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Elaboração das rações

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Anexo 74 Estatísticas dos anexos 68, 69 e 70

3.1 Viabilidade da pesquisa

3.3.3 Elaboração das rações

As rações foram elaboradas manualmente no Laboratório de Nutrição Experimental da Universidade Federal Fluminense (LABNE), seguindo-se as recomendações da American Institute of Nutrition – AIN (1993) (REEVES et al., 1993), fornecendo percentual protéico de 17%, correspondente à necessidade de ratos em crescimento.

Foram elaboradas quatro diferentes formulações de rações de acordo com o experimento a ser desenvolvido: ração controle (RC), ração com teor de cálcio reduzido em 50% de cálcio (RDCa), ração com 50% de redução de Ferro (RDFe) e ração contendo farinha de casco de Tartaruga-da-Amazônia (RFC).

Para o preparo das rações, fez-se a pesagem, conforme a densidade (do mais leve para o mais pesado), dos seguintes ingredientes: celulose; L-cistina; mistura de vitaminas; mistura completa de minerais para as rações RC e RFC e mistura de minerais livre de cálcio e ferro e CaCO3 e citrato férrico nas rações RDCa e RDFe; bitartarato de colina, amido, açúcar, caseína

e óleo de soja.

Os ingredientes foram pesados em balança eletrônica semi-analítica Bioprecisa, modelo JY50001, com exceção dos minerais, que foram pesados em balança analítica de precisão Bosch, modelo S2000. A seguir, os ingredientes foram misturados com auxílio de espátula inoxidável, sendo posteriormente levados à batedeira Semco Hobart por 10 minutos para homogeneização. O óleo foi acrescentado aos poucos para evitar a formação de grumos.

37 Terminado o processo de homogeneização, foi acrescentada água fervente aos poucos na proporção de 3 litros de água para cada 5 kg de ração produzida, até que houvesse gelatinização do amido e formação de uma massa com textura lisa.

Em seguida, a massa foi moldada manualmente em uma bancada devidamente higienizada, fazendo-se rolinhos de aproximadamente 2,0 cm de largura, colocados em bandejas de aço inoxidável e levados à estufa Fabbe-Primar ventilada, a temperatura entre 55 e 60oC, durante 24 horas.

Foram preparadas quatro diferentes formulações de rações para utilização durante o experimento (Tabela 1), durante as fases de depleção e repleção, todas contendo 17% de proteína, segundo recomendação da AIN-93G (REEVES et al., 1993).

A ração contendo farinha do casco é uma ração que sofreu uma troca parcial da fonte protéica, sendo 58,82% oriunda da caseína e 41,18% proveniente da farinha do casco. Além disso, sofreu um acréscimo no teor lipídico de 0,19g em 100g de ração e suplementação de 2,33g de cálcio e 5,95mg de ferro em 100g de ração, comparada à ração controle segundo recomendação da AIN-93G (REEVES et al., 1993). Estes dados foram obtidos através de cálculos, baseados na composição centesimal e na primeira análise de minerais realizada na farinha do casco neste experimento (Tabela 2), sendo posteriormente confirmados através de análises de composição química e nutricional das rações (Tabela 3).

38 Tabela 1. Formulação das quatro rações utilizadas durante o experimento.

Ingredientes (g/100g de ração) RC RDCa RDFe RFC Caseína 1 21,25 21,25 21,25 12,50 Açúcar 2 10,00 10,00 + 0,625= 10,63 10,00 + 0,0105= 10,0105 10,00 Mistura de minerais completa 3 3,50 ____ ____ 3,50

Mistura de minerais livre de Ca e de Fe 4 ____ 2,229 2,229 ____ CaC03 5 ____ 0,625 1,2495 ____ Citrato férrico 6 ____ 0,021 0,0105 ____ Farinha de casco de Tartaruga-da-Amazônia 7 ____ ____ ____ 30,30 Mistura de vitaminas completa 8 1,00 1,00 1,00 1,00 Óleo 9 7,00 7,00 7,00 7,00 Celulose 10 5,00 5,00 5,00 5,00 Bitartarato de colina 11 0,25 0,25 0,25 0,25 L-cistina 12 0,30 0,30 0,30 0,30 Amido 13 51,70 51,70 51,70 30,15 Total 100,00 100,00 100,00 100,00

RC - rações controle, RDCa - ração 50% reduzida em cálcio, RDFe - Ração 50% reduzida em Ferro, RFC - Ração enriquecida com farinha de casco de P. expansa.

1- Caseína Comercial contendo 80% de proteína 3- Preparada segundo a AIN-93 G, 4- Elaborada segundo a AIN-93, porém isenta de cálcio e de ferro, 5, 6, 8- mix vitamínico elaborado segundo a AIN-93, 10- celulose microfina, 11, 12 ambos elaborada pela Rhoster Indústria e Comércio LTDA, 7- farinha elaborada conforme metodologia presente neste trabalho, 9- óleo de soja refinado Clarion, 13- Amido de milho Adram S.A.

39 3.3.4 Determinação da composição centesimal e teor de minerais das rações

Foram determinados os teores de umidade, cinzas ou resíduo mineral fixo, extrato etéreo, proteína e carboidratos totais no Laboratório Analítico de Alimentos e Bebidas (LAAB) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

A determinação da umidade foi realizada por gravimetria, em estufa a 105 oC até peso constante. As cinzas foram obtidas em mufla a 550 oC; o extrato etéreo através de extrator de Soxhlet, utilizando éter etílico como solvente; proteína por método Micro-Kjeldahl para nitrogênio total, utilizando-se o fator 6,25 para a conversão em proteína e os carboidratos totais através da metodologia de Lane-Eynon (BRASIL, 1986; AOAC, 2005).

Os teores de cálcio e de ferro das rações foram realizados a partir das cinzas. O preparo das cinzas foi realizado no Laboratório Analítico de Alimentos e Bebidas (LAAB) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) (AOAC, 2005), assim como a primeira diluição para leitura. A segunda diluição e a determinação dos teores de cálcio e ferro nas rações foram realizadas por espectrometria de plasma, no Laboratório de Análise de Minerais da Embrapa Agroindústria de Alimentos (CTAA), localizado em Pedra de Guaratiba – RJ, segundo a AOAC (2005), Método 990.08, item 9.2.39, p. 46.

As rações foram trituradas separadamente em multiprocessador de alimentos até obtenção de pó fino e homogêneo. Pesou-se aproximadamente 0,5 g de ração em cadinhos de porcelana devidamente identificados, para obtenção de cinzas. Todo o procedimento realizado para análise de cálcio e ferro nas rações foi o mesmo executado na farinha do casco, sendo realizado no mesmo equipamento e sob as mesmas condições operacionais e utilizando-se as mesmas curvas padrões descritos no item 3.3.2. Os resultados obtidos foram em miligramas de mineral por kilo de ração (mg/kg).

Todas as rações foram analisadas em triplicata, sendo preparados três brancos juntamente com as rações, contendo todos os reagentes, exceto as amostras.

Os procedimentos de limpeza e descontaminação das vidrarias utilizadas, assim como os cuidados com o manuseio das amostras, vidrarias e utensílios foram os mesmos citados no item 3.3.2, na determinação dos teores de cálcio e ferro da farinha do casco.

O Valor Energético Total (VET) das rações foi calculado conforme descrito no item 3.3.2.

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