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Souza, Governador de Santa Catarina de 1749 a 1753, estabeleceu as bases da povoação de São Migu e l co m os açorianos v indos para a Capitania.

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braço escravo foi fator importante na econo mia local. A população branca por sua vez, foi-se desenvolvendo gradativamente com a introdução de colonos tanto nacionais quan to estrangeiros, em suas terras.

” Por ato de 3 ãe novembro de 1845, D. Pedro II, em razão de sua visita a Santa Catarina, agraciou como Cavaleiro da Or d e m de Cristo, Cipriano Coelho Rodrigues, e como Cavaleiro da Ordem da Rosa, João da Silva Ramalho Pereira, que respondia in terinamente pela Comarca do Norte, o que demonstra a projeção so_ ciai da vila

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lía época da invasão espanhola, ocorrida em 1777, quando por ordem de í. Pedro Cevallos Y Calderon, as tropas tona r a m a ilha de Santa Catarina, inutilizando o sistema de defesa do Brasil — Meridional, a política externa portuguesa ficou seriamen te abalada, o que obrigou Portugal, a 10 de outubro de 1777, a ajs .sinar

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Tratado de Santo Ildefonso, pelo qual os espanhóis se o_

brigavam a devolver a Ilha a Portugal.

Entretanto os espanhóis não se retiraram de pron to da Ilha de Santa Catarina, permanecendo aqui até 30 de julho de 1778, data até a qual São Miguel sediou

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governo, passando provisoriamente a Capital da Capitania, quando lá se instalou a 12 de maio de 1778 o novo governador português, Coronel Francisco Antônio da V e i g a Cabral da Câmara.

E m 1833 foi São Miguel elevado à categoria de vila.

A sede do Município foi transferida em 1886 pa r a Biguaçu, que re c e b e u os foros de Vila pela Lei n^ 1092 de 5 de

(85} PIAZZA, Walter Fernando. São Miguel e o seu Patrimônio H is t ó r i c o . Impressa pela Prefeitura Municipal de Biguaçu. SE PARATAS - II. p. 18.

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agosto, onde permaneceu por dois anos. Voltou após à antiga sede, porém, em 1894, pelo Decreto n e 183, de

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de abril, v o l t o u para Biguaou onde continua até hoje. Sao Migu e l passou a ser então dis trito de Biguaçu.

Nos fins do século X I X as ligações norte do Es t a d o - C a p i t a l , passaram a ser feitas por rodovias que se afastavam da zona litorânea o que ocasionou o declínio econômico social de Sao M i g u e l .

Em 1945 projetou-se uma rodovia federal ligando as capitais do Sul do Brasil que, seguindo a orla marítima, corta v a Sao Miguel pelo centro. Iniciada a implantaçao da mesma, a vi_ la não foi poupada e dela restaram poucas casas, um cemitério, um aqueduto e a sua matriz, cuja construção teve início sob a dire ção dò Padre José D i a s de Siqueira, que dela só pôde concluir a capela-mor.

III.2 - M e d i d a s tomadas pelo Poder Público

- A primeira medida eoube à Prefeitura de Bigua çu, através da lei n^

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de 15/10/68, que declarou de utilidade

■pública a casa Colonial integrante do Conjunto Arquitetônico de Sao M i g u e l .

Assim sendo, e depois de encaminhado-esboço his tórico e levantamento topográfico da área ao IPHAN, foi finalmen te tombado o conjunto, que compreende a Igreja Matriz, a casa C£ lonial conhecida como " S o b r a d o " e os remanescentes do Aqueduto, passando a constituir patrimônio nacional.

Pretendia-se, já naquela época, dar ao conjunto uma destinaçao cultural. "0 "Sobrado", diz P I A Z Z A , " deverá tor nar-se um M u s e u de Artes e Técnicas Populares do litoral catarineri se, devendo ser na medida do possível, uma entidade que reviva a eontribuição açoriana à formsçao de Santa Catarina " (

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1975, o governo do Estado, por recomendação do próprio governador, encaminhada em

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de maio do mesmo ano ao Secretário do Governo, iniciou diligências, que. deveriam ser "ur gentes ", no sentido de preservar a área tombada de propriedade particular.

Assim foi o processo encaminhado ao Departamen. to de cultura da Secretaria de Governo para as primeiras provi dências. A seguir informou este órgão que

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dono do casarão e do terreno em pauta, estava, propondo a sua .venda, já havendo inclu_ sive entidades interessadas na aquisição da área para. finalidades recreativas.

Cientes da-situação, autoridades, estudiosos e especialistas de outros estados, emitiam opiniões no sentido da preservação por parte do Estado, evitando que

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conjunto caisse em mãos que poderiam vir prejudicá-lo em sua integridade.

U m projeto, para planejamento paisagístico da área foi encomendado ao paisagista Bu r l e Marz, que apresentou pro posta para execução do mesmo, em fevereiro de

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íTo entanto, só no final do ano de 1 977 foram iniciadas as obras de restauração da igreja e do casarão " , adquiridas pelo Estado. Mas,

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problema ainda não foi totalmente solucionado, pois o projeto paisagístico foi ampliado e para sua. efetivação será necessário desapropriar outra faixa, de terra.

Pretende-se dar ao conjunto a seguinte destina ção:_no "casarão" que será denominado Casa dos Açores, funcio. nará um museu comparativo com objetos dos Açores e de Santa Cata_ rina, além de um centro de estudos; no limite da casa até

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aque, duto, serão instalados tipos de engenhos remanescentes na área. a çoriana. Estes engenhos que são três, um de movimento braçal, ou. tro de um animal e

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último de dois animais, estarão em funciona mento. íTa. área também será efetuada plantação específica, refe rente aos engenhos, ou seja, café, mandioca e cana.

Só a primeira parte do projeto está. sendo execu ta da.

A breve notícia que inserimos nsste trabalho so. bre o "Conjunto Arquitetônico de Sao M i g u e l Hy/oferece uma dimi nuta visão das grandes dificuldades enfrentadas pelo Poder Públi co ,no exercício do seu dever de proteção ao patrimônio histórico, artístico e paisagístico. 17em sempre o setor ligado à cultura tem o tratamento prioritário que merece, embora se observe o esforço de algumas pessoas ligadas ao problema, no sentido de se empreen der uma maior dinâmica aos trabalhos que ali se realizam y /

Compreende-se desta' forma, que entre o primeiro ato governamental, objetivando a preservação desta área, ocorrida em 1958, e a data presente, apenas o Poder Público tomou providên cias ligadas ao restauro da igreja e do " casarão 11.

CAPÍTULO IV