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3. CASAS DE MADEIRA TIPO – DECOMPOSIÇÃO EM

3.2. D ECOMPOSIÇÃO EM SUBSISTEMAS

A designação de sistema utiliza-se quando pelo menos dois elementos são usados numa combinação particular [1].

Sendo assim um edifício também pode ser encarado como um sistema. Um edifício pode ser dividido em elementos mais simples sob duas perspectivas diferentes.

Quando pensamos no edifício como um conjunto de células individuais não sobrepostas e complementares entre si e que no seu todo definem o edifício, falamos duma abordagem celular do edifício e dizemos que os elementos mais simples em que o edifício está dividido são os seus subsistemas de construção [1].

Quando, por outro lado, encaramos o edifício do ponto vista funcional, falamos de órgãos do edifício e não de subsistemas. Um órgão de um edifício é então uma subdivisão funcional que assegura uma ou mais das suas funções com características semelhantes e necessárias à satisfação das necessidades do utente. As necessidades do utente são normalmente designadas por exigências funcionais do utente. A decomposição em órgãos inclui normalmente os seguintes órgãos principais:

- Estrutura;

- Envolvente exterior;

- Compartimentação exterior a envolvente; - Compartimentação interior à envolvente; - Instalações e equipamentos diversos;

A abordagem celular é a mais recomendada para a caracterização económica e tecnológica, enquanto a divisão em órgãos funcionais é mais adequada à análise das exigências funcionais do edifício. Visto que a análise pretendida engloba todos os aspectos referidos o modelo organizativo escolhido é uma versão mista das duas perspectivas e que se entendem melhor se adapta ao tipo de construção em estudo.

Quadro 3.1 – Decomposição da casa de madeira maciça em subsistemas

Subsistemas Elementos de construção

A. Estrutura A.1. Fundações Fundações propriamente ditas

Paredes alvenaria A.2. Superestrutura Paredes estruturais

Pavimento

Estrutura de suporte da cobertura B. Envolvente B.1. Paredes exteriores Revestimentos

exterior B.2. Cobertura Revestimentos e outros elementos

B.3. Aberturas Portas

Janelas C. Compartimentação C.1. Paredes Interiores

interior e C.2. Paredes Exteriores

revestimentos C.3. Pavimento

C.4. Aberturas Portas

   C.5. Escadas

D. Instalações e D.1. Águas e saneamento Distribuição de água

equipamentos Águas pluviais

Saneamento

D.2. Aquecimento Aquecimento central Lareira

D.3. Electricidade   

D.4. Rede de distribuição de gás   

3.2.1.ESTRUTURA

3.2.1.1.Fundações

-Fundações propriamente ditas

A fundação é a parte da construção que suporta o peso e mantém fixo e nivelado o prédio no terreno. Chama-se fundação à parte de uma estrutura que transmite ao terreno subjacente a carga da obra. As construções em madeira usualmente utilizam fundações do tipo sapata contínua. Essa escolha depende fundamentalmente do tipo de solo e do tipo de construção.

Nos casos em que uma fundação em sapata contínua não é o mais adequado, pode recorrer-se a outras soluções, tais como o ensoleiramento geral ou fundações através de estacas.

-Parede de alvenaria

A parede de alvenaria é uma construção que utiliza unidades unidas entre si por argamasa. O termo alvenaria vem de alvenel ou alvanel - pedreiro de alvenaria. Existem vários tipos de alvenaria, insossa, gorda e magra, conforme a alvenaria não tenha argamassa, tenha argamassa rica em cal ou argamassa pobre em cal ou em cimento. A última solução é actualmente a mais usada.

Neste tipo de construções as paredes de alvenaria são usadas para afastar os primeiros troncos do contacto directo com o solo.

3.2.1.2.Superestrutura

-Paredes estruturais

Como já foi referido no capítulo, anterior a edificação à base de toros ou troncos pode-se assimilar à construção em muros de alvenaria resistente visto que estruturalmente funcionam da mesma maneira. São muros de carga que transmitem as forças em toda a sua extensão até às fundações.

-Pavimento

O pavimento do latim “pavimentu”, designa em arquitectura a base horizontal de uma determinada construção. É constituído à base de vigas, vigotas e tábuas de madeira. As tábuas de madeira que formam o soalho constituem o primeiro nível de contacto com as cargas, principalmente mobiliário e equipamentos. As cargas são de seguida transmitidas às vigotas, as quais se apoiam nas paredes exteriores e em vigas dependendo do comprimento dos vãos.

-Estrutura de suporte da cobertura

A estrutura é baseada no mesmo princípio estrutural que o pavimento. Porém, ao invés de uma superfície plana são duas superfícies inclinadas que constituem uma cobertura simples de duas águas. As vigas principais ligam-se às paredes exteriores ou a pilares intermédios. Os caibros fixam-se transversalmente às vigas, unindo as extremidades superiores de cada água entre elas e fixando as extremidades inferiores na parede exterior.

Este sistema permite aproveitar o espaço de desvão abaixo das águas da cobertura, que normalmente não é aproveitado ou utilizado como arrumos.

3.2.2.ENVOLVENTE EXTERIOR

3.2.2.1.Paredes exteriores

Neste tipo de construção, os toros de madeira têm uma função estrutural mas também de acabamento exterior, pois a madeira não aparece revestida por outros materiais. Apresenta-se com toda a sua expressividade, condicionando o aspecto final da casa.

3.2.2.2.Revestimentos e outros elementos singulares da cobertura

Neste tipo de construção, o tipo de cobertura mais habitual é o telhado, em geral caracterizado por possuir um ou mais planos inclinados em relação à linha horizontal, diferente, por exemplo, das lajes planas ou das cúpulas. A cada um destes planos inclinados, dá-se o nome de água.

A função principal do telhado é a mesma que a de qualquer outra cobertura: proteger o espaço interno do edifício das intempéries do ambiente exterior, como a neve, a chuva, o vento, entre outros, também concedendo aos usuários aí localizados privacidade e conforto, através de protecção acústica, térmica, etc. Além disso, o telhado também promove a captação e distribuição das águas pluviais. É constituído geralmente por telhas, varas e ripas de madeira. Os elementos singulares, incluem as chaminés, os rufos, as platibandas, os beirados e todos os pormenores deste tipo.

3.2.2.3.Aberturas

As aberturas consideram-se todas as ligações entre dois espaços distintos, no caso da envolvente exterior será entre espaço interior e exterior, tal como portas, janelas, clarabóias, etc.

3.2.3.COMPARTIMENTAÇÃO INTERIOR E REVESTIMENTOS

3.2.3.1.Paredes Interiores

As paredes interiores dividem o espaço interior da habitação. Podem ser feitas de paredes maciças como as paredes exteriores ou de paredes leves também designadas de tabique.

3.2.4.INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

As instalações incluem o ao conjunto das redes de distribuição de água, de saneamento bem como todas as instalações eléctricas, os sistemas de aquecimento e ventilação e todos os restantes equipamentos auxiliares.

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