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7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

7.5. Efeitos relevantes da regulação estatal sobre as atividades da Companhia:

a) necessidade de autorizações governamentais para o exercício das atividades e histórico de relação com a administração pública para obtenção de tais autorizações

A Companhia necessita das seguintes autorizações governamentais para exercer as atividades industriais: -Licença de Operação;

-Outorga do uso de água quando existir captação de rios e lençol freático; -Cadastro Técnico Federal do IBAMA;

-Certificado de Registro Exército para as unidades que utilizam produtos controlados por esta entidade; -Certificado Policia Federal para as unidades que utilizam produtos controlados por esta entidade; e -Autorização para transporte e destinação de resíduos sólidos.

No curso dos negócios da Companhia uma relação bastante próxima tem sido mantida com os órgãos responsáveis por autorizações governamentais em geral, de forma a adaptar os negócios às exigências de tais órgãos sem qualquer prejuízo ao desempenho do plano de negócios. O histórico de relação da Companhia com os órgãos responsáveis pela emissão destes documentos é baseado em transparência e pró-atividade.

b) política ambiental da Companhia e custos incorridos para o cumprimento da regulação ambiental e, se for o caso, de outras práticas ambientais, inclusive a adesão a padrões internacionais de proteção ambiental

Política de Sustentabilidade

A Companhia é uma empresa que produz madeira, papéis e cartões para embalagem, embalagens de papelão ondulado e sacos. Atua nos mercados interno e externo e se fundamenta nos seguintes princípios de sustentabilidade para todas as atividades relativas aos seus produtos e serviços:

1. Buscar a qualidade competitiva, visando à melhoria sustentada dos seus resultados, aperfeiçoando continuamente os processos, produtos e serviços para atender às expectativas de clientes, colaboradores, acionistas, comunidade e fornecedores.

2. Assegurar o suprimento de madeira plantada para as suas unidades industriais, de forma sustentada, sem agredir os ecossistemas naturais associados.

3. Praticar e promover a reciclagem de fibras celulósicas em sua cadeia produtiva.

4. Evitar e prevenir a poluição por meio da redução dos impactos ambientais relacionados a efluentes hídricos, resíduos sólidos e emissões atmosféricas.

5. Promover o crescimento pessoal e profissional dos seus colaboradores e a busca da melhoria contínua das condições de trabalho, saúde e segurança.

6. Praticar a Responsabilidade Social com foco nas comunidades onde atua.

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Certificações

A Klabin foi a primeira empresa brasileira a ser reconhecida pelo Rainforest Alliance como "Criadora de Tendências de Desenvolvimento Sustentável", em razão do manejo de suas florestas. Esta gestão sustentável levou a empresa também a ser a primeira companhia das Américas do setor de papel e celulose a conquistar a certificação FSC (Forest Stewardship Council), em 1998, para suas florestas no Paraná. Em 2004, as áreas florestais de Santa Catarina também receberam o selo verde.

O selo FSC atesta que toda a cadeia de produção da embalagem, desde o manejo florestal, passando pela fabricação do papel e pela conversão, ocorra de forma ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável. A certificação também garante a rastreabilidade das matérias-primas em toda a cadeia produtiva.

Apostando no uso múltiplo e racional de suas florestas, a Klabin também promove atividades que permitem o aproveitamento sustentável dos seus ricos recursos naturais. Em 1999, a empresa foi a primeira companhia do mundo a ter produtos florestais não-madeireiros certificados, devido ao manejo de plantas medicinais e cadeia de custódia de produtos fitoterápicos e fitocosméticos, produzidos no Programa de Fitoterapia da empresa.

As 17 plantas industriais da Klabin, espalhadas por oito estados brasileiros, são certificadas pela ISO 14.001 e atuam sob os conceitos da norma de gestão ambiental. Em todas as unidades os indicadores de desempenho ambiental apresentam avanços ano a ano com a implantação de procedimentos padronizados, a exemplo de coleta seletiva de lixo, separação de resíduos, organização da empresa, entre outros. Todos os profissionais envolvidos são treinados para agir preventivamente e no controle e atendimento de urgências ambientais.

A empresa também possui certificações pelas normas ISO 22.000, ISO 9001, OHSAS 18.001 e pelo Instituto Isega da Alemanha.

