• Nenhum resultado encontrado

Durante esses primeiros anos de elaboração teórico política, o desenvolvimento do conceito de Homem

relaciona-se com o de alienação. Os dois termos andam

juntos nas obras do jovem Marx e um não pode ser

plenamente compreendido sem o outro.

Grafite com o rosto de Karl Marx

a eliminação de todas as outras formas de alienação. E o trabalho alienado somente chegará ao fim com a expropriação dos expro- priadores – com a socialização plena dos meios de produção.

Outra conclusão a que pode- mos chegar é que é impossível conhecermos plenamente o “marxismo maduro” sem que ao mesmo tempo conheçamos seu processo contraditório de desen- volvimento, que inclui necessa- riamente as obras da juventude. Por isso podemos afirmar que aqueles que buscam construir entre a juventude e a maturidade de Marx uma muralha intrans- ponível prestam na verdade um desserviço ao estudo do marxis- mo. Não queremos dizer que não existem diferenças significativas entre esses dois períodos da vida e da produção teórica de Marx, mas também não devemos absolutizar essas diferenças. A formação teórica é um processo e nunca poderíamos esperar que o velho Marx nascesse pronto, tal qual Minerva da cabeça de Zeus, já de armadura e lança em punho. A formação teórica é um processo que às vezes dá saltos e a obra de Marx foi marcada por esses saltos, que seriam ininteli- gíveis se desassociados do estu- do de sua vida militante.

Charge para material de divulgação da Karl Marx Band (San Diego - EUA) * auGuStO CéSar BuOnICOrE é historiador,

mestre em Ciência Política pela Unicamp, membro do conselho editorial das revistas Princípios, Debate Sindical e Crítica Marxista e membro do Conselho Consultivo do CEMJ.

1.OBRAS SOBRE O JOVEM MARX:

• Althusser, Louis. A Favor de Marx. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. • Althusser, Louis. Posições-1. Rio de Janeiro: Graal, 1978.

• Fedosseiev, P.N. et alli. Karl Marx (biografia). Lisboa: Avante!, 1983. • Fromm, Erich. Conceito marxista do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1983. • Garaudy, Roger. Karl Marx. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.

• Konder, Leandro. Marxismo e alienação, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965. • Lápine, Nicolai. O jovem Marx. Lisboa: Ed. Caminho, 1983.

• Lowy, Michael. Método dialético e teoria Política. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1985. • ---. A teoria da revolução no jovem Marx. Petrópolis: Vozes, 2002. • Lênin, V.I. O que é Marxismo? Porto Alegre: Ed. Movimento, 1980.

• Magalhães-Vilhena, Vasco de (org). Raízes teóricas da formação doutrinal de Marx e Engels (1842-1846). Lisboa: Livros Horizonte, 1981.

• Markus, Gyorgy. teoria do conhecimento no jovem Marx, Rio de Janeiro: Paz e terra, 1974.

• Naves, Márcio Bilharino. Marx: ciência e revolução. São Paulo: Moderna / Ed. Unicamp, 2000.

•Santos, Laymert G. dos. Alienação e Capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1982.

2.OBRAS DA JUVENtUDE DE MARX:

• Marx, K. Diferença entre as filosofias da natureza de Epicuro e Demócrito. São Paulo: Ed. Global.

•Marx, K. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. Lisboa: Ed. Presença, 1983. • Marx, K; Ruge, A. Los anales franco-alemanes. Barcelona: Ed. Martinez Roca, 1973. • Marx, K. A Questão Judaica. Ed. Moraes, s/d.

• Marx, K; Engels, F. Sobre a Religião. Lisboa: Edições 70, 1976. • Marx, K. textos Filosóficos. Lisboa: Ed. Estampa, 1975.

• Marx, K. A liberdade de Imprensa. Porto Alegre: Ed. L&PM, 1980.

• Marx, K. e Engels, F. A Ideologia Alemã (Feuerbach). São Paulo: Hucitec, 1984.



C

om o apoio do Ministério do Esporte e da Universi- dade Anhembi Morumbi, o Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ), em par- ceria com o Instituto Pensarte, promoveu, nos últimos dias 2 e 3 de junho, o Seminário Interna- cional “Políticas de Esporte para a Juventude”. O evento ocorreu no auditório da Universidade Anhembi Morumbi, na cidade de São Paulo. Reunindo atores do Estado e da sociedade civil, o se- minário buscou contribuir para a formulação de uma política de esporte para a juventude brasi- leira, com foco na participação e universalização da prática e do conhecimento desportivo.

Estiveram presentes ao se- minário gestores das áreas de juventude e esporte, membros de federações esportivas e atléti- cas acadêmicas, pesquisadores, intelectuais, esportistas, dirigen- tes de ONG’s e demais pessoas e instituições interessadas na temática da relação entre juven- tude e esporte. As intervenções proferidas no evento serão pos- teriormente publicadas em livro, permitindo a divulgação mais ampla das reflexões expostas.

O evento, de caráter inter- nacional, incluiu exposições de intelectuais e gestores do espor- te de países como Cuba (Ileana Alfonso Valdés, diretora de rela- ções internacionais do Instituto Nacional de Esportes, Educação Física e Recreação), Inglaterra (Roger Davis, membro fundador da Agência de Esporte para a Ju- ventude e ex-membro do Conse-

lho Nacional de Esporte do Reino Unido) e México (Manuel Aceves, professor da Universidade Vale Del México), que apresentaram experiências bem-sucedidas em seus respectivos países.

Além das experiências in- ternacionais, o seminário – que contou com uma conferência de abertura proferida pelo Ministro do Esporte, Orlando Silva Jr. – de- bateu também com centralidade os eixos das políticas públicas de esporte para a juventude; a interação esporte / escola / uni- versidade, e as políticas públicas de juventude e esporte como meio para o fortalecimento do Brasil no cenário esportivo mun- dial. As mesas sobre esses temas reuniram nomes como Wadson Ribeiro (Secretário Executivo do Ministério do Esporte), Danilo Moreira (Presidente do Conselho Nacional de Juventude), Djan Madruga (Secretário Nacional de Alto Rendimento / Ministério do Esporte), Luciano Cabral (Presi- dente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário) e Katia Rubio (Professora da Faculdade de Educação Física e Esportes da USP), dentre outros.

Ao final o público do semi- nário distribuiu-se em Grupos Temáticos (GTs) que debateram temas específicos relacionados ao esporte, tais como: juventu- de, esporte e trabalho; núcleos do Programa Segundo Tempo; juventude e esportes de identi- dade cultural; juventude, espor- te e gênero; esporte urbano e juventude; esportes não-olímpi- cos; juventude e esporte militar; juventude e futebol, e saúde e esporte juvenil.

Muitos dos GTs abrigaram discussões polêmicas e acalo- radas, que poderiam ter se es- tendido bem mais não fossem os limites impostos pelo tempo. Foi esse o caso do Grupo Temá- tico sobre os núcleos do Progra- ma Segundo Tempo, que contou com a participação das entida- des estudantis. UNE e UBES já vinham debatendo o Programa com o Ministério do Esporte an- teriormente ao Seminário. “Para nós é fundamental que o Segun- do Tempo nas escolas secun- daristas se torne uma política de Estado, pois acreditamos na força transformadora da prática esportiva. Esse seminário acon-

CEMJ promove seminário