• Nenhum resultado encontrado

II.7 – ELABORAÇÃO DO TRABALHO

V. 3 ELEMENTOS TRAÇOS

Os resultados analíticos destes elementos são utilizados de forma semelhante ao dos elementos maiores, sendo também construídos diagramas binários de SiO2 versus elementos traços (Fig. 11).

O horblendito é a rocha que apresenta os mais elevados valores de Cr (658 ppm), V (167 ppm) e Cu (555 ppm), se diferenciando das demais litologias. Este comportamento, também é observado nos elementos maiores, pode sugerir que esta amostra tem origem diferente das demais.

As amostras do fácies gnaisse, apesar de possuírem conteúdos de silício muito semelhantes, mostram valores de elementos traços muito diferentes. Em alguns casos com, por exemplo, La e Ce, estas diferenças podem estar associadas aos conteúdos de minerais acessórios.

O fácies biotita gnaisse mostra valores muito variados de elementos traços, e este conjunto apresenta os valores mais altos de Zr (122 ppm), Y (57 ppm), Sr (811 ppm), Ba (2205 ppm) e Zn (129 ppm).

V

Os estudos realizados nas rochas pertencentes ao Complexo Ibicuí-Ipiaú, que afloram nas proximidades do município de Potiraguá, sul do Estado da Bahia evidenciaram que:

ƒ Estas litologias podem ser agrupadas em três tipos faciológicos: biotita gnaisse, gnaisse e anfibolito. Estas rochas são predominantemente leucocráticas e no diagrama QAP a maioria das amostras posicionou-se nos campos dos monzogranitos e granodioritos.

ƒ As rochas são geralmente bandadas, com textura faneríticas média a grossa. Os conjuntos gnáissicos apresentam uma mineralogia comum composta de quartzo, andesina, feldspato alcalino pertítico, biotita, diopisídio, epídoto, clorita, carbonato, apatita, titanita, minerais opacos e zircão. O anfibolito e composto por essencialmente honblenda, e como acessórios minerais opacos, sendo denominado de hornblendito.

ƒ Do ponto vista químico, estas rochas classificam-se, principalmente, como granodioritos, ocorrendo uma rocha diorítica e outra gabróica. Elas são metaluminosas, e apresentam-se distribuídas entre as séries toleítica, cálcio-alcalina e cálcio-alcalina alto K.

ƒ As diversas unidades mostram valores de sílica pouco variados entre 62 a 67%, excluindo-se o horblendito. Esta amostra tem os mais elevados valores de Cr (658 ppm), V (167 ppm) e Cu (555 ppm), se diferenciando das demais litologias. O fácies gnaisse, possui os mais altos valores de La (229 ppm) e Ce 408 ppm). O fácies biotita gnaisse mostra os conteúdos mais altos de Zr (122 ppm), Y (57 ppm), Sr (811 ppm), Ba (2205 ppm) e Zn (129 ppm).

R

ALMEIDA F. F. O Cráton do São Francisco. Revista Brasileira de Geociências, v.7, n.4, p.349-364, 1977.

ANUÁRIO, IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE Cidades. 2006. Disponível em: <www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php>. Acesso em: 30 mar. 2008.

BARBOSA J.S.F. Constituition Lithologique et metamorphique de la région granulitique du Sud de Bahia (Brasil). 1986. Ph.D. Thesis Pierre et Marie Curie University, Paris, França.

BARBOSA, J. S. F & SABATÉ, P. Colagem Paleoproterozóica de Placas Arquenas do cráton do São Francisco na Bahia. Revista Brasileira de Geociências, n.33 (1-suplemento), p.33-47. 2003.

BARBOSA, J.S.F. & SABATÉ P. Archean and Paleoproterozoic crust of the São Francisco Cráton, Bahia, Brazil: geodynamic feature. Pre Reasear. v. 133. p. 1- 27. 2004

BARBOSA, J. S. F, CORREA-GOMES, L.C., MARINHO, M.M, SILVA, F.C.A. Geologia do segmento sul do orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá. Revista Brasileira de Geociências, 33(1-suplemento): p.33-47. 2003.

CRUZ FILHO, B. E. Relatório Técnico das Folhas Itapetinga, Potiraguá, Itarantim e Pau Brasil. 2005. 24 f.

DALTON SOUZA, J et al. Geologia e recursos minerais do Estado da Bahia. In: Sistema de Informações Geográficas – SIG e Mapas, versão 1.1. Salvador: CPRM, nº. 1, 2003. CD-ROM.

FUJIMORI, S. Rochas alcalinas do sul do Estado da Bahia. Notas preliminares e estudos do DNPM. Rio de Janeiro, p.141.

INDA, H.A.V.; BAR BOSA, J.S.F. Texto Explicativo para o Mapa Geológico do Estado da Bahia. Salvador: SME/CPM, 1978. 137 p.il. 1 mapa, escala 1:1.000.000.