Biodiversidade

A conservação da biodiversidade é uma das práticas de responsabilidade ambiental da Klabin prevista em sua Política de Sustentabilidade. Os resultados alcançados nesse campo são viabilizados pela adoção do sistema de manejo florestal em forma de mosaico, que entremeia áreas de vegetação nativa e de plantio de pínus e eucalipto, formando corredores ecológicos. Para cada 100 hectares de florestas plantadas, mais de 90 hectares de matas nativas são preservados. Dessa forma, é possível manter habitats adequados para a fauna e a flora, prever a manutenção da qualidade das águas e o equilíbrio do ecossistema.

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Essas práticas garantiram a seleção da Klabin para integrar o livro Casos Exemplares de Manejo Florestal Sustentável na América Latina e no Caribe, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O documento reúne 35 casos em 14 diferentes países dessas regiões, sendo a Klabin é única empresa brasileira destacada em razão do multiuso florestal madeireiro e não madeireiro. As práticas ambientalmente corretas, bem como o manejo adequado da paisagem, propiciam o aproveitamento do potencial produtivo de suas florestas e a proteção de seus recursos naturais.

Monitoramento

Desde o início de suas atividades, a Companhia desenvolve um intenso trabalho para identificar e monitorar a biodiversidade de suas florestas, a partir da identificação de espécies consideradas raras ou em extinção em listas como da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O trabalho de mapeamento e preservação dos ecossistemas leva em consideração regulamentos de órgãos ambientais, é realizado em parceria com instituições de pesquisa e contempla diferentes espécies de animais (mamíferos, aves, répteis, anfíbios, insetos, entre outros), estudadas para a compreensão da dinâmica e das relações com seus habitats. Os resultados das análises possibilitam a aplicação de modelos sustentáveis de manejo. Associados às atividades de monitoramento, diferentes procedimentos e programas são adotados para proteger essas áreas, como:

• Não realização de atividades nas áreas produtivas adjacentes que causem impacto às áreas preservadas (exemplos: evitar erosão, carreamento de sedimentos para dentro das áreas de preservação, não utilização de contornos e não derrubada de árvores plantadas).

• O programa de restauração e recuperação das áreas de áreas plantadas no passado prevê a retirada das espécies plantadas, o monitoramento da regeneração natural e, se necessário, a restauração das áreas. Em 2011, foram restauradas áreas por eliminação de regeneração de pínus nos Estados do Paraná e de Santa Catarina, mas não foi possível definir a extensão por se tratarem de Áreas de Preservação Permanente.

• Aplicação controlada de produtos químicos, evitando riscos nas áreas protegidas.

Em 2011, como consequência do aumento da base florestal, foi registrado um pequeno acréscimo na quantidade de áreas preservadas. Elas incluem áreas de preservação permanente e reserva legal mais as áreas de conservação mantidas pela Empresa por sua importância do ponto de vista de conservação de atributos, entre eles o de alto índice de biodiversidade.

Um exemplo desses cuidados é a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), localizada na Fazenda Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). A área, de 3.852 hectares, é uma das mais ricas reservas de floresta nativa do Estado do Paraná e abriga espécies de alto valor para a conservação da biodiversidade. Também está em fase de protocolo, com os órgãos competentes, uma reserva em Santa Catarina, a RPPN Complexo Serra da Farofa.

Até o final de 2011 foram identificadas nas florestas Klabin nos Estados de Santa Catarina e do Paraná 2.859 espécies de animais e 1.838 de plantas, das quais 896 e 83, respectivamente, consideradas em risco de extinção de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN International Union for Conservation of Nature). No ano, foi realizado um diagnóstico da biodiversidade nas fazendas localizadas na Unidade Angatuba (SP). O projeto, feito em parceria com a Casa da Floresta, estudou a fauna local, e casou as informações com as de flora, levantadas em 2010. A partir desse trabalho, será possível estabelecer qual o melhor monitoramento a ser realizado na área.

