrias de enlatamento de sardinha em momentos onde a produção nacional não atendia a demanda do parque de conservas, por meio da redução tarifária para importação de sardinha congelada (matéria prima).

Ao mesmo tempo, esforços foram empregados no sentido de blindar a importação de sardinha enlatada (produto) a preços muito inferiores aos custos de produção nacional, colocando em risco a cadeia produtiva da sardinha em lata, que emprega atualmente 3.000 pescadores da frota industrial e aproximadamente 15.000 trabalhadores envolvidos na cadeia produtiva de processamento, distribuição e comercialização.

Além dos trabalhos relacionados à regulação da cadeia produtiva, a SEPOP tem desenvolvido projetos de incentivo a inovação tecnológica com transferência e capacitação de pescadores. Esses projetos estão intimamente relacionados com o potencial de desenvolvimento da pesca oceânica direcionada a captura dos atuns e afins. A principal estratégia de trabalho corresponde a dissipação de tecnologia através de projetos demonstrativos (Ação 8038– Apoio a Projetos Demonstrativos na Atividade da Pesca), que viabilizam a realização de cruzeiros de pesca prospectivos, de caráter comercial, assim como a transferência de tecnologias com o objetivo de otimizar a produtividade das embarcações, como a instalação de dispositivos de agregação de peixes do tipo “bóias atratoras”. As bóias atratoras são utilizadas na pesca de recursos oceânicos altamente migratórios, basicamente os atuns e afins, que naturalmente procuram refúgio em objetos flutuantes a deriva nas águas oceânicas. Ao fixar uma bóia em um local previamente estabelecido, os pescadores contam com uma referência do local mais provável para localização dos cardumes, evitando a aleatoriedade da pescaria, reduzindo custos e otimizando a segurança do trabalho a bordo.

Cabe registrar ainda o papel da DPI e coordenações gerais vinculadas, em balizar as discussões acerca dos projetos de instalação de infra-estrutura de apoio a pesca, capacitação de pescadores, desenvolvimento tecnológico, pesquisa e registro geral.

Em geral, as dificuldades de implementação e efetivação das ações planejadas e executadas pela SEPOP são principalmente: a baixa capacitação e organização das entidades beneficiárias;

dificuldade de comunicação entre o MPA e as entidades beneficiárias, seja por falta de meios de

comunicação ou entendimento pelas entidades; disponibilização e demora na entrega de

documentação pelas entidades beneficiárias, dificuldade no atendimento as exigências estabelecidas

pelo MPA, dificuldade das convenentes em preencher corretamente o Portal dos Convênios –

SICONV, transição de competências e de execução da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca

da Presidência da República e do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Pesca e

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Aquicultura, carência de pessoal nas Superintendências Federais de Pesca e Aquicultura – SFPA para acompanhamento da execução dos projetos.

Em geral, as dificuldades de implementação e efetivação das ações planejadas e executadas pela SEPOP são principalmente: a baixa capacitação e organização das entidades beneficiárias;

dificuldade de comunicação entre o MPA e as entidades beneficiárias, seja por falta de meios de comunicação ou entendimento pelas entidades; disponibilização e demora na entrega de documentação pelas entidades beneficiárias, dificuldade no atendimento as exigências estabelecidas pelo MPA, conflitos de gestão entre as entidades beneficiárias e seus parceiros, como prefeituras municipais, carência de pessoal para configuração dos equipamentos de informática destinados aos Telecentros Maré, carência de pessoal nas Superintendências Federais de Pesca e Aquicultura – SFPA para acompanhamento da execução dos projetos. Fatos importantes que prejudicaram a execução das ações planejadas por este MPA foram as duas mudanças de Ministro que ocorreram no ano de 2011.

Tais ações, brevemente descritas acima, que são desenvolvidas por esta UJ, serão devidamente analisadas no decorrer deste Relatório de Gestão, conforme veremos a seguir.