IRVINE, T.N., BARAGUAR, W.R.A. A guide to the chemical classification of the common volcanic rocks. Canadian Journal of Earth Sciences, v. 8, p. 523- 548, 1971.

LE MAÎTRE, R.W. et al. Recommendation of the IUGS, subcomisíon of the systematic of igneous rocks. Blachwell sc.: Oxford, 19p. 1989

LIMA, M. I. C. et al Projeto RadamBrasil – Folha SD. 24 Salvador. In: Brasil. Departamento Nacional da Produção Mineral, Rio de Janeiro. Levantamento

MARTINS, A.A.M. & SANTOS, R.A. Folha Ibicaraí. In: Programa de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. MME/SMM/CPRM, Brasília. p. 192, 1997.

MASCARENHAS, J. F. Evolução geotectônica do Pré-Cambriano do Estado da Bahia. In: Inda H.A.V. (ed)Geologia e Recursos Minerais do Estado da Bahia: Textos básicos. SMECPRM, v.2. p.57-165, 1979.

MENEZES, R.C.L. Geologia e Petrografia do maciço nefelina-sienítico Rio Pardo, sul do estado da Bahia. 2003. Trabalho de Final de Graduação – Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

MENEZES, R.C.L. Petrografia e geoquímica do maciço nefelina-sienítico Rio Pardo, município de Potiraguá, sul da Bahia. 2005. Dissertação (mestrado) – Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia.

MIDDLEMOST, E.A.K. The basalt clan. 1985. p. 337-364. Earth Sci. Rev.

MORAES FILHO, J.C.R. et al. Projeto Itapetinga – Canavieiras: Salvador: CPRM, 2006, 68p. Programa de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.

MORAES FILHO, J.C.R. Região de Itapetinga, sul da Bahia (borda SE do Cráton do São Francisco): Salvador: CMPM, 2007, 72p. Série Arquivos Abertos; 27.

PECCERILLO, A. & TAYLOR, S.R. Geochemistry of Eocene calc-alkaline volcanic rocks from the Kastamonu Area, Northern Turkey. Contrib. Mineral. Petrol., 58:63-81.1976.

PEDREIRA, A.J. Evolução sedimentar e tectônica da Bacia Metassedimentar do Grupo Rio Pardo: uma síntese. Revista Brasileira de Geociências, v.29, n.3, p. 339-344. 1999.

RENNÉ, P.R., ONSTOTT, T.C., D’AGRELA FILHO, M.S., PACCA I.G., TEXEIRA W. 40

Ar/39Ar dating of 1.0 Ga magnetizations from São Francisco and Kalahari Cratons: tectonic implications for Pan-African and Brasiliano Móbile Belts. Earth and Planetary Scienci Letter, 101, n. 1, p. 349-366, 1990.

ROSA, M.L.S. et al. Síntese geocronológica dos maciços alcalinos da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 41., 2002. João Pessoa. Anais: 505. João Pessoa: SBG, 2002. ROSA, M.L.S. et al. Idade (Pb-Pb) e aspectos petrográficos e litogeoquímicos do

complexo alcalino Floresta Azul, sul do estado da Bahia. Revista Brasileira de Geociências, v.33, n.1, p. 13-20, 2003.

ROSA, M.L.S. et al. Idade Pb-Pb e aspectos petrológicos da mineralização em sodalita azul no Maciço Nefelina-Sienítico Itarantim, Sul do Estado da Bahia. Revista Brasileira de Geociências, v. 34, n. 3, p.347-354, 2004.

ROSA, M.L.S. et al. Magmatismo neoproterozóico no sul do Estado da Bahia, Maciço Sienítico Serra das Araras: Geologia, petrografia, idade e geoquímica. Revista Brasileira de Geociências, v. 35, n. 1, p.111-121, 2005.

ROSA, M.L.S. et al. Neoproterozoic anarogenic magmatism in the southern Bahia Alkaline Province of NE Brasil. Journal Lithos, n.97, p. 88-97, 2007.

SHAND, S.J. Eruptive rocks: their genesis, composition, classification and their relation to ore deposits. 1943. 488 f. 4a Ed., London.

SILVA FILHO, M. A. et al. Projeto sul da Bahia. Salvador: CPRM, 1974, v. 1, p. 72. Convênio DNPM/CPRM. Silva Filho et al. 1974

SOUTO, P.G. Geologia e petrografia da área de Potiraguá - Bahia, 1972, 56 f. Tese (Doutorado) – Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo. STRECKEISEN, A. Plutonic rocks - classification and nomenclature recommended

by the IUGS (Subcommission he Systematics of Igneous Rocks). Geotimes, 1976. 26-30 p.

A

Documentos relacionados