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Iniciativas

São mantidos diversos programas destinados ao estudo e à preservação da biodiversidade de suas florestas. Muitos são desenvolvidos em estruturas próprias e em parcerias firmadas com centros de pesquisas, universidades e organizações não governamentais. Entre eles, destacam-se:

Parque Ecológico – Criado na década de 1980, dentro da Fazenda Monte Alegre (PR), o parque tem por

objetivo reproduzir e proteger espécies ameaçadas de extinção na região para repovoamento, promover atividades de educação ambiental, proteger paisagens íntegras e realizar pesquisas científicas em vida silvestre. Com área total de total de 11.196 hectares, dos quais 7.883 hectares formados por florestas naturais, representadas por mata de araucária, sendo que algumas ainda se encontram em estado primitivo ou pouco alteradas. Em 2011, 31.297 pessoas visitaram o Parque Ecológico.

Herbário – Também localizado na Fazenda Monte Alegre, o herbário conta com vasto acervo de

exemplares cadastrados e classificados cientificamente, sendo a maior parte corresponde a coletas realizadas na própria fazenda. Dentre esse montante estão registradas espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas. O objetivo é estudar e acompanhar a diversidade de espécies botânicas encontradas na região.

Museu da Fauna e da Flora – O museu possui um dos mais completos acervos zoológicos do Estado do

Paraná, constituído por animais taxidermizados, esqueletos, crânios, peças preservadas em meio líquido e peças variadas. Localizado dentro do Parque Ecológico, mantém ainda insetário, serpentário para cobras não venenosas (vivas), e uma coleção de excicatas, carpoteca e xiloteca da flora arbórea de Monte Alegre. Além de integrar o Centro de Interpretação da Natureza Frans Krajcberg, que abriga um auditório para 66 pessoas e uma sala de atividades para uso das escolas.

Criadouro Científico de Animais Silvestres – Criado em 1989, e reconhecido pelo Ibama, visa ao

estudo de comportamento das espécies ameaçadas de extinção, assegurando sua reprodução e reintrodução ao meio com total segurança. A estrutura possui 55 recintos que abrigam espécies de mamíferos, aves e répteis.

Pesquisa em Vida Silvestre – Todo funcionário que observa um animal silvestre nas áreas mantidas pela

Companhia deve preencher uma ficha com as informações e enviá-la para cadastro em um sistema de visualização. O serviço é mantido desde 1991.

Programa Matas Legais – Desenvolvido em parceria com a Associação de Preservação do Meio

Ambiente e da Vida (Apremavi), o programa, criado em 2005, objetiva desenvolver ações de planejamento da propriedade rural, conservação, educação ambiental e fomento florestal. Por meio de atividades direcionadas, fornece a orientação necessária para que pequenos e médios proprietários tenham uma atuação mais eficiente e ajudem a preservar os ecossistemas. Com o programa, os produtores parceiros planejam sua propriedade para estabelecer os plantios comerciais de forma a atender à legislação ambiental pertinente, garantindo que no futuro a empresa não tenha problemas para receber essa matéria-prima nas fábricas. Outro diferencial importante é a recuperação de áreas degradadas que pode ser feita com apoio técnico e mudas nativas oferecidas aos participantes do programa

Programa de Fitoterapia – O projeto, criado há 26 anos, tem como objetivo uso sustentável da

biodiversidade, aliando a preservação do meio ambiente à responsabilidade social. Atividade inédita no setor florestal, o programa foi o primeiro no mundo relacionado ao manejo de plantas medicinais a obter certificação FSC® (Forest Stewardship Council), em 1999. Os produtos florestais não madeireiros são utilizados composição de produtos fitoterápicos destinados a colaboradores e à população de Telêmaco Borda (PR). Por meio da manipulação sustentável de plantas medicinais encontradas nas áreas de conservação da Companhia, são desenvolvidos substratos empregados na fabricação de fitocosméticos e fitoterápicos, auxiliares no tratamento de doenças como hipertensão leve, gripes e resfriados, ferimentos e lesões de pele, e problemas digestivos. Beneficiam cerca de 9 mil pessoas e estão presentes em até 70%

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dos atendimentos de saúde da unidade de Monte Alegre, com 97% de aceitação. O programa fez o inventário de 240 espécies, das quais 130 apresentaram potencial interesse terapêutico.

c) dependência de patentes, marcas, licenças, concessões, franquias, contratos de royalties relevantes para o desenvolvimento das atividades.

A Companhia não é dependente de suas marcas, patentes, licenças, concessões, franquias e contratos de

royalties. Para informações adicionais, vide item 9.1(b).