(12)

PARTE A – CONTEÚDO GERAL

1. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE JURISDICIONADA

Tabela I – Dados identificadores da Unidade Jurisdicionada Poder e Órgão de Vinculação Poder: Executivo

Órgão de Vinculação: Ministério da Pesca e Aquicultura Código SIORG: 72083 Identificação da Unidade Jurisdicionada

Denominação completa: Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca Denominação abreviada: SEPOP

Código SIORG: 104021 Código LOA: n/a Código SIAFI: n/a Situação: ativa

Natureza Jurídica: Órgão Público

Principal Atividade: Pesca Código CNAE: A03031

Telefones/Fax de contato: (061) 2023-3379 (061) 2023-3380 (061) 2023-3907 FAX E-mail:

Página na Internet: http://www.mpa.gov.br

Endereço Postal: Setor Bancário Sul, Quadra 2 , Edifício Carlton Tower - 5º andar. CEP: 70.070- 120 Brasília - DF

Normas relacionadas à Unidade Jurisdicionada Normas de criação e alteração da Unidade Jurisdicionada

Decreto nº 6.972, de 29 de setembro de 2009.

Outras normas infralegais relacionadas à gestão e estrutura da Unidade Jurisdicionada Portaria MPA nº 523, de 2 de dezembro de 2010.

Manuais e publicações relacionadas às atividades da Unidade Jurisdicionada

Unidades Gestoras e Gestões relacionadas à Unidade Jurisdicionada

Unidades Gestoras relacionadas à Unidade Jurisdicionada

Código SIAFI Nome

110008 Ministério da Pesca e Aqüicultura

Gestões relacionadas à Unidade Jurisdicionada

Código SIAFI Nome

00001 Tesouro

Relacionamento entre Unidades Gestoras e Gestões

Código SIAFI da Unidade Gestora Código SIAFI da Gestão

110008 00001

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2. RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS DA UNIDADE

O Ministério da Pesca e Aquicultura tem como missão implementar a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca, que tem como objetivos:

O desenvolvimento sustentável da pesca e da aquicultura como fonte de alimentação, emprego, renda e lazer, garantindo-se o uso sustentável dos recursos pesqueiros, bem como a otimização dos benefícios econômicos decorrentes, em harmonia com a preservação e a conservação do meio ambiente e da biodiversidade;

O ordenamento, o fomento e a fiscalização da atividade pesqueira;

A preservação, a conservação e a recuperação dos recursos pesqueiros e dos ecossistemas aquáticos;

O desenvolvimento socioeconômico, cultural e profissional dos que exercem a atividade pesqueira, bem como de suas comunidades.

Observa-se no fluxograma abaixo os três eixos principais da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca que tem como fim a sustentabilidade da atividade pesqueira

Figura 01 – Fluxograma apresentando os eixos da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca.

De acordo com a Lei nº 10.683 de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, alterada pela Lei nº 11.958 de 26 de junho de 2009, que dispõe sobre a transformação da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República em Ministério da Pesca e Aquicultura, as competências institucionais do Ministério da Pesca e Aquicultura são:

GESTÃO PESQUEIRA

ACOMPANHAMENTO REGISTRO MONITORAMENTO

PLANEJAMENTO REGULAÇÃO

INCLUSÃO SOCIAL ESTRUTURAÇÃO DA CADEIA

MERCADO

POLÍTICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AQUICULTURA E DA PESCA

FISCALIZAÇÃO ORDENAMENTO FOMENTO

diretrizes diretrizes

SUSTENTABILIDADE

Social – Ambiental – Econômica

diretrizes

uso racional dos recursos pesqueiros

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a) política nacional pesqueira e aquícola, abrangendo produção, transporte, beneficiamento, transformação, comercialização, abastecimento e armazenagem;

b) fomento da produção pesqueira e aquícola;

c) implantação de infraestrutura de apoio à produção, ao beneficiamento e à comercialização do pescado e de fomento à pesca e aquicultura;

d) organização e manutenção do Registro Geral da Pesca;

e) sanidade pesqueira e aquícola;

f) normatização das atividades de aquicultura e pesca;

g) fiscalização das atividades de aquicultura e pesca no âmbito de suas atribuições e competências;

h) concessão de licenças, permissões e autorizações para o exercício da aquicultura e das seguintes modalidades de pesca no território nacional, compreendendo as águas continentais e interiores e o mar territorial da Plataforma Continental, da Zona Econômica Exclusiva, áreas adjacentes e águas internacionais, excluídas as Unidades de Conservação federais e sem prejuízo das licenças ambientais previstas na legislação vigente:

1) pesca comercial, compreendendo as categorias industrial e artesanal;

2) pesca de espécimes ornamentais;

3) pesca de subsistência;

4) pesca amadora ou desportiva;

i) autorização do arrendamento de embarcações estrangeiras de pesca e de sua operação, observados os limites de sustentabilidade estabelecidos em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente;

j) operacionalização da concessão da subvenção econômica ao preço do óleo diesel instituída pela Lei no 9.445, de 14 de março de 1997;

l) pesquisa pesqueira e aquícola; e

m) fornecimento ao Ministério do Meio Ambiente dos dados do Registro Geral da Pesca relativos às licenças, permissões e autorizações concedidas para pesca e aquicultura, para fins de registro automático dos beneficiários no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais.

Dentre essas atribuições, a SEPOP está diretamente relacionada aos itens “a”, “b”, “c”, “f” e

“j”, citados acima. Entretanto, indiretamente, como órgão de planejamento e que deve promover o

uso sustentável dos recursos pesqueiros, a SEPOP está indiretamente relacionada a todas as

competências institucionais deste MPA, sendo observadas no fluxograma abaixo as interações entre

a SEPOP e as demais Secretarias.

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DIRETRIZES PLANEJAMENTO

O processo de planejamento é ferramenta para administrar as relações com o futuro.

É uma aplicação específica do processo de tomar decisões (Maximiniano, 2006)

SEIF SEIF

DILOG

DILOG DEFODEFO

SEPOP SEPOP

DPI

DPI DPOPADPOPA GESTÃO PESQUEIRA

Processo integrado de agrupamento de informações, análise, planejamento, consulta, tomada de decisões, alocação de recursos e implementação das regulamentações ou normas que governam as atividades pesqueiras de modo a assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos e o alcance de outros objetivos das pescarias (FAO, 1997).

SEMOC SEMOC

DRPADRPA DEMOCDEMOC

Normas Cad

eia p rodutiva Atividade pesqueira

Atores Recursos pesqueiros

ORDENAMENTO PESQUEIRO

Conjunto de normas e ações que permitem administrar a atividade pesqueira, com base no conhecimento atualizado dos seus componentes biológico-pesqueiros, ecossistêmico, econômicos e sociais (inc. XII do art.2° da Lei 11.959/09).

INFORMAÇÕES DIRETRIZES

INFORMAÇÕES

DIRETRIZES INFORMAÇÕESDIRETRIZES

INFORMAÇÕES

DIRETRIZES

INFORMAÇÕES

PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO ORDENAMENTO ORDENAMENTO

Modelo de Gestão Pesqueira - MPA

Figura 02 - Fluxograma das interações entre a SEPOP e as demais Secretarias para o ordenamento e a gestão dos recursos pesqueiros

2.1. Competência Institucional

A Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca – SEPOP, órgão específico singular do Ministério da Pesca e Aquicultura tem por competência principal a realização de políticas, programas e ações para o desenvolvimento sustentável da pesca, abrangendo a pesca artesanal, industrial e amadora.

Em sua estrutura, a SEPOP é constituída pelos seguintes Departamentos e Coordenações:

a) Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca Industrial – DPI;

- Coordenação-Geral, Planejamento e Ordenamento da Pesca Industrial Oceânica - CGPO;

- Coordenação-Geral, Planejamento e Ordenamento da Pesca Industrial Continental e Costeira – CGPC;

b) Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal - DPOPA;

- Coordenação-Geral, Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal Continental - CGPAC;

- Coordenação-Geral, Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal Marinha - CGPAM.

O Decreto nº 6.972, de 29 de setembro de 2009, que aprova a Estrutura Regimental e o

Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério da Pesca

e Aquicultura, e dá outras providências, definiu as competências específicas da SEPOP e de suas

diretorias: DPOPA e DPI, in verbis:

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Art. 11. À Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca compete:

I - propor políticas, programas e ações para o desenvolvimento sustentável da pesca;

II - propor medidas e critérios de ordenamento das atividades de pesca industrial, pesca artesanal, pesca ornamental e pesca amadora, de acordo com a legislação em vigor;

III - buscar o envolvimento institucional interno e externo relacionado com o ordenamento da atividade pesqueira, incluindo a participação nos Comitês de Gestão referentes aos recursos pesqueiros, a concessão do beneficio do seguro- desemprego e aposentadoria do pescador profissional;

IV - desenvolver a prospecção de cenários com base nas políticas e diretrizes governamentais para a pesca;

V - acompanhar o desdobramento das diretrizes em metas e o estabelecimento dos respectivos indicadores de desempenho para a pesca;

VI - promover estudos, diagnósticos e avaliações sobre os temas de sua competência;

VII - propor a formulação de políticas para o Programa de Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel, instituído pela Lei no 9.445, de 14 de março de 1997;

VIII - analisar os pedidos de autorização de arrendamento de embarcações estrangeiras de pesca, como previsto na legislação vigente, mantendo em arquivo a documentação pertinente;

IX - analisar os pedidos de autorização para operação de embarcações estrangeiras de pesca, nos casos previstos em acordos internacionais de pesca firmados pelo Brasil; e

X - colaborar com a Secretaria de Infraestrutura e Fomento da Pesca e Aquicultura na elaboração de diretrizes relacionadas às ações de pesquisa, crédito, assistência técnica e extensão rural e comercialização.”

Art. 13. Ao Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal compete:

I - propor políticas, programas e ações que visem ao desenvolvimento sustentável da pesca artesanal, a melhoria da renda e da qualidade de vida dos pescadores;

II - propor normas e medidas de ordenamento da pesca artesanal;

III - desenvolver e implementar mecanismos de gestão para o fortalecimento institucional da pesca artesanal;

IV - apoiar e desenvolver ações para a promoção econômica, social e cultural da pesca artesanal;

V - desenvolver ações de verticalização da produção do pescado oriundo da pesca artesanal, como mecanismo de agregação de valor e aumento da renda do setor;

VI - realizar estudos visando ao aprimoramento de regulamentação da pesca artesanal;

VII - promover e estimular a adoção pelas organizações pesqueiras artesanais de códigos voluntários de conduta e de gestão compartilhada, adotando tecnologias ambientalmente adequadas; e

VIII - desenvolver estreita relação com os órgãos de fiscalização da pesca artesanal, nos níveis federal, estadual e municipal, propondo diretrizes para a política de fiscalização educativa e participativa.”

Art. 12. Ao Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca Industrial compete:

I - propor normas e medidas de ordenamento da pesca industrial;

(17)

II - propor medidas de ação governamental para o licenciamento de embarcações pesqueiras nacionais e autorização de operação e arrendamento de embarcações estrangeiras;

III - elaborar os estudos de avaliação do impacto e da viabilidade socioeconômica das alternativas de desenvolvimento e fomento da pesca industrial;

IV - subsidiar os programas e projetos de desenvolvimento e fomento da pesca industrial, em articulação com estados, municípios e iniciativa privada;

V - propor a adoção de normas, mecanismos e métodos para a classificação do pescado oriundo da pesca industrial;

VI - participar das comissões regionais e estaduais, associações e grupos de trabalho interinstitucionais e interdisciplinares para atuação como fóruns na definição de demandas e de soluções para o setor da pesca industrial;

VII - subsidiar a Secretaria de Infraestrutura e Fomento da Pesca e Aquicultura na elaboração de diretrizes relacionadas às ações de pesquisa, crédito, assistência técnica e extensão rural e comercialização;

VIII - analisar documentos e emitir relatórios, pareceres e notas técnicas sobre projetos que tenham relação com a pesca industrial, dentre eles a subvenção do óleo diesel, a modernização da frota e da infraestrutura de apoio à pesca e o arrendamento e a nacionalização de embarcações estrangeiras; e

IX - desenvolver e promover ações de verticalização da produção do pescado oriundo da pesca industrial, como mecanismo de agregação de valor e aumento da renda do setor.

Figura 03 - Organograma da SEPOP

A respeito da competência descrita nos artigos 11, 13 do Decreto nº 6.972, de 29 de setembro de 2009, ressalta-se que diversas competências institucionais dos Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foram transferidos ou compartilhados com o novo MPA.

Alem das competências acima elencadas, a SEPOP tem a função de Coordenação do programa de Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel, instituída pela Lei nº 9.445, de 14 de março de 1997 e, atualmente é regulamentada pelo Decreto nº 7.077, de 26/01/10 e, pela Instrução Normativa SEAP/PR nº 18, de 25/08/2006.

2.2. Objetivos Estratégicos

Até 2011, o MPA tem como diretrizes aquelas expressas no planejamento estratégico do MPA – Mais Pesca e Aquicultura (2008/2011), e que segue as orientações do Governo Federal. São essas: consolidar uma política de Estado para a pesca e aquicultura; inclusão produtiva; estruturação

SEPOP DPI

CGPO CGPC

DPOPA

CGPAC CGPAM

(18)

da cadeia produtiva; fortalecimento do mercado interno, sustentabilidade ambiental, organização do setor e abordagem territorial.

O Brasil possui atualmente mais de 900 mil pescadores cerca de 8,5 mil km de costa e uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE) com mais de 3,5 milhões de km2, além de aproximadamente 13,7% do total mundial da reserva de água doce disponível, incluindo cerca de 5,5 milhões de hectares de lâmina d’águas públicas represadas, além da maior biodiversidade de peixes de águas continentais do Planeta. A produção pesqueira brasileira é considerada baixa, estando situada em torno 1,2 milhão de toneladas anuais, das quais a pesca extrativa representa um pouco menos que 70% da produção pesqueira e aquícola nacional.

No âmbito do planejamento estratégico da antiga SEAP/PR, hoje MPA foram identificadas as seguintes questões centrais relacionadas à pesca a serem resolvidas por meio de ações setoriais ao longo do período:

• Baixa produção e consumo nacional de pescado;

• Insuficiência de tecnologias eficientes e sustentáveis, adequadas às nossas espécies, culturas e regiões;

• Fiscalização ineficiente e desarticulada com os órgãos de ordenamento e controle;

• Insegurança fundiária - fator impeditivo à permanência dos pescadores e aqüicultores, manutenção de seus territórios de origem e direito de acesso e uso de seus espaços pesqueiros e aqüícolas;

• Dificuldades de acesso e insuficiência da infra-estrutura de apoio à produção, beneficiamento e comercialização com agregação de valor;

• Baixa efetividade na internalização das medidas de ordenamento e conservação dos instrumentos legais e acordos internacionais dos quais o país é signatário;

• Linhas de crédito pouco utilizadas ainda pelo setor em função dos processos burocráticos para acessá-los;

• Baixa escolaridade e qualificação profissional do setor;

• Deficiência na revisão, atualização e adequação sistemática e contínua da legislação pertinente ao setor pesqueiro;

• Dificuldades na geração, sistematização e difusão de informações estratégicas e estatísticas;

• Deficiências nos processos de gestão, inerentes ao compartilhamento das atribuições governamentais relativas ao setor aqüícola e pesqueiro;

• Cadeia de comercialização de pescados deficiente e não consolidada;

• Insumos, produtos e subprodutos da aqüicultura e pesca não certificados nem rastreados;

• Complexidade dos estudos e elevado custo derivado da ausência de um recorte no licenciamento ambiental que considere o enquadramento dos empreendimentos;

• Processos relativos ao Registro Geral da Pesca – RGP burocratizados, com altos custos, frágeis e sem recursos para expansão.

• Fragilidade das estruturas organizacionais da classe dos pescadores. A falta de organização social é um ponto de estrangulamento na produção e no acesso ao crédito;

• Inadequação dos critérios existentes na Instrução Normativa 03, de 12 de maio de 2004 da SEAP/PR, que dispõe sobre o Registro Geral de Pesca (RGP);

• Fragilidade dos critérios exigidos para o acesso ao Seguro Desemprego, constante na Lei 10.779, de 25 de novembro de 2003;

• Falta de apoio e implementação dos processos de certificação;

• Deficiência na assistência técnica e falta de continuidade da mesma.

A Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca é responsável por um dos três

programas finalísticos do MPA - Programa Desenvolvimento Sustentável da Pesca. Inseridas no

escopo de atuação da SEPOP, as ações orçamentárias foram desenvolvidas tendo como objetivo

subsidiar as políticas de ordenamento e desenvolvimento da pesca, abrangendo todas as etapas da

cadeia produtiva da pesca desde a produção até o consumidor final.

(19)

A atividade pesqueira é, atualmente, o principal meio de sobrevivência de, aproximadamente, 4 milhões de brasileiros, incluindo-se aqui os pescadores artesanais profissionais, suas famílias e os pescadores de subsistência, e as tendências das capturas nas águas brasileiras seguem um padrão mundial, cujos estudos mostram que 50% dos estoques pesqueiros encontram-se em seus limites máximos sustentáveis, 18% dos recursos estão sobreexplotados e 10% estão em colapso ou em processo de recuperação. Em uma situação hipotética de colapso da atividade pesqueira nacional, mesmo que gradativo, o cenário advindo seria muito próximo de uma convulsão social, pois dificilmente existiriam ações governamentais, e menos ainda privadas, que pudessem recompor o tecido social afetado pela falta de subsistência alimentar e de emprego.

A principal atribuição da SEPOP é a gestão dos recursos pesqueiros, realizado por meio da definição de medidas e critérios de ordenamento das atividades de pesca industrial, pesca artesanal, pesca ornamental e pesca amadora. Nesse sentido desde 2010 o MPA e o MMA iniciaram a construção de um processo dinâmico e participativo para condução da política de ordenamento pesqueiro no país. O maior desafio corresponde à definição do papel do sistema de gestão compartilhada do uso sustentável dos recursos pesqueiros, criado por meio do Decreto nº 6.981, de 13 de outubro de 2009, que regulamenta a competência conjunta dos Ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente para, sob a coordenação do primeiro, com base nos melhores dados científicos e existentes, fixar as normas, critérios, padrões e medidas de ordenamento do uso sustentável dos recursos pesqueiros.

Além do ordenamento pesqueiro o desenvolvimento sustentável da pesca deve obrigatoriamente tratar da evolução dos sistemas e arranjos produtivos, bem como da qualificação profissional dos trabalhadores da pesca. Estruturar e modernizar as diversas etapas da cadeia produtiva, e capacitar o setor para melhor gestão de seus empreendimentos produtivos, foi um dos principais objetivos lançados para vencer os desafios propostos. Desde a captura do pescado até a transformação (beneficiamento) do peixe em produtos que agreguem maior valor para comercialização, existe uma série de ações e intervenções que o Governo se propôs realizar para garantir produtos em quantidade suficiente e com a qualidade desejada para que o consumo de pescados no Brasil fosse estimulado.

2.3. Estratégia de atuação frente às responsabilidades institucionais

A principal atividade desempenhada pela Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca no ano de 2011 diz respeito ao Ordenamento Pesqueiro. A Lei nº 10.683 de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, alterada pela Lei nº 11.958 de 26 de junho de 2009 determina que cabe aos Ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente, em conjunto e sob a coordenação do primeiro, nos aspectos relacionados ao uso sustentável dos recursos pesqueiros fixar as normas, critérios, padrões e medidas de ordenamento do uso sustentável dos recursos pesqueiros com base nos melhores dados científicos e existentes na forma de regulamento. Neste sentido todas as instruções normativas referentes a qualquer medida de regramento a exploração de recursos pesqueiros passaram a ser planejadas, discutidas e editadas conjuntamente e sob a coordenação do Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA.

Comissão Técnica da Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros - CTGP, órgão consultivo e coordenador das atividades do sistema de gestão compartilhada, com a finalidade de examinar e propor medidas e ações inerentes às competências conjuntas de que trata este Decreto.

Como estratégia para a implementação da gestão compartilha instituída pela Lei nº 10.683

de 28 de maio de 2003, foi publicado o Decreto nº 6.981 de 13 de outubro de 2009 que dispôs sobre

a atuação conjunta dos Ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente nos aspectos

relacionados ao uso sustentável dos recursos pesqueiros e instituiu a Comissão Técnica da Gestão

Compartilhada dos Recursos Pesqueiros - CTGP, órgão consultivo e coordenador das atividades do

sistema de gestão compartilhada, com a finalidade de examinar e propor medidas e ações inerentes

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nº 2, de 13 de novembro de 2009, que regulamentou o Sistema de Gestão Compartilhada, determinando que esse sistema trata-se de um compartilhamento de responsabilidades e atribuições entre representantes do Estado e da sociedade civil organizada, formado por comitês, câmaras técnicas e grupos de trabalho de caráter consultivo e de assessoramento constituídos por órgãos do governo de gestão de recursos pesqueiros e pela sociedade formalmente organizada.

Nas macro-espacialidades - marinha e continental construídas, 5 aspectos foram considerados: a espacialidade ambiental dentro de cada macro-espaço; as condicionantes oceanográficas e limnológicas; as questões geopolíticas de divisão do espaço nacional; os recursos pesqueiros; e as modalidades de pesca. Esses 5 aspectos guardam estreita relação e evidentemente, muitas vezes se sobrepõem, mas permitem a distintos setores se enxergarem. É importante que no modelo de gestão estabelecido o setor seja o sujeito de seu próprio desenvolvimento, e não objeto, passando a atuar efetivamente no processo de co-gestão.

O trabalho de maior importância resultante dessa competência conjunta foi o planejamento do funcionamento do compartilhamento de responsabilidades e atribuições entre representantes do Estado e da sociedade civil organizada. Para tanto, no ano de 2011 foram realizadas diversas reuniões entre o MPA e o MMA resultando na elaboração de um modelo chamado de “Macro processo do Ordenamento Pesqueiro”. Esse modelo prevê de forma ampla como se dará o processo de construção do ordenamento pesqueiro. Tal modelo ainda passa por ajustes entre o MMA e o MPA. O fluxo do Macro processo de Ordenamento Pesqueiro é apresentado a seguir.

Figura 04 – Fluxo de processos para o ordenamento pesqueiro. Legenda UG- Unidade de Gestão, CTGP - Comissão Técnica da Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros.

Para esse macro processo seguir foi pensado quais os recortes deveriam ser estabelecidos

para trabalhar a gestão pesqueira, tendo como unidade os Comitês Permanentes de Gestão – CPG,

sendo nove CPG marinhos, onze CPG continentais e um de organismos ornamentais e outros usos,

(21)

bem como qual seria a estrutura desse CPG paritário, que deverá ter representantes e governo e da sociedade civil organizada. Nas macro-espacialidades construídas, 5 aspectos foram considerados: a espacialidade ambiental dentro de cada macro-espaço; as condicionantes oceanográficas e limnológicas; as questões geopolíticas de divisão do espaço nacional; os recursos pesqueiros; e as modalidades de pesca. Esses 5 aspectos guardam estreita relação e, evidentemente, muitas vezes se sobrepõem, mas permitem a distintos setores se enxergarem. Os recortes utilizados e a estrutura do CPG são apresentados nas quatro figuras a seguir.

Figura 05 - Recorte dos CPG marinhos Figura 05 - Recorte dos CPG continentais

Figura 07 - Recorte do CPG de ornamentais Figura 08 – Estrutura do CPG

O Ordenamento pesqueiro é definido pela Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009 (Lei da Pesca), como “o conjunto de normas e ações que permitem administrar a atividade pesqueira, com base no conhecimento atualizado dos seus componentes biológico-pesqueiros, ecossistêmico, econômicos e sociais”.

Dentre as ações de maior relevância quanto ao ordenamento pesqueiro realizadas no ano de 2011 destacam-se:

 Publicação da Instrução Normativa Interministerial nº 12, de 25 de outubro de 2011, que estabelece normas gerais à pesca e no período de defeso para a bacia hidrográfica do rio Araguaia.

 Publicação da Instrução Normativa Interministerial nº 13, de 25 de outubro de 201, que

estabelece normas gerais à pesca para bacia hidrográfica do rio Tocantins e período de defeso

para as bacias hidrográficas dos rios Tocantins e Gurupi;

(22)

 Publicação da Instrução Normativa Interministerial MMA/MPA nº 3 de 28 de janeiro de 2011, que Estabelece normas para o ordenamento da frota de arrasto na captura de camarão sete barbas;

 Publicação da Instrução Normativa Interministerial MMA/MPA nº 2 de 14 de janeiro de 2011, que estabelece normas para a captura do Caranguejo-Uçá no estado do Espírito Santo;

 Publicação da Instrução Normativa Interministerial MMA/MPA nº 9 de 03 de junho de 2011, que prorroga o prazo para a captura de lagosta vermelha e cabo verde;

 Publicação da Instrução Normativa Interministerial MMA/MPA nº 14 de 31 de outubro de 2011, que proíbe a pesca de camarões rosa (Farfantepenaeus subtilis e Farfantepenaeus brasiliensis), branco (Litopenaeus schmitti) e sete barbas (Xiphopenaeus kroyeri);

 Publicação da Portaria MPA nº 339 de 21 de novembro de 2011, que designa os membros, titulares e suplentes, para compor o Comitê de Gestão da Pesca da Lagosta - CGPL, criado pela Portaria Interministerial MPA/MMA n° 1, de 20 de abril de 2010;

 Discussão sobre o ordenamento da pesca nas Usinas Hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau e Bacia Rio Madeira, com indicação de formação de grupo de Trabalho para o ano de 2012;

 Caracterização da pesca artesanal na região da Bacia Amazônica;

 Levantamento do arcabouço legal no uso dos recursos pesqueiros na Bacia Amazônica e acompanhamento, análise, avaliação e elaboração de relatório sobre o ordenamento na Bacia Amazônica;

 Sistematização do defeso do Rio Grande do Norte com síntese dos encaminhamentos das reuniões;

 Sistematização do levantamento histórico da bacia do rio Uruguai com a Identificação dos pontos de conflitos e síntese dos encaminhamentos das reuniões;

 Sistematização do levantamento histórico da bacia do rio Paraná com a identificação dos pontos de conflitos e síntese dos encaminhamentos das reuniões;

 Sistematização do levantamento histórico da bacia do rio Parnaíba com a identificação dos pontos de conflitos;

 Arcabouço legal das áreas estuarino- lagunares das regiões sudeste e sul do Brasil;

 Caracterização da pesca artesanal em áreas estuarino-lagunares das regiões sudeste e sul do Brasil;

 Caracterização dos principais estuários, lagoas costeiras, sistemas estuarino-lagunares e baías do Brasil;

 Caracterização dos principais sistemas estuarino-lagunares das regiões norte e nordeste do brasil e da pesca Estuarina;

 Enfoque ecossistêmico dos principais sistemas estuarino-lagunares das regiões norte e nordeste do Brasil;

 Sugestões e recomendações para o estabelecimento da gestão participativa nos sistemas estuarino-lagunares do norte e nordeste do Brasil;

 Participação de reunião junto ao Ministério de Relações Exteriores para discutir medidas de Ordenamento nas bacias transfronteiriças – Discutir as questões ligadas ao Defeso em rios Internacionais, nos países do MERCOSUL e Bolívia;

 Realização de reuniões para discutir o ordenamento da pesca da Região de Balbina.

 Avaliação do PL nº 3.933/2004 que equipara aos produtores rurais os produtores de peixes, crustáceos e demais organismos de água doce ou salgada, pessoas físicas ou jurídicas, que se dedicam à produção ou industrialização de pescados cultivados proposições legislativas quanto a matérias pertinentes e de reflexo na pesca industrial do Brasil.

 Avaliação da MPV nº 529/2011, convertida na Lei nº 12.470, de 2011 que altera a Lei 8.212 de

24 de julho de 1991, no tocante a contribuição previdenciária do micro empreendedor

individual.

Referências